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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

CURSO DE TECNOLOGIA EM COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL

CARLOS TABAJARA FERREIRA

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RESENHA DESCRITIVA

CURITIBA

2011

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CARLOS TABAJARA FERREIRA

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Resenha Acadêmica Descritiva


apresentada ao Curso deTecnologia em
Comunicação Institucional, pertencente
ao Departamento Acadêmico de
Comunicação e Expressão da
Universidade Tecnológica Federal do
Paraná como requisito parcial para a
aprovação na disciplina de História das
Ideias no Brasil ± Século XIX.

Prof. Responsável: Prof. Dr. Wilton Fred


Cardoso de Oliveira

CURITIBA

2011
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Na importante obra Os Donos do Poder, o renomado escritor gaúcho
Raymundo Faorofaz uma descrição da evolução política do Brasil, através de um
mapeamento da história, desde a atuação autoritária do rei, perpassando pela
República Velha até a Era Vargas, onde a permanecia a ligação entre o estamento
controlando a burocracia evidente na esfera política.
O Capítulo VII desta obra, intitulado de ³Os Pródomos (primeiros indícios) da
Independência´ retrata o início do século XIX , quando o Brasil era subjugado pela
supremacia da autoridade pública, e quem ousasse desafiar a ordem legal
implantada era abatido pelas armas. Para os que se prostravam aos desmandos da
autoridade, a tolerância branda, e para os outros, a ³justiça´, o cárcere. Os senhores
de terra perdiam o seu poderio e davam lugar a militares originários do reino que
eram auxiliados por tropas locais; em contrapartida, ganhavam status de senhores
de rendas.
Neste momento de transição, a colônia passa a sofrer influências
internacionais e começa a sofrer com uma crise econômica, que afeta as
exportações e causa o retraimento da empresa agrí cola, o cenário muda e a
principal ocupação passa ser a subsistência, não mais a vibração exportadora. A
Revolução de 1817 eclode, a pobreza instaurada fazcom que os fazendeiros notem
o que antes ignoravam, a tirania e os entraves econômicos. A autarquia torna-se o
sistema de governo nas fazendas mais distantes dos polos povoados, enquanto o
cenário de riquezas da lugar a mobiliários cada vez mais rústicos e vestimentas mais
grosseiras. Em uma passagem foi dito que, tal mudança se deu pela quebra do
estatuto colonial e a transmigração da corte.
O Comércio inglês passa agir sem amarras e o sistema de escambo abusivo
impera longe do litoral, a posse de terras passa a ter maior valor servindo para
extorquir colonos e lavradores, mantendo a gravitação dos mesmos nas fazendas e
em torno da indústria de moagem de cana. O latifundiário explorador reina apenas
com acordos verbais fortalecidos pela insegurança dos moradores das fazendas.
Os imigrantes portugueses, dessa vez ao contrário dos seus antepassados
passam a dedicar-se a horticultura, mas a prática do arrendamento toma conta do

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cenário, permitindo o aumento de poder dos senhores das terras e a criação de uma
pirâmide de dependentes em torno de si, enquanto no sul criava -se uma relação de
dependência com a metrópole (São Paulo), de onde buscavam mercadorias e
crédito, fato este reforçado pela perca da hegemonia causada pelo crescente
número de imigrantes ingleses comerciantes que ocupavam as terras litorâneas.
Dom João VI cumpriu em 1807 um destino que entreviu, tudo se resolveria
com o Brasil independente, o que foi reforçado pelo fato que era a colônia era o
refúgio ideal para abriga -lo durante o furacão napoleônico que assolava a Europa. A
transmigração da corte traz algumas consequências: a abertura dos portos às
manufaturas inglesas, as capitanias antes dispersas passam a gravitar em torno do
Rio de Janeiro, por ser o então centro de poder, c om o desembarque da corte em
1808, o que fez a população dar um salto de cinquenta mil para cento e dez mil
habitantes.
O comércio estrangeiro passa a ser admitido no Rio e, juntamente com eles
agrupa um grupo de famintos por emprego, explorados e explorad ores. Os antes
senhores de terras que ansiavam por títulos encontram a nobreza burocrática, que
enfrenta sua maior tarefa, criar um Estado e estabelecer as bases econômicas da
nova nação. Com receio da forma que tomaria a sua criação e da anarquia
espanhola, Dom João organiza seu ministério, mantendo consigo aqueles que
comiam e bebiam a custa do Estado, procurando reproduzir a estrutura
administrativa portuguesa no Brasil. Para justificar tal estrutura, f oram criadas
repartições e postos aos fidalgo s e oficiais vindos de Portugal, o que somente serviu
para gerar gastos exacerbados e deixar o país ³a borda do precipício´.
Com a abertura dos portos, o comércio desenvolveu -se, porém, o espírito dos
comerciantes, portugueses na maioria, era um obstáculo pela falta de seriedade,
ética, honra, e pela ³prevalência da astuta mesquinha e velhaca´. O comércio
oferece riscos à soberania, e foi preciso medidas que mostrassem que o fim da
colônia não significava o fim da monarquia, para isso foi criado o Banco do Brasil em
1808 e a fundação da Siderurgia Nacional no mesmo ano. A monarquia portuguesa,
assediada pelas armas francesas passa a imprimir esforços, para tornar a ex-colônia
numa nação independente.
Essa emancipação do país não custou barato, houve implantação de tributos
e aumento de impostos, a incorporação dos portos brasileiros ao comércio inglês,

