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História das Instituições.

O Direito Romano, como qualquer Direito dum povo ( Direito actual ou Direito Passado ), é
um conjunto de normas ou regras de carácter social.

- Porque é que o Homem vive com normas?.

• Liberdade do Homem ( implica imprescindivelmente a existência de normas ).


• O facto de o Homem viver em sociedade.

Existência de várias normas sociais:

- Normas de natureza moral e ética ( o direito tem em parte um fundamento ético ).


- Normas de natureza religiosa ( ligam o crente às suas normas religiosas ).
- Normas de educação, de cortesia, de etiqueta ( tradição, hábitos de educação ).

As normas jurídicas – são aquelas que eficazmente determinam e protegem o que pertence a
cada um, contribuindo dum modo especial para a coexistência pacífica entre as pessoas.

Características das normas jurídicas:

Externa – existência de uma sanção que garante a sua eficácia.

Interna – tem que se rever um certo contendo.

Princípios a que a norma jurídica deve obedecer:

1) Honeste vivere – viver honestamente ( ponto de vista jurídico ).


2) Alterum nom laedere – não prejudicar ninguém
3) Suum cuaque tribuere – incorrecta – Dar a cada um o que é seu.
- correcta atribuir a cada um o que é seu.

Noção real de IUS

• Sentido normativo – norma ou conjunto de normas.

• Sentido subjectivo – poder ou faculdade de cada um exigir de outrem um


comportamento jurídico.

• Sentido objectivo – natura rerum – natureza das coisas. O Direito não pode contrariar a
natureza das coisas. ( ex. o direito romano proibia a homossexualidade ).

• Sentido tribunal – local onde se pratica a justiça.

• Sentido “ saber jurídico “ – ciência jurídica.

• Sentido como património jurídico – património de uma pessoa. Conjunto de bens ou


dívidas que certa pessoa tem. ( bens – património activo / dividas – património passivo ).
Características das normas jurídicas:
• Imperatividade.
• Viabilidade.
• Generalidade.
• Abstracção.
• Coercibilidade.

“ Corpus Iuris Civilis “ – Compilação de todas as obras romanistas.

Aparece dividido em 4 livros:

I – Institutiones – Instituições, parte didáctica, manual, elementar de Direito para todos os


futuros juristas.
4 livros, títulos, parágrafos I, 3,4,5.

II – Digesto – A parte mais nobre. Representa os fragmentos. Cria uma doutrina certa e
actualizada.
50 livros, títulos, fragmentos, parágrafos. D. 3,4,5,2.

III – Codex – Compilação de Leges ( leis ). Actualiza o Codex Vetus.


12 livros, títulos, constituições de leis, parágrafos.

IV – Novellae – Leis modernas – Via aberta para novas leis.


N.º, capítulos, parágrafo. 117, 3,2.

Tem duas finalidades, objectivos:


- Fonte didáctica e legislativa – Dimensão totalitarista.
- Fonte de Direito Romano da época clássica.

Critério jurídico Interno.

Época Arcaica ( 753 a.C. – 130 a.C. ).

Abrange o período histórico que vai desde os primórdios da vida jurídica em Roma
( praticamente, desde a fundação da Urbs, a que, segundo a lenda e certa tradição, se atribui o ano
de 753 a.C. ) até cerca do ano 130 a.C.

Conceito da época arcaica – É o período da formação e do estado rudimentar das


instituições jurídicas romanas, sobre as quais, muitas vezes somente podem formular-se hipóteses,
devido à escassez de documentos.

Características – Imprecisão: não se vê ainda bem o limite do jurídico, do religioso e do


moral; estes três mundos formam como que um todo, um só mundo; as instituições jurídicas surgem
sem contornos bem definidos, como que num estado embrionário.
Apresenta duas fases.

Até 242 a.C. – fase nacionalista – ius qiritum.

De 242 a.C. até 130 a.C. – fase internacionalista – ius gentium.

Na 1ª fase existia uma prorrogação da classe superior.

