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WELLINGTON ALVES DE ABREU

A MOEDA - A INFLAÇÃO

Trabalho presentado à Disciplina “introdução à


economia “, no primeiro ano do curso deCiên
cias Econômicas daUnioeste / Campus deToledo.
Prof. Pery F. A. Shikida.

TOLEDO
2004
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SUMÁRIO

Pg.
1 INTRODUCAO.......................................................................................................... 1
2 ...................................................................................................................................... 2
2.1 ORIGEM E FUNÇÃO DA MOEDA..................................................................... 2
2.2 MEIOS DE PAGAMENTO, OFERTA MONETÁRIA, QUASE MOEDA....... 2
2.3 CRIAÇÃO E DESTRUIÇÃO DE MOEDA.......................................................... 2
2.4 PROCESSO DE EXPANSÃO DA MOEDA ESCRITURAL.............................. 2
2.5 AS CONTAS DO SISTEMA BANCÁRIO......................................................... 2/3
2.6 MULTIPLICADOR DOS MEIOS DE PAGAMENTO.................................... 3/4
2.7 POLITICA MONETÁRIA, MECANISMOS DE CONTROLE
MONETÁRIO............................................................................................................... 4
2.8 A TEORIA QUANTITATIVA DE MOEDA....................................................... 4
2.9 A DEMANDA DE MOEDA................................................................................... 5
3 INFLAÇÃO................................................................................................................. 5
3.1 CONCEITO.............................................................................................................. 5
3.2 OS INCONVENIETES DA INFLAÇÃO.............................................................. 5
3.3 TIPOS DE INFLAÇÃO....................................................................................... 5/6
3.4 A CURVA DE PHILLIPS...................................................................................... 6
3.5 INFLAÇÃO INERCIAL........................................................................................ 6
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ 7
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1 - INTRODUÇÃO

Se olharmos para a historia veremos que, no surgimento da sociedade já se


praticava as movimentações econômicas, o comercio, a troca de bens e serviços era
natural entre a população.
Com a evolução do pensamento econômico e a necessidade de expansão das
atividades econômicas, foram surgindo organizações, políticas, e movimentações cada
vês mais avançadas em torno da economia.
Estudaremos com detalhes a evolução de todo esse processo, entendendo a
importância de cada setor, poder de intervenção das organizações econômicas internas e
externas enfatizando a inflação e seus reflexos, e o processo evolutivo da moeda, e seu
funcionamento atual.

2 - A MOEDA

2.1.1 - ORIGEM E FUNÇÃO DA MOEDA


Nas sociedades primitivas o comercio era realizado através da troca de
mercadorias, o chamado ESCAMBO.
Com isso os desencontros na hora da troca eram freqüentes, enquanto um
indivíduo tinha o produto X e precisa do Y, o que tinha o Y precisava do Z, se tornando
complicada a relação de troca.
Para diminuir os inconvenientes do escambo surgiu o costume de utilizar-se
uma mercadoria que tivesse aceitação geral na sociedade em virtude de sua grande
utilidade para todos os indivíduos, a principio o sal e o gado era usado, que apareceram
em virtude da evolução da industria e especialização da mão de obra. (VICECONTI &
NEVES (2000),
A moeda permite a colocação de preço em todos os bens, como também é usada
para padronizar pagamentos lavrados em contratos, é a unidade de valor universal para
se definir valores ou quantidades de bens de uma pessoa comum, empresa, nação.

2.1.2 - MOEDAS – MERCADORIAS E MOEDAS METÁLICAS


O processo de mutação da moeda do mercado ocorreu gradativamente, após
utilizar como moedas, mercadorias em geral, mais à frente o sal e o gado como já
vimos, começaram a utilizar-se de metais como ferro, cobre e bronze por serem
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homogêneos e mais difíceis de serem destruídos, assim como eram mais fáceis de
dividir e transportar, o fato é que como esses metais eram abundantes na natureza, eles
se multiplicavam e perdiam muito rápido seu valor, ai então começaram a cravar metais
nobres como ouro e prata, evitando falsificação e a desvalorização enquanto estocado.

