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L e PM Editores
1997
Permitido o uso apenas para fins educacionais de pessoas com deficiência visual
Nota de contracapa
Neste livro, pais, mães, tios, vizinhos, meninas e meninos maluquinhos terão um
panorama
dos perigos e cautelas que rondam a vida moderna. É claro que não vai acontecer nada com
nenhum de vocês! O Dr. Tuta e Ziraldo tem tanta certeza disto que simularam e pensaram
situações de perigo que podem surpreender os "maluquinhos" de todo o Brasil. É só ler e se
cuidar. Abordaram desde as situações mais comuns até os piores azares, procurando dar
uma solução de emergência e lembrando que, na dúvida se deve procurar um médico, Este
é,
antes de mais nada, um livro útil, um guia de emergências que procura prever ocorrências
banais como febre, dor de cabeça, luxações e fraturas até situações de risco possíveis no
dia-
a-dia. Quase um manual de primeiros socorros, mas divertido, bonito e bem-humorado, o
Manual de Sobrevivência do Menino Maluquinho é leitura obrigatória para pais e filhos.
Final da nota de contracapa.
Tzvi Bacaltchuk, o Dr. Tuta, é médico pediatra formado pela Universidade Católica de
Pelotas (RS) em 1978, com formação em pediatria nos anos de 79 e 80 no Hospital da
Criança Conceição em Porto Alegre. Especializou-se em pós-operatório de cirurgia
cardíaca
pediátrica pela International Heart School de Bérgamo, Itália.
O Dr. Tuta tem clínica em Porto Alegre, onde também é responsável pela área clínica
pediátrica do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul.
Final da nota da orelha do livro.
Contém:
-- Página 4
-- Página 5
-- Página 6
Papaizão e mamãezinha, este papo é com vocês...
As meninas e meninos maluquinhos de hoje são tão ocupados quanto seus pais. Vão pra
escola, pra aula de inglês, jiu jitsu, dança... Vão para a praia, o cinema, a pizzaria, o
shopping... E tem ainda o tempo para brincar, que ninguém é de ferro.
Ao redor disto tudo, tem a cidade. Grande ou pequena, ao mesmo tempo em que
proporciona tantas coisas boas, ela ameaça as crianças de todos os lados. Um pequeno
descuido, muitas vezes, pode machucar seriamente. Dentro e fora de casa, pequenos perigos
rondam as crianças. E às vezes podem mudar a nossa vida.
O objetivo deste guia é mostrar as inúmeras situações de perigo nas quais as crianças se
vêem envolvidas no dia-a-dia e como lidar com elas. Vamos tentar, com isto, diminuir os
riscos dos acidentes e também o número de atitudes erradas que os pais tomam, na maioria
das vezes sob pressão, quando se vêem frente a uma criança acidentada. A melhor forma de
enfrentarmos os acidentes e suas conseqüências é preveni-los, e não remediá-los.
Para isto, temos apenas que procurar a maneira mais simples e menos perigosa de fazer as
coisas. Se, apesar de todos os nossos cuidados, os acidentes acontecerem, haverá sempre
uma forma simples e rápida de resolver a situação. E só pensar com a cabeça fria, e deixar
que o bom senso prevaleça sobre nossa ansiedade. Por exemplo: uma simples limpeza do
ferimento tem um efeito muito mais eficaz do que o uso de uma pomada inadequada...
Todas as orientações aqui contidas, porém, em momento algum, têm a pretensão de
dispensar uma melhor avaliação de um especialista da saúde.
-- Página 7
-- Página 8
-- Página 9
Os bebês não têm nenhuma capacidade de perceber o perigo e ficam muito mais expostos
a:
Quedas
Queimaduras
Overdose de medicamentos
-- Página 10
Nesta faixa etária, a criança vive o momento do pensamento mágico, isto é, pensa que tem
superpoderes, como voar igual aos super-heróis, aumentando o risco de :
Quedas
Atropelamentos
Queimaduras
Intoxicações
Embora neste grupo etário as crianças já tenham noções bem claras de perigo e
segurança,
sofrem de uma maneira importante a influência de seus companheiros e amigos. Seu
poder de julgamento crítico está muito aquém de suas habilidades motoras.