“ Mors Maiorum “ – única fonte de Direito que corresponde ao costume antigo romano.

Começam a aparecer algumas leis.

Lei das 12 Tábuas 450 a.C. ( direito processual civil ).

Lex paetélia Papiria de Nexis ( moderar a lei das 12 Tábuas ).

Se nex dare ( auto penhoramento da pessoa do devedor ).

Lex Aguilia damo – responsabilidade civil extra contratual.

Processo típico da Época Arcaica é o procedimento das “ Leges Actiones “ – processo das
acções da lei.
Princípio da legalidade processual.

Jurista da época Arcaica “ catus “ –tripartida.

1- Lei das 12 Tábuas.


2- Interpretação.
3- Leis Legislaciones.

Negócios jurídicos da época.

1) Testamento.
2) Adoptio – adopção.
3) Mancipatio – negócio jurídico destinado a transferir a posse da coisa.
4) In iuri Cessia - = mas por via processual.

Época Clássica: ( 130 a.C. – 230 d.C. ).

Conceito da época clássica – É o período de verdadeiro apogeu e culminação do


ordenamento jurídico romano. Por isso, a época clássica muito justamente é considerada modelo e
cânon comparativo para as épocas posteriores e etapa final da evolução jurídica precedente.

Características – Exactidão; precisão. Portanto, o Ius Romanum da época clássica é o


modelo. A grandeza do Direito Romano encontra-se nesta época.

Extremamente evoluída.

Casuísmo científico.
Forma de processar:

« agere per formulas » ( agir através das formas ).

- coloca o direito nas mãos dos magistrados.


- Apresenta 2 fases – in iure – ius dicere / apud iudicem – iudex

Subdivide-se em 3 fases:

• A pré-clássica – que vai desde 130 a.C. a 30 a.C., é um período de intenso


desenvolvimento ascensional em direcção ao estado de grandeza do Ius Romanum
atingindo a etapa seguinte.

• A clássica central – de 30 a.C. a 130 d.C., é o período de esplendor e de maior perfeição


do Direito Romano, surgindo como figura central e representativa, não só desta etapa mas
de toda a época clássica.

• A clássica tardia, de 130 a 230, é um período em que já se nota, por vezes o início de
certa decadência, manifestada sobretudo na falta de génio criador. Por isso, os
jurisconsultos deste final da época clássica dedicam-se não já a obras de comentário, mas
às de compilação – repetir e coordenar o que os grandes mestres disseram.

Época post-clássica ( 230 – 530 ). É o período colocado entre 230 e a época de Justiniano,
quer dizer, entre o apogeu do clássico e o renascimento justinianeu. Esta época não tem
individualidade própria; ou é referida à época anterior e daí chamar-se post-clássica, ou à seguinte e
daí ser denominada « pré-justinieneia ». É uma época de franca decadência do Ius Romanum.

Apresenta uma Confusão. Confusão de terminologia, confusão de conceitos, confusão de


instituições; e por vezes, até confusão de textos. Esta confusão ou Vulgarisiereung verifica-se desde
230 a 395, e tanto no Ocidente como no Oriente.

Até 395 temos um Direito baseado em fenómenos vulgarísticos isolados.


Após 395 temos outro Direito, um direito vulgar ( apenas no Ocidente, no Oriente temos um
classicismo – helenização ).

Direito Romano vulgar, posterior a 395, privativo do lado Ocidental.

Direito funcional – ficou preso à burocratizarão do estado. Ex. Direito Fiscal.

Direito naturalista – vivia de conceitos não juridicamente elaborados.

Direito emocional – Apelava fundamentalmente a um discurso retórico sentimentalista.


Época justinianeia ( 530 – 565 ).

É o período que vai desde 530 ( início propriamente dito do Corpus Iuris Civilis ) até 565,
data da morte do imperador Justiniano. O Ius Romanum, nesta época, chega ao termo da sua
evolução, e codifica-se para se perpetuar.

