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FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO DESPORTO

CAMILA MÜLLER ANGONESE

NÍVEIS E LOCAIS DE DOR DE ATENDENTES DE BERÇÁRIO


DE ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Porto Alegre
2010
1

NÍVEIS E LOCAIS DE DOR DE ATENDENTES DE BERÇÁRIO DE ESCOLAS DE


EDUCAÇÃO INFANTIL

Camila Muller Angonese*


Luciano Castro**

Resumo

Cada vez mais a preocupação com a saúde do trabalhador vem ganhando uma
proporção maior. A estratégia usada por muitos tem sido a ginástica laboral, porém
não é possível iniciar um programa de reeducação postural e prevenção de doenças
osteomusculares sem ter o conhecimento do público com o qual vai se trabalhar. O
presente estudo traz os dados de uma amostra de vinte mulheres atendentes de
berçário de escolas de educação infantil de Porto Alegre. É mostrada a incidência e
intensidade de dor destes indivíduos e a relação dessa intensidade de dor com a
idade das mesmas. Para tal, foi utilizado um questionário de fácil entendimento
(proposto por MENDES E LEITE, 2004) que permite ao avaliado marcar os pontos
de dor em uma figura que representa seu corpo, dividida em 44 segmentos e o nível
de cada ponto de dor em uma escala de 0 a 10. A pesquisa mostrou que a maior
incidência de dor ocorreu na região lombar, acometendo 70% da amostra. Em
seguida, ombro posterior direito, com 35% da amostra. No que diz respeito à
intensidade da dor, a maior média apresentada aparece na região torácica, com uma
intensidade média de 7,6, seguida da região lombar e ombro posterior direito, com
uma intensidade de dor média de 6,7. Concluímos com o presente estudo que as
atendentes de berçário sentem dores em diferentes intensidades e regiões do corpo.
Como forma de propiciar momentos de descontração e alívio tanto físico quanto
emocional, sugerimos a atividade física laboral.

Palavras-chave: LER/DORT. Dores no trabalho. Doença osteomuscular.

* Acadêmica da Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto da PUCRS. E-mail: camila.angonese@acad.pucrs.br


** Professor orientador da PUCRS. E-mail: luciano.castro@pucrs.br
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Resumen

Cada vez más la preocupación con la salud del trabajador viene ganando una
proporción mayor. La estrategia usada por muchos ha sido la gimnasia laboral, pero
no es posible iniciar un programa de reeducación postural y prevención de
enfermedades osteomusculares (enfermedades laborales) sin tener el conocimiento
del público con el cual se va a trabajar. El presente estudio trae los datos de una
amuestra de veinte mujeres que atienden a las salas de cunas de escuelas de
educación infantil de Porto Alegre. Es mostrada la incidencia e intensidad de dolor
de estos individuos y la relación de esa intensidad de dolor con la edad de las
mismas. Para eso, fue utilizado un cuestionario de fácil entendimiento (propuesto por
MENDES E LEITE, 2004) que permite al evaluado marcar los puntos de dolor en
una figura que representa su cuerpo, dividida en 44 segmentos y el nivel de cada
punto de dolor en una escala de 0 a 10. La pesquisa mostró que la mayor incidencia
de dolor ocurrió en región lumbar, acometiendo 70% de la amuestra. En seguida,
hombro posterior del lado derecho con 35% de la amuestra. En lo que dice respeto
a la intensidad del dolor, la mayor media presentada aparece en la región torácica,
con una intensidad media de 7,6, seguida de la región lumbar y hombro posterior del
lado derecho, con una intensidad de dolor media de 6,7. Concluimos con el presente
estudio que las personas que atienden a la sala de cunas sienten dolores en
diferentes intensidades y regiones del cuerpo. Como forma de propiciar momentos
de relajación y alivio tanto físico cuanto emocional, sugerimos la actividad física
laboral.

Palabras claves: LER/DORT (siglas en portugués). Dolores en