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TUTELAS DO MEIO AMBIENTE

Tríplice e independente responsabilidade pelos danos causados ao meio


ambiente (art. 225, § 3° , CF). Aquele que causar dano ao meio ambiente, seja
pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responderá tanto na
esfera cível quanto na administrativa e na criminal, sem que isso configure bis
in idem.

1) Tutela Administrativa – Infrações Administrativas – Decreto


6.514/08

Responsabilidade administrativa ambiental. A responsabilidade


administrativa no direito ambiental também é objetiva (art. 225, §3.º, CF).

A pratica de conduta ou atividade considerada lesiva ao meio ambiente


sujeitará o infrator, pessoa física ou jurídica, a sanções administrativas.

Infração administrativa ambiental (art. 70, Lei 9.605/98). É toda ação ou


omissão que viole as regras jurídicas de gozo, uso, promoção, proteção e
recuperação do meio ambiente.

Diferentemente da responsabilidade civil ambiental, na responsabilidade


administrativa a ilicitude da conduta ou atividade é condição necessária para a
imposição das sanções administrativas, já que o art. 70 fala em violação de
regras jurídicas.

Sanções administrativas (art. 72, I a XI, Lei 9.605/98). São as seguintes:

a) advertência;

b) multa simples;

c) multa diária;

d) apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora,


instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer
natureza utilizados na infração;

e) destruição ou inutilização do produto;


f) suspensão de venda e fabricação do produto;

g) embargos de obras ou atividade;

h) demolição de obra;

i) suspensão parcial ou total de atividades;

j) restritiva de direitos;

Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão


aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas (art. 72, § 1°).

São as seguintes as sanções restritivas de direitos: suspensão de registro,


licença ou autorização; cancelamento de registro; licença ou autorização;
perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais; perda ou suspensão
da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de
créditos; proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período
de até três anos (art. 72, § 8°, Lei 9.605/98).

Destinação da quantia arrecada em decorrência da aplicação da multa


(art. 73, Lei 9.605/98). “Os valores arrecadados em pagamentos de multas
por infração ambiental serão revertidos ao Fundo Nacional do Meio
Ambiente, criado pela Lei 7.797, de 10 julho de 1989, Fundo Naval, criado
pelo Decreto 20.923, de 8 de janeiro de 1932, fundos estaduais ou
municipais de meio ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão
arrecadador”.

Competência para aplicação de aplicação de sanção administrativa


(art. 70, § 1°, Lei 9.605/98). O funcionários de órgãos ambientais
integrantes do SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização,
bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha
são as autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e
instaurar processo administrativo.

2) Tutela Civil – Danos Ambientais – Responsabilidade Civil


Responsabilidade civil (art. 225, § 3°, CF). A responsabilidade civil no direito
ambiental é objetiva, e isso encontra respaldo constitucional e legal (art. 14, §
1°, Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, o qual foi integralmente
recepcionado pela Constituição).

A responsabilidade objetiva se aplica tanto a condutas comissivas quanto as


condutas omissivas. O art. 225, §3°, CF, não adotou qualquer critério ou
elemento vinculado à culpa como determinante para o dever de reparar o dano
causado ao meio ambiente.

Considera-se a responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente


como sendo autônoma em relação àquela prevista no art. 37, § 6°, CF. Optou-
se pela adoção da teoria do risco integral.

Conseqüências da adoção da teoria do risco integral.

a) a responsabilidade civil ambiental prescinde de investigação da culpa;

b) a ilicitude ou não da atividade que causa dano ao meio ambiente é


irrelevante, pois não há qualquer ressalva legal no art. 3°, IV, Lei de
Política Nacional do meio Ambiente;

c) não se aplicam as excludentes de nexo causal e a cláusula de não


indenizar.

Exemplo: Não se exclui a responsabilidade civil por danos causados


ao meio ambiente caso se verifique a ocorrência de caso fortuito ou
força maior.