Como o desejo de Justiniano era estabelecer a unidade na diversidade, tomando por base o
Direito Romano clássico, uma das características do direito justinianeu é a generalização; porém a
característica principal é a actualização e compilação do Ius Romanum na forma tendente a seguir o
clássico ou, até mesmo, apresentando esse direito, todo como clássico, embora saibamos hoje que
em muitos pontos interpolado.

Império do Oriente.

Classicismo
Helenização.

O Direito romano condensa-se e reúne-se – C. I. C.


Tradição romanista – super vivência do Direito romano.

Oriente – Direito Bizantino - tradição greco-romana.

Ocidente – Movimento de Renascimento. / recepção do Direito romano.

Auctoritas – Autoridade.

Apresenta 3 fases:

1ª fase – Autoridade dos juristas ( esse prestígio, esse « impor-se » esse « não poder
desobedecer-se » ).

2ª fase – ius respondendo – Direito de dar respostas – natureza política.

3ª fase – carácter burocrático – É o triunfo do funcionalismo sobre a aristocracia.

Magistraturas do Direito Romano:

Extraordinárias - que se encontravam fora da carreira – ex. o tribunado da plebe e a


Ditadura.

Ordinárias – Eram a dos cônsules, a dos censores, a dos pretores, a dos questores e a dos
edis curúis, pois estavam integradas numa certa ordem hierárquica.

Cursas honorum – Carreiras das honras ou cargos, segundo um critério de dignidade e não
tanto de poderes.
A ordem hierárquica, a contar do cargo inferior estava instituída desta forma:

1º questores.

2º edil curul – aquele que lida com temas ligados ao urbanismo e autarquias locais de Roma,
ocupava-se de problemas de saneamento, lixo, etc.

3º pretor – administração da justiça de forma específica.

4º cônsul – representação de prestígio, comandante do exército, etc.

5º censor – censo quintenal.

Poderes dos magistrados:

1- Protestas – Era o poder de representar o Populus Romanum. Era comum a todos os


magistrados, mas cada um tinha esse poder em maior ou menor grau.

2- Impérium – O poder de sabedoria. Continha as faculdades de, comandar os exércitos,


convocar o senado, convocar as Assembleias populares, administrar a justiça. Era próprio
dos cônsules, dos pretores e do ditador.

3- Iurisdictio – É o poder específico de administrar a justiça de uma forma normal ou


corrente. Era o poder principal dos pretores.

Este carácter absoluto do imperium fica limitado por três circunstâncias muito importantes:

1- A temporalidade - Os magistrados, normalmente ocupavam o cargo por um ano.

2- A pluralidade – O poder estava repartido por várias magistraturas, limite obvio ao poder
do imperium.

3- Colegialidade – Dentro de cada magistratura, havia mais do que um magistrado, cada um


dos colegas estava encarregado dum determinado sector, dentro do qual tinha poder
absoluto, imperium; mas o outro colega ou um magistrado de ordem superior, podia
exercer o direito de veto ( ius intercessionis ).

Pretor – O que vai é frente, a cabeça do poder.

Foi criada em 367 a.C.

De início só existia 1 pretor, a partir de 242 a.C. criou-se o pretor urbano, encarregado de
organizar ( dentro das normas o « ius civile » ) os processos civis em que só interviessem cidadãos
romanos; e o pretor peregrino, incumbido de organizar ( mas dentro das normas do « ius gentium
» ), os processos em que pelo menos uma das partes era um peregrino, quer dizer, um « non-civis ».
Fases de actividade do pretor:

A fase “ in iure “ – O pretor tinha como tarefa fundamental a afirmação solene do direito –
“ ius dicere “. Esse “ ius dicere “ concretizava-se num “ iudicare iubere “ , dirigido ao juiz, isto é,
numa ordem dada pelo pretor ao juiz para proferir sentença neste ou naquele sentido, conforme se
provasse ou não determinado facto.

Na 2ª fase – não há um ius dicere, mas um simples iudicare, um ampliar o Direito, isto é,
julgar, decidir, conforme uma ordem jurídica já anteriormente fixada. Era presidida por um não
jurista..

