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Animação em Lares e Centros de Dia

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Animação em Lares e Centros de Dia

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ÍNDICE

Intrudoção…………………………………………………………………………………………………….. Pág. 3
A Velhice……………………………………………………………………………………………………….Pág. 3 e 4
• Alterações Físicas, Psicológicas e Sociais

Animação de Idosos………………………………………………………………………………………... Pág. 4 e 5


Momentos de Lazer…………………………………………………………………………………………. Pág. 5 a 8
• Animação lúdica
• Desporto e recreio
• Turismo sénior
• Visitas culturais
• Gastronomia
• Actividades de ciências
• Jogos de magia
• Jogos e rábulas
• Internet

Estimulação de Competências……………………………………………………………………………. Pág. 8 a 13


• A importância da estimulação do Idoso
• A estimulação física
• A estimulação cognitiva/psicológica
• A estimulação social

Ociosidade……………………………………………………………………………………………………. Pág. 13 e 14
• Combater os efeitos negativos provocados pela entrada na reforma

Contacto com o Ambiente Externo à Instituição……………………………………………………….Pág. 15 e 16


• Porquê institucionalizar um idoso?
• A importância da convivência para o idoso
• A importância do contacto externo à instituição
• A importância dos encontros entre gerações

Participação nas Actividades Planeadas pela Instituição…………………………………………… Pág. 16 e 17


• Situações que podem ocorrer nas instituições de idosos

Conclusão…………………………………………………………………………………………………….. Pág. 17
Bibliografia…………………………………………………………………………………………………….Pág. 18

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Formador: Salomé Costa Set. 2009
Animação em Lares e Centros de Dia

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Introdução

O módulo de Animação em Lares e Centros de Dia faz parte do curso de Agente em Geriatria, que tem por
objectivo proporcionar aos formandos meios e técnicas para desenvolver o trabalho com idosos em instituições ou no
domicílio.
Neste módulo serão abordados temas como o Lazer, a estimulação de competências físicas, cognitivas e
sociais no idoso, a Ociosidade e o contacto que o idoso estabelece com o meio externo à instituição. A apresentação
de todos estes temas tem por base uma serie de actividades práticas que podem ser desenvolvidas com os idosos.

Objectivo Geral

• Desenvolver actividades de animação/ocupação de tempos de lazer.

Objectivos específicos

• Compreender as alterações que ocorrem a todos os níveis com a chegada à velhice.

• Desenvolver actividades lúdicas com propósito de animação de idosos.

• Compreender a importância da estimulação de competências nos idosos.

• Promover acções que desenvolvam competências nos seus diversos níveis, cognitivo, social

e físico.

• Enunciar formas de combater os efeitos negativos que a ociosidade tem nos idosos.

• Compreender a importância que o contacto com o ambiente externo à instituição tem para o

bem-estar dos idosos.

A velhice

No mundo de hoje, a velhice é entendida como um processo inevitável de decadência ou deterioração.


O envelhecimento é visto pela população como algo negativo. Se perguntarmos a um jovem ou a um adulto
como definem uma pessoa idosa as suas respostas vão ser completamente diferentes. Para os jovens, uma pessoa
idosa é caracterizada com chata, triste, deprimida, cansada, doente e solitária, enquanto que para o adulto, um idoso é
alguém muito vivido, com bastante experiência, mais lento, com doenças, com bastante tempo, tranquilo e mais perto
da morte. Mas estas ideias são erradas, pois estas características também podem ser observadas em jovens ou até
em adultos.
Envelhecer pressupõe alterações físicas, psicológicas e sociais no indivíduo.
Alterações a nível físico:
Alterações externas:

 Aparecem manchas na pele;

 Perda do tónus muscular, tornando a pele flácida;

 Nariz alarga-se;

 Olhos ficam mais húmidos;

 Encurvamento postural devido a modificações na coluna vertebral;

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 Diminuição da estatura devido ao desgaste das vértebras;

Alterações internas:

 O metabolismo fica mais lento;

 A digestão é mais difícil;

 A insónia aumenta;

 A visão de perto diminui devido à falta de flexibilidade do cristalino;

 As células responsáveis pela propagação dos sons no ouvido interno e pela estimulação dos
nervos auditivos degeneram;

 O olfacto e o paladar diminuem;

 Endurecimento das artérias e seu entupimento provocam arteriosclerose.


