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Parece que o Eterno Retorno defende a tese de que pólos se alternam nas
vivências numa eterna repetição. Criação e destruição, alegria e tristeza,
saúde e doença, bem e mal, belo e feio,... tudo vai e tudo retorna. Porém,
esses pólos não se opõem, mas são faces de uma mesma realidade, isto é,
um complementa o outro, são contínuos de um jogo só. Alegria e tristeza
são faces de uma única coisa experienciada com grau diferente.
A indagação que Nit nos faz através do aforismo acima não se trata de uma
negação da vida, pelo contrário, nos remete a uma afirmação da vida. Não
posso crescer se não experimento declínio e vice-versa, são faces de uma
mesma moeda sem demarcação de tempo e exatidão, de tal modo, Nit nos
aponta que “os homens não têm de fugir à vida como os pessimistas, mas
como alegres convivas de um banquete que desejam suas taças novamente
cheias, dirão à vida: uma vez mais”. – Eis aqui uma bela resposta de
Nietzsche ao pessimismo de Schopenhauer.
Nietzsche nos dá o Eterno Retorno como uma saída, que consiste em buscar
a criação na destruição, só nessa complementação que podemos
transcender e reafirmar a vida em detrimento dos valores que envenenou a
humanidade e negou a vida. – Aqueles simbolizados na cruz.
Após a experiência do blog “Log de MSN”, resolvi criar este espaço que não
tem a pretensão de apreender um único assunto, os conteúdos irão surgir
de acordo com o devir – do eterno retorno.
O Eterno Retorno ou o responsável por trás disso tudo, não tem verdades
nem mentiras para categorizar o mundo. Não pode oferecer receitas e nem
modelos prontos para encontrar a saída dos conflitos humanos. Nada além
de representações daquilo que chamamos de realidade. Para tal, não
acredito que seja possível construir conhecimento sem pensamento
alimentado de reflexão crítica.
Desde já, lhe convido para participar desse local, contribuindo com seus
pensamentos e conhecimentos.
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