Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
II – O VOCÁBULO NAS LÍGUAS ORIGINAIS – “GEENA” (Gr.) – Mt 5:22, 29; 10: 28;
18:9; 23:15,33; Mc 9:43; Lc 12:5; Tg 3:6; “TÁRTARO” (Gr.) – II Pe 2:4; “HADES” (Gr) Mt
11:23; 16:18; Lc 16:23; A|t 2:27; Ap 1:18; 6:8; 20:13; “SEOL” (Hb) – Dt32:22; II Sm 22:6; Jô
11:8;26:6; Sl 9:17; 16:10; 18:5; 55:15; 86:13;116:3; 139:8; Pv 5:5; 7:27; 9:18; 15:11,24;
23:14; 27:20; Is 5:14; 14:9,15;
28:15,18; 57:9; Ez 31:16; 32:21,27; Am 9:2; Jn 2:2; Hc 2:5.
III – CONSIDERAÇÕES – O inferno é uma realidade para quase todas as religiões do mundo.
No islamismo o inferno é um imenso lago de fogo, sobre o qual há uma ponte estreita por
onde todas as almas são obrigadas a passar, se quiserem entrar no paraíso. Os que caem da
ponte, os “indignos de Alá”, entram em uma das sete camadas do inferno – um “leito de
aflição” que queima como fogo. A palavra árabe para inferno, “Jahanna”, tem a mesma raiz da
palavra inferno em hebraico, “geena” ou Gehenna”, que literalmente significa lugar de
incineração. Esse é o lugar para o qual o Aiatolá Khomeini condenou o, escritor Salman
Rushdie pelos seus “Versos Satânicos”.
Para os que seguem o hinduísmo da Nova Era na esperança de livrar-se do conceito de
castigo no inferno, surpreender-se-ão ao saber que o sistema punitivo desta crença (que é o
mesmo do espiritismo) não se restringe apenas ao carma. O hinduísmo possui um total de
vinte e um infernos, proporcionando a oportunidade para que o carma seja “queimado” nestas
instâncias da existência. Aliás, é interessante enfatizarmos isso: os espíritas, os “moderninhos”
da Nova Era e outros se gabam de suas crenças não terem algo tão “primitivo” como um
inferno de fogo para punir os maus; porém, é subjacente que existe punição para os maus
feitos. Essa consciência universal, de que há uma justiça a ser satisfeita, que é necessário punir
os maus, os infratores das regras, são inerentes à existência humana. Por que com Deus seria
diferente? Falando ainda do hinduísmo, os perversos são enviados para os “infernos
inferiores”, onde serão fervidos em caldeirões, atirados para ressecar na areia ou devorados
por aves. Mais ainda: a Nova Era deu um “jeitinho” de sua crença no carma ficar mais
“bonitinha, moderninha”, não admitindo que alguém possa reencarnar em forma de animais
para pagar seus pecados. As escrituras do Antigo “Puranas” hindu ensina que o carma de
alguém muito perverso pode transforma-lo em ínfimo animal. Por exemplo, ladrões de cereais
podem voltar como ratos, e esbanjadores de alimentos como baratas. E fica uma pergunta: Se
o carma fosse real, quer dizer, após sucessivas reencarnações a pessoa vai “melhorando” até
atingir o estado de “espírito de Luz”, não sendo mais necessário reencarnar, por que o mundo
não melhorou depois de 5000 anos de história? A sociedade não deveria estar melhor? Não é o
que vemos...
Os budistas são seguidores de Siddhartha Gautama, que rompeu com o hinduísmo em
600 a.C. e percorreu a Ásia pregando o budismo (iluminação), como fez Maomé ao romper
com o judaísmo em 600 d.C. para pregar o Islamismo. O budismo fala de numerosos infernos
como paradas temporárias na caminhada rumo ao Nirvana, um estado de inexistência que
parece ser feliz, em que a pessoa fica sendo nada em meio a um mar de alegre nada. Fala
também sobre “oito infernos gélidos” reservados para os perversos. Como vimos, o inferno é
reconhecido por outras religiões reencarnacionistas, embora os seguidores da Nova Era
provavelmente não estejam cientes disso.