Conseqüentemente, ficam muito mais expostos a riscos de acidentes tais como:
Queimaduras
Afogamentos
Atropelamentos
Ferimentos com facas e armas de fogo
Traumatismos dentários em função de brincadeiras agressivas, como lutas corporais e
correrias em lugares inadequados.
-- Página 15
Pelo fato de estar mais liberado e passar mais tempo longe da supervisão dos adultos, ou
às
vezes pela própria influência negativa destes mesmos adultos, o adolescente está mais
exposto aos riscos de acidentes causados pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas,
como:
Acidentes de motos ou carros
Intoxicações por drogas
Afogamentos
Atropelamentos
Quedas e traumatismos graves, fraturas e lacerações devidas à prática de esportes
violentos.
-- Página 16
A criança é um ser constantemente em perigo, mesmo em casa (lugar que acreditamos ser
o
mais seguro do mundo), principalmente quando se encontra sozinha ou sob os cuidados de
uma pessoa pouco responsável.
Sem querer apavorar ninguém, é bom lembrar que lugares aparentemente inofensivos
dentro de nossa casa muitas vezes se transformam em lugares perigosos, se não
observarmos
algumas regras básicas de segurança.
-- Página 18
Banheiro:
-- Página 20
Cozinha:
-- Página 22
Escadas
Falta de corrimão
Tapete solto no topo ou no pé da escada.
Pequenos brinquedos largados nos degraus.
Degraus encerados.
Vão na grade de proteção (figura de espaço grande na grade do andar de cima)
Figura mostra o Menino Maluquinho correndo escada acima e gritando "O último que
chegar é um bobão".
-- Página 24
Piscina
-- Página 26
Precauções
Na piscina
Não devemos nunca superestimar a habilidade de uma criança na piscina, assim como não
podemos subestimar os perigos que uma piscina pode oferecer a uma criança se um adulto
não estiver olhando. Se a gente não pensar na possibilidade do acidente, já podemos estar
atrasados para o salvamento. Algumas precauções podem ser tomadas:
Colocar uma rede protetora sobre a piscina quando não estiver sendo usada.
Evitar que a criança tenha acesso à piscina quando não for possível haver a supervisão de
um adulto que saiba nadar.
Ensinar a criança a nadar (a partir dos 3 ou 4 anos) ou oferecer bóias de sustentação na
água.
Jamais sair de perto de uma criança que esteja dentro d'água.
Não deixar a criança tempo demais em águas muito frias, para evitar cãibras.
-- Página 27
Janelas e móveis
Após o primeiro ano de vida a criança aprende a caminhar. Daí até os quatro anos aumenta
muito o número de acidentes por quedas. Por isso, apartamento onde há criança sem grade
nas janelas é coisa inimaginável.
A escolha da grade deve ser feita com bom senso. Seu desenho não deve permitir que a
criança coloque a cabeça entre as barras de proteção (há risco de lesão cerebral ou asfixia).
Uma medida segura é de 10 cm entre as barras verticais.
Ao contrário do que se faz atualmente, o quarto do bebê deve ser o mais vazio possível,
para que a criança que começa a engatinhar tenha espaço suficiente para se locomover sem
esbarrar em móveis ou coisas do gênero. Hoje se sabe que a criança que engatinhou por
algum tempo antes de caminhar é a que tem um caminhar mais seguro, porque possui uma
noção mais clara de espaço e distância.
-- Página 28
Fios desencapados
Fiação elétrica em mau estado, por si só, já é um perigo, pois os curto-circuitos são grande
causa de incêndios domésticos. Além disso, fios desencapados são de grande atrativo para
as crianças e podem dar choques terríveis, dependendo da voltagem envolvida.
Fios elétricos e umidade também formam uma combinação explosiva. Evite associar o
banho a aparelhos elétricos como rádios, secadores de cabelo, etc.
Uma boa medida de precaução, principalmente para quem tem bebês em casa, é isolar
todas as tomadas que não estiverem sendo usadas com protetores de plástico.
-- Página 29
Aquecedores e ferros
-- Página 30
Ventiladores
-- Página 31
Fósforos e fogos
Não deixe fósforos ou isqueiros ao alcance de crianças. Isso pode ter conseqüências
desastrosas. Alguém pode chegar a tempo de evitar um incêndio, mas as roupas ou cabelos
da criança já podem estar em chamas.
