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Direito Administrativo
Serviço Público
1.Conceito: prestação positiva, prevista em lei, para satisfazer necessidades coletivas, mediante um regime
jurídico especial, predominantemente de Direito Público.
2.Princípios - Leis de Rolland: 2.1 Princípio da continuidade do serviço público. 2.2 Princípio da mutabilidade do
regime jurídico ou da flexibilidade dos meios aos fins. 2.3 Princípio da igualdade dos usuários perante o serviço
público. 2.4 Atualmente, art. 6º da Lei n.8.987/95 – “serviço adequado”.
3.Classificação 3.1 Serviços próprios e impróprios segundo Hely Lopes Meirelles. Serviços públicos próprios
“são aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público (segurança, polícia, higiene e
saúde públicas) e para a execução dos quais a Administração usa de sua supremacia sobre os administrados.
Por esta razão só devem ser prestados por órgãos ou entidades públicas sem delegação aos particulares”.
Serviços públicos impróprios “são os que não afetam substancialmente as necessidades da comunidade, mas
satisfazem a interesses comuns de seus membros e por isso a Administração os presta remuneradamente, por
seus órgãos, ou entidades descentralizadas (autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista,
fundações governamentais) ou delega a sua prestação a concessionários, permissionários ou autorizatários.”
Interesse essencial ou não essencial à coletividade, combinado com o sujeito que o exerce. 3.2 Quanto ao
objeto: serviços administrativos “são os que a Administração Pública executa para atender às suas
necessidades internas ou preparar outros serviços que serão prestados ao público, tais como os da imprensa
oficial, das estações experimentais e outros dessa natureza” (Hely). Serviço público comercial ou industrial é
aquele que a Administração Pública executa, direta ou indiretamente, para atender às necessidades coletivas
de ordem econômica. Serviços públicos sociais é o que atende a necessidades coletivas em que a atuação do
Estado é essencial, mas que convivem com a iniciativa privada, tal como ocorre com os serviços de saúde,
educação, previdência, cultura, meio ambiente. 3.3 Quanto à forma como concorrem para satisfazer o interesse
geral: Serviços uti singuli são aqueles que têm por finalidade a satisfação individual e direta das necessidades
dos cidadãos. Para Celso Antônio Bandeira de Mello, só esta categoria constitui serviço público. Ex. serviços
comerciais e industriais do Estado (energia elétrica, luz, gás, transportes) e de serviços sociais (ensino, saúde,
assistência). Serviços uti universi são prestados à coletividade, mas usufruídos apenas indiretamente pelos
indivíduos. Ex. serviços de defesa do país contra inimigo externo, serviços diplomáticos, de iluminação pública.
4.Descentralização por colaboração: quando por contrato ou ato administrativo unilateral, se transfere a
execução de determinado serviço público a pessoa jurídica de direito privado, previamente existente,
conservando o poder público a titularidade do serviço. Ex: concessão e permissão.
5.Concessão de serviço público. 5.1 Conceito: “contrato administrativo pelo qual a Administração Pública delega
a outrem a execução de um serviço público, para que o execute em seu próprio nome, por sua conta e risco,
assegurando-lhe a remuneração mediante tarifa paga pelo usuário ou outra forma de remuneração decorrente
da exploração do serviço” (Di Pietro).
6.Permissão de serviço público. 6.1 Conceito: contrato administrativo e precário, intuitu personae, através do
qual o Poder Público transfere a particular o desempenho de um serviço público, proporcionando a
possibilidade de cobrança de tarifas dos usuários.
Referências: BITTENCOURT, Marcus Vinicius Corrêa. Manual de Direito Administrativo. 2ª edição, Belo
Horizonte, 2007; DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parcerias na Administração Pública. 3ª ed. São Paulo:
Atlas,1999; JUSTEN FILHO, Marçal. Teoria Geral de Concessões de Serviço Público. São Paulo:
Dialética, 2003; MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1998;
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 13ª ed. São Paulo: Malheiros, 2001.
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NÚCLEO PREPARATÓRIO EXAME DA ORDEM
3.Direito Positivo Brasileiro. 3.1 Teoria da Irresponsabilidade nunca foi acolhida no Brasil. Cód. Civil em 1916
– art. 15 (responsabilidade subjetiva).A partir de Constituição de 1946 – adotou-se responsabilidade objetiva.
3.2 CF de 1988 – art. 37, § 6º: Responsabilidade objetiva do Estado e responsabilidade subjetiva do funcionário
(direito de regresso contra o agente responsável, se houver dolo ou culpa). 3.3 Responsabilidade objetiva exige:
a)pessoa jurídica de direito público ou de direito privado prestadora de serviço público; b) dano causado a
terceiro em decorrência da prestação de serviço público (nexo de causa e efeito); c)dano causado por agente,
de qualquer tipo; d) agente aja nessa qualidade, no exercício de suas funções.
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NÚCLEO PREPARATÓRIO EXAME DA ORDEM
Questões:
1. (2º EOAB/2007/UNB ) Acerca das definições contidas na Lei de Concessões Públicas (Lei n.º 8.987/1995),
assinale a opção correta.
A)A concessão de serviço público é a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante
qualquer modalidade de licitação, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para
seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.
B) O serviço público é adequado quando satisfizer as condições de regularidade, continuidade, eficiência,
segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
C) A criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos legais, após a apresentação da proposta,
mesmo quando não comprovado seu impacto, implica a revisão da tarifa, para mais ou para menos, conforme o
caso.
D) Não será desclassificada, ab initio, a proposta que, para sua viabilização, necessite de vantagens ou
subsídios que não estejam previamente autorizados em lei e à disposição de todos os concorrentes.