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RESPONSABILIDADE PENAL

Responsabilidade penal da pessoa jurídica (art.225, § 3º, CF e art. 3º, Lei 9.605/98).
O ordenamento jurídico brasileiro previu a possibilidade da pessoa jurídica ser
responsabilizada no âmbito criminal, embora haja divergências doutrinarias a respeito
desta matéria.

Tanto pessoa física quanto pessoa jurídica, de direito público ou privado, poderão ser
responsabilizada penalmente pelas suas condutas, comissivas ou omissivas, que
causarem danos ao meio ambiente.

Para tanto, será necessário que sua conduta esteja tipificada como crime ambiental, tal
como previsto na Lei 9.606/98.

Responsabilidade penal da pessoa jurídica. As pessoas jurídicas serão


responsabilizadas penalmente conforme o disposto na Lei 9.605/98, nos casos em que a
infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu
órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade (art. 3º, Lei 9.0605/98).

Requisitos legais explícitos necessários para a responsabilização penal da pessoa


jurídica (art. 3º)

a) a infração deverá ser cometida por decisão de representante legal ou contratual ou


de órgão colegiado da pessoa jurídica;
b) o autor material do crime deverá ser vinculado à pessoa jurídica; e
c) a decisão deverá ser tomada no interesse ou beneficio da pessoa jurídica.

Segundo a doutrina, existem outros três requisitos, agora implícitos, que devem ser
observados:

a) o autor material do crime tenha agido com anuência da pessoa jurídica;


b) a ação ocorra no âmbito das atividades da empresa; e
c) a pessoa jurídica seja de direito privado.

Possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica (art. 4º, Lei 9.605/98).


Ocorrerá sempre que a personalidade da pessoa jurídica constituir barreiras
ressarcimento dos prejuízos causados a quantidade do meio ambiente.
Penas aplicáveis às pessoas jurídicas (art. 21 a 24, Lei 9.605/98). Multa, penas
restritivas de direitos (suspensão parcial ou total de atividades, interdição temporária de
estabelecimento, obra ou atividade e proibição de contratar com o poder público) e a
prestação de serviços à comunidade (custeio de programas e de projetos ambientais,
execução de obras de recuperação de áreas degradadas, manutenção de espaços
públicos e contribuições a entidades ambientas ou culturais públicas).

Penas alternativas (art. 7º a 13, Lei 9.605/98). São previstas as seguintes penas
alternativas, que poderão ser aplicadas aos crimes culposos e àqueles cuja pena máxima
não ultrapasse 4 anos, desde que preenchidos os requisitos subjetivos:

a) prestação de serviços à comunidade;


b) interdição temporária de direitos;
c) suspensão parcial ou total das atividades;
d) prestação pecuniária;
e) recolhimento domiciliar.

Estas penas substituem a pena privativa de liberdade, e possuem a mesma duração


delas.

Suspensão condicional da pena (art. 16, Lei 9.605/98). O sursis pode ser concedido
desde que a pena fixada pelo juiz na sentença não exceda 3 anos.

Ação penal. É pública incondicionada.

Transação penal. Além dos requisitos previstos nos arts. 76 e SS., Lei 9.099/95, exige-se
que haja a prévia composição de danos ambientais, exceto quando não houver tal
possibilidade.

Suspensão condicional do processo. A lei exige requisitos especiais. Para que se


opere a extinção de punibilidade, é necessário que seja lavrado auto de constatação de
reparação de dano ambiental. Se o laudo contatar que a reparação não foi completa, o
período de suspensão será prorrogado, quando será elaborado novo laudo. Esgotado o
período de prorrogação, a declaração de extinção de punibilidade ficará condicionada ao
laudo de constatação apontar que as providências necessárias para recuperação total
foram devidamente tomadas.

Crimes ambientais. Os crimes ambientais são divididos nos seguintes grupos:


a) contra a flora;
b) contra a fauna;
c) poluição e outros crimes ambientais;
d) contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural; e
e) contra a administração ambiental.

Importante:

A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras,
coautoras ou partícipes do mesmo fato, já que a empresa, por si mesma, não
comete crime.

Referências Bibliográficas:

Vade mecum Jurídico/Coordenação Alvaro Luiz Travassos de Azevedo Gonzaga e


Nathaly Campitelli Roque. – 2 ed. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011.

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