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Parte 3 - Conclusão________________________________________________________________ 56
Conclusão _______________________________________________________________ 57
Bibliografia ______________________________________________________________ 58
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PARTE 1
Introdução
Parte 1 - Introdução
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Enquadramento do curso
A aprendizagem é um processo que acompanha toda a vida de um indivíduo. Desde o início até ao fim da
vida estamos em constante aprendizagem, sendo as aprendizagens contínuas e continuadas que nos
permitem estar onde estamos e ser o que somos. Na formação profissional é fundamental que esta
aprendizagem se vá realizando através de acções promovidas pelas entidades competentes pois só assim
se pode tender para a optimização do trabalho e a qualificação de todos os colaboradores. Baseado nesta
permissa concebeu-se o presente manual como instrumento de apoio à unidade de formação de curta
duração nº 3564 – Primeiros socorros, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações.
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Objectivos Pedagógicos
Objectivos Gerais
O curso de Primeiros Socorros tem como objectivos gerais dotar os formandos de conhecimentos e
aptidões necessárias ao exercício de primeiros socorros, preparando-os para eventuais situações de
sinistro em que poderão agir de forma conveniente.
Objectivos Específicos
Em termos de competências específicas a adquirir, pretende-se que no final do curso os formandos sejam
capazes de:
Identificar os diferentes tipos de acidentes;
Reconhecer o Serviço Nacional de Proteção Civil;
Recpnhecer a importância da prevenção de acidentes e de doenças profissionais.
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Estrutura Programática
A estrutura programática do curso de formação foi desenvolvida tendo por base as características do
público-alvo, as suas necessidades de formação e os objectivos pedagógicos que se pretendem alcançar
com a intervenção formativa. Os conteúdos programáticos a desenvolver visam, globalmente, o reforço
do nível de conhecimentos e aptidões dos formandos, de forma a potenciar a melhoria do seu
desempenho profissional.
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o Socorrismo e realidade
A profissão confrontada com a doença
o Prevenção de acidentes e doenças profissionais
- Higiene do profissional
- Higiene do meio ambiente
o Revisão de atuação em diferentes casos
- Revisão dos efeitos tardios em certos acidentes
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PARTE 2
Desenvolvimento
Parte 2 – Desenvolvimento
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Tipos de acidentes
Segundo o Dicionário Electrónico Houaiss, acidente é «acontecimento casual, fortuito, inesperado;
ocorrência». E também «qualquer acontecimento, desagradável ou infeliz, que envolva dano, perda, lesão,
sofrimento ou morte». E ainda «fato acessório; qualidade particular, pormenor». Acidentes acontecem e, a
todo o momento estamos expostos a inúmeras situações de risco que poderiam ser evitadas se, no
momento do acidente, a primeira pessoa a ter contacto com o sinistrado soubesse proceder
corretamente na aplicação dos primeiros socorros. Muitas vezes esse socorro é decisivo para o futuro e a
sobrevivência da vítima.
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2.1.1. Prevenção do Agravamento do Acidente
Perante uma ocorrência da qual tenha resultado uma vítima o socorrista deve ter em consideração uma
sequência de procedimentos a tomar, segundo uma ordem específica. Estes procedimentos visam manter
a integridade do socorrista, permitindo a prestação de primeiros socorros de uma forma rápida e eficaz,
com activação atempada dos meios de ajuda diferenciada adequados.
Assim sendo, os princípios básicos de actuação perante uma vítima são:
1º - Garantir a segurança do socorrista;
2º - Garantir a segurança da vítima;
3º - Solicitar ajuda dos circulantes;
4º - Determinar prioridades;
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2.1.3. Exame do Sinistrado
Antes de iniciar qualquer procedimento o socorrista deve avaliar o sinistrado com o intuito de identificar
as lesões sofridas e desta forma definir as prioridades da sua atuação. Até que possa realizar uma
avaliação adequada da ocorrência deve mover o mínimo possível o sinistrado.
A avaliação da vítima divide-se em duas partes: avaliação primária e avaliação secundária.
As prioridades durante a avaliação de uma vítima são as seguintes:
1) Garantir a segurança da vítima, de terceiros e da equipa durante toda a intervenção;
2) Identificar e corrigir as situações que implicam risco de vida;
Existem 5 etapas constituem a avaliação inicial ou primária da vítima, pela seguinte ordem de prioridade:
A. Airway: Permeabilização da Via Aérea com controlo da coluna Cervical;
B. Breathing: Ventilação e Oxigenação;
C. Circulation: Assegurar a Circulação com controlo da Hemorragia;
D. Disability: Disfunção Neurológica;
E. Expose/Environment: Exposição com controlo de Temperatura.
Qualquer condição com risco de vida deve ser imediatamente abordada e se possível resolvida antes de
continuar o processo de avaliação (avaliação vertical).
A única exceção a esta regra é perante uma hemorragia exsanguinante (lesão de uma artéria de grande
calibre), em que a prioridade é o controlo imediato através da compressão manual direta ou com o uso
do garrote caso a primeira medida se revele ineficaz.
A avaliação inicial deve demorar apenas 60-90 segundos a realizar, no entanto, se forem necessárias
intervenções e/ou procedimentos poderá levar mais tempo.
Começa-se por avaliar o estado de consciência da vítima: verificar se responde a estímulos verbais e/ou
dolorosos (bater levemente nos ombros, tentar chamar e perguntar o nome, pedir para abrir os olhos). O
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socorrista deve observar todo o corpo da vítima, começando pela cabeça e comparando os dois lados do
corpo.
Caso a vítima se encontre CONSCIENTE segue-se a recolha de informação: - História: Saber como ocorreu
o acidente (também pode recorrer a testemunhas no local), identificar antecedentes pessoais (alergias,
doenças, medicação que toma regularmente)
-Sintomas: as sensações descritas pela vítima podem ser indicadoras de lesões (ex.: dor, tonturas)
-Sinais: O que o socorrista pode identificar através dos seus sentidos
Caso a vítima se encontre INCONSCIENTE, pode mesmo correr risco de vida, pois facilmente ocorre a
obstrução da via aérea, quer devido à queda da própria língua, quer pelo acumular de secreções, vómito,
sangue ou um corpo estranho na cavidade oral.
Assim, perante uma vítima inconsciente, o socorrista deve proceder à abertura da via aérea, utilizando a
técnica correta em relação ao tipo de ocorrência (se é de trauma ou de doença). Posteriormente avalia-se
a presença de objectos estranhos ou secreções na cavidade oral; caso se verifique a sua presença, estes só
devem ser removidos se estiverem visíveis.