A velhice não é considerada doença, mas, sim, uma fase na qual o ser humano fica mais susceptível a
doenças.
Alterações a nível Social
O envelhecimento, a nível social acarreta uma modificação no status do indivíduo e no relacionamento dele
com outras pessoas, em função de:

 Crise de identidade – devido à falta de papel social, o que levara a uma perda de auto-estima;

 Mudanças de papeis – na família, no trabalho e na sociedade;

 Reforma – visto que após a reforma, ainda tem a possibilidade de viver muitos anos, é importante
estar preparados para lutarem contra o isolamento e a depressão;

 Perdas diversas – desde condição económica ao poder de decisão, à perda de parentes e amigos,
da independência e da autonomia;

 Diminuição de contactos sociais – devido a vida agitada, falta de tempo, circunstâncias financeira e
a realidade de violência nas ruas.
Alterações psicológicas

 Dificuldade em se adaptar a novos papeis;

 Falta de motivação e dificuldade de planear o futuro;

 Necessidade de trabalhar as perdas orgânicas, afectivas e sociais;

 Dificuldade de se adaptar às mudanças rápidas;

 Alterações psíquicas que exigem tratamento;

 Depressão, hipocondria; somatização; paranóia; suicídios;

 Baixa auto-imagem e auto-estima.

Animação de Idosos

Animação significa animar, dar vida a, vitalização, dar movimento ao que está parado, motivar.
Nos dias de hoje, a animação está no centro das prioridades de todas as estruturas de acolhimento de
pessoas idosas.
A animação representa um conjunto de processos com vista a facilitar o acesso a uma vida mais activa e
criativa, à melhoria nas relações e na comunicação com os outros, para uma melhor participação na vida da
comunidade de que se faz parte, desenvolvendo a autonomia pessoal.

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No trabalho com idosos, é importante que se tenha consciência de alguns pontos básicos de grande
importância:
1. Respeitar as individualidades, evitando as generalizações.
2. Não os infantilizar
3. Não os tratar como doentes.
4. Não os tratar como incapazes.

5. Oferecer-lhes cuidados específicos para a sua faixa etária.


6. Preservar a sua independência e autonomia.
7. Ajudá-los a desenvolver aptidões.
8. Ter paciência, pois eles são mais lentos.
9. Trabalhar as suas perdas e os seus ganhos.
10. Promover muita estimulação biopsicossocial.
Para se colocar em prática qualquer actividade, é necessário fazer, inicialmente, uma avaliação psicológica,
social e física de cada um dos idosos, no sentido de perceber quais as suas capacidades e motivações.
É também importante dar ao idoso a oportunidade de propor actividades que sejam do seu interesse.
As actividades desenvolvidas com os idosos podem ser iguais às que se desenvolvem com as crianças, mas
deve-se ter em atenção que, por vezes, é necessário fazer algumas alterações. Por exemplo numa actividade onde as
crianças precisam correr, sabemos que idoso dificilmente corre mas sim anda, pelo que o desenvolver da actividade
será diferente e com uma duração mais longa.

Momentos de Lazer

Lazer é considerado o tempo livre de Homem, momento em que o indivíduo pode desfrutar prazeres,
tranquilidade e descanso.
Segundo Dumazedier (1976), o lazer é um conjunto de ocupações às quais o individuo pode entregar-se de
livre vontade, seja para repousar, para se divertir, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver a sua
informação ou formação desinteressada, a sua participação social voluntária ou a sua livre capacidade criadora.
Geralmente, os idosos parecem não aceitar o facto de o lazer ser um aspecto de elevada importância. No
entanto, nesta fase da vida em que os idosos dispõem de maior disponibilidade é importante que desenvolvam
actividades que lhes tragam auto-realização e melhoria da qualidade de vida.
Nos idosos, o momento de lazer está muitas vezes relacionado com papéis que este assume de forma a se
sentir útil aos outros.
Ao assumir papeis como avô, presidente de qualquer grupo ou entidade, voluntário em qualquer instituição o
idoso sente-se activo e participativo, aproveitando assim os seus momentos de lazer para se sentir realizado e também
para manter a qualidade de vida que deseja.

Factores que influenciam, em varias dimensões, a satisfação da necessidade de se ocupar com vista à auto-
realização:
Necessidade Dimensões
Biofisiológica Psicológica Sociológica Cultural e/ou
espiritual
Ocupar-se tendo em
Capacidade física  Depressão,  Papeis Sociais  Valor atribuído ao
vista a auto-realização:
confiança em si trabalho e à
necessidade que todo o
 Integridade  Diminuição dos produtividade.
indivíduo tem de
neurológica e
 Desejo de se recursos financeiros
desempenhar realizar
músculo-esquelética
actividades que lhe  Grupos de interesse
permitam satisfazer as  Nível de energia e
suas necessidades ou forças físicas  Voluntariado

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ser útil aos outros
 Doença, dores

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Animação Lúdica

A animação lúdica é um tipo de animação que tem como objectivo divertir as pessoas e os grupos, ocupar o
tempo, promover convívio e divulgar os conhecimentos, artes e saberes. Este tipo de animação está especialmente
dirigido para o lazer, o entretenimento e a brincadeira.
Áreas de animação que fazem parte da animação lúdica:
• Desporto e recreio;
• Turismo Sénior;

• Visitas culturais;