2.1.3 - MOEDA – PAPEL


As moedas metálicas mesmo sendo de fácil manuseio ofereciam certos riscos a
quem fosse negociar em longas distancias devido aos assaltos, então as moedas em ouro
e prata eram depositadas em “casas de custodia”, e eram emitidos certificados que eram
usados como moeda, daí o surgimento do papel-moeda, que era lastreado por metal
precioso.

2.1.4 - PAPEL-MOEDA OU MOEDA FIDUCIÁRIA


Por volta do século XIX o estado quis assumir o papel de emissor de moeda,
como tinha posse dos metais nobres, o estado cunhava as moedas em metais baratos e
garantia a troca por ouro na ponta comercial.
O problema é que as transações na sociedade aumentavam de maneira absurda
enquanto as reservas do governo ficavam pra traz.
Daí em diante passou-se a converter a moeda não mais pela garantia do estoque
de ouro ou prata do pais e sim pela confiança da sociedade (moeda fiduciária). Este
sistema sendo aceito, o papel-moeda se torna o único mediador das transações
comerciais.

2.1.5 - MOEDAS BANCÁRIAS OU ESCRITURAL


Com o surgimento dos bancos, nasceu também a moeda escritural, o publico
depositava no banco seus valores e o cheque era o instrumento de aval para a
movimentação desses valores.

2.1.6 – FUNÇÕES
As principais funções da moeda são: Intermediário das trocas; Unidade de conta
ou medida de valor; Reserva de valor.
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É indispensável a moeda como intermediário de troca em uma sociedade


desenvolvida, com mão de obra especializada, onde a freqüência das trocas comercial é
constante.
A moeda como medida do valor é importante para exprimir os bens e serviços
em quantidade de moeda.
Já quando o individuo esta satisfeito por bens e serviços e ainda tem sobra de
valores, este pode guardar a moeda como reserva de valor, sabendo que neste caso não
há rendimento de juros, pois o capital fica fora de movimentação.

2.2 - MEIOS DE PAGAMENTO, OFERTA MONETÁRIA, QUASE MOEDA.


Meios de pagamento pode ser explicitado através de uma formula simples:
M1=PMP+DBC
M Meios de pagamento;
PMP Papel moeda em poder do publico;
DBC Depósitos a vista nos bancos comerciais

Logo estes ativos podem ser usados instantaneamente e sem restrições para
pagamentos a terceiros (VICECONTI & NEVES, 2000, p. 242)

2.2.1 - OFERTA MONETÁRIA


Os meios de pagamento de uma sociedade é igual ao total de oferta monetária,
sendo estes os valores que o publico tem para as transações financeiras, sendo que o
governo controla parte dessa oferta monetária traves das Autoridades Monetárias.

2.2.2 - QUASE-MOEDA. OUTROS CONCEITOS DE MEIOS DE PAGAMENTO


Alem dos bens e direitos, existe outro grupo de ativos que movimentam a
economia,l sendo: Deposito em poupança, depósitos a prazo pré-fixado, títulos da
divida publica, letras de cambio, esses ativos em sua maioria rendem juros.
Não tem o mesmo grau de liquidez que a moeda em si, mais alguns ativos
possuem uma liquidez mais rápida, esses são chamados de Quase Moeda. No Banco
Central brasileiro, alem do M1, divulga-se também M2=M1 + Volume de títulos
públicos federais fora da carteira do BACEN: M3=m2 + Poupança. M4= M3 + Dep.
Prazo fixo (VICECONTI & NEVES, 2003, p. 281 e 282).
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2.3 - CRIAÇÃO E DESTRUIÇÃO DE MOEDA.