Actividade de crescente enternecimento, foi crescendo, ganhando poderes.

Fontes do direito Romano:

Quais as grandes divisões que se devem fazer:

I-
1- Fontes existendi – são os órgãos produtores das normas jurídicas.

2- Fontes manifestandi – modos de produção ou formação da ordem jurídica. Costume /


Lei / a « ius prudentia ».

3- Fontes cognoscendi – são os textos onde se encontram as normas jurídicas. São fontes de
conhecimento.

II –

a) fontes do « ius civile » - O Direito Civil, é o que provem das leis, dos plebiscitos, dos
senatusconsultos, dos decretos dos princípios ( constituições imperiais ), da autoridade dos
prudentes ( iurisprudentia ).

b) fontes do « ius praetorium » - o Direito pretório é o que os pretores introduziram com a


finalidade de ajudar, ( interpretar ), ou de integrar ou de corrigir, o ius civile, por motivo
( razão ) da utilidade publica.

Costume:

Formas históricas do costume na época Romana.

1) Mores maiorum – grande fonte de direito por excelência da época Arcaica. Forma
mais antiga do costume.

2) Usus – hábito de agir.


3) Consuetudo – traduzir a ideia de costume. Forma histórica de costume romano.
Afirmava-se por uma ideia de : - consensus omnium / opinio iuris – requisito que
se traduz numa convicção de obrigatoriedade jurídica. Normas consuetudinárias.

Lei das XII Tábuas: 1ª lei escrita – 450 a.C.

Lex ( lei ) como fonte de direito.

Lex privata – é a declaração solene com valor normativo, que tem por base o negócio
privado. Isto verifica-se, sobretudo, quando alguém faz um acto de disposição solene acerca duma
coisa; chama-se lex rei suae dicta.

Lex publica – Surge depois da lex privata. Não é uma declaração unipessoal, a não ser a
partir da época decadente do Baixo Império. Deriva de uma promessa solene da comunidade social;
portanto, baseia-se num negócio público. “ É uma declaração solene com valor normativo, feita
pelo povo, pelo facto de aprovar em comum, nos comícios, com uma autorização responsável, a
proposta apresentada pelo magistrado. A mais importante é a lex rogata.

Fazes do processo de formação das « leges rogatae »

1- Promulgatio – Promulgação – afixação da proposta de lei – normalmente de 3 semanas.

2- Conciones – Eram reuniões tidas na praça publica, sem carácter oficial nem jurídico, para
se discutir o projecto da lex. Intervinham pessoas em duas hóstias opostas. Intervenções
favoráveis ao projecto da lex denominavam-se suasiones, as desfavoráveis, dissuasiones.

3- Rogatio – Pedido formal do mestrado dos comícios.

4- Votação – 1- uti rogas – voto favorável; 2- antiquo – voto contrário ( estado antigo das
coisas ), 3- non liquet – não está liquido ( + - abstenção; não está contra nem a favor, não
está totalmente esclarecido.

5- Aprovação pelo senado – Depois de votada favoravelmente pelos comitia, a lei precisava
de ser referendada pela auctoritas patrum.

6- Afixação – Depois de concedida a auctoritas patrum, o projecto transformava-se em lex.

Partes de uma lex rogata

Praescriptio – É uma espécie de prefácio; contém o nome do magistrado proponente, a


assembleia que votou e a data, o nome do primeiro agrupamento, que abriu a votação e o nome do
cidadão que foi o primeiro a votar.

Rogatio – É a parte dispositiva da lex. É curioso observar que o conteúdo da proposta,


mesmo depois de votada e aprovada, continua a chamar-se rogatio.
Sanctio – É a parte final da lex. Estabelece os termos da sua eficácia, e principalmente a sua
relação com outras normas.

Classificação das leges rogatae quanto à sanctio.

Perfecta – se declaram nulos os actos contrários às suas disposições.