Responsabilidade civil pelo passivo ambiental. A obrigação pelo passivo


ambiental é caracterizada como propter rem, de modo que adquirente de uma
área contaminada ou degradada responde pelo dano preexistente que,
portanto, não foi causado por ele.

Responsabilidade civil pós-consumo. As atividades que geram resíduos


sólidos passíveis de causar dano ao meio ambiente implicam a
responsabilidade do fabricante mesmo após o consumo do resíduo pelo
consumidor. Responsabilidade que será objetiva. Existem leis que obrigam
esses fabricantes ou determinados estabelecimento comercias a recolherem
esses resíduos e dar a eles destinação que não agrida o meio ambiente.

Dano moral ou extra patrimonial ambiental. É o dano causado ao meio


ambiente que repercute na esfera não material dos indivíduos, causando
grande repercussão e sentimento de repulsa por parte da população. Em nosso
ordenamento jurídico, essa possibilidade é expressamente admitida. Encontra
respaldo constitucional (art. 5°, V e X, CF) e legal (art. 1°, IV, Lei 7.347/85, e
art. 6°, VI, Lei 8.078/90).

Prioridade da reparação especifica ou in natura. Quando ocorre um dano


ambiental, prioriza-se a reconstituição do ambiente lesado, a fim de garantir a
qualidade e equilíbrio ambiente. O objetivo é garantir uma vida digna ao ser
humano.

Quando a reparação especifica se mostrar econômica ou tecnicamente


impossível, será objetivada a reparação por equivalência, ou seja, a
substituição do bem lesado por outro semelhante ou outro beneficio ambiental
equivalente.

Responsabilidade civil e solidariedade (art. 3°, IV, Lei 6.938/81). Todo


aquele que direta ou indiretamente possa ou tenha causado dano ao meio
ambiente responderá solidariamente. Isso encontra fundamento na própria
noção de poluidor.

3) Tutela Penal – Crimes Ambientais – Lei 9.605/98

Responsabilidade penal da pessoa jurídica (art.225, § 3º, CF e art. 3º, Lei


9.605/98). O ordenamento jurídico brasileiro previu a possibilidade da pessoa
jurídica ser responsabilizada no âmbito criminal, embora haja divergências
doutrinarias a respeito desta matéria.

Tanto pessoa física quanto pessoa jurídica, de direito público ou privado,


poderão ser responsabilizada penalmente pelas suas condutas, comissivas ou
omissivas, que causarem danos ao meio ambiente.
Para tanto, será necessário que sua conduta esteja tipificada como crime
ambiental, tal como previsto na Lei 9.606/98.

Responsabilidade penal da pessoa jurídica. As pessoas jurídicas serão


responsabilizadas penalmente conforme o disposto na Lei 9.605/98, nos casos
em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua
entidade (art. 3º, Lei 9.0605/98).

Requisitos legais explícitos necessários para a responsabilização penal


da pessoa jurídica (art. 3º)

a) a infração deverá ser cometida por decisão de representante legal ou


contratual ou de órgão colegiado da pessoa jurídica;

b) o autor material do crime deverá ser vinculado à pessoa jurídica; e

c) a decisão deverá ser tomada no interesse ou beneficio da pessoa


jurídica.

Segundo a doutrina, existem outros três requisitos, agora implícitos, que devem
ser observados:

a) o autor material do crime tenha agido com anuência da pessoa jurídica;

b) a ação ocorra no âmbito das atividades da empresa; e

c) a pessoa jurídica seja de direito privado.

Possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica (art. 4º, Lei


9.605/98). Ocorrerá sempre que a personalidade da pessoa jurídica constituir
barreiras ressarcimento dos prejuízos causados a quantidade do meio
ambiente.

Referências Bibliográficas:
Vade mecum Jurídico/Coordenação Alvaro Luiz Travassos de Azevedo
Gonzaga e Nathaly Campitelli Roque. – 2 ed. – São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2011.

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