A ação de criar ou destruir moeda esta diretamente relacionada a criação ou
destruição dos meios de pagamento (2.1) evidentemente essa ação envolve os setores
bancários e não bancários.
Deve-se interpretar com cuidado a questão da criação ou destruição da moeda. Supondo
que uma empresa saca valores em um banco para pagamento de seus funcionários, deve
ser interpretado como uma transação e não destruição da moeda, visto que o poder de
consumo que estava depositado passou a ser do funcionário. Agora se a empresa
desconta duplicatas em um banco e as converte em dinheiro corrente, logo ocorreu a
criação de moeda. Da mesma forma quanto o banco vende ações ao publico ocorre uma
destruição de moeda, visto que a ação (ativo não-monetário) pertencente ao banco foi
trocada por ativos monetários pertencente ao publico. (VICECONTI & NEVES, 2000,
pg 282).
“Ocorre criação de moeda quando há um aumento do volume de meios de
pagamento, e destruição de moeda quando ocorre uma redução dos meios de
pagamento” (VASCONCELLOS & GARCIA, 1998, p. 136).

2.4 - PROCESSO DE EXPANSÃO DA MOEDA ESCRITURAL


2.4.1 – A CRIAÇÃO DA MOEDA PELO SISTEMA BANCÁRIO
No inicio do processo econômico, os bancos se limitavam simplesmente a
guardar o dinheiro de seus clientes. Com o passar do tempo percebeu-se então que se
formava uma cadeia circular onde ao tempo que alguns depositavam outros sacavam
seus valores, ficando então um fundo de media estabilidade no banco, a partir daí
desenvolveu-se a idéia de realizar operações financeiras com este saldo, então os bancos
passaram a emprestar dinheiro a terceiros e a seus clientes, como também comprar
títulos, e ate mesmo financiar capital de giro para empresas, dentre outras operações.
Seja o empréstimo para pagamento de contas, aumento de capital ou outra
finalidade qualquer, este dinheiro acaba voltando total ou parcialmente ao banco, sendo
assim, tornando os meios de pagamento, múltiplos da base monetária e expandindo a
moeda estrutural.

1- RESERVA DE CAIXA
2- EMPRESTIMOS
3- SALDO TOTAL

4- DEPOSITOS DE TERCEIROS 01 02 03 04
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700 1000 1700 1700

2.5 - AS CONTAS DO SISTEMA MONETÁRIO


2.5.1 – BALANCETE CONSOLIDADO DOS BANCOS COMERCIAIS
“O passivo de um banco comercial é constituído pelas suas exigibilidades em
relação a terceiros e a seus sócios ou acionistas”. (VICECONTI & NEVES, 2000,
p.248). Este tem por objetivo demonstrar qual a origem dos recursos que o banco
utilizou para as suas operações. A principal origem destes recursos além dos recursos
próprios são os depósitos efetuados (dinheiro publico).
No caso de um banco comercial recorrer ao Banco Central para viabilizar
receitas, ocorre à chamada “política de redesconto”.
Algumas funções indispensáveis do Banco Central é a emissão de papel moeda,
sendo ele o único autorizado a emitir a moeda nacional, também exerce a função de
depositário das reservas internacionais do pais, nele fica o equivalente em moeda
nacional do total das reservas internacionais do pais, mas é importante ressaltar que o
Banco Central só compra e vende divisas quando o ofertante não consegue obtê-la no
mercado de cambio livre. Nem todo o papel moeda emitido entra em circulação, uma
parte fica retida e a esta parte se da o nome de Caixa do Banco Central.
O banco do tesouro nacional recebe os depósitos do governo, e sua maior
parcela proveniente do recolhimento dos tributos federais, recebe depósitos voluntários
e compulsórios dos bancos comerciais e também efetua empréstimos quando eles
necessitam, (redesconto), já a soma do papel moeda em circulação com os depósitos
voluntários e compulsórios dos bancos comerciais formam o passivo monetário do
Banco Central, os outros recursos classificam-se como ativo não monetário. O passivo
monetário do Banco Central é chamado de Base Monetária da economia.
O balanço de um banco comercial tem suas contas nessa ordem:
ATIVO PASSIVO
 Encaixes  Depósitos à vista
 Em moedas correntes  Depósitos a prazo
 Depósitos nas autoridades monetárias  Empréstimos Externos
 Voluntários  Redescontos
 Compulsórios  Demais Exigibilidades
 Empréstimos ao Setor Privado  Recursos Próprios
 Empréstimos a Órgãos Públicos
 Títulos públicos e particulares
 Ativo Permanente
Demais Aplicações
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Observamos que o lado Passivo, explícita as origens dos recursos, como já