Minus quam perfectae – se apenas impõem multas aos transgressores.

Imperfectae – se nem anulam os actos contrários e nem impõem sanção.

Exemplos de leges rogatae

1- Lex Paetelia Papiria de Nexis – proíbe o “ se nexum dare “ – auto penhoramento da


pessoa do devedor.

2- Lex Cincia – vem dispor, que são proibidas as doações ultra modum ( volumosas )
excepto se for a parentes próximos. Não tem propriamente uma sanção.

3- Lex Falcidia – Direito Sucessório – dispunha que uma 4 parte da herança deve ficar
obrigatoriamente ao herdeiro.

Senatusconsultum – Aquilo que o senado ordenava e constituía.

Como adquiriam força legislativa.

1- Até ao séc. I a.C. – eram meros pareceres do senado.

2- A partir do séc. I a.C. – são fonte mediata de direito.

Estrutura formal:

Praefatio – prefácio, preâmbulo das leis, onde se encontra o nome do magistrado convocador.

Relatio – ( parte expositiva ) – narra os motivos e a proposta apresentada.

Intercessio:

Comulativa – Alguém vem juntar-se ao devedor inicial e à responsabilidade pela sua divida.

Privativa – Alguém se coloca no lugar do devedor inicial, cuja obrigação se extingue.

Tacita – Alguém se obriga para que outra pessoa que naturalmente seria o devedor principal,
não se obrigue.
Ad promissio ( fiança ) – É o paradigma das obrigações pessoais do direito romano.
Garantia real ou pessoal.

Formas de Ad promissio.

1- Sponsio – forma solene de promessa, de origem sacral, só própria dos cives romani, feita
com invocação dos deuses das partes negociantes.

2- Fidepromissio – promessa, feita com a invocação da deusa fides, admitida por vives e
por não cives.

3- Fideiussio - + importante. Podia garantir todas as espécies de obrigações, inclusive as


obrigações naturais, e até obrigações futuras. Em rigor, não é uma promessa, mas uma
ordem, uma autorização responsável ou aval.

Características.

1- Acessoriedade – Carácter acessório; surgia depois da obrigação principal. A


obrigação Ad promissória não pode ser mais gravosa que a obrigação principal. A
validade ou invalidade da obrigação principal implica a validade ou invalidade da
obrigação ad promissória.

2- Subsidiaridade – Carácter subsidiário. Traduz-se no gozo de um benefício,


privilégio.

« beneficius ordinis » - beneficio na ordem. Na fila dos obrigados, o fiador esconde-se atras
da fila. Fica no ultimo lugar dos responsáveis.

« beneficius excursionis » - prerrogativa de esgotar todas as possibilidades de cumprimento


das obrigações antes de ele ser chamado a responder.

Ex promissio – É uma garantia pessoal, em que um novo devedor, por uma nova stipulatio,
promete « id quod Titius debet ». Substitui o devedor inicial, por incompatibilidade entre as
obrigações, em virtude da identidade do projecto.

Garantias reais:

Fiducia – verifica-se uma datio ( transferência da propriedade da coisa a favor do credor.

Pignus – Penhor, há uma traditio ( transferência da posse ) da coisa do garante para o credor.
É o direito que tem o credor de reter uma coisa alheia, móvel ou imóvel, para forçar o
devedor a cumprir a obrigação.

Hipotheca – não há datio nem traditio, verifica-se apenas uma especial afectação da coisa, ao
cumprimento uma obrigação.
Senatus Consultum Macedonianum:

Proibia o empréstimo de dinheiro, a todo o filius familias, mesmo que ele ocupasse um alto
cargo.

Obrigação natural: 1.ª face – incoercibilidade – não é judicialmente exigida. / 2ª face –


irrepetibilidade.