O jainísmo e o taoísmo, derivados do budismo e do hinduísmo que alcançaram os
países banhados pelo Oceano Pacífico, religiões que antecederam em séculos o cristianismo
(suprimindo a hipótese de influência cristã-missionária sobre estas culturas), também
acreditam no inferno. Enquanto o jainísmo acredita em milhões de infernos, o taoísmo
(religião predominante na China) fala mais de paraísos do tipo budista com alguns infernos
reservados apenas para castigos especiais.
E qual o conceito cristão a respeito? A teologia da Igreja Primitiva, nos dois primeiros
séculos de nossa era, não diferia das posições básicas apresentadas na Bíblia: o Céu como
recompensa para os justos e o inferno para os ímpios, pela eternidade. Já no século III o
grande Orígenes considerava-o “terapêutico”, ao passo que outras correntes teológicas
chamavam – no “lugar de aniquilação”. Há ainda a descrição renascentista e poética da idade
Média através de Dante, em sua “divina Comédia”, onde o autor retrata os níveis ardentes de
modo semelhante às descrições apresentadas no Corão ( ou Alcorão) sete séculos antes.
Durante a Reforma Protestante (séc. XVI) Martinho Lutero e João Calvino entendiam
o inferno como “eterno” porém simbólico...o que causou certa confusão; em sentido geral,
porém, entenderam o inferno como lugar literal e como um repúdio de Deus ao ímpio.
A igreja Católica, em seu Concílio Vaticano II (1963), “ecumenizou” o potencial de
“todas as almas” alcançarem o céu, embora o “purgatório” possa ser uma necessidade
“temporária” para algumas...
Três principais correntes de pensamento aninharam-se Igreja, rejeitando a idéia de um
inferno eterno:
_ O UNIVERSALISMO, que presume que todos os homens serão salvos;
_ O ANIQUILACIONISMO, que assume a imortalidade da alma, mas ensina que Deus, no
dia do juízo, aniquilará, isto é, fará que cessem de existir todas que não forem salvas; serão
privadas de sua imortalidade;
_A IMORTALIDADE CONDICIONAL, semelhante ao aniquilacionismo, prega que os não
salvos morrem e cessam de existir, não havendo ressurreição para eles.
Assim, a doutrina sobre o inferno chegou até nós hoje um pouco fragmentada; porém
os recentes acontecimentos modificam esta tendência. São os relatos dos que viram o inferno e
voltaram: relatórios médicos convincentes que falam destas visões infernais após a morte
clínica; e um retorno ao fundamentalismo, cuja doutrina principal diz que o inferno continua a
existir, doutrina intrinsecamente ligada à obra expiatória e salvadora de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Doutrina essa que a Nova Ordem Mundial quer anular, anulando a necessidade de
salvação pessoal. Este é o desejo secreto do pecador: o inferno não existe. É o que vamos
analisar.
Jesus sempre foi incisivo a respeito deste julgar, falando mais sobre o inferno do que
sobre o céu, demonstrando conhecer o lugar para o qual, segundo Ele, irá a maioria das
pessoas. Embora apenas 40% (EUA) dos pastores faça sermões sobre o inferno, e embora o
pesquisador Carl Johnson insista em que 70% de todo o clero (ou religiosos cristãos) negue a
doutrina do inferno (Carl G. Johnson, “Hell, you say? Newton:Timothy Books, 1974), parece
que Jesus considerava o inferno um assunto muito importante a ser lembrado.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Gallup (U.S. News and World report, nov/1990)
revelou que 78% dos entrevistados acreditavam no céu e 60% acreditam no inferno. Dentre os
que não professam religião, 46% acreditam no céu e 34% no inferno, indicando esta pesquisa
que, de um modo ou de outro, a maioria das pessoas acredita no inferno. Também é notório
que as pessoas que acreditam no inferno são as que mais sentem necessidade de estar
rejeitando-o, o que sugere uma rejeição exterior de uma incerteza interior.