vimos anteriormente podem ser via redesconto; depósitos de terceiros; e principalmente
recursos próprios, já o Ativo representa as aplicações destes recursos, sabendo que parte
deles ficam sob poder da instituição, são os Encaixes Bancários.
Entende-se Encaixe Bancário:
- Moeda corrente, que fica como estepe para eventual excesso de retiradas.
- Depósitos Voluntários, os bancos comerciais depositam no BACEN
prevenindo eventuais excessos de pagamentos sobre recebimentos no movimento de
compensação bancaria.
- Compulsórios, por obrigação os bancos depositam um percentual dos
depósitos recebidos no BACEN, como fundo de reserva aos seus clientes e também é
usado na política monetária nacional.
Vale ressaltar que o Banco Central intervem no mercado somente em casos
extremos, onde a regularidade econômica foge ao poder do comercial, comprando ou
vendendo divisas para regular a taxa de cambio do mercado.
Vejamos então as contas do Balancete do BACEN:
ATIVO PASSIVO
 Caixa em moeda corrente  Papel-Moeda Emitido
 Empréstimos ao Tesouro Nacional  Depósitos dos Bancos Comerciais
 Títulos Públicos Federais  Voluntários
 Redescontos  Compulsórios
 Reservas Internacionais  Depósitos da União
 Outras Aplicações  Demais recursos

2.6 - MULTIPLICADOR DOS MEIOS DE PAGAMENTO

De acordo com o modelo do multiplicador monetária sabe-se que,


M = Km . B sendo,
M - meios de pagamento,
Km - multiplicador dos meios de pagamento,
B-Base monetária.
O multiplicador monetário refere-se ao mecanismo de multiplicação de moeda
(meios de pagamento).
Sabendo que M é a soma do papel do papel moeda em poder do publico P com
os depósitos a vista dos bancos particulares D, então M = P + D. E a base monetária B é
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a soma do papel moeda em poder do publico P e dos encaixes bancários R, logo B = P


+R.
Assim podemos definir os coeficientes de comportamento:

c = P/M Papel moeda em poder do Publico/ Meios de pagamento.

d = D/M Depósitos a vista dos Bancos Comercias /Meios de pagamento.

r = R/D Encaixes bancários/Depósitos a vista dos Bancos Comerciais .


A função c indica a proporção de caixa do publico, ou seja, a porcentagem de
moeda que este prefere manter em mãos.
A função d demonstra a proporção dos meios de pagamento que o publico
prefere manter na forma de moeda escritural.
A função r indica quanto os encaixes bancários representam no total dos
depósitos a vista que é denominada relação Encaixe (depósitos).

Sendo M= Km . B, então temos o multiplicador Km assim Km = M/B .

2.7 POLÍTICA MONETÁRIA, MECANISMOS DE CONTROLE MONETÁRIO.


A Política Monetária é o próprio controle que o BACEN exerce sobre a oferta
monetária, sendo composta por três elementos básicos.
2.7.1 - DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS
Dependendo da situação que se encontra o mercado, o Banco Central poderá
aumentar ou diminuir o percentual dos compulsórios, sabendo que ao aumentar esse
percentual, automaticamente se diminui a liquidez do mercado e diminuindo este
percentual, se aumenta a liquidez.

9.7.2 - TAXA E AS CONDIÇÕES DE REDESCONTO


Uma alteração nesta taxa, por exemplo, uma elevação forçará o sistema
bancário a fugir deste socorro financeiro, então os bancos comerciais aumentarão sua
proporção encaixe/ depósitos para não precisarem recorrer ao redesconto o que reduzira
o multiplicador monetário e por conseqüência a oferta monetária.