• Gastronomia;
• Actividades de ciência;
• Jogos de magia;
• Jogos e rábulas;
• Internet.
É importante que estas áreas sejam desenvolvidas com os idosos pois para além de trabalhar a sua parte
física trabalha também a parte social, de convivência e a parte cognitiva e psicológica.
Desporto e Recreio
Esta animação engloba actividades físicas que pode ser praticado em equipa ou individualmente, com ou
sem fins competitivos.
Os desportos mais aconselháveis para os idosos são o atletismo, os jogos tradicionais, a natação, o ténis, a
pesca, o golfe e a marcha.
As actividades recreativas são realizadas em e para o grupo e têm por objectivo o recreio, o convívio, a
solidificação das relações sociais e o desenvolvimento comunitário. Como actividades recreativas tem-se os bailes
(carnaval, final de ano, etc.), os torneios de jogos de cartas, os desfiles de moda, as marchas populares, as festas de
aniversário e dos santos populares, as procissões, os jornais de parede, os piqueniques, a decoração de casas ou ruas
com flores e outros adereços de papel, concursos de poesia, prosa ou fotografia, etc.
Turismo sénior
A animação turística sénior deve ser entendida com “um conjunto de actividades, que transformam o ver em
envolver, o viver em conviver, desafinando o turista numa estratégia de desenvolvimento pessoal e humano numa
determinada fase do seu percurso de vida” (Peres, 2003, in Lopes, 2006, p.334).
Quando se planeia uma viagem com idosos deve-se ter em atenção se o local para onde se vai e onde vão
ficar instalados está preparado para acolher pessoas com dificuldades de locomoção.

Visitas Culturais
As visitas culturais são idênticas ao turismo sénior, a grande diferença é a duração, enquanto o turismo
sénior remete para vários dias as visitas têm, por norma, a duração de um ou dois dias.
Principais roteiros das visitas culturais:
• Museus;
• Exposições;
• Cidades e monumentos históricos;
• Teatro e cinema;
• Feiras;
• Parques Naturais.

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Gastronomia
Na vida dos idosos a gastronomia assume um papel fundamental, quer como consumidores, quer como
executantes. É também na culinária que os idosos se podem sentir mais úteis, devido aos seus conhecimentos e
experiências.
Ao trabalhar a culinária é possível:
• Aprender a distinguir ervas aromáticas, bebidas, molhos, cheiros e sabores.
• Estimular a criatividade na preparação de alimentos.
• Manter e transmitir receitas antigas e tradicionais, como licores, doces, enchidos, etc.
• Aproveitar e reutilizar diversos alimentos.

Actividades de Ciência
As actividades de ciência não são muito vulgares na animação de idosos, no entanto podem proporcionar
momentos muito interessantes e didácticos. Ao apresentar-se algumas experiências científicas, os idosos manifestam
a sua surpresa ao descobrirem como acontecimentos com que lidaram a vida toda, tem explicações muito simples.
Exemplos de algumas actividades de ciência que podem ser desenvolvidas:
Sobe e desce
Material: (Água gaseificada, copo de vidro e pão)
Metodologia:
1. Verter a água com gás para o copo de vidro até preencher cerca de ¾ do seu volume total;
2. Fazer bolinhas de pão com um diâmetro igual a cerca de 4 mm;
3. Deitar as bolas de pão no copo com água gaseificada;
4. Esperar algum tempo e observar o que acontece. Aparece alguma coisa a subir e a descer?
Explicação: As bolinhas de pão começam a subir e a descer na água com gás.
A água gaseificada é uma solução sobresaturada de dióxido de carbono e isso irá implicar a formação
de bolhas de gás na superfície das bolas de pão. O ciclo só acaba por ser quebrado quando não existir
suficiente gás dissolvido na água para elevar novamente a bola de pão.

Balão à prova de fogo


Material: dois balões, fósforos e água
Metodologia:
1. Encher um balão de ar e dar um nó na sua abertura.
2. Acender um fósforo e colocá-lo debaixo do balão cheio de ar.
3. O que acontece? (O balão rebenta instantaneamente.)
4. Pegar noutro balão e deitar um pouco de água para o seu interior (pode-se deitar meio copo
de água).
5. Encher o balão de ar e dar um nó na sua abertura.
6. Acender outro fósforo e colocá-lo debaixo do balão (deve-se colocar a chama do fósforo sob a
parte do balão que tem água).
7. O que acontece? (o balão rebenta mais lentamente do que o outro).

Explicação:
A água no interior do balão absorve a maior parte do calor fornecido pela chama não deixando que a
temperatura da borracha aumente muito. Assim, a borracha não enfraquece o suficiente para não
aguentar a pressão exercida pelo ar. A água é uma boa armazenadora de calor porque tem uma
elevada capacidade calorífica.

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Podem-se fazer outras experiências, mas que sejam simples e não coloquem em perigo a integridade
dos idosos.