Fogos de artifício são um caso à parte. Seu uso é restringido por lei, e não é sem motivo.
Já
causaram inúmeros acidentes, inclusive com amputações e mortes. O ideal é o adulto dar
exemplo, deixando de usá-los, e nunca permitir que as crianças comprem, manuseiem e
soltem fogos.
Figura mostra o Menino Maluquinho usando uma camiseta onde está escrito "Fogos? Tô
fora". Ele está dizendo: " Eu já tenho fogo no rabo..."
-- Página 32
Detergentes e inseticidas
-- Página 33
Plantas tóxicas
Existe uma grande variedade de plantas tóxicas no Brasil. São tantas que não dá para dar o
nome de todas elas, e muitas ainda nem foram descobertas. Por isso, devemos tomar
medidas gerais para evitar a intoxicação por plantas.
Pergunte a uma pessoa experiente quais as plantas tóxicas encontradas na sua região. Seu
pediatra pode dar informações.
Algumas plantas ornamentais são tóxicas ("comigo-ninguém-pode", "raia-branca",
"chapéu-de-napoleão", "senéscio","oficial-de-saia", etc.). Cuidado com elas!
Evite que a criança manuseie plantas suspeitas, como espécimes raros, por exemplo. O
perigo é maior se ela mastigar folhas ou ficar com as mãos sujas da planta.
Muitos cogumelos são tóxicos. A não ser que você seja profundo conhecedor deles, nunca
deixe a criança comer cogumelos colhidos num passeio pelo campo. Evite também os chás
feitos com plantas desconhecidas.
-- Página 34
Cobras
Nem todas as cobras são peçonhentas, e os répteis merecem tanto respeito quanto qualquer
outra criatura viva. Mas, para as famílias que há muitas gerações deixaram o campo (e só se
embrenham no mato nas férias ), observar os detalhes da cobra que se encontrou pelo
caminho para saber se ela é perigosa é tarefa quase impossível. Isto é, a cobra é culpada até
provar o contrário. O ideal é se precaver contra qualquer mordida. O uso de botas e roupa
adequada reduz a um quarto o número de acidentes com cobras. Se orientarmos as crianças
para não percorrerem trilhas desconhecidas mato adentro, o risco é ainda menor.
A aplicação do soro antiofídico depende da idade e peso da vítima, do local da picada e do
tipo da cobra. E inútil tê-lo em casa sem saber usá-lo. A conduta mais segura é se informar
antes sobre o pronto-socorro mais próximo. No caso de uma mordida, ajuda muito informar
aos médicos as características da cobra encontrada.
-- Página 35
Cortes e arranhões
-- Página 37
Figura mostra a perna com um corte profundo. (Acima do corte é colocado uma faixa de
tecido contornando a perna, dá-se um laço simples, coloca-se um graveto mais ou menos da
largura do polegar e dá mais um laço simples, girar o graveto da direita para a esquerda.)
-- Página 38
-- Página 39
1) Se não conseguir retirar o caco de vidro sozinho, cubra suavemente o ferimento com
algum pano limpo e procure um serviço médico.
2) Se tiver uma farpa, tente retirá-la com uma pinça. O uso de giletes, tesouras ou agulhas
não desinfetadas pode causar doenças graves como tétano e abcessos. Se, numa
emergência,
for impossível encontrar um médico, desinfete muito bem o instrumento.
3) Após retirar a farpa ou o espinho, lave bem o ferimento com água e sabão.
4) No caso de um prego ou metal enferrujado, proceda como com qualquer outro
ferimento.
Lave-o exaustivamente. Procure um serviço especializado em emergência para que possa
ser
feita uma limpeza ainda mais profunda e - o que é mais importante - peça orientação sobre
a
vacina antitetânica, que a criança pode precisar tomar.
-- Página 40
De repente o cachorro do vizinho, ou um vira-lata, não simpatiza com seu filho e dá uma
mordida. O que fazer ? Primeiro acalme-se e veja o estrago. Depois de cuidar do ferimento
da criança, passe a prestar atenção no animal.
Procure saber quem é o cachorro, seu dono, ou de onde ele vem.
Observe as condições de sanidade do animal.
