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Centro Universitário Leonardo da Vinci ± UNIASSELVI
Arquitetura e Urbanismo(ARQ11) ± História da Arte, Arquitetura e Urbanismo I
22/10/09

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O Egito antigo em sua incansável busca pela vida eterna foi capaz de mover tão grandes pedras e
colocar de pé verdadeiras proezas arquitetônicas. Não só a arquitetura, como também a escultura
de proporções monumentais nos levam a associar o povo do antigo Egito à religião, que era tão
importante e até mais considerada do que a própria vida terrena. Os grandes templos de adoração
aos deuses, os túmulos, os palácios tem total ligação com a religião. Claro que, mesmo sendo um
povo em sua totalidade voltada à busca pelo divino, são os faraós que possuíam o poder para
realizar as tão grandes obras, sendo eles considerados não apenas governantes ou mediadores
entre o humano e o divino, mas deuses.

@alavras-chave: Cultura; Religião; Egito antigo; Arquitetura


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A História do Egito antigo sempre foi alvo de curiosidade. As grandes construções em pedra
até hoje nos fascinam. Mas o que seria capaz de mover tão grandes pedras? O que os motivava?

Este trabalho busca esclarecer o que seria este ponto de partida para tais obras. O que levava
o povo egípcio a acreditar que grandes construções eram tão importantes, mais até do que sua
própria vida terrena. O porquê do povo não centralizar seus esforços em busca da comodidade, da
luxuria de suas próprias casas.

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As grandes pirâmides, mastabas, esculturas, sem duvida é o que nos chama a atenção no
Egito antigo, não por menos são alvos da arqueologia até os dias atuais. @ara entendermos o que
motivou os egípcios à realizarem tais ³proezas´ é necessário entender sua cultura, seu modo de
vida, suas crenças.
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Como todos os povos da antiguidade, os egípcios eram politeístas. Como não conheciam os
mecanismos da natureza, imaginavam que os diversos fenômenos como a inundação do Nilo, o dia
e a noite, a germinação, etc. eram produzidos por vontade dos deuses, que ora eram protetores, ora
impiedosos. Mas a mais importante das divindades era o faraó, que não era considerado apenas um
mediador entre o ser humano e o divino, mas o próprio deus na terra, capaz de garantir a
prosperidade do país através de seus poderes divinos, absorvidos, segundo a crença egípcia, das
divindades locais ao conquistar suas aldeias. Era ele que garantiria a fecundidade da terra e
principalmente as inundações anuais do Nilo. Com tal poder, o monarca tinha autoridade sobre o
país inteiro, recebendo um excedente de produtos bem maior que qualquer sacerdote asiático. Com
tais recursos, ele construía as obras públicas, os templos dos deuses, as cidades e as grandes tumbas
de pedras.

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O que mais chama a atenção na cultura egípcia é a seu enorme interesse pela eternidade.
Todos, do lavrador ao faraó acreditavam que a vida eterna não era uma abstração, mas um direito
natural, que seria concedida se o corpo permanecesse intacto.

Mas as vidas do faraó e do fazendeiro, exceto pelo desejo pela vida eterna, tem pouco em
comum, e nenhum elemento os separava mais do que a pedra. A pedra era a incorporação do poder
do faraó em sua maior arma contra o tempo. A grande missão de cada novo rei era garantir as
pedreiras que forneceriam o material bruto para os monumentos do seu reinado. No Egito antigo, a
pedra era um meio para a imortalidade. Era a pedra que assegurava que o nome do rei seria
lembrado, e sua imortalidade garantida. É a partir daí que surgem os grandes monumentos em
pedra.

Os monumentos eram tão importantes para os egípcios que em certo tempo da história, em
que o Egito possuía amplo poder econômico (primeiras quatro dinastias), as grandes tumbas não
eram apenas o centro da cidade, elas formavam uma própria cidade, a chamada cidade dos mortos
construída totalmente em pedra, e em formas geométricas simples: prismas, pirâmides, obeliscos. E
não por acaso as tumbas receberam tais formas. A pirâmide, por exemplo, composta de degraus,
representava uma escada pela qual o faraó subiria ao céu. As Mastabas por sua vez eram destinadas
às pessoas sem classe social. @orém, foram elas que deram origem às grandes pirâmides.
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As pirâmides eram o túmulo real, destinadas ao faraó. Toda a sua construção tinha essa
finalidade, preservar o corpo do rei para a eternidade. Tanto que, as pirâmides têm pouco espaço
interno se considerarmos sua dimensão total.

FIGURA 1: ES@AÇO INTERNO DE UMA @IRÂMIDE


FONTE: http://www.esoterikha.com/grandes-misterios/poder-piramides/images/

O povo egípcio acreditava que na cidade dos mortos, os antepassados poderiam repousar
com todo o necessário para a vida eterna. A cidade dos mortos era feita para ser vista de longe,
sempre presente como o fundo da cidade dos vivos.

@ouco se sabe das construções da cidade do vivos, pois estas, ao contrário das grandes
construções, eram construídas de tijolos, inclusive o palácio do faraó. As habitações dos vivos eram
consideradas temporárias, logo seriam abandonadas. Um exemplo são as habitações dos
construtores dos monumentos, que viviam com suas famílias em espécies de acampamentos em
volta das obras, que logo após o a conclusão, seriam abandonados.

@orém, se por um lado, não podemos ver a cidade que realmente havia sido habitada, por
outro, a cidade dos mortos não deixa de ser uma cópia da vida cotidiana da cidade, onde os objetos,
casas, palácios, jardins e personagens da vida cotidiana são reproduzidos e mantidos imutáveis,
formando o que seria o necessário para se descansar na eternidade. Exemplo de tal ³cópia´ é o
túmulo do faraó Zozer, cópia do palácio de Mênfis, um bloco compacto de pedra de paredes
inclinadas em pedra calcária e tijolos, como também as grandes esculturas e pinturas que obedeciam
à lei da frontalidade (onde as figuras humanas representadas estão sempre com a cabeça e as pernas
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0ENÉVOLO, Leonardo. K*     . São @aulo: @erspectiva, 1993.

GYM@EL, Jan. K*    +  . Colônia: Konemann, 1996.

EGITO antigo: Em busca da Imortalidade. Direção de Joel Westbrook. 0arueri, São @aulo: Videolar
Multimídia; Abril Coleções, 1997. 1 cassete (48 min): cores, 12mm. VHS NTSC.

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