Jogos de Magia
Os jogos de magia também não são muito usados na animação, mas pode proporcionar bons momentos de
entretenimento. Existem truques simples de cartas, cordas ou moedas, que qualquer idoso pode aprender para depois
apresentar aos colegas numa festa ou passeio.

Jogos e Rábulas
Os jogos de mesa e as rábulas ou paródias são um excelente promotor de entretenimento e lazer entre os
idosos, estabelecendo o convívio e a interacção entre eles.
Alguns jogos que podem ser desenvolvidos são as damas, o Pictionary (jogo em que é necessário adivinhar
uma palavra através de desenhos), o dominó, o xadrez, o monopólio (jogo em que objectivo é ganhar dinheiro com a
venda e compra de imóveis), Trivial Pursuit (jogo de cultura geral), o Scrable (jogo de construção de palavras), o galo,
etc.
Nas rábulas estão incluídas as anedotas, histórias, pequenos actos teatrais, mímica, provérbios, etc.

Internet

O uso da informática, e da internet, pelos idosos pode abrir novas possibilidades de contacto com outras
pessoas, realidades e culturas.

Estimulação de Competências

A importância da estimulação do Idoso

Muitas famílias e instituições não compreendem a importância de estimular o idoso, deixando-o parado,
inerte, sem participar em nenhuma actividade que o ocupe e o ajude a manter as suas capacidades activas.
Estimular significa excitar, incitar, instigar, activar, animar, encorajar. Para além de tudo isto, estimular é
também criar meios de manter a mente, as emoções, as comunicações e os relacionamentos em actividade.
O Homem, à medida que envelhece vai sofrendo um desgaste normal a idade. Esse desgaste não é apenas
físico, mas também nas relações sociais e na auto-estima, que vão diminuindo em função do seu grupo, que fica cada
vez mais reduzido devido às perdas, às dificuldades para sair de casa, à falta de estímulo e às limitações físicas e
psíquicas. Por estes motivos, o trabalho da estimulação deve compreender estes três aspectos: físico, psicológico
(cognitivo) e social.
Quando é estimulado, o idoso ganha auto-estima, fica mais esperto, mais participativo, começa a envolver-se
em questões que o rodeiam, reivindica, reclama.
Para que o idoso tenha uma velhice saudável é preciso que este esteja activo e desenvolva diversas
actividades em várias áreas.
A estimulação faz com que os idosos vivam mais a vida, que vivam o hoje, que usem mais a memória e a
criatividade para criar situações, actividades, alegria e felicidade.
A estimulação é uma das práticas mais importantes para manter os idosos com vida e com saúde.

A estimulação física

Com o passar dos anos o nosso corpo apresenta algumas alterações relacionadas com a
força, a resistência, a flexibilidade, a coordenação motora e o equilíbrio.

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É possível diminuir a deterioração física através de medidas de prevenção de acidentes e da manutenção da
saúde e da realização de actividades mentais e físicas.
O exercício físico regular ajuda a aumentar a força muscular e a resistência, aumenta a flexibilidade,
aumenta o fluxo sanguíneo para os músculos, diminui lesões musculares, melhora a coordenação e ainda promove o
convívio.
A estimulação deve incluir dois aspectos importantes o lazer e o prazer.
A actividade física nos idosos tem os seguintes objectivos:

 Melhorar as condições musculares (força e resistência) e articulares (mobilidade);

 Melhorar a flexibilidade;

 Prevenir e melhorar as condições cardiorrespiratórias;

 Prevenir a obesidade;

 Prevenir a descalcificação óssea (osteoporose);

 Melhorar a postura, a coordenação motora e o equilíbrio;

 Desenvolver a autoconfiança, a auto-imagem e a socialização, quando os exercícios são feitos em


grupo;

 Manter e promover a independência.

As melhores actividades motoras para idosos são:

 Marcha (no mínimo 45 minutos por dia sem pausas);

 Musculação moderada;

 Ginástica;

 Natação;

 Hidroginástica;

 Bicicleta (normal ou estática);

 Yoga;

 Jogos populares;

 Massagem e dança.

É importante ter em atenção, que quando se inicia uma actividade mais intensa, deve-se fazer exercícios de
aquecimento.

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Exemplos de exercícios de aquecimento que se pode fazer com idosos:

Tendo em vista um envelhecimento com qualidade e procurando prevenir o agravamento de pequenos problemas,
devemos estar atentos quando o idoso apresentar alguns dos seguintes sinais:

Durante a caminhada

 Apresentar dificuldade em elevar os pés do chão;

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 Dar pequenos passos;

 Caminhar com flexão de joelhos;

 Desequilibrar-se, utilizando móveis e paredes como apoio;

 Apresentar aumento de cifose dorsal (dorso curvo).