“Senti que a vida estava se afastando de mim. Tive muito medo. Estava olhando para
uma enorme abobada de vidro da parte superior da sala de cirurgia. A abóbada
começou a se modificar. Em seguida adquiriu uma tonalidade de carvão em brasa. Vi
rostos retorcidos fazendo caretas para mim lá em cima”.
Tentei levantar e me defender desses espíritos que estava cada vez mais se
aproximando de mim. No momento seguinte a abóbada transformou-se numa cúpula
transparente e descia lentamente sobre mim.Uma chuva forte de fogo começou a cair
com pingos enormes, mas nenhum deles tocava em mim. Batiam em meu redor, e
dentro deles surgiam ameaçadoras e terríveis línguas de fogo lambendo tudo em volta.
Não pude mais deixar de ver a terrível verdade, pó detrás daqueles rostos retorcidos
que dominavam aquele mundo incandescente, estavam os rostos dos condenados ao
inferno. Senti um enorme desespero...a sensação de horror foi tão grande que me
sufocou.
É evidente que eu estava no inferno, e as línguas de fogo poderiam me alcançar a
qualquer momento.Nesse ínterim, um vulto negro de uma figura humana materializou-
se de repente, e começou a se aproximar. Era uma mulher com véu preto, magra, cuja
boca não tinha lábios. Em seus olhos vi uma expressão que me fez correr um arrepio
gelado pelas minhas costas.
Estendeu os braços em minha direção e puxado por uma força irresistível, eu a segui.
Um hálito gelado me tocou e eu penetrei num mundo onde havia débeis sons de
lamentos, embora não houvesse nenhuma pessoa à vista. Perguntei à figura quem era
ela.Uma voz respondeu: ‘Sou a morte’.
Juntei todas as minhas forças e pensei; ‘ Não vou segui-la mais, quero viver’”.
Curiosamente, neste e em outros casos os “seres de luz” não apareceram. Nas maravilhosas
experiências positivas que prevaleceram na atual literatura, esse anjo negro ou anjo da morte,
raramente é mencionado.O Dr. Phillip Swuihart, um psicólogo clínico de Montrose, Colorado, foi
agredido, surrado e chutado violentamente até quase morrer, tendo ido parar no hospital. Na sala de
cirurgia enquanto aguardava a operação abdominal exploratória, ele sentiu estranha presença antes
de chegar à escuridão total:
“A experiência foi, no mínimo, inacreditável. Cada detalhe parece ter acontecido hoje.
Tudo se passou em uma fração de segundo, mas os acontecimentos foram muito
nítidos”.
O tempo todo em que estava vendo minha vida passar, senti a presença de uma
espécie de força, mas não podia vê-la. Em seguida, fui atirado em uma escuridão total.
De repente, parei. Senti que estava num grande quarto vazio. O lugar era imenso e
completamente escuro. Não conseguia ver nada, mas sentia a presença daquela força.
Perguntei à força quem eu era e quem ela (ou ele) era. Nossa comunicação não era por
meio de palavras, mas por meio de uma corrente de energia. Ele me respondeu que era
o anjo da morte. Acreditei. O anjo prosseguiu dizendo que minha vida não era, como
deveria ser, e que ele poderia me levar a diante, porém eu teria uma nova chance e
deveria retornar.
Em seguida, lembro-me de estar em uma sala de recuperação, de volta ao meu corpo.
Fiquei tão arrebatado com essa experiência que não percebi que tipo de corpo que eu
tinha, nem o tempo que havia se passado. Foi tão real que acreditei”.
Confrontos com o “anjo da morte” são relatados com mais freqüência em experiências
negativas do que em positivas, e em casos de enfermidades terminais.
Entrando e saindo de um coma prolongado, uma paciente minha descreveu um
“mensageiro da morte encapuzado em rosto” que rodeava seu leito enquanto uma medonha
escuridão invadia o quarto “como se a morte e a vida estavam travando uma batalha”. A morte
venceu antes que ela pudesse relatar a seqüência.