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A) Resistências não-lineares
Os resistências não-lineares são componentes consideráveis em suas
características de resistências elétricas, quando submetidos à ação de forças
instáveis, tais como a temperatura, tensão ou a luz. Estas alterações podem
acontecer de maneira brusca, sendo que a resposta oferecida pode ocorrer de
maneira direta ou inversamente proporcional ao da variável aplicada para
mudança de características desses resistencias.
I – O LDR
O LDR, ou Light Depending Resistance, “Resistência Dependente da Luz”, também
conhecido como “fotoresistencia” como seu próprio nome sugere, possui seu
comportamento condicionado às variações de luminosidade incidente sobre ele.
Este dispositivo apresenta um elevado valor ôhmico quando não iluminado e, ao
ser exposto à luz, sua condutividade altera-se, passando o LDR a oferecer um
baixo valor ôhmico, motivo pelo qual é também classificado como sendo um
fotocondutor. Na figura 1, podemos ver sua simbologia. O material básico
empregado na fabricação do LDR é o sulfeto de cádmio, sendo que este material,
quando convenientemente tratado, é possuidor de poucos elétrons livres, quando
submetido à escuridão completa. Porém, caso incida sobre ele alguma luz, o que
culmina em um aumento de sua condutividade. O fato ocorre apenas durante o
período de tempo em que há absorção da luminosidade pelo material, caso esta
luminosidade cessar, os elétrons , que haviam sido libertados, são “recapturados”
pelos átomos do material, o qual volta a expressar o elevado valor ôhmico que
apresentava originalmente.
Figura 1
II – NTCR
Os NTCRs (Negative Temperature Coefficient Resistencia”, ou seja, Resistencias de
Coeficiente de Temperatura Negativa), também denominados por termistores, são
elementos cuja resistência ôhmica decresce com o aumento da temperatura, ao
contrário dos metais, cuja resistência cresce com o aumento da temperatura e
consequentemente, apresentam um coeficiente positivo. A figura 2 mostra os
símbolos dos NTCRs.
Figura 2
III – PTCR
Os PTCR (Positive Temperature Coefficient Resistencia) são resistencias que
apresentam um coeficiente térmico positivo de resistividade. Em comparação com
os NTCs, esses elementos apresentam um coeficiente positivo apenas para uma
faixa de temperaturas, enquanto os NTCs operam em toda a faixa. Os PTCRs, ou
simplesmente, PTCs, fora da faixa de operação, irão apresentar um coeficiente
negativo ou até mesmo nulo. A figura 3, mostra-nos o símbolo dos PTCs.
Figura 3
B) Semicondutores especiais
I – Diodo varicap
O diodo varicap, também chamado varactor, é um diodo de silício, cuja
capacitância varia de acordo com a tensão inversa a ele aplicada. Esse diodo é
utilizado como se fosse um capacitor variável. A capacitância formada entre ânodo
e cátodo diminui, quando aumentamos sua tensão de polarização inversa, pois o
aumento da tensão inversa aumenta a espessura da barreira de potencial e,
portanto, do dielétrico, afastando-se as armaduras entre si.
Figura 4
II – Transistor Darlington
O transistor Darlington é construído por dois transistores, dois resistencias e um
diodo, difundidos sobre uma única pastilha de silício e interligados de modo a
formar um transistor de potência com elevado ganho de corrente CC. A figura 5
mostra-nos um desses transistores tanto PNP como NPN.
Figura 5
Figura 6
III – SCR
O SCR (Silicon Controled Retificator), retificador controlado de silício, também
conhecido pela designação Tiristor, é muito empregado em circuito de controle de
grandes potencias e até mesmo em circuitos retificadores, assim como também
podem ser encontrados em dispositivos de proteção de fontes de alimentação,
tanto de televisores como fontes de bancada. O símbolo desse componente é o da
figura 6.
Figura 7
V – TRIAC
A sigla TRIAC origina-se das seguintes palavras
inglesa TRIode Alternative Currente. Trata-se de um tipo de componente
semicondutor pertencente à família dos Tiristores, que é utilizado em de controle
de potência. O funcionamento dos TRIACs é bastante parecido com o dos SCRs.