Na cadeira, poltrona ou sofá

 Senta-se com má postura;

 Tenta levantar-se muitas vezes até conseguir;

 Não consegue afastar o tronco do encosto;

 Quando se senta solta o corpo, sem conseguir sustentá-lo;

 Solicita auxílio para sentar-se e levantar-se;

Na cama

 Demonstra medo ao deitar-se;

 Apresenta pouco mobilidade para trocar de posição;

 Tem dor na coluna vertebral;

 Queixa-se de frio ou calor (dificuldade no manejo da roupa da cama);

 Tem dificuldade para deitar-se ou sair da cama.

No banho, para vestir-se ou alimentar-se

 Deixa de gostar do banho;

 O corpo permanece molhado após enxugar-se;

 Corta-se facilmente a fazer a barba;

 Deixa cair copos ou talheres;

 Alimenta-se com dificuldade, deixando cair o alimento no trajecto prato/boca;

 Apresenta dor e limitação de movimentos que dificultam o vestir/despir.

Estimulação cognitiva/ psicológica

Embora existam perdas de capacidades cognitivas com o envelhecimento, esses efeitos podem ser bastante
atenuados se o idoso mantiver uma boa actividade cognitiva e contactos sociais regulares.
As actividades que proporcionam estimulação psicológica/cognitiva são aquelas que trabalham com:

• Afecto;
• Auto-estima;
• Sentimento de identidade;

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• Conduta;
• Pensamento;
• Juízo Crítico;
• Memória;
• Atenção;
• Percepção discernimento;
• Capacidade de tomar decisões;
• Capacidade de adaptação a novas situações.

O exercício mental regular aumenta a actividade cerebral, retarda os efeitos da perda de memória e da
acuidade e velocidade perceptiva e previne o surgimento de doenças degenerativas.
A estimulação cognitiva tem por objectivo manter a mente activa, desenvolver algumas actividades cognitivas
e prevenir algumas das consequências do sedentarismo mental.
No quadro seguinte sintetiza quais os efeitos do envelhecimento no desempenho cognitivo do ser humano.

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Inteligência: Alguns aspectos da inteligência continuam estáveis (como cultura geral e compreensão de
vocabulário) durante a maior parte da vida adulta, enquanto que outros declinam mais cedo (como a capacidade de
disposição de blocos, ordenação de gravuras para contar uma história).
Atenção: É o processo pelo qual dirigimos ou redirigimos as energias mentais, é a condição prévia para um
adequado desempenho de todas as habilidades cognitivas.

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Tanto os idosos como os jovens têm competências Semelhantes para dirigir e manter a atenção sobre um
único tópico ou acontecimento, no entanto os idosos executam menos bem as tarefas que exigem a filtração de
informação, repartir a atenção para várias tarefas ou desviar rapidamente a atenção de um tópico para outro.
Linguagem: A capacidade de comunicar por meio de linguagem mantém-se bem ao longo da vida, contudo, a
compreensão de mensagens longas ou complexas é mais difícil de ser compreendidas pelos idosos.
Habilidades vísuo-espaciais: O reconhecimento de lugares e caras familiares e a identificação e reprodução
de formas geométricas são habilidades conservadas na velhice, enquanto que as destrezas topográficas (ler mapas)
provavelmente apresentem declínios com a idade.
Raciocínio, funções de execução e rapidez: Os idosos apresentam mais dificuldade em certos tipos de
tarefas de raciocínio, especialmente aquelas que exigem análise lógica e organizada de material abstracto.
Relativamente à função de execução e à rapidez, em geral os idosos apresentam maior dificuldade.
A lentidão afecta os processos perceptuais, mnésicos e cognitivos, bem como as funções motoras.
Memória e aprendizagem: Com o avançar da idade alguns aspectos da memória declinam mais do que
outros. A memória de curto prazo pode manter-se ou diminuir, a memória de longo prazo está bem mantida.

Estimulação social

A estimulação social tem como base:

 Comunicação;

 Intercâmbio afectivo;

 Convivência;

 Sentimento de pertencer (sentir-se respeitado, valorizado e aceite em seus grupos de convívio).

A estimulação social visa que os idosos participem activamente no seio da comunidade como elemento
válido e útil.
Algumas das formas que os idosos encontram para participarem activamente na sociedade é através da
integração em grupos sociais, associações, a fazer voluntariado junto de organizações de saúde e entidades de apoio
social.

Ociosidade

Quando se fala em ociosidade é importante saber o que significa e com que conceitos se relaciona.
Etimologicamente, ociosidade refere-se ao vício de ocioso, que por sua vez quer dizer aquele que não
trabalha. Outros conceitos que significam o mesmo que ociosidade são: repouso, preguiça, sossego.
Ao pensar em ociosidade na terceira idade estamos a falar do tempo que o idoso tem livre, no qual não
exerce qualquer actividade.
Para a nossa sociedade, a chegada da idade da reforma é sinónimo de tempo livre, de extinção do trabalho e
das rotinas diárias, é como se fosse férias vitalícias. É verdade que o idoso possui maior liberdade temporal, ou seja,
pode gerir o seu tempo diário da forma como desejar sem se sentir obrigado a cumprir horários e tarefas. Mas por
vezes esta liberdade não é muito positiva pois frequentemente, para Homem, a chegada à idade da reforma transporta
sensações negativas como perda de papéis sociais, reconhecimento, actividade, sentimento de utilidade e solidão.