Verifique se o cão tomou todas as vacinas recomendadas.
-- Página 41
Se for possível, observe como se comporta o animal (esta observação pode mudar tudo).
Por exemplo: se o animal não puder ser observado para saber se está com alguma doença, o
esquema de vacina contra a raiva deverá ser o mais rigoroso possível. Por outro lado, se o
animal, depois de 10 dias de observação, permanecer saudável, a criança poderá se livrar de
um esquema vacinal na maioria das vezes longo, cansativo e doloroso.
Em todos os postos de saúde do Brasil você pode encontrar o esquema de vacinas contra
raiva recomendado pela Organização Mundial da Saúde, baseado no local da mordida, na
gravidade da lesão e nas condições de saúde do animal.
-- Página 42
Cisco no olho
1) Não deixe que a criança esfregue os olhos. Isso só vai piorar a situação. A partícula
pode
até machucar o olho ou as pálpebras, causando irritação, inchaço e abrindo caminho para
uma infecção.
2) Lave exaustivamente o olho com água limpa. Para isso, use um conta-gotas ou uma
seringa de injeção sem agulha.
3) Se nada disso funcionar e você puder ver que o cisco está encravado na superfície do
olho, coloque uma compressa úmida sobre o olho afetado e procure um médico.
-- Página 43
Não use nenhum tipo de instrumento para remover corpos estranhos de dentro do ouvido.
Arames, cotonetes, palitos, pinças e grampos podem danificar a audição.
Se foi um inseto que entrou no ouvido da criança, deite-a de lado, com o ouvido afetado
para cima, e pingue algumas gotas de óleo de cozinha ou azeite para imobilizar o bicho.
Após um minuto, inverta a posição da criança para que o inseto escorra para fora junto com
o óleo.
-- Página 44
Se a criança não estiver engasgada, pergunte o que foi que ela ingeriu ou aspirou. Então,
leve-a ao médico ou a um serviço de emergência. Na maioria das vezes não será necessária
nenhuma intervenção, mas deixe o médico decidir qual a melhor conduta a ser tomada. Se
ela ingeriu alguma substância tóxica, leia o capítulo seguinte,"Envenenamento".
Bala, pipoca, amendoim, carne, espinha de peixe, moeda, anel, tampinha de caneta, peça
de
brinquedo e outros pequenos objetos costumam engasgar as crianças, principalmente entre
um e cinco anos de idade. A situação exige calma.
1) Deite a criança de bruços sobre seu antebraço com a cabeça mais baixa que o tronco.
2) Segure a cabeça dela apoiando ao mesmo tempo o queixo e o peito enquanto bate 3 ou
4
vezes nas suas costas, entre os ombros.
3) Se ela ainda não voltar a respirar, desvire-a, mantendo a cabeça mais baixa que o tronco
e comprima o peito 3 ou 4 vezes, na altura do coração (terço inferior do esterno).
-- Página 45
4) Outra medida, caso a anterior falhe, é abrir a boca da criança e segurar sua língua e seu
queixo entre os dedos indicador e polegar. O objetivo é puxar a mandíbula para a frente e
afastar a língua da garganta. Se você puder ver o que a engasgou, retire-o.
1) Fique atrás da criança, ela em pé. Abrace a cintura dela colocando uma das mãos em
punho sobre a barriga, pouco acima do umbigo. A outra mão fica espalmada sobre a
primeira.
Pressione a barriga rápida e vigorosamente para dentro e para cima de 6 a 10 vezes.
Caso essas técnicas não tenham resultado, faça respiração boca-a-boca ou boca-a-nariz
(ver
pág. 48). Com crianças maiores de 5 anos faça a manobra B.
-- Página 46
Envenenamento
1) Quando ingerido algum produto, de qualquer natureza, faça a criança beber muito
líquido, água ou leite. Nunca bebidas alcoólicas.
2) Não provoque vômitos.
3) Procure ajuda médica imediatamente e, de preferência, leve uma amostra da substância
ingerida.
Acima de tudo, lembre-se: quando a criança ingere uma substância tóxica, é muito
importante descobrir o que foi e conseguir a embalagem ou, pelo menos, o nome dela para
informar ao pessoal médico. Assim, eles poderão proceder uma desintoxicação perfeita e
rápida.