9.7.3 - OPERAÇÕES DE OPEN MARKET


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Mercado aberto “consiste na compra e venda de títulos públicos ou obrigações


pelo governo” (VASCONCELLOS & GARCIA, 1998, p. 138). Quando o Banco
Central libera títulos públicos tem por intenção enxugar os meios de pagamento, a parte
da moeda em poder do publico retorna a ele como meio de pagamento dos mesmos. E
quando deseja aumentar a oferta de moeda recompra os títulos pagando ao portador dos
títulos em moeda corrente. Esta operação não é feita diretamente pelo Banco Central
este o faz através de grandes instituições financeiras conhecidas como dealers, que
trabalham como atacadistas no mercado de títulos. Alguns economistas desconsideram a
eficácia das operações com estes títulos no Brasil porque geralmente os títulos de nossa
divida publica são vendidos e comparados no dia seguinte, conferindo a eles liquidez
semelhante à moeda, mas diferindo desta, pois rendem juros.

2.8 - A TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA


Na busca pela harmonia entre os preços e a quantidade de moeda em circulação
formulou-se a (TQM), por volta de 1911 e imperou até o aparecimento de Keynes 1936
(VICENCONTI & NEVES, 2003, pg294).
TQM  MV = PT, sendo que:
M Oferta monetária,
V-Velocidade de circulação da moeda,
P -Nível geral de preços,
T - Quantidade de transações ocorridas no sistema econômico.
Para um aumento na oferta monetária numa economia em pleno emprego
teremos um aumento na mesma proporção no índice geral de preços.
Segundo Keynes, a velocidade renda da moeda é afetada em curto prazo pelas
taxas de juros (VASCONCELLOS & GARCIA, 1998, p. 145). Istoé com o aumento dos
juros as pessoas reterão menos moeda aumentando a velocidade de giro. Existem
também outras teorias para a velocidade de giro da moeda, como a dos economistas
monetários que consideram a expectativa de inflação como meio de giro, pois se julga
que a inflação aumentará as pessoas se livrarão da moeda que não rende juros, pois seu
poder aquisitivo seria corroído pela inflação.
Há também como formular essa a TQM em função da renda ou do nível do
produto MV= PY, (VICENCONTI & NEVES, 2003, pg296).
Sendo: Y-Produto real da economia
P.Y-Produto nominal da economia
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V-A quantas vezes que girou a moeda no processo.

2.9 - DEMANDA DE MOEDA


2.9.1 – TEORIA CLASSICA
A demanda de moeda acontece com a finalidade de efetuar pagamentos
decorrentes de transações de compra e venda de bens e serviços (VICENCONTI &
NEVES, 2000, p. 298). A necessidade depende do volume das transações e da
velocidade de giro da moeda. Grande numero de transações demandaria um volume
maior de moeda, já quanto mais rápido gira a moeda, menos necessidade se tem dela.

2.9.2 - TEORIA KEYNESIANA


A teoria Keynesiana estabeleceu três motivos para a demanda de moeda:
Demanda para transações, as pessoas mantêm dinheiro porque isso lhes
permite comprar e vender bens com facilidade;
Demanda para especulação, as pessoas mantêm dinheiro porque ele é o ativo
mais seguro, o preço de ações, títulos e imóveis pode variar muito, mas só a inflação
pode causar desvalorização do valor real da moeda;
Demanda por precaução, mantendo dinheiro se esta mais preparado para
despesas imprevistas.

3 - INFLAÇÃO
3.1 - CONCEITO
“A inflação é o aumento generalizado e continuo do nível geral de preços dos
bens e serviços” (WALTER J. WESSELS, 1998, p, 74).
Para medir o ritmo do crescimento de preços usa-se a chamada taxa de inflação.
Para se conceituar uma economia como inflacionaria, é preciso analisar alguns
pontos:
Se num primeiro momento na economia, os preços sofram aumento de 4% e
posteriormente retorne 2% em direção a origem, não se pode dizer que esta economia
seja inflacionaria, da mesma forma a alta dos preços precisa contemplar todos os bens e
serviços desta economia, não considerando inflacionaria no aumento isolado de um
grupo de bens ou serviços.
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O nível geral de preços reflete as alterações nos preços dos bens e serviços de
uma economia, logo a inflação é um aumento gradativo do nível geral de preços.