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No quadro seguinte são apresentados pontos positivos e negativos que a reforma tem para o idoso.
Positivo Negativo
• Não há constrangimentos. • Tornar-se o ”tapa buracos” para a família
• Tempo livre. (tomar conta dos netos, trabalhos domésticos
aborrecidos, bricolage, etc. que não é possível
• Não é necessário relógio.
recusar.
• Gere-se livremente o tempo. • Dispõe-se de muito tempo e não se sabe o que
fazer dele.
• Tem-se numerosos passatempos.
• A falta de dinheiro impede a realização dos
• Possibilidade de se ocupar a si, do conjugue, desejos.

da família. • Está-se menos em forma e a fadiga chega


mais depressa.
• Os sonhos podem ser finalmente realizados.
• Sente-se que se é inútil ou o meio encarrega-
• Fazer coisas que nos agradam. se de o transmitir.
• É-se velho.
• Estar sempre de férias.
• Surgem outros constrangimentos: doenças,
• Estar disponível e aberto aos convites. mais obrigações familiares.
• O aborrecimento; já não se sente o estímulo
como dantes.
• A perda dos colegas.
• Perda de um trabalho e de reconhecimento.

Formas que ajudam a combater os efeitos negativos da ociosidade trazida pela entrada na reforma

Entrar na Terceira idade não deve ser encarado como sinónimo de apatia e depressão, sentimentos que
estão directamente ligados à ociosidade. Se a chegada da reforma deixa mais tempo livre, há que investir em
actividades lúdicas que ajudam a deixar de parte a tristeza e a evitar o isolamento., para tal é importante procurar obter
uma velhice bem sucedida.
A velhice bem sucedida está associada à conciliação de três importantes categorias de condições. A primeira
é a reduzida probabilidade de doenças, em especial as que causam perdas de autonomia. A segunda consiste na
manutenção de um elevado nível funcional nos planos cognitivo e físico, o que por vezes é denominado por velhice
óptima. A terceira é a conservação de empenhamento social e de bem-estar subjectivo.
A principal forma de o idoso combater os sentimentos negativos que o excesso de tempo livre, sem
ocupação nenhuma, lhe traz é procurar desenvolver qualquer actividade que lhe traga prazer e realização pessoal.
Para isso o idoso deve satisfazer a necessidade de se distrair.
A distracção é uma necessidade de todo o ser humano, quem se diverte com uma ocupação agradável com
o fim de se descontrair física e psicologicamente satisfaz esta necessidade fundamental
As pessoas de idade têm necessidade, na medida das suas capacidades, de ter actividades recreativas.
Quando se fala em distrair-se surgem os conceitos de “distracção” e de “recreação”. Petit Roher define a
palavra Loisir (tempo livre) com “ o estado em que é loisible, permitido a alguém fazer ou não fazer alguma coisa, e
define Récréation (recreação, distracção) como “uma descontracção, um divertimento após uma ocupação mais séria.
Desta forma cada pessoa ocupa o seu tempo livre com actividades recreativas, normalmente determinadas
pelos seguintes objectivos: descontrair, divertir, realização pessoal, criatividade e transcendência dos sentidos. Estes
são os sentimentos que os idosos devem procurar no momento da sua vida onde o tempo livre é imenso, para assim
se sentirem activos, úteis e bem com a vida e consigo próprios, atingindo assim uma velhice bem sucedida.

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Contacto com o ambiente externo à Instituição

Porquê institucionalizar um idoso?

Para o idoso a casa tem uma importância bastante relevante, pois é dentro dela que ele vai passar grande
parte do seu tempo e também é o espaço onde viveu a sua vida inteira, onde amou, criou filhos, sofreu perdas e
ganhos. Muitas vezes o idoso deixa de ter condições, físicas e até psicológicas, para continuar na sua casa e acaba
por ter de se mudar para outro espaço que poderá ser a casa de filhos ou uma instituição.
Nos dias de hoje, as famílias tem a sua vida e nem sempre estão disponíveis para acolher na sua casa os
pais, acabando por coloca-los numa instituição.
Para muitos dos idosos a entrada numa instituição é bastante positiva pois ai terá companhia, atenção e
poderá estabelecer relações de proximidade com outros idosos.
Por vezes a família de muitos idosos não é aquela com quem têm laços de consanguinidade mas sim com
quem estabelecem relações de amizade, como por exemplo, vizinhos, amigos, colegas de quarto nas instituições,
empregados. Estes laços são estabelecidos com as pessoas com quem o idoso está regularmente, seja familiar ou
não.
O tema institucionalização do idoso é ainda muito polémico, muitos consideram que a instituição é um
depósito de idosos para onde as pessoas são enviadas para morrer, sendo maltratadas, mal alimentadas e sofrendo
de falta de carinho e atenção. No entanto há também quem considere que a instituição é muito positiva pois devolve ao
idoso a possibilidade de viver bem, de ter companhia e de combater a solidão e o isolamento.
Por vezes é o próprio idoso que prefere ir para uma instituição do que ficar na sua casa ou dos seus filhos
sozinho o dia inteiro, sem atenção, carinho e companhia.