De uma forma rápida e eficaz, o socorrista deve verificar se a vítima respira e mantém sinais de circulação
sanguínea. Para tal, após ter sido efectuada a abertura e permeabilização da via aérea, aproxima-se a face
da face da vítima observa-se o tórax. Em simultâneo deve-se colocar a extremidade de dois dedos num
local onde facilmente se possa verificar a presença de pulso (ex.: região da artéria jugular). Esta avaliação
pretende verificar a presença/ausência de sinais de respiração e circulação sanguínea, tem uma duração
de 10 segundos durante os quais o socorrista deve:
Ver movimentos torácicos
Ouvir ruídos respiratórios
Sentir a saída de ar na face
Pulso (palpar pulso)
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Após a execução do VOS’P:
- Se mantém sinais respiratórios e circulatórios: garantir a segurança da vítima colocando-a em
Posição Lateral de Segurança (PLS);
- Se não apresenta sinais respiratórios nem circulatórios: iniciar procedimentos de Suporte Básico
de Vida, mas a este tema voltaremos mais à frente...
Para além de categorizar a vítima pelo mecanismo de lesão ou natureza da doença, devemos com base
em indicadores clínicos objetivos obtidos na avaliação primária determinar se a vítima é CRÍTICA ou NÃO
CRÍTICA.
A vítima instável – CRÍTICA, requer intervenções imediatas e uma abordagem mais célere e enérgica e
frequentemente um transporte mais precoce para o local onde ocorrerá o tratamento definitivo.
Em resumo, independentemente de ser uma situação de doença súbita ou de trauma, a base da
abordagem à vítima deve ser a avaliação primária (ABCDE) que permitirá identificar ou excluir situações
com risco de vida.
Em situações de TRAUMA a decisão de categorizar a vítima como crítica deverá ter por base não só a
avaliação ABCDE, mas também o mecanismo de lesão. Os seguintes mecanismos/evidências podem
potenciar e/ou aconselhar a que a vítima seja abordada como crítica:
• Impacto violento na cabeça, pescoço, tronco ou pélvis;
• Incidente de aceleração e/ou desaceleração súbita (colisões, explosões e outros; sobretudo se
resultante desse incidente existir alguma vítima cadáver);
• Queda superior a 3 vezes a altura da vítima;
• Queda que envolva impacto com a cabeça;
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naturais, acidentes industriais, tiroteios ou atendimento de pessoas que passem mal: traição, apoplexia
(ataque cardíaco), ataques epilépticos, convulsões, etc. Tão importante quanto os próprios primeiros
socorros é providenciar o atendimento especializado. Como já se refriu anteriormente, ao informar as
autoridades, deve-se ser direto e preciso sobre as condições da(s) vítima(s) e o local da ocorrência. Mais
adiante abordaremos os cuidados de urgência inerentes a diversas situações...
Entretanto existe uma situação que se nos depara com relativa frequência, a qual nos provoca algum tipo
de stress e cujo socorro de urgência é relativamente simples e pode evitar uma deslocação aos serviços
de saúde mais diferenciados que é a Perda de Consciência (Desmaio). Geralmente não dura mais do que
uns minutos e é causada por uma redução momentânea do fluxo sanguíneo que irriga o cérebro.
O restabelecimento é normalmente rápido e completo. Pode ser uma reação nervosa à dor ou ao susto, o
resultado de uma perturbação emocional, exaustão, fraqueza alimentar, ou até o resultado de uma
quebra de tensão.
O desmaio é frequente depois de grandes períodos de inatividade física, em que a concentração de
sangue nos membros inferiores, reduz a concentração no resto do organismo.
Os desmaios podem acontecer, especialmente, em saunas ou mesmo nos banhos turcos e por norma só
duram uns segundos e o paciente recupera normalmente a sua lucidez.
Como prevenção aconselha-se, a todas as profissionais, que tenham no seu gabinete um
esfigmomanómetro, a fim de tomar as providências necessárias antes de proceder ao início do
tratamento.
Sintomas:
Ação
1) Posicione a vítima de forma que a gravidade faça fluir o sangue ao cérebro. Se a vítima sentir falta
de equilíbrio, ajude-a a sentar-se e a inclinar-se para a frente com a cabeça entre os joelhos.
Aconselhe-a a inspirar profundamente. Se a vítima ficar inconsciente, mas respirar normalmente,
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deite-a com as pernas levantadas e, se não recuperar logo, coloque-a em posição lateral de
segurança. Mantenha as vias respiratórias desobstruídas;
2) Desaperte quaisquer peças de roupas justas no pescoço, peito e cintura, para auxiliar a circulação
e a ventilação;
3) Certifique-se que a vítima tem bastante ar fresco para respirar. Dê-lhe água com uma colher ou
um pacote de açúcar, pois os desmaios podem ocorrer por baixo nível de açúcar no sangue;
4) Sossegue a vítima quando esta recuperar a consciência. Levante-a gradualmente até a sentar;
5) Examine a vítima e socorra qualquer lesão que possa ter feito ao cair;
6) Verifique a pulsação e os níveis de consciência de 10 em 10 minutos. Se a vítima não recuperar a
consciência rapidamente, proceda à reanimação e coloque-a em posição lateral de segurança, até
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lesão à vítima;
Não exista suspeita de trauma.
ângulo reto com o corpo da vítima ao nível do ombro e com a palma da mão virada para cima;
tro braço da vítima sobre o tórax e encostar a face dorsal da mão à face da vítima,
do lado do reanimador;
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o reanimador, imediatamente
acima do joelho e levantá-la, mantendo o pé no chão, de forma a dobrar a perna da vítima a nível
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Se a vítima tiver que permanecer em PLS por um longo período de tempo, recomenda-se que ao fim de
30 minutos seja colocada sobre o lado oposto, para diminuir o risco de lesões resultantes da compressão
sobre o ombro.
Se a vítima deixar de respirar espontaneamente é necessário voltar a colocá-la em decúbito dorsal.
respiratória
Causas
A falta de ar pode ter muitas causas diferentes:
respirar
suficiente para fornecer oxigênio para o corpo. Se o cérebro, músculos ou outros órgãos
corporais não recebem oxigênio suficiente, uma sensação de falta de ar pode ocorrer
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cer de pulmão.
ca
Outros problemas
de pânico.
gravidade;
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rificar o comportamento e posicionamento da vítima. Nas crises ligeiras, geralmente preferem
estar sentadas, nos ataques graves apresentar-se-á exausta e fazendo esforço para ventilar,
podendo estar confusa, prostrada ou agitada;
cianose ao nível das mucosas e pele;
Atuação:
com os alimentos, e está frequentemente associada a tentativa de engolir pedaços de comida grandes e
mal mastigados. Os doentes idosos com problemas de deglutição estão também em risco de obstrução
da via aérea por corpo estranho e devem ser aconselhados a comer de forma cuidadosa.
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Quando a obstrução é grave provoca aquilo a que chamamos de asfixia, ou seja há um impedimento total
da passagem do ar.
Obstrução ligeira: Consegue responder à pergunta: “Está engasgado?”; Consegue falar, tossir e respirar;
Nestas situações, devemos incentivar o utente a tossir vigorosamente e desapertar as roupas para que se
nais;
via aérea ou insconsciência.