Notamos no gráfico acima a os índices tiveram aumento e na seqüência diminuição,


logo esta economia não é inflacionaria.

3.2 - OS INCONVENIENTES DA INFLAÇÃO


A inflação imininente provoca sérios distúrbios aos indicadores econômicos de
uma sociedade, veremos agora os principais problemas:

3.2.1 - PERDA DO PODER AQUISITIVO DOS SALÁRIOS E OUTRAS


RENDAS FIXAS
Para os assalariados que não tiverem reajustes dentro de um período de inflação,
ficam prejudicados, pois com o aumento dos preços ocorrera diminuição do poder
aquisitivo, o mesmo acorrera a todos os indivíduos que receberem renda fixa durante a
inflação.
Já para os empresários que podem reajustar seus preços conforme aumenta a
inflação, não sofrem tantas perdas quanto o trabalhador comum.

3.2.2 - DESORGANIZAÇÃO DO MERCADO DE CAPITAIS E AUMENTO DA


PROCURA POR ATIVOS REAIS
Com a inflação de longo período surgem sérios abalos no mercado de
intermediações financeiras, pois passa a existir uma grande diferença entre as taxas
nominais e as reais de juros. Com a existência de inflação os financiamentos de médio e
longo prazo ficam inviáveis diminuindo os investimentos privados e comprometendo o
crescimento da economia em longo prazo.

3.2.3 - SURGIMENTO DE DÉFICITS NO BALANÇO DE PAGAMENTOS


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Adotando uma política de cambio fixo, automaticamente dificulta a exportação e


facilita a importação, ocorrendo défices constantes na balança comercial.

3.2.4 - DIFICULDADES PARA FINANCIAR O SETOR PUBLICO


O governo tem dificuldade para financiar s gastos públicos que em sua maioria
é suprido pelo recolhimento de tributos, como leva um certo tempo entre a geração do
tributo e o recolhimento, logo essa carteira gerada vai se esgotando por não estar sendo
alimentada com a mesma intensidade do período pré-inflacionário.
O primeiro economista a chamar atenção para este efeito foi o italiano Vito
Tanzi, sendo chamando então de efeito Tanzi em sua homenagem.

3.2.5 - A INDEXAÇÃO
Em economias com altas taxas de inflação quem tendem a permanecer no tempo
a adoção da indexação das rendas e dos ativos da economia impede a desorganização
total da economia de mercado. A indexação corrige a renda recebida pelos agentes
econômicos com base na taxa de inflação de determinado período. Com isto ela atenua
as distorções da inflação, mas com a desvantagem de perpetuá-la, pois os agentes
econômicos tenderão a reajustar os rendimentos pela inflação passada. Partindo desse
pré-suposto Milton Freedman proferiu sua famosa frase “A indexação da economia é
um remédio de primeira classe para uma economia de segunda classe”.

3.3 TIPOS DE INFLAÇÃO


Basicamente temos dois tipos de inflação: a inflação de demanda e a inflação de
custos.
A inflação de demanda provém do excesso de demanda agregada em relação à
produção disponível de bens e serviços. A possibilidade de que ocorra esse tipo de
inflação aumenta quando a economia esta trabalhando próximo do pleno emprego de
recursos, pois sendo assim aumentos na demanda agregada de bens e serviços com a
economia a pleno emprego elevarão os preços. Para combater um processo de inflação
de demanda, a política econômica deve basear-se em instrumentos que provoquem uma
redução da demanda agregada por bens e serviços (redução dos gastos do governo,
aumento da carga tributaria, arrocho salarial, controle de credito, aumento da taxa de
juros).
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A inflação de custos pode ser associada a uma inflação de oferta. A demanda


permanece a mesma, mas o custo de alguns fatores importantes aumenta fazendo a
produção diminuir, deslocando a curva de oferta do produto para trás, elevando os
preços de mercado. Como causas básicas do aumento dos custos de produção temos
aumentos salariais maiores que o aumento de produtividade da mão de obra, aumento
do custo de matérias primas como, por exemplo, o petróleo ou então de preços agrícolas
devido a fatores climáticos, estrutura de mercado, algumas empresas com poderes
monopolistas ou oligopolista tem condições de aumentar seus lucros acima da elevação
dos custos de produção.