O que será melhor, o idoso ser hospitalizado, indesejado, viver amarrado a uma cama, suportar
hostilidades e repreensões o tempo inteiro ou ser encaminhado para uma instituição?

A importância que a convivência tem para os idosos

Termo convivência vem do latim: cum (com) + vivere (viver), que significa viver com alguém, com alguma
coisa, alguma ideia.
A convivência permite uma troca permanente de afecto, de carinho, de ideias, de sentimentos, de
conhecimentos, de dúvidas.
O ser humano para se desenvolver a todos os níveis precisa de conviver com diferentes pessoas, em
diversos meios e com diferentes realidades.
A convivência tem como objectivo estimular física, mental e socialmente os idosos.
Ao relacionarmo-nos com os outros partilhamos e adquirimos conhecimentos novos que muito nos valorizam
como pessoas.
Para o idoso, é muito importante continuar a participar activamente na sociedade, pertencendo a grupos ou
associações para assim desenvolver novos conhecimentos e também partilhar aquilo que sabe e conhece. Assim ele
sentir-se-á mais vivo, com uma melhor auto-estima e motivado para a vida.
A motivação das pessoas idosas, em geral vai diminuindo, isto porque por um lado obstáculos vão surgindo,
cada vez mais difíceis de ultrapassar (como doenças), e por outro lado, a consciência de que o fim está próximo e que
por isso não vale a pena investir muito.
Para ajudar os idosos a manter o seu bem-estar e a qualidade de vida é necessário promover a motivação.
Tanto a família como técnicos devem estar aptos a compreender, intervir e avaliar o comportamento do idoso, levando-

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o a atingir melhor os objectivos que se propõe, isto é, promovendo-o em todos as dimensões, não se limitando a
remediar situações já existentes, antes prevenindo-as, na medida do possível.

A importância do contacto com o ambiente externo à instituição

Numa instituição o tempo e o espaço são geridos por regras e normas inerentes a mesma com as quais os
idosos estão familiarizados. Ao contrário do que acontece em casa do idoso, quando este vivia sozinho, na instituição
existem momentos próprios para determinadas actividades como alimentação, higiene, lazer, descanso, etc.
Quando um idoso entra para uma instituição ocorrem muitas mudanças na sua vida, sendo a mais importante
a de viver e conviver com pessoas que não conhece. Desta forma é importante que os técnicos da instituição procurem
inserir os idosos e estimular a sua convivência.
O papel das instituições não deve apenas ser o de oferecer um espaço para viver onde tenha alimentação e
cuidados de higiene, mas também preocupar-se com o desenvolvimento e manutenção das competências dos idosos.
Por isso mesmo cada vez mais as instituições criam programas de actividades que serão desenvolvidas ao longo dos
anos, actividades que têm em vista a estimulação dos idosos a nível cognitivo, físico e social, e também a distracção e
o lazer.
Um ponto muito importante que a instituição deve ter presente é o contacto dos idosos com o meio externo, a
sociedade é muito importante, pois permite aos idosos estabelecer contactos e vivenciar momentos de participação
activa no meio envolvente, por exemplo em campanhas de sensibilização, passeios, visitas turísticas, bailes, arraiais,
festividades, etc.
O contacto com o meio exterior trás ao idoso um sentimento de utilidade e de capacidade de dar algo aos
outros, de ensinar, de transmitir saberes e conhecimentos, tudo isto é uma forma de estimular e de motivar os idosos.

A importância dos encontros entre gerações

O encontro entre crianças/jovens e idosos é muitas vezes bastante positivo para ambos, pois uns têm algo a
transmitir aos outros.
Enquanto que o idoso pode transmitir conhecimentos antigos, tradições, costumes, a criança/jovem pode
transmitir conhecimentos modernos como as novas tecnologias, novos costumes, mais vitalidade e alegria. No entanto
é importante que tanto o idoso como a criança/jovem tenha interiorizado que existem diferenças, pois o que o idoso
viveu e vivenciou na sua infância é completamente diferente daquilo que a criança/jovem vive e vivencia nos dias de
hoje.
Quando se desenvolve uma actividade em conjunto com idoso e crianças/jovens é importante ter em atenção
que a vitalidade e rapidez são diferentes, desta forma o tempo de execução não deve ser igual. Por norma o idoso
necessita de mais tempo para realizar a mesma actividade, e o criança/jovem deve saber e estar preparada, pelos
técnicos, para respeitar essa diferença.
Por vezes este é o ponto negativo do desenvolvimento de actividades com crianças/jovens e idosos ao
mesmo tempo, pois o idoso pode sentir-se fragilizado por não conseguir executar da mesma forma como o jovem.