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Se não conseguirmos ter sucesso com as manobras de desobstrução da via e o doente acabar por ficar
inconsciente, devemos ajuda-lo para que não caia desamparado e depois chamar o 112, chamar ajuda e
iniciar de imediato Suporte Básico de Vida.
Reanimação Cardiorrespiratória
Cadeia de Sobrevivência
Não será improvável que no nosso quotidiano nos deparemos com pessoas em situação de paragem
cardiorrespiratória. A nossa atuação precoce, perante essa situação pode ser um pequeno, mas vital,
contributo para salvar uma vida.
À luz do conhecimento atual, considera-se que há três atitudes que modificam os resultados nosocorro às
vítimas de paragem cardiorrespiratória:
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Estes procedimentos sucedem-se de uma forma encadeada e constituem uma cadeia de atitudes em que
cada elo articula o procedimento anterior com o seguinte. Surge assim o conceito de cadeia de
sobrevivência composta por quatro elos, ou ações, em que o funcionamento adequado de cada elo e a
articulação eficaz entre os vários elos é vital para que o resultado final possa ser uma vida salva.
quem). A incapacidade de adotar estes procedimentos significa falta de formação. A consciência de que
estes procedimentos podem salvar vidas humanas deve ser incorporada o mais cedo possível na vida de
cada cidadão.
Suporte Básico de Vida (SBV) precoce:
Para que uma vítima em perigo de vida tenha maior hipótese de sobrevivência é fundamental que sejam
iniciadas, de imediato e no local onde ocorreu a situação, manobras de SBV. Isto só se consegue se quem
presencia a situação tiver a capacidade de iniciar o SBV. O SBV permite ganhar tempo, mantendo alguma
circulação e alguma ventilação na vítima, até à chegada de socorro mais diferenciado para instituir os
procedimentos de Suporte Avançado de Vida (SAV).
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Desfibrilhação Precoce:
A maioria das Paragens Cárdio Respiratórias (PCR) no adulto ocorre devido a uma perturbação do ritmo
cardíaco a que se chama Fibrilhação Ventricular (FV). Esta perturbação do ritmo cardíaco carateriza-se por
uma atividade elétrica caótica de todo o coração, em que não há contração do músculo cardíaco e, como
tal, não é bombeado sangue para o organismo. O único tratamento eficaz para esta arritmia é a
desfibrilhação que consiste na aplicação de um choque elétrico, externamente a nível do tórax da vítima,
para que a passagem da corrente elétrica pelo coração pare a atividade caótica que este apresenta. A
desfibrilhação eficaz é determinante na sobrevivência de PCR. Também este elo da cadeia deve ser o mais
precoce possível. A probabilidade de conseguir tratar uma FV com sucesso depende do fator tempo. A
desfibrilhação logo no 1º minuto em que se instala a FV pode ter uma taxa de sucesso próxima dos 100%,
mas ao fim de 8 – 10 minutos a probabilidade de sucesso é quase nula.
Suporte Avançado de Vida (SAV) precoce:
Este elo da cadeia de sobrevivência é uma “mais – valia”. Nem sempre a desfibrilhação é eficaz, por si só,
para recuperar a vítima. Outras vezes a desfibrilhação pode não ser sequer indicada. O SAV permite
conseguir uma ventilação mais eficaz (através da entubação endotraqueal) e uma circulação também mais
eficaz (através da administração de fármacos). Idealmente, o SAV deverá ser iniciado ainda na fase pré –
hospitalar e continuado no hospital, permitindo a estabilização das vítimas recuperadas de Paragem
Cárdio Respiratória (PCR). Integram também este elo os cuidados pós – reanimação, que têm o objetivo
de preservar as funções do cérebro e coração.
As manobras de compressão torácica externa e de ventilação têm como objetivo manter algum grau de
circulação com sangue minimamente oxigenado, para preservação da viabilidade do coração e cérebro. O
SBV tem como função ganhar tempo até à chegada do desfibrilhador e da equipa de SAV.
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cabeça, pescoço e tronco. O reanimador deve posicionar-se junto da vítima para que, se for necessário
possa fazer ventilações e compressões sem ter que fazer grandes deslocações.
SEQUÊNCIA DE ACÇÕES
A avaliação inicial consiste em:
1. Avaliar as condições de segurança no local;
2. Avaliar se a vítima responde;
Depois de se assegurar que estão garantidas as condições de segurança, aproxime-se da vítima e
pergunte em voz alta “Está bem? Sente-se bem?”, enquanto a estimula batendo suavemente nos ombros;
3. Se a vítima responder, deixe-a na posição em que a encontrou (desde que isso não piore a
sua situação), pergunte o que se passou, se tem alguma queixa, procure ver se existem sinais de
dentárias soltas, secreções) que devem ser retirados, mas só se os conseguir ver;
uma mão na testa da vítima e os dedos indicador e médio da outra
mão no bordo do maxilar inferior;
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Após ter efetuado a permeabilização da via aérea passe à avaliação da existência de sinais de circulação –
ventilação e pulso.
6. Para verificar se a vítima respira deve manter a permeabilidade da via aérea, aproximar a sua
face da face da vítima e, olhando para o tórax, procurar:
Ver – se existem movimentos torácicos;
Ouvir – se existem ruídos de saída de ar pela boca e nariz da vítima;
Sentir – na sua face se há saída de ar pela boca e nariz da vítima;
Palpar – Pulso Central.
Esta avaliação deve ser feita durante 10 segundos.
7. Se a vítima respira normalmente deverá ser colocada em posição lateral de segurança (PLS).
8. Após a colocação em PLS deverá ir pedir ajuda e regressar para junto da vítima reavaliando-a
frequentemente.
9. Se a vítima não respira mas tem sinais de circulação deve ser feito o pedido de ajuda
diferenciada e iniciar suporte ventilatório (10 ventilações por minuto), reavaliando sinais de
circulação a cada minuto.
10. Se a vítima não tem sinais de circulação deve ser feito o pedido de ajuda diferenciada e
iniciar de imediato compressões torácicas.
No momento em que se confirma a paragem respiratória ou cardiorrespiratória, o reanimador 2 efetuará
o pedido de ajuda diferenciada enquanto o reanimador 1 inicia o SVB.
Se estiver sozinho, após verificar que a vítima não respira ou não tem sinais de circulação, terá que
abandoná-la para pedir ajuda diferenciada. Se quando abandonou a vítima ainda existiam sinais de
circulação embora esta não ventilasse, deverá reavaliar os mesmos no seu regresso.
Para iniciar compressões torácicas a vítima deve estar em decúbito dorsal sobre uma superfície rígida com
a cabeça no mesmo plano do resto do corpo.
-se junto à vítima;
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-os para que os seus ombros
fiquem perpendiculares ao esterno da vítima;
as ventilações:
Realizar SBV utilizando só compressões torácicas poderá ser efetuado nas seguintes situações:
-a-boca, efetue apenas
compressões torácicas;
pressões devem ser efetuadas de forma contínua, a uma frequência de 100/
minuto.