Os empréstimos de dinheiro contraídos por uma filius familias, em virtude da proibição do


senac. Macedonianum, originavam simplesmente uma obligatio naturalis. O credor não tem
nenhuma actio para exigir o seu crédito do filius familiae, nem enquanto permanecer filius
familias, ( mesmo que ele possua bens próprios, nem mesmo depois de ele ser já sui iuris. No
entanto se o filius familias der o dinheiro que pediu emprestado, trata-se de um cumprimento
de uma obrigação, e concretamente de um pagamento, por isso o credor tem direito a reter o
que lhe foi dado a titulo de pagamento.

A obrigação. Por ser uma obrigação ocorriam muitas vezes fraudes.

Negócio in fraudem legi – um indivíduo adoptou um caminho não expressamente proibido


para atingir uma finalidade proibida.

Constituições imperiais – Leis, decisões de carácter jurídico, que decorriam da expressa


manifestação de vontade do Imperador.
Séc. I – tem um valor jurídico.
Séc. II – são equiparadas às leis.
Séc. III – já são leis.
Séc. IV – única fonte de Direito.

Partes de uma constitutio:

1- Inscriptio – é a primeira parte, contem o nome ou os nomes dos imperadores, autores da


constituição e o da pessoa a quem é dirigida.

2- Corpus – A parte dispositiva, onde está a matéria ou conteúdo da constituição.

3- Subscriptio – É a parte final, contem a data e a indicação do lugar onde foi escrita.

Vários tipos de constituições imperiais:

1- Edicta - + importante, são constituições de carácter geral.

2- Decreta – Decisões judiciais pronunciadas pelo imperador enquanto magistrado supremo.

3- Rescripta – As respostas dadas pelo imperador, quando consultado pelo jurista.

4- Mandata – Menor interesse, circulares sobre problemas administrativos.


Iurisprudentia:

É a ciência do justo e do injusto, tendo como pressuposto, certas coisas divinas e certas coisas
humanas.

Espécies de Saber:

1- Sofia – o saber puro – é o saber pelo saber. É o conhecimento em si, abstracto, sem
atender ao concreto, ao lado do prático.

2- Praxis – o saber – agir – é a ciência que tende para a acção, para o « agir », e como «
agir » não tem complemento, tende para algo que principia e acaba em nós.

3- As – o saber fazer – é um saber realizável, uma técnica pura.

Funções dos iuriprudentes:

Cavere – Aconselhar os particulares como deviam realizar os seus negócios jurídicos.

Agere – Era a função de assistir às partes no processo, qual a formula a empregar, que
palavras usar, quais os prazos para apresentar provas, etc.

Respondere – Consistia em dar sentenças ou pareceres, a particulares ou magistrados, sobre


questões jurídicas.

Ius honorarium – Direito introduzido pelos magistrados que tinham honor.

Ius praetorium – Direito de natureza jurisprudential.

Ius praetorium

Fases do ius praetorium ( actividade do pretor ).

1- Interpretativa – ( séc. IV – meados do séc. III a.C. ). Nesta fase, a função do pretor era
administrar a justiça, fundada no ius civile. Ele era “ viva vox iuris civilis “.

2- Integrativa – ( desde fins do séc. III a.C. a 130 a.C. ). O pretor baseando-se no seu
imperium – poder de soberania, a que os cidadãos não podiam opor-se.

3- Correctiva – ( a partir de 130 a.C. ). A partir da lex aebutia de formulis, do ano 130 a.C.,
o pretor baseado na sua iurisdictio, poder específico de administrar a justiça de um modo
normal – mediante expedientes adequados, cria também direito ( ius praetorium ) e agora
duma forma directa, embora, por via processual..
Expedientes do pretor baseados no seu Impérium.

1- Stipulationes praetoriae – A stipulatio é um negócio jurídico tipicamente obrigacional.


A « stipulatio praetoria »é uma stipulatio como outra qualquer, que tem de específico o
facto de ser imposta pelo pretor ( dai designar-se praetoria ) a fim de proteger uma
situação social não prevista pelo ius civile e que merecia protecção.

Características das stipulatio em geral

Solene – Era feito com a invocação e a presença espiritual dos deuses, tanto dos admitidos
pelo stipulator como pelos admitidos pelo promissor.