Participação nas actividades planeadas pela instituição

Uma das funções da animação é fazer com que alguns idosos não se auto-excluam de viver, devido às ideias
pré concebidas de que já não servem para nada e que apenas lhes resta esperar pela morte.
Para Golfman (citado por santos e Encarnação, 1998, p.239) “ As instituições totais ou permanentes
consistem em lugares de residência onde um grupo numeroso de indivíduos em condições similares, levam uma vida
fechada e formalmente administrada por terceiros. Existe uma ruptura com o exterior, dado que todos os aspectos da
vida são regulados por uma única entidade.”

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Esta situação deve-se ao reduzido número de actividades que os idosos institucionalizados realizam em
relação aos que vivem em casa.
Na grande parte dos lares para idosos, a vida destes é bastante pobre em acontecimentos de vida, neste
sentido a função do animador e ou de ajudantes de lar passa pela elaboração e realização de actividades com o
objectivo de melhorar a qualidade de vida dos idosos.
As instituições devem proporcionar aos idosos não só a satisfação das necessidades mais básicas, como
higiene, alimentação e cuidados médicos, mas também as necessidades de participação, ocupação da sua vida social.
A animação é muitas das vezes considerada como secundária e sem grande validade, situação que não
deveria acontecer pois a animação contribui muito para a qualidade de vida do idoso.
As instituições devem estruturar um plano de actividades que devem ser desenvolvidas pelos idosos, essas
actividades devem promover a estimulação física, cognitiva, social e o lazer. Para além dessas actividades também é
positivo que seja possível aos idosos participarem em actividade diárias da própria instituição como confecção das
refeições arrumação das divisões e manutenção de espaços verdes. O objectivo das actividades deve ser a
manutenção da qualidade de vida para uma velhice bem sucedida.

Exemplos de situações que podem ocorrer nas instituições de idosos e que podem ser colmatadas
com o desenvolver de actividades de animação:
Conflito entre idosos - Os conflitos entre utentes e as funcionárias podem surgir por duas razões. Primeiro,
pela falta de acontecimentos de vida nas instituições, ou seja nada que faça diferença entre os dias. Todos os dias são
iguais, guiados por rotinas (pequeno-almoço; sala de estar, almoço, sala de estar, lanche, sala de estar, ceia, deitar).
Esta rotina faz com que os idosos tenham de criar factos (histórias, criticas…) que muitas vezes criam conflitos.
Segundo, o hábito que os idosos têm de se sentar sempre nos mesmos locais, quer na sala, quer à mesa, faz com que
estejam sempre ao lado das mesmas pessoas o que origina cansaço que pode originar conflitos
Nestes casos, a animação cria acontecimentos de vida, ao alterar a rotina e ao fazer com que os idosos
convivam uns com os outros, causando uma diminuição de conflitos.
Imobilidade – A maioria dos utentes que frequenta serviços de apoio a idosos não aumenta a sua
mobilidade e autonomia. O facto de terem pessoas que fazem os serviços por eles, estes tendem a tornar-se ociosos e
dependentes.
A animação aliada à motricidade e às artes plásticas faz com que os idosos melhorem ou mantenham a sua
autonomia e capacidade de movimento.

Exemplo de actividades de animação que se pode desenvolver em instituições: jornais de parede, decoração
das instituições, idas ao jardim e/ou café, leitura de livros, revistas ou jornais e posterior comentário sobre o que se leu,
jardinagem, pequenas tarefas como ajudar na cozinha ou na lavandaria, comemoração dos aniversários e dos dias
festivos, ouvir musica ou ver filmes, actividades físicas, cognitivas ou de expressão.

Conclusão
Nos dias de hoje, em que cada vez mais aumenta o número de idosos que frequentam centros de dia ou
vivem em lares, a animação de idosos neste meio tornou-se um ponto de grande importância para as instituições.
Desta forma, técnicos e profissionais de geriatria devem ter sempre presente no seu trabalho a importância
da animação e da estimulação para o bem-estar físico e psicossocial do idoso.

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Bibliografia

Zimerman, Guite I.; 2000; Velhice – Aspectos Biopsicossociais; Artemed Editora


Jacob, Luís; 2007; Animação de Idosos - actividades; Ambar editora
Berger, Louise M. Ed.; Mailloux, Danielle; Poinier, M. SC. Inf.; 1995; Pessoas Idosas – uma abordagem
global; Lusodidacta editora
Par, James E. S.; La Rue, Asenath; 1997; Guia de Psiquiatria Geriátrica; Climepsi Editores
Fontaine, Roger; 1999; Psicologia do Envelhecimento; Climepsi Editores
www.wikipedia.org.pt
www.rcmpharma.com

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