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As manobras, uma vez iniciadas, devem ser continuadas sem interrupção até que:
Feridas
Lesões fechadas
As lesões fechadas são lesões internas em que a pele se mantém intacta e normalmente estão associadas
a uma hemorragia interna. Este tipo de lesões é, na maior parte dos casos, originado por impacto, mas
pode surgir também em determinadas situações de doença.
Em muitos casos pode estar associado a outros traumatismos, como fraturas. Este acumular de sangue vai
dar origem a um inchaço doloroso de cor escura.
b) Equimose
A equimose, normalmente conhecida por nódoa negra, é o resultado do rompimento de vasos capilares,
levando a uma acumulação de sangue em pequena quantidade nos tecidos.
Actuação
Os cuidados de emergência são iguais para ambos os tipos de lesão, mas é preciso lembrar que este tipo
de lesão pode estar associado a outras mais graves. Por isso, deve se sempre efectuado o exame do
doente.
Quando da presença de uma destas lesões, proceder da seguinte forma:
• Acalmar o doente;
• Explicar o que vai ser feito;
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• Suspeitar de outras lesões associadas;
• Fazer aplicação de frio sobre o local;
• Imobilizar a região afectada;
• Procurar antecedentes pessoais;
• Ligar 112 e informar:
- Local exacto;
– Número de telefone de contacto;
– Descrever a situação;
– Descrever o que foi feito;
– Respeitar as instruções dadas.
Lesões ósseas
O esqueleto é o suporte e protecção do corpo humano. Quando submetido a uma força energética
superior à sua capacidade de absorção podem existir fracturas.
A fractura define-se quando existe toda e qualquer alteração da continuidade de um osso.
Fracturas
As fracturas podem classificar-se da seguinte forma:
• Fracturas abertas (expostas): quando existe exposição dos topos ósseos, podendo facilmente
infectar.
• Fracturas fechadas: a pele encontra-se intacta, não se visualizando os topos ósseos.
Sinais e sintomas de fracturas:
• Dor localizada na zona do foco de fractura, normalmente intensa e aliviando após a
imobilização;
• Perda da mobilidade. Pode, em alguns casos, existir alteração da sensibilidade;
• Existe normalmente deformação, podendo, em alguns tipos de fracturas, não estar todavia
presente;
• Edema (inchaço) normalmente presente, aumentando de volume conforme o tempo vai
passando.
• Exposição dos topos ósseos, no caso da fractura exposta, não deixa dúvidas em relação à
existência da mesma;
• Alteração da coloração do membro. Surge no caso de existir compromisso da circulação
sanguínea.
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Cuidados a ter no manuseamento de fracturas:
• Não efectuar qualquer pressão sobre o foco de fractura;
• Imobilizar a fractura, mantendo o alinhamento do membro, não forçando no caso de a fractura
ser ao nível do ombro, cotovelo, mão, joelho e pés;
• No caso de fracturas abertas, lavar a zona com recurso a soro fisiológico antes de imobilizar;
• Não efectuar movimentos desnecessários.
Imobilizações
Para imobilizar a fractura proceder da seguinte forma:
• Expor o membro. Retirar o calçado e roupa;
• Se existirem feridas, limpá-las e desinfectá-las antes de imobilizar;
Lesões Articulares
Entorse
Rotura ou torção dos ligamentos que reforçam uma articulação, provocada por um repuxamento violento
ou movimento forçado a esse nível.
Sinais e Sintomas
uns casos.
Primeiro Socorro
nferir apoio à articulação, envolvendo-a em camada espessa de algodão que se fixa com uma
ligadura;
transporte ao hospital.
Luxação
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Perda de contacto das superfícies articulares por deslocação dos ossos que formam uma articulação, o
que acontece quando esta sofre uma violência directa ou indirecta.
Sinais e Sintomas
Primeiro Socorro
ar a vítima em posição confortável;
Lesões Musculares
Distensão
Rotura das fibras que compõem os músculos, resultante de um esforço para além da sua resistência (ex:
levantar pesos).
Sinais e Sintomas
Primeiro Socorro
Cãibra
Contração sustentada, involuntária e dolorosa de um músculo ou de um conjunto de músculos,
provocada por situações de fadiga muscular, sudação abundante ou qualquer outra situação que
provoque desidratação.
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Sinais e Sintomas
Primeiro Socorro
Intoxicações
As intoxicações podem essencialmente ter três origens: acidental, voluntária ou profissional, sendo a mais
frequente a intoxicação acidental e normalmente por uso ou acondicionamento incorrecto dos produtos.
O agente tóxico pode entrar no organismo humano por uma das seguintes vias:
Via digestiva – É a mais frequente, normalmente associada a ingestão de alimentos deteriorados ou a
ingestão de medicamentos;
Via respiratória – Resulta da inalação de gases, fumos ou vapores, ocorrendo na maioria dos casos em
situações de incêndio ou de uma deficiência nas instalações de gás para uso doméstico;
Via cutânea – Quando o produto entra em contacto com o organismo através da pele;
Via ocular – Surge geralmente por acidente, quando um jato de um produto atinge os olhos;
Por injecção – via parentérica – Acontece com mais frequência nos toxicodependentes ou num caso de
erro terapêutico, quer ao nível da dose quer ao nível da própria substância;
Picada de animal – Em Portugal as mais frequentes devem-se às picadas do escorpião, alguns insectos,
víboras e peixes;
Via rectal ou vaginal – São situações raras, que podem surgir em alguns casos de tentativas de aborto
com recurso a substâncias químicas ou pela utilização de alguns medicamentos.
Quando se estiver perante uma intoxicação importa lembrar que, em muitos casos, o melhor socorro é
não intervir, devendo ter sempre presente que, em caso de dúvida, deve ser contactado o Centro de
Informação Antivenenos (CIAV) ou ligar para o número europeu de socorro 112.
No contacto com o CIAV ou com o 112 indicar:
a) Em relação ao tóxico: •
Identificar o tóxico:
– Nome do produto;
– Cor;
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– Cheiro;
– Tipo de embalagem;
– Fim a que se destina.
b) Em relação à vítima:
• Idade;
• Sexo;
• Peso;
• Doenças anteriores.
As embalagens devem acompanhar o doente à unidade de saúde, para facilitar a identificação do agente
CIAV – 112.
Os restantes casos, devido a sua especificidade, poderão apenas ser socorridos com intervenção médica.
Assim, devem ser accionados os meios de socorro o mais precocemente possível.