-- Página 47
Na maioria das vezes o recipiente ou a bula destas substâncias (no caso dos
medicamentos)
contém informações muito claras e precisas de como proceder em situações de emergência.
Lembre-se também que, na maioria das grandes cidades, existe um serviço de informação
toxicológica de plantão para auxiliá-lo nestas situações. São técnicos e médicos que
conhecem tudo sobre venenos e assemelhados e podem dar instruções de emergência. O
acesso a um médico ou posto de saúde pode ser demorado, e a situação exige providências
quase imediatas. Na página 64 você encontra uma lista com os números de telefone dos
principais serviços. Procure ter o número do plantão mais próximo sempre à mão. Nessas
horas, nenhum pai tem cabeça fria para pesquisar a lista telefônica, não é?
-- Página 48
Afogamento
-- Página 49
Queimadura
1) Coloque a área afetada diretamente sob uma torneira de água fria ou pedaços de gelo. O
gelo ajuda a diminuir a dor e a melhorar a queimadura mais depressa. Algumas vezes,
impede até a formação de bolhas.
2) Aplique o gelo durante um a dois minutos, dê um descanso de igual tempo e volte a
aplicar. Faça isso por, pelo menos, dez minutos.
3) Se a área queimada adquirir uma coloração esbranquiçada, muito vermelha ou muito
escura, procure um serviço médico.
4) Atenção: não rompa as bolhas! Nunca ! A pele é a melhor proteção contra infecções.
5) Também não use ervas, azeite ou ungüentos nas queimaduras, sem receita médica.
6) Finalmente, não retire os pedaços de roupa aderidos à queimadura. Deixe pessoas
treinadas fazerem isto.
-- Página 50
-- Sangramento no nariz
1) Coloque a criança sentada, ligeiramente inclinada para a frente e respirando pela boca.
2) Comprima suavemente as narinas por mais ou menos dez minutos, ou até que o
sangramento pare totalmente. Aí a criança já pode levantar a cabeça.
3) Limpe apenas a pele, não lavando a narina por dentro, pois o sangramento pode voltar.
4) Se não parar, procure um serviço médico, pois a criança pode estar necessitando de um
tamponamento nasal e de uma investigação mais profunda da causa do sangramento.
-- Página 51
Pancadas na cabeça
Envolva alguns cubos de gelo em um pano ou toalha, ou pegue qualquer pacote que tenha
dentro do freezer e o encoste no local do galo por alguns minutos. Pergunte o que
aconteceu
assim que tiver oportunidade. Se for uma pancada muito forte, vá ver um médico.
-- Página 52
Insolação
-- Página 53
-- Página 55
A FEBRE
Quando ter certeza de que a febre do seu filho não é motivo de preocupação?
Aqui impera o bom senso. Se olharmos para nosso filho com febre e observarmos que ele
brinca ou dorme confortavelmente sem falta de ar, dores nem manchas na pele, podemos
nos
tranqüilizar. Estamos diante, mais uma vez, daquela febre sem muita gravidade. Neste caso,
basta usar um antitérmico comum, aquele que temos em casa e que já usamos na última
febre do pimpolho.
Que temperatura significa febre? Isso varia de médico para médico, mas uma temperatura
corporal acima de 37,8 graus centígrados já é considerada febre.
-- Página 56
Físicos: Banho com água morna (nunca gelado, pois é extremamente desagradável).
Químicos: antitérmicos como acetominofen e dipirona.
Convulsão febril
É claro que os pais vão ficar muito preocupados com a convulsão febril , aquela situação
em que a criança perde os sentidos e começa a ter movimentos involuntários, desordenados
e
repetitivos de contração muscular. Mas não é preciso entrar em desespero, pois a convulsão
febril é uma situação muito bem conhecida e bem estudada.
Hoje se sabe que algumas famílias têm tendência a sofrer esse tipo de convulsão benigna,
e
que meninos são mais suscetíveis do que meninas. Sabe-se também que a convulsão não
guarda nenhuma relação com a altura da febre, mas sim com a rapidez com que a febre se
eleva.