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que foi um comércio lesivo e desigual. A desapropriação de propriedade para uso da
coroa, o aluguel e imposto predial estipulado com valores fora da realidade, somado
a outros fatores resultou na quebra do pacto colonial que nunca mais se refez.
Os ingleses a partir do comércio passaram a dominar várias atividades e
influenciar a cultura local, também com a participação dos franceses. A economia
imperial modernizou-se muito e civilizou-se pouco, valorizou-se o luxo em lugar da
cultura.A presença dominadora da Grã-Bretanha arreda Portugal das terras
americanas, e faz emergir outra classe na co rte, os grandes proprietários rurais. Que
atraídos pelo brilho da corte real, seduções de honras, e títulos, se renderam ao luxo
e aos encantos da vida socia l.
Estes embora ignorantes de teorias e respeitadores da autoridade do rei,
eram conscientes do dan o que o sistema colonial lhes causaria, se tivesse que
negociar somente com Portugal, pois não poderiam lucrar como estavam lucrando.
Depois da paz inicial, da concessão de títulos e insígnias, os brasileiros passaram a
ser vistos com certo ar de desconfiança por parte da coroa, já se notava oposições
entre as duas nacionalidades.
Com as arrecadações de tributos, os brasileiros perceberam que de nada
serviu as ³honrarias ocas´ e passaram a retornar para seus latifúndios.
Decepcionados, se isolam e passam a não se entenderem, causando um divórcio
entre a metrópole e a colônia, entre o governo -geral e as populações, entre o colono
e o indígena, o confronto acaba num recuo.
Uma corrente subterrânea emerge no Recife em 1817, aliadas a cultos, ao
comércio internacional, ensaia seus primeiros passos que darão elementos de luta
em 1822 e resultam na expulsão do rei em 1831. Os fragmentos das diversas
tendências de ideias espalhados pelo país e camadas da população, conquistaram a
sua unidade pela fixação num centro de poder. Dessas correntes se formou a
liderança de Dom Pedro.
No fim de 1821, as hesitações do príncipe derramaram-se em protestos de
lealdade ao pai e à constituição portuguesa. As populações rurais preocupavam-se
com a possibilidade do reestabelecimento do sistema colonial. O laço de tantos
interesses e o príncipe foi responsabilidade de José Bonifácio de Andrada e Silva,
sua participação garantia a transição ordeira entre o estado colonial e o sistema
constitucional. O príncipe sentiu que atrás dos movimentos de revolta, dos

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agitadores das ruas do Rio, havia o nascimento de uma nação. Estava declarada a
guerra civil entre as tropas portuguesas de tutela, encarregadas de forçar o regresso
do príncipe e as forças heterogêneas que o sustentavam.
Uma transaçãoocupa o lugar das soluções extremas, que reorganizaria o país
de cima para baixo, comtransigências e tergiversações, até a hora do desquite de
1831.Sobrequatro colunas São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande
doSul ² o centro de poder volta às mãos do príncipe, agora DefensorPerpétuo, em
obra da magnitude da de outro rei, o bastardo de Avis, noséculo XIV.
O fim do consulado de José Bonifácio indicará, ao cabo de dezoito meses, o
retorno das normasestamentais de organização política, mediante o mecanismo
tutelador deuma constituição outorgada.





















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FAORO, R.à !"#$" " . 3.
ed. rev. São Paulo: Globo, 2001.


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