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Acidentes inerentes à profissão
Queimaduras
As queimaduras são lesões da pele e/ou tecidos subjacentes, resultantes do contacto com o calor e/ou
frio, substâncias químicas, electricidade e radiações. Embora as queimaduras atinjam principalmente a
pele, as suas repercussões acabam por ser sistémicas, com profundas alterações de todos os órgãos e
sistemas. As queimaduras constituem um dos acidentes mais frequentes, ocorrendo em variadíssimas
circunstâncias e em todas as idades. A maioria consiste em pequenas lesões sem grandes complicações
associadas. Contudo, algumas podem ser fatais ou potencialmente fatais, pelo que exigem um tratamento
adequado e o mais precoce possível, pois dele depende não só o resultado funcional e estético como
também a sobrevivência. A atuação pré-hospitalar consiste resumidamente em arrefecer a queimadura,
administrar oxigénio, prevenir a infecção, evitar a hipotermia. Sempre que existirem os meios humanos e
materiais para se proceder ao suporte avançado de vida, deve-se proceder à reposição da volémia e
controle da dor (solicitando apoio diferenciado).
CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS
As queimaduras podem classificar-se de várias formas. Alguns factores contribuem para avaliar a
gravidade de uma queimadura:
A causa da queimadura:
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A PROFUNDIDADE DA QUEIMADURA
A classificação das queimaduras quanto à profundidade faz-se por graus. Assim temos:
1º Grau.
São as menos graves pois envolvem apenas a epiderme.
Sinais e sintomas: rubor, calor, dor.
2º Grau.
Envolvem a primeira e segunda camadas da pele, respectivamente a epiderme e a derme.
Localmente é possível visualizar pequenas bolhas com líquido – flictenas – situadas à superfície da
pele e que resultam da tentativa do organismo para proteger e arrefecer a área queimada.
Sinais e sintomas: dor intensa, flictenas.
3º Grau.
Existe destruição de toda a espessura da pele (epiderme e derme) e dos tecidos subjacentes. A
pele apresenta-se acastanhada ou negra, sinal de destruição completa das células (morte celular),
denominando- se esta situação por necrose. Surpreendentemente estas queimaduras não doem
devido à destruição das terminações nervosas/sensitivas que se encontram nas estruturas
afectadas.
Sinais e sintomas: necrose, coloração negra ou castanha ou branca, sem dor.
compressas secas e irrigar com grandes quantidades de água ou soro. Limpar com compressas secas
antes de iniciar a lavagem como soro ou água. A limpeza inicial com compressas é importante se o
agente for em pó (ex. cal) ou insolúvel em água (ex. fenol). A lavagem deve durar, se possível, pelo menos
30 minutos e prosseguir mesmo durante o transporte até o hospital;
A queimadura com ácido fluorídrico constitui excepção: a lavagem deve durar 5 a 10 minutos e a vítima
rapidamente evacuada para o hospital para tratamento específico;
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De um modo geral, a neutralização química (utilização de um ácido para neutralizar uma base ou vice-
versa) provoca uma reacção em que se produz calor pelo que não deve ser realizada. A atitude correta é
diluir o químico, mesmo quando este reage com água;
Nas queimaduras eléctricas, é necessário desligar a corrente eléctrica e só depois observar a vítima. Nos
acidentes com corrente de alta tensão, não se deve aproximar da vítima sem indicação do pessoal
especializado no assunto (ex. companhia da electricidade, caminhos de ferro) dado o risco de se provocar
um arco voltaico, isto é a progressão da corrente eléctrica pela atmosfera através de um campo
magnético que existe em volta dos cabos ou terminais de alta tensão.
Controladas que estão as condições de segurança iniciar a abordagem segundo o Exame da Vítima.
Intervir sempre em função de AVALIAÇÃO PRIMÁRIA:
or má oxigenação do cérebro;
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Administrar oxigénio:
r oximetria ≥ 95% (se grávida ≥ 97%; se DPOC entre 88-92%);
microrganismos;
Irrigar as áreas queimadas com grande quantidade de Soro Fisiológico ou água de forma a aliviar a dor e
evitar o agravamento da queimadura em profundidade (no caso de queimaduras de 2º ou 3º grau, com
menos de 10% de área corporal, acima disto existe o risco de provocar hipotermia, algo não desejável). O
arrefecimento precoce reduz a progressão da queimadura em profundidade e diminui a dor. Faz-se
através de lavagem abundante com soro fisiológico ou água. É necessário cautela para evitar a hipotermia
que se pode instalar rapidamente. O gelo pode agravar a lesão cutânea pelo que não deve ser utilizado;
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Nas queimaduras químicas, o tempo de lavagem é variável. Nas queimaduras por bases fortes, a lavagem
pode prolongar-se por horas. No caso das queimaduras oculares, o tempo mínimo de lavagem
recomendado é de 30 minutos.
Hemorragias
Sempre que o sangue sai do espaço vascular estamos perante uma hemorragia. As hemorragias sendo
uma emergência necessitam de um socorro rápido e imediato. É imperioso que a equipa de socorro actue
de forma rápida e eficaz.
A perda de grande quantidade de sangue é uma situação perigosa que pode rapidamente causar a
morte.
Comportamento a Seguir
Intervir sempre em função de AVALIAÇÃO PRIMÁRIA:
A. Permeabilizar a via aérea com controlo da coluna cervical
B. Ventilação e oxigenação
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C. Assegurar a circulação com controlo da hemorragia
D. Disfunção neurológica
E. Exposição com controlo da temperatura
Abordar a vítima, imobilizando a cabeça desta em posição neutra e assumindo sempre a possibilidade de
coexistir um TVM:
Administrar oxigénio:
-92%);
emorragias: 3L/min;
Se a vítima apresentar compromisso ventilatório (frequência respiratória inferior a 8 ou superior a 35)
iniciar ventilação assistida, com insuflador manual, 10 a 12 ciclos por minuto (para melhorar a quantidade
de ar disponível para as trocas gasosas);
Identificar e controlar a hemorragia externa, pela seguinte ordem de actuação:
1. Pressão directa;
2. Garrote;
3. Elevação do membro;
4. Compressão indirecta;
Avaliar, caracterizar e registar os Sinais vitais;
Despistar sinais de choque;
Suspeitar de eventual hemorragia oculta;
Recolher o máximo de informação sobre o mecanismo do trauma e sobre a vítima recorrendo à
nomenclatura CHAMU;
Efetuar a observação sistematizada de modo a detectar eventuais lesões associadas;
Não dar nada a beber;
Manter a temperatura corporal;
Transportar para a unidade de saúde adequada mantendo vigilância apertada dos sinais vitais;
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Deve-se recorrer a métodos e técnicas de trabalho que visem impedir o circuito da contaminação
cruzada. Isto consegue-se pela adopção de normas e regras de trabalho que tenham por objectivo
eliminar o risco de contaminação, como também pelo manuseio adequado de equipamentos e materiais,
sua limpeza e desinfecção.
A contaminação pode definir-se como a presença de microrganismos patogénicos ou potencialmente
nocivos sobre pessoas e/ou animais.
Da descontaminação fazem parte essencialmente três processos:
Limpeza
Entende-se por limpeza o processo de remoção de sujidade que inclui a remoção e alguma destruição de
microrganismos, através da utilização de água e um detergente.
A limpeza deverá ser efectuada com água quente e um detergente, adequado à área a limpar. Deve-se
utilizar um detergente de diluições recentes e secar com papel limpo e seco.
Os detergentes não devem ser abrasivos e não se devem misturar com desinfectantes.
É importante reter que a limpeza é um método de descontaminação que remove os microrganismos
mecanicamente, ou seja, não destrói mas remove-os pelo seu arrastamento junto com água e o
detergente.
Desinfecção
É um conjunto de medidas que procuram conseguir a remoção e destruição de microrganismos
potencialmente patogénicos.
O desinfectante é todo e qualquer agente, químico ou biológico, que consegue destruir os
microrganismos patogénicos ou pelo menos atenuar a sua virulência (capacidade de invadir o organismo
hospedeiro), impedir a sua multiplicação e propagação. No entanto, para que sejam verdadeiramente
eficazes, é essencial que as superfícies a desinfectar tenham sido previamente lavadas, pois o
desinfectante apenas desinfecta a superfície após a remoção completa das matérias orgânicas como
secreções ou sangue.
Assim, se houver necessidade de desinfectar uma área, deve-se utilizar:
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os desinfectar
equipamentos e materiais conspurcados com sangue ou fluidos orgânicos. Os equipamentos
devem permanecer mergulhados nesta diluição, aproximadamente 30 minutos, após o que
devem ser passados por água corrente e bem secos;
e bem conhecido é o álcool a 70º. Este não destrói os microrganismos mas
reduz significativamente a sua virulência. Para além do seu custo, tem contra-indicações quando
o pretendemos utilizar em equipamentos que estiveram em contacto directo com o fluido
orgânico do doente.
Esterilização
O último dos três processos da cadeia de descontaminação é a esterilização que compreende as medidas
ou o conjunto de medidas que visam a destruição de todos os microrganismos patogénicos e não
patogénicos que se encontram nos materiais.
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Doença Profissional também é acidente de trabalho?
Doenças profissionais são aquelas que são adquiridas na sequência do exercício do trabalho em si.
Doenças do trabalho são aquelas decorrentes das condições especiais em que o trabalho é realizado.
Ambas são consideradas como acidentes de trabalho, quando delas decorrer a incapacidade para o
trabalho. Um funcionário pode apanhar uma gripe, por contágio com colegas de trabalho. Essa doença,
embora possa ter sido adquirida no ambiente de trabalho, não é considerada doença profissional nem de
trabalho, porque não é ocasionada pelos meios de produção. Contudo, se o trabalhador contrair uma
doença ou lesão por contaminação acidental, no exercício da sua actividade, temos aí um caso
equiparado a um acidente de trabalho. Por exemplo, se o operador de um banho de decapagem se
queima com ácido ao encher a tina do banho de ácido isso é um acidente do trabalho. Noutro caso, se
um trabalhador perder a audição por ficar muito tempo sem protecção auditiva adequada, submetido ao
excesso de ruído, gerado pelo trabalho executado junto a uma prensa de enormes dimensões, isso
também consagra um acidente de trabalho.
Um acidente de trabalho pode levar um trabalhador a ausentar-se da empresa apenas por algumas horas,
sendo neste caso um acidente sem afastamento (ex. Corte num dedo) ou então pode deixar o trabalhador
impedido de laborar por dias ou meses seguidos, sendo este um acidente por afastamento e que pode
resultar na incapacidade temporária, na incapacidade parcial e permanente ou ainda na incapacidade
total e permanente para o trabalho.
A incapacidade temporária é a perda de capacidade para laborar por um período limitado de tempo,
após o qual o trabalhador retorna às suas actividades normais.
A incapacidade parcial e permanente é a diminuição, por toda a vida, da capacidade física para o
trabalho. Ex. – Perda de um olho, um dedo, etc.
Incapacidade total e permanente é a invalidez incurável para o trabalho.
Neste último caso, o trabalhador não reúne condições para trabalhar (Ex. – se o trabalhador perder a
visão por completo num acidente de trabalho. Nos casos extremos, o acidente pode resultar na morte do
trabalhador.
Prevenção
Entende-se por Prevenção a acção: Evitar, Eliminar, Minimizar, Controlar – Os riscos profissionais através
de um conjunto de acções ou medidas que devem ser tomadas no projecto e/ ou em todas as fases da
actividade da empresa, do estabelecimento ou do serviço.
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A Prevenção será o melhor processo de reduzir ou eliminar as possibilidades de ocorrerem problemas de
segurança com o trabalhador. A Prevenção consiste na adopção de medidas de protecção, na previsão de
que a segurança física do operador possa ser colocada em risco durante a realização do seu trabalho.
Nestes termos pode-se acrescentar que as medidas a tomar no domínio da higiene industrial não diferem
das usadas na prevenção dos acidentes de trabalho.
Princípios Gerais de Prevenção
Acções de prevenção de programação
-primas e produtos)
Acções de prevenção de vigilância
terá a eficácia desejada para proteger a saúde dos trabalhadores e será certamente mais onerosa;
2. Prevenção reactiva resume-se a um conjunto de medidas complementares às anteriores e
ocorrem principalmente logo após o fim do projecto/ construção e antes da disponibilização do
bem para uso comum. É a identificação de situações em que as medidas tomadas no momento
da idealização do projecto não foram eficazes. Estão geralmente ligadas:
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rganização da formação ao nível dos utilizadores e do pessoal da manutenção.
3. Prevenção integrada. Modo de prevenção que consiste em agir a montante (nos sistemas
organizacionais, nos sistemas ambientais) devendo actuar:
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-acidente (factores causais)
i. Máquinas;
ii. Materiais;
iii. Instalações e equipamentos;
iv. Espaço, acesso e superfícies de trabalho;
v. Ambiente de trabalho;
vi. Tipo e organização da tarefa;
vii. Formação, informação e comunicação
viii. Falhas de gestão; ix. Factores individuais.
Protecção Colectiva
As medidas de protecção colectiva, através dos equipamentos de protecção colectiva (EPC), devem ter
prioridade, conforme determina a legislação, pois beneficiam todos os trabalhadores indistintamente. Os
EPC’s devem ser mantidos nas condições que os especialistas em segurança estabelecerem, devendo ser
Quando não for possível adoptar medidas de segurança de ordem geral, para garantir a protecção contra
os riscos de acidentes e doenças profissionais, devem utilizar-se os equipamentos de protecção
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individuais (EPI – Todos os de uso individual do trabalhador), destinados a proteger a integridade física e
saúde do trabalhador.
Os EPI’s não evitam acidentes, como acontece, de forma eficaz, com a protecção colectiva. Apenas
diminuem ou evitam lesões que podem decorrer de acidentes.
Olhos: Óculos contra impactos, que evita cegueira total ou parcial, a conjuntivite, entre outros.
Vias respiratórias: Protector respiratório, que previne problemas pulmonares, das vias respiratórias bem
como transmissão de infecções;
Face: Máscara de soldador ou outras;
Ouvidos: Auriculares para prevenção da surdez, cansaço, irritação e outros problemas psicológicos;
Mãos e Braços: Luvas de protecção contra os mais variados problemas, quer do trabalhador como dos
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
No interior e exterior das instalações das empresas, devem existir formas de aviso e informação rápida,
que possam auxiliar os elementos da empresa a actuar em conformidade com os procedimentos de
segurança. Com este objectivo existe um conjunto de símbolos e sinais especificamente criados para
garantir a fácil compreensão dos riscos ou dos procedimentos a cumprir nas diversas situações laborais
que podem ocorrer no interior de uma empresa ou em lugares públicos. Alguns exemplos:
Sinais de perigo
Indicam situações de risco potencial de acordo com o pictograma inserido no sinal. São utilizados em
instalações, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc... Têm forma triangular, contorno e
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Indicam os comportamentos obrigatórios de acordo com o pictograma inserido. Utilizados em
instalações, acessos, aparelhos e procedimentos, etc... Forma circular, fundo azul e pictograma em branco.
Sinais de Emergência
Fornecem informações de salvamento de acordo com o pictograma inscrito. São utilizados em
instalações, acessos e equipamentos. Têm forma rectangular, fundo verde e pictograma branco.
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Serviço Nacional de proteção cívil
modo a possibilitar uma actuação rápida, eficaz e com economia de meios, em situações de doença
súbita, acidentes, catástrofes, nas quais a demora de diagnóstico ou terapêutica, podem acarretar grave
risco ou prejuízo ao doente”.
Cabe ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) o papel de “organismo coordenador das
actividades da Emergência Médica a executar pelas diversas entidades intervenientes no Sistema e cuja
actuação se desenvolverá segundo um esquema de organização regional”
Componentes e Organização
Face ao exposto anteriormente, torna-se fácil compreender que para que este objectivo seja atingido
-Socorro.
Detecção
A Detecção corresponde ao momento em que alguém se apercebe da existência de uma ou mais vítimas
de doença súbita ou acidente.
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Alerta
Esta fase corresponde ao momento em que se contactam os serviços de emergência. Normalmente, o
contacto com a Central de Emergência é feito através do Número Europeu de Socorro: “112”.
Interessa agora perceber o que é na realidade uma Central de Emergência.
As Centrais de Emergência são centros telefónicos, criados ao nível de cada distrito, que fazem a triagem
e encaminhamento das chamadas feitas através do Número Europeu de Socorro ou seja, têm por função
receber e encaminhar para a entidade adequada todos os pedidos de socorro que envolvem as mais
variadas situações:
a a Polícia.
Os CODU (Centros de Orientação de Doentes Urgentes) são centrais rádio e telefónicas coordenadas por
um médico e que, dentro da área da saúde, fazem a gestão dos pedidos de ajuda e dos meios de socorro
disponíveis em cada momento na sua zona de actuação. Fundamentalmente, compete ao CODU prestar,
em tempo útil, orientação e apoio médico necessário ao eficiente socorro do doente, na área da sua
responsabilidade, quer em situações de emergência médica quer de doença súbita ou acidentes.
Nomeadamente, compete aos CODU:
utente.
justifique.
isto num espírito de cooperação e de uma forma concertada com outras entidades e centrais.
Pré - Socorro
Esta fase corresponde ao aconselhamento feito no momento do contacto com o médico, actualmente
apenas possível no CODU.
Vimos então que os CODU são centrais coordenadas por médicos, logo dentro da área da saúde, fazendo
com que estas centrais se encontrem devidamente habilitadas a proporcionar a ajuda adequada a cada
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situação de doença, dentro dos meios disponíveis, sendo o objectivo principal o início do tratamento no
local e o encaminhamento posterior para o local mais adequado.
Para que tal seja possível estas centrais encontram-se dotadas de meios humanos e técnicos:
do
para a triagem, aconselhamento e atendimento telefónico e gestão de meios de socorro.
para conversação com meios de socorro da sua área de influencia, possibilidade de ligação a
Meios INEM
Os CODU têm à sua disposição diversos meios de comunicação e de actuação no terreno, com sejam as
Ambulâncias INEM, os Motociclos de Emergência, as VMER, as Viaturas de Intervenção em Catástrofe
(VIC) e os Helicópteros de Emergência Médica.
Ambulâncias INEM, também conhecidas por Ambulâncias de Socorro, destinadas à estabilização e
transporte de doentes que necessitem de assistência no local e durante o transporte, cujo a tripulação e
equipamento permitem providenciar a abordagem inicial em trauma, emergências médicas e Suporte
Básico de Vida. Estas Ambulâncias estão sediadas em vários pontos do País, quer associadas às diversas
Delegações do INEM quer em corpos de Bombeiros.
Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER), são veículos de Base Hospitalar cuja filosofia
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percebemos a vantagem deste meio na Emergência Médica. Não é possível ter equipas médicas em todo
o lado, mas é possível ter equipas diferenciadas dotadas de uma grande mobilidade. Os Helicópteros
funcionam ao nível das unidades de cuidados intensivos e intervêm tanto no transporte primário (do local
de ocorrência para a unidade de saúde) como no transporte secundário (entre unidades de saúde
progressivamente mais diferenciadas).
Motociclos de Emergência (ME), que com a sua agilidade quando comparada com a de uma
ambulância no meio do trânsito citadino, permite a chegada mais rápida do primeiro socorro junto de
quem dele necessita. Reside aqui a sua principal vantagem relativamente aos meios de socorro
tradicionais. A carga da moto dispõe de equipamento que permite ao Tripulante a adoçam das medidas
iniciais, necessárias à estabilização da vítima até que estejam reunidas as condições ideais para o seu
eventual transporte.
Viaturas de Intervenção em Catástrofe (VIC) - É um veículo que se destina a dar apoio aos operacionais
destacados para as situações de excepção. Permite transportar e apoiar o Posto Médico Avançado (PMA),
garantir a iluminação do local, transportar material específico e garantir as telecomunicações. O seu
principal material é: macas, gerador, coluna de iluminação, tenda e material para o PMA, material diverso
e o centro de telecomunicações.
Meios reserva
São os meios de socorro habitualmente denominados por:
- Posto de Emergência Médica - ou em Corporações com
protocolos específicos, existe uma Ambulância Reserva, cujo equipamento é semelhante às
Ambulâncias INEM. Mediante um protocolo e a utilização de verbetes INEM os seus
accionamentos equiparam-se às Ambulâncias INEM dos PEM.
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Na fase de Socorro prestam-se os primeiros cuidados de saúde, ainda no local de ocorrência, às vítimas
de doença súbita ou acidente. Esta actuação pode englobar todas as áreas da emergência médica,
dependendo dos meios de socorro envolvidos:
Transporte
Nesta fase, após a estabilização do doente, o médico responsável (no CODU ou no local) toma a decisão
do transporte. Pretende-se que a filosofia presente seja “o doente certo no sítio certo”. Assim, o doente
pode ser encaminhado para a unidade de saúde que mais se adequa à sua situação clínica. O doente
poderá ser encaminhado para os Serviços de Urgência Hospitalares; salas de Reanimação ou Trauma,
Unidades Cuidados Intensivos, Serviços de Atendimento permanente, entre outros.
Nesta fase torna-se igualmente importante ponderar o transporte: o meio de transporte certo com o
equipamento e pessoal certo garantem o nível de cuidados de emergência até ao destino.
Tratamento na unidade de saúde
Esta fase corresponde ao tratamento no serviço adequado ao estado clínico da vítima. Pode, no entanto,
incluir a intervenção de um estabelecimento de saúde (SAP, CATUS, hospital distrital, etc.), onde são
prestados os cuidados necessários com vista à sua estabilização definitiva e posterior transferência para
um hospital mais diferenciado e/ou adequado à situação.
A organização deste sistema obedece a um planeamento central, enquanto a execução do programa
deve ser desenvolvida a nível regional. Os programas indispensáveis para o SIEM são:
o Formação específica dos profissionais;
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Em resumo, o SIEM é o sistema que foi pensado e operacionalizado com a meta de alcançar os objectivos
definidos no conceito de emergência médica, e são eles:
o Rápida actuação;
o Atuação correta e eficaz;
o Economia de meios.
O Símbolo do SIEM
A estrela da vida, símbolo internacional da emergência médica, “nasceu” nos EUA, e cada um dos seus
braços tem um significado bem concreto, tal como qualquer dos membros que a integram.
A sua utilização, entre nós ou no âmbito internacional, obedece a normas internacionais importantes que
pital de referência;
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Quanto ao bastão com a serpente enrolada, colocado no centro da estrela, simboliza a saúde.
Com efeito, lendo-se a mitologia grega por um lado e a bíblia por outro, aí vamos encontrar a explicação
para este símbolo aparecer desde há muito ligado às profissões dedicadas à cura, ou seja a medicina e a
farmácia.
“Faz uma serpente ardente e enrola-a sobre um poste. Todo aquele que for mordido, olhando para a
serpente que fizeres, será salvo”. Livro dos números, capítulo 21, versículos 4 e 9
Propriedade do Símbolo e Normas para a sua utilização
Hoje em dia, e com a extinção do SNA, é o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que detém o
uso da Estrela da Vida, enquanto organismo tutelar da emergência médica em Portugal.
o se garantirem uma
tripulação habilitada, conforme figura no quinto ponto.
Subsistemas do SIEM
Desde 1981, o INEM tem vindo a ampliar a sua rede de actuação através da criação de subsistemas para a
prestação de socorros com características específicas, como são os cuidados de saúde aos recém-
nascidos de alto risco, as intoxicações ou o socorro a vítimas a bordo dos navios.
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O CIAV é um centro médico que funciona 24 horas por dia, todos os dias e atende consultas de técnicos
de saúde e público, de todo o país, e que sejam referentes a intoxicações agudas ou crónicas, de
exposição humana ou animal.
O Centro atua ainda nas áreas de toxico vigilância, prevenção, ensino e acidentes colectivos, dando apoio
e emitindo pareceres. Telefone: 808 250 143.
Transporte de recém-nascidos de alto risco
Consiste na realização de transporte, com equipas móveis especializadas de médicos e enfermeiros com
competência em neonatologia, de recém-nascidos que requeiram tratamento em cuidados intensivos
neonatais e nascidos em hospitais que não disponham deste tipo de cuidados.
Centro de orientação de doentes urgentes (CODU)
Ao CODU compete prestar, em tempo útil, na área da sua responsabilidade, orientação e apoio médico
necessários ao socorro eficiente de doentes em situação de emergência ou vítimas de acidentes.
Centro de orientação de doentes urgentes – mar (CODU Mar)
Ao CODU-MAR compete assegurar o atendimento, orientação médica e encaminhamento dos pedidos de
socorro que, em matéria de saúde, provenientes de embarcações ou navios, independentemente do local
em que ocorrem ou da nacionalidade, de acordo com as regras nacionais e internacionais definidas sobre
a matéria.
Serviço de Helicópteros de Emergência Médica (SHEM)
O serviço de helicópteros foi criado com o objectivo de dotar o sistema de meios aéreos na área da
emergência médica.
A tripulação dos helicópteros é constituída por dois pilotos, um médico e um enfermeiro, funcionam ao
nível dos cuidados intensivos, com capacidade para executar manobras de suporte avançado de vida, e
permitem:
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Unidades de Neonatologia, Cuidados Intensivos Pediátricos e/ou determinadas especialidades ou
valências.
As ambulâncias deste Subsistema dispõem de um Médico especialista, um Enfermeiro e um TAE, estando
dotadas com todos os equipamentos necessários para estabilizar e transportar os doentes pediátricos.
Em 2010 foi concluído o processo de alargamento do âmbito deste serviço ao transporte de todos os
grupos etários pediátricos. Este serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano.
MOTAS
As motas de Emergência são tripuladas por um TAE e graças à sua agilidade no meio do trânsito citadino,
permitem a chegada mais rápida do primeiro socorro junto de quem dele necessita. Reside aqui a sua
principal vantagem relativamente aos meios de socorro tradicionais. Naturalmente limitada em termos de
material a deslocar, a carga da moto inclui DAE, oxigénio, adjuvantes da via aérea e ventilação,
equipamento para avaliação de sinais vitais e glicemia capilar entre outros. Tudo isto permite ao TAE a
adopção das medidas iniciais, necessárias à estabilização da vítima até que estejam reunidas as condições
ideais para o seu eventual transporte.
UMIPE
A unidade móvel de intervenção psicológica de emergência (UMIPE) é um veículo de intervenção
concebido para transportar um psicólogo do INEM para junto de quem necessita de apoio psicológico,
como por exemplo, sobreviventes de acidentes graves, menores não acompanhados ou familiares de
vítimas de acidente ou doença súbita fatal. É conduzida por um elemento com formação em condução de
veículos de emergência. Atuam na dependência directa dos CODU, tendo por base as Delegações
Regionais.
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PARTE 3
Conclusão
Parte 3 - Conclusão
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Conclusão
Neste manual foram apresentados os conteúdos de aprendizagem da unidade, tendo sempre por base as
diretrizes existentes a nível nacional e internacional para primeiros socorros, suporte básico de vida,
atuação em caso de urgência, planos de medicação, acompanhamento em consultas de diagnóstico e
sinais vitais.
No entanto, é importante que compreenda que todas as informações no âmbito da prestação de
cuidados de saúde estão em constante atualização, fruto da evolução contínua da ciência e da medicina,
pelo que deve ter a preocupação de ir verificando as novas diretrizes que vão sendo publicadas.
Para além disso, este manual não dispensa a presença nas sessões de formação, pois os aspetos
mencionados serão explicados e exemplificados em sala de formação, de modo à sua melhor
compreensão e captação dos conteúdos.
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Bibliografia
Nota
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formandos em frequência do curso de xxx.
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