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ATOS PROCESSUAIS
1-) Conceito:
Os acontecimentos naturais da vida, sejam ou não provocados pelo homem, são chamados
de FATOS.
Quando os FATOS que apresentam relevância jurídica consistem em uma ação humana,
que se traduz por DECLARAÇÃO DE VONTADE, destinada a provocar uma
conseqüência jurídica, passam eles à categoria de ATOS JURÍDICOS.
Logo, ATO PROCESSUAL, é uma espécie de ato jurídico, que acontece quando o ato
jurídico é usado para criar, modificar ou extinguir direitos. È o que acontece com o
oferecimento da denúncia, a sentença, etc.
Podem ser:
ATOS DE TERCEIRO
CITAÇÕES E INTIMAÇÕES
Conceito: É o ato processual com que se dá conhecimento ao RÉU da acusação contra ele
intentada a fim de que possa defender-se e vir a integrar a relação processual.
Integrar: momento em que citado ele passa a fazer parte do trinômio processual.
Citação é só na primeira vez, nas outras o réu será intimado ou notificado.
A citação é feita ao denuncia ou querelado sobre o ingresso da ação penal e, portanto, não
existe no inquérito policial.
Só o acusado é que pode ser o ÚNICO sujeito passivo da pretensão punitiva, é que pode ser
citado. Deve assim, ser citado o réu e não o seu representante ou curador, pois mesmo que
aquele seja insano mental, a nomeação do curador se fará em vias próprias.
A citação é ato ESSENCIAL do processo, imposição categórica de garantia constitucional,
e sua falta é causa de NULIDADE ABSOLUTA do processo.
CLASSIFICAÇÃO
a. Citação Real: Dá-se quando realizada na pessoa do próprio acusado, tendo ele
conhecimento do fato por mandado, carta precatória, carta de ordem, etc.
b. Citação Ficta: (presumida) Ocorre quando se rpesume que tenha o acusado tido
conhecimento da acusação. São modalidades as citações por hora certa e por edital.
• Obs: A citação tem como EFEITO completar a instância, ou seja, a relação jurídica
procesual, com o surgimento da figura “réu”.
Ao contrário do que ocorre no processo civil, esta não previne a jurisdição, que
ocorre com a distribuição (art 75) nem interrompe prescrição (art. 117). (o que
interrompe a prescrição é o recebimento da denúncia.
CITAÇÃO REAL
Requisitos:
a. Intrínsecos: Art 352 CPP.
• Nome do juiz
• Nome do querelante, nas ações de queixa
• Nome do réu, os seus sinais característicos se o nome for desconhecido.
• Residência do réu se conhecida
• Fim da citação
• Juízo, dia e hora em que ele deverá comparecer.
• Subscrição do escrevente e assinatura do juiz.
Obs: O inciso VI não é mais aplicado, pois antigamente o réu era citado para apresentar
defesa preliminar em 10 dias.
Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, deve ser citado por
precatória.
Usa-se os mesmos requisitos do mandado.
• Precatória itinerante: art. 355 CPP
Vai onde a pessoa estiver. Ex. c.prec. de Sp para santos, só que em santos o oficial
constata que o citando está em campinas. A carta não voltará para sp aviosando isto. Irá
direto para o juízo de campinas.
• Carta de Ordem
Casos de prerrogativa de foro.
CITAÇÃO FICTA
Hipóteses
1. Réu não encontrado – Art. 363, § 1° e 361 CPP
Para que ocorra é necessário que antes, em certidão, o oficial tenha certificado
que o réu está em LINS, sob pena de nulidade (dever haver cautela em observar
todos os endereços, antes que haja a citação por edital)
SUSPENSÃO DO PROCESSO
Prevê a lei a possibilidade de decretação de revelia do réu que não compareceu ao ato
do processo a que devia estar presente qdo para tal foi citado.
A CONTUMÁCIA (ausência injustificada ao ato do processo), acarreta a revelia, diante
da qual o processo desenvolve-se sem que haja o revel notificado ou intimado dos atos
– Somente da sentença.
SUJEITOS PROCESSUAIS
Estas três pessoas são os sujeitos principais (ou essenciais) do processo. Existem
tbm os sujeitos secundários (ou acessórios ou colaterais), que são pessoas que tem
direito sobre o processo, mas podem existir ou não, sem afetar a relação processual.
1. Sujeitos Principais: Aqueles que se não existirem, a relação processual não existe.
Se faltar uma das partes, faltará pressuposto processual de existência.
1.1. Autor: Parcial: Tem interesse no jus puniendi
1.2. Réu: Parcial: Faz valer seu jus libertatis.
1.3. Juiz: Imparcial
Ocupa posição proeminente na relação processual. A rigor é chamado de Estado-Juiz.
Reside na realização pacífica do direito material substituindo a vontade das partes e
dizendo o direito ao caso concreto.
Para que possa exercer validamente suas funções é necessário que tenha capacidade
subjetiva. Em abstrato exige-se a capacidade funcional, que são os requisitos para o
ingresso na magistratura, investidura n cargo, etc.
Quanto à capacidade especial o juiz não pode estar impedido nem suspeito caso
contrário, haverá nulidade.
JUIZ
Para que o juiz possa desempenhar seu papel com total imparcialidade são garantidos a
ele alguns poderes que são instrumentos para a efetiva realização da atividade
jurisdicional.
Prerrogativas e vedações
• Ingresso mediante concurso
• Vitaliciedade: adquirida após 2 anos do exercício do cargo, só podendo perdê-lo por
sentença judicial transitada em julgado – Não se confundindo com perpetuidade
tendo em vista a aposentadoria compulsória aos 70 anos.
• Inamovabilidade: Confere ao magistrado estabilidade no cargo do qual é titular, só
podendo ser removido em razão de interesse público
• Irredutibilidade de vencimentos.
Vedações
• Receber qquer tipo de contribuição de pessoas físicas, entidades ,etc
• Exercer advocacia no tribunal onde se afastou antes de decorridos 3 anos do
afastamento por aposentadoria ou exoneração.
• Não pode exercer outro cargo ou função, salvo o magistério.
• Não pode dedicar-se à atividade política.
MINISTÉRIO PÚBLICO
Natureza Jurídica
Vários Posicionamentos
• Alguns entendem que o MP integra o poder judiciário.
Prof. Num concorda, fala que estas são teorias de autores administrativitas com base
européia.
Princípios Institucionais
Outros Princípios
• Princípio da Irresponsabilidade
O promotor não pode ser civilmente responsável pelos atos praticados no exercício de
sua função, salvo se comprovada a má-fé.
• PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE
O MP é órgão imparcial (Prof. Acha que não é, mas se cair na prova o MP é
IMPARCIAL)
No CPP fala que as causas impeditivas e suspensivas se aplicam ao MP.
Funções
• Investigação do MP – Prof. Acha que o MP pode investigar, mas que não tem
poderes investigatórios.
Prerrogativas
Vedações
ACUSADO
É a pessoa contra quem se propõe a ação penal, ou seja, o sujeito passivo da
pretensão punitiva
Detentor da capacidade penal: Legitimidade ad processum
Não pode ser menor, animal, ser inanimado, parlamentar, e pessoa jurídica (este
último tem exceções). – Nestes casos faltará a legitimidade as causam.
Os inimputáveis por doença mental tem legitimidade por há a Medida de Segurança.
Identificação do acusado
Direitos do Acusado
ESPÉCIES DE DEFENSOR
• Constituído (procurador)
A parte é quem chama
Será constituído através de procuração, ou apud acta (art 266 CPP)
Apud acta: No interrogatório réu leva advogado e fala para o juiz que que constituir
advogado (pode até designar poderes específicos), e tudo deve ser reduzido a termo.
O advogado constituído deve ter poderes especiais para aceitar perdão, argüir suspeição
e falsidade de documento (incidente de falsidade).
• Defensor Dativo
Art 263 CPP
É nomeado pelo magistrado
Se acusado não quiser o defensor , poderá nomear outro de sua confiança.
Recusa: Deve ser fundamentada (tacitamente revogado pelo art. 15 da Lei 1060/50
Réu não pobre: 263, CPP pu.
Será obrigado a pagar honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz
• Colidência de Defesa
Se houver mais de um réu deve haver um defensor dativo para cada réu.
Se advogado constituído: Há correntes falando que pode e outras que não.
CURADOR
Requisitos: Antigamente era necessário nos cãs em que o réu era menos (+ de 18 anos
e – de 21)
Com o novo CC está discussão ficou superada. O art. 5 do CC passou a considerar o
maior de 18 anos plenamente capaz de praticar qquer ato jurídico sem a necessidade da
presença de curador.
Só se pode falar de curador no caso do réu que ao tempo do crime era portador de
doença mental ou tem o desenvolvimento incompleto ou retardado.
Quem será o curador? Qquer pessoa capaz que tenha maturidade suficiente para zelar
pelos interesses do curatelado. Na prática é sempre o advogado.
Processo fica Suspenso – Atos inadiáveis (atos que podem perecer) serão praticados na
presença do advogado.
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
• Hipóteses
Se o réu for condenado e o assitente quiser sozinho que aumente a pena, pode
recorrer???
Há divergência:
Quem acha que o advogado quer o jus puniendi: então o assistente pode recorrer
Quem acha que o advogado quer indenização: Não pode recorrer
AUXILIARES DA JUSTIÇA
• Permanentes:
Escrivão: função essencial – documenta os atos do juiz.
Escreventes e auxiliares: estão sob a supervisão do escrivão.
Atos externos: oficiais de justiça
• Eventuais
Perito – Oficial – Aprovado em concurso de provas e títulos
Não oficial – Nomeado pelo juiz
Interprete – sinais e gestos
Tradutor – escrita e fala
Conciliador - JECRIM