3.3.1 - MEIOS DE SE COMBATER A INFLAÇÃO DE DEMANDA


Para combater a inflação de custos deve-se usar de uma política fiscal e
monetária restritiva, o que poderá aumentar o nível de desemprego, pois políticas
restritivas diminuem a demanda agregada e o nível de preços aumenta cessando a
inflação, mas a renda de equilíbrio da sociedade cai aumentando o desemprego.
Os economistas keynesianos preferem a utilização da política fiscal.

3.4 - CURVA DE PHILLIPS


Apresenta uma relação entre a taxa de inflação e a taxa de desemprego. Atualmente
é utilizado para descrever o ajustamento dinâmico dos preços da economia em função
do desvio do produto real em relação ai produto nominal. Quando o produto real e o
potencial estão próximos à economia esta aquecida à oferta de emprego aumenta, os
salários sobem elevando o custo de produção e com isso elevando os preços.

3.5 - INFLAÇÃO INERCIAL


A inflação inercial é resultante da indexação da economia. A principal virtude da
indexação é de que possibilita uma convivência do mercado com altas taxas de inflação.
Como principal problema ela leva a perpetuação da taxa de inflação a níveis elevados.
Mesmo que não haja mais causa possíveis de inflação os agentes econômicos continuam
elevando seus preços com base na inflação passada. Para conter a inflação inercial o
governo precisaria usar de política fiscal e monetária extremamente restritivas que
reduziriam a demanda agregada, mas isto provocaria aumento na taxa de desemprego.
Então em paises como o Brasil está se apostando em políticas de desindexação da
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economia. Como exemplo a implantação do Plano Real em 1994 que quebrou a inércia
inflacionaria que já caracterizava a economia brasileira há 30 anos.

3.6 - IMPOSTO INFLACIONÁRIO


Não é exatamente um tributo arrecadado pelo governo, ele representa a perda do
poder aquisitivo do governo, uma vês que nem os papel-moeda nem os depósitos dos
bancos comerciais são corrigidos monetariamente.
O governo indiretamente arrecada este imposto através dos bens e serviços do
setor privado, logo este imposto se torna uma via de financiamento dos gastos do
governo e automaticamente do déficit publico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao concluir este trabalho, vejo mais claramente a importância de cada setor da
economia, o grau de participação de cada trabalhador, do comercio e da industria na
movimentação macroeconômica, o Banco Central e o Governo com papeis de suma
importância, as decisões por eles tomadas podem refletir negativamente ou
positivamente na economia, tanto interna quanto externa, podendo ou não, aumentar
exportação, valorizar a sua moeda, baixar taxas de juros e dar boas condições de vida a
sua população.
Sabe-se também que poucos paises conseguem a proesa de ter uma economia
estável, uma questão cultural. No Brasil e outros paises sub-desenvolvidos a coluna do
passivo cresce em grande escala, já que seus ativos não são pra aplicações em novos
benéficos e sim pra sobrevida da economia.
Faz-se necessário políticas serias neste sentido pra que com a chegada dos anos esses
efeitos possam dispersar, e todos sabemos que esse processo levaria gerações para se
equilibrar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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VICECONTI, P.E; NEVES, S. Das. Introdução a Economia. 6 ed. São Paulo:


Frase. 2003. 578p
VICECONTI, P. E; NEVES, S. Das. Introdução à Economia. 4ed. São Paulo:
Frase. 2000. 519p
WESSELS, J. WALTER. Economia. São Paulo: Saraiva. 1998. 523p.
VASCONCELLOS, M A. S. DE GARCIA, MANUEL E. Fundamentos de
economia. São Paulo: Saraiva, 1998. 240p.

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