Como já foi dito, um SCR permite a passagem da corrente elétrica num único
sentido (situação em que o ânodo é positivo em relação ao cátodo). Já no TRIAC, a
condução da corrente pode ser realizada em ambos os sentidos. Além disso,
enquanto o SCR para conduzir necessita de um pulso positivo entre o gatilho e o
cátodo, o TRIAC pode ser disparado tanto com pulsos positivos como negativos. Na
figura 8, podemos ver a simbologia do TRIAC.
Figura 8
VI – PUT
PUT significa Transistor Unijunção Programável
(Programmable Unijunction Transistor). Muitas vezes o PUT também é denominado
de SCR Complementar, pois a sua estrutura é muito parecida com a de um
retificador controlado por silício. A figura 9 mostra-nos a simbologia do PUT.
Figura 9
Figura 10
VIII – LASCR
Um outro tipo de semicondutor fotocontrolado é o LASCR, sigla
de Light Activated Silicon Controlled Rectifier, que significa “Retificador
Controlador de Silício Ativado por Luz”. Podemos observar, pela figura 11, o
símbolo gráfico de um LASCR. Como todo SRC, o LASCR é um dispositivo
semicondutor de três junções com quatro camadas.
Figura 11
Figura 12 Figura 13
Figura 14 Figura 15
XI – MOS-FET
Além do transistor de efeito de campo de junção, existe um outro tipo com
inúmeras aplicações práticas na electrónica moderna, sobretudo devido aos
avanços ocorridos nas técnicas de fabricação.
Trata-se do Transistor de Efeito de Campo com Porta Isolada, também conhecido,
abreviadamente, por MOS-FET do inglês Metal Oxide Semicobductor Field Effect
Transistor. Como sabemos, os transistores de efeito de campo se caracterizam
pelo fato de que a corrente é controlada por meio de um campo eletrostático. Um
transistor de efeito de campo é constituído, basicamente, por um bloco de
material semicondutor, o canal, em cujos extremos encontramos dois elétrodos, o
Supridouro, que faz o mesmo papel do emissor de um transistor bipolar, e o Dreno,
que desempenha as funções do coletor. Teoricamente, a corrente deve circular
considerando o sentido convencional, do supridouro para o dreno e essa corrente
recebe o nome de corrente de Dreno, sendo representada pelas letras ID.
Entre supridouro e dreno encontra-se o elétrodo de controle, o Gate ou Porta. A
corrente do dreno é controlada pela tensão de gate, ou melhor, pela tensão gate e
supridouro (VGS ou EGS).
Do acima exposto, segue-se que qualquer variação da tensão de gate
corresponderá a uma variação da corrente de supridouro, de modo que a razão
ID/VGS nos dá a Transcondutância do transistor, representada por YHS. A
transcondutância é medida em mho, ou, mais corretamente em Simens, sendo que
alguns fabricantes de transistores preferem informar a transcondutância em
miliamperes por volt.
Um transistor de efeito de campo é constituído por uma junção PN, da qual uma
região vem a ser o canal e a outra o Substrato. Se o canal for N, o substrato será P
e vice-versa, sendo que essa junção deve ser polarizada inversamente, de modo
que o substrato é conectado internamente ao supridouro ou pode ser dotado de
um terminal próprio para a conexão à massa.
Os terminais de dreno e de supridouro são fixados a um canal na forma usual de
fabricação de semicondutores; a porta é constituída por uma lâmina metálica
isolada do canal por meio de uma película de óxido metálico, originando disto o
nome de MOS-FET.
Os transistores MOS também são conhecidos como IG-FET – “Insulated Gate”, que
quer dizer transistor de efeito de campo de porta isolada.
O fato da porta ser isolada do canal confere ao transistor de efeito de campo uma
impedância de entrada praticamente infinita, definida unicamente pelos elementos
de polarização, além da completa ausência de correntes de fuga entre o canal e o
gate que podem, eventualmente, se tornarem notáveis nos transistores de efeito
de campo de junção J-FET.
Figura 16
Figura 17