Formal – Este negócio tinha uma forma jurídica, devia ser realizado entre presentes, mas
sobretudo porque devia ser usada uma formula própria « sacramental ».

Verbal – oral – Deviam empregar-se palavras não escritas, mas orais. É o tipo dos negócios
verbais – verbis contrahere.

Abstracto – É um negócio jurídico, em que se prescinde da sua causa jurídica. Não quer
dizer que o negócio jurídico abstracto não tenha causa jurídica, e nem mesmo que seja
completamente independente dela, simplesmente não é invocada, abstrai-se dela.

2- Restitutiones in integrum – É um expediente do pretor para obter um efeito contrário ao


das stipulationes praetoriae. Há um negócio jurídico, injusto mas válido perante o ius
civile, que origina uma situação, protegida por conseguinte pelo ius civile e que não o
merece.

Espécies de Restitutiones in integrum:

a) « ob metum » - desencadeada por causa da existência de metum ( medo ). Era


concedida a favor daquele que celebrou um negócio jurídico sob coacção grave.

b) « ob dolum » - concedida aquele que realizou o negócio jurídico, em virtude de


dolo, quer dizer, porque foi enganado.

c) « ob errorem » - Concedida ao que efectuou um negócio jurídico, em virtude de


um erro desculpável, isto é, porque se equivocou, sem que esse equivoco deva
considerar-se indesculpável.

d) « ob aetatem » - Era concedida aos menores de 25 anos ( quer fossem f. f., quer
paterfam. ), relativamente aos negócios jurídicos realizados por eles próprios ou
pelos representantes – que fossem lesivos em si mesmos, dos interesses desses
menores.

e) « ob fraudem creditorum » - tem como motivo uma fraude causada a credores.


Era concedido pelo pretor a favor dum credor contra o devedor mas sobretudo
contra o direito adquirente dos bens do devedor por este os ter alienado para
defraudar o credor.
3- Missio in possessionem – É uma ordem dada pelo pretor, baseada no seu impérium,
autorizando alguém a apoderar-se ( apossar-se ou simplesmente deter ), durante certo
tempo, bens de outrem ( ou pelo menos que estão na posse de outrem ) com poderes de
administração e de fruição.

Espécies.

Missio in rem – Se recai sobre uma coisa determinada ou sobre um conjunto de


determinados bens.

Missio in bona – Se incide sobre património de uma pessoa ou sobre um conjunto


indeterminado de bens.

Finalidades:

a) Missio in possessionem rei servandae – se se trata de procurar unicamente a conservação


preventiva desse bem ou bens.

b) Missio in possessionem ex secundum decreto – se o pretor já tinha ordenado alguma


coisa e o destinatário dessa ordem dada pelo pretor, não tinha cumprido; então o pretor força-
o a cumprir, decretando-lhe uma Missio in possessionem.

c) Missio in possessionem executionis – é o modo ordinário de executar as confessiones in


iure e as sentenças – se os responsáveis não cumpriam voluntariamente – ordenando uma
missio in bona sobre todo o património do confessus ou do condennatus.

4- Interdicta – Era uma ordem sumária, dada pelo pretor baseada no seu « imperium », para
resolver de momemto uma situação que tem a protegê-la pelo menos uma aparência
jurídica, ficando porém essa ordem condicionada a uma possível apreciação ulterior.
O interdicto era concedido ou a pedido de um interessado ou em caso de interesse
publico, a pedido de qualquer cidadão e então esses interdicta denominavam-se «
interdictos populares ».

Espécies de « Interdicta »

1- Exibitórios – Se a ordem do pretor se destinava a que alguém apresentasse ou


mostrasse, « exibisse » uma coisa.
2- Restitutórios – Se a sua finalidade era ordenar a devolução, a « restituição »
duma coisa.
3- Proibitórios – Se se destinavam a impedir « proibir » que alguém fosse
perturbado no gozo dum direito que está desfrutando pacificamente.

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