-- Página 57
O importante é deixar a convulsão passar sem provocar acidentes. E bom afrouxar as
roupas da criança, afastar os objetos pontiagudos e colocar um pedaço de pano entre os
dentes (para evitar mordidas na língua). Não tente dar remédios por via oral durante a
convulsão. No caso de crianças maiores de 6 meses e menores de 5 anos, logo que for
possível, deve-se procurar um pediatra para afastar a hipótese de problemas mais sérios.
Em menos de 5% dos casos de crianças entre 3 meses e 2 anos de idade levadas ao médico
com febre existe uma doença grave por trás. No entanto, fique atento para os seguintes
quadros:
a) criança menor de 3 meses com febre maior que 38,5ºC
b) criança menor de 2 anos com febre maior que 39,5ºC
c) criança imunodeprimida, isto é, que está gravemente desnutrida, está tomando drogas
imunossupressoras (caso de transplante de órgãos) ou tem alguma doença que diminua as
defesas do corpo, como aids e leucemia
d) qualquer criança com febre maior que 41ºC
-- Página 58
TRÂNSITO
Toda família deve ter assentos infantis adequados para transportar as crianças no carro.
Eles podem ser encontrados em vários modelos, para todas as faixas de idade.
De modo geral, toda criança com menos de 10 quilos deve ser transportada no banco
traseiro, com a face voltada para a traseira do carro. E a maneira correta de transportar
recém-nascidos é dentro de um "moisés" preso pelo cinto de segurança do banco traseiro do
carro.
Quando a criança já está crescidinha, deve se sentar sobre almofadões ou travesseiros para
que o cinto de segurança se adapte melhor ao seu tamanho. Ele deve passar pelo ombro da
criança. Nunca pelo pescoço. E o banco do carro não pode estar reclinado. Lembre-se que o
cinto diminui as chances de traumas mesmo estando mal adaptado ao tamanho da criança, e
é melhor do que não usá-lo.
-- Página 59
A bicicleta proporciona uma boa oportunidade para ensinar as noções básicas de segurança
no trânsito para a criança, como olhar antes de atravessar a rua, obedecer aos sinais
luminosos e evitar trafegar ao anoitecer. E claro que, antes disso, ela deve aprender a
pedalar
com um adulto e praticar muito em locais onde não entrem automóveis. A bicicleta não
deve
ser tão grande que a criança não alcance o chão com os pés, e ela deve sempre andar com
capacete.
-- Página 60
HIGIENE
Embora o hábito de tomar banho todos os dias seja uma coisa cultural e climática, não
existe justificativa científica quando se afirma que tomar banho todos os dias rompe as
barreiras de defesa da pele. A pele não se esconde na sujeira para se proteger. Pelo
contrário,
a limpeza pessoal e de sua casa só faz bem a sua saúde. Portanto, não devemos procurar
desculpas para justificar falta de asseio.
-- Página 61
E que cuidados devemos ter para proteger os dentinhos deles das cáries ?
Primeiro, evitar uma alimentação à base de açúcar. Não exagerar nas balas e doces.
Segundo, ensinar as crianças a escovarem os dentes sempre após as refeições. É um hábito
que se cultiva desde cedo. Pode começar assim que os primeiros dentes aparecerem.
Todos os métodos de escovação servem desde que atinjam os cinco lados dos dentes. Para
retirar os resíduos que ficam entre os dentes só mesmo o fio dental. O ideal é escovar sem
pressa, durante cerca de três minutos.
Leve a criança ao dentista regularmente desde cedo.
-- Página 62
VACINAS
Existe mais um tipo de acidente que os pais podem evitar: as doenças infecciosas que,
volta
e meia, se propagam, atingindo principalmente as crianças. Para combatê-las existem
vacinas. Todo posto de saúde está preparado para vacinar seu filho gratuitamente. Procure
um deles.
Note que os médicos propõem um esquema de vacinação dizendo qual vacina deve ser
dada em cada fase da vida da criança. Na próxima página você tem uma tabela com essas
informações.
Estas são as vacinas e as doenças que elas combatem:
DPT (Tríplice) - Difteria, Tétano, Coqueluche
Sabin - Paralisia infantil
Anti-Hib - Meningite
Sarampo - Sarampo
MMR - Sarampo, Rubéola e Caxumba
DT Adulto- Difteria e Tétano
BCG- Tuberculose
-- Página 63
-- Página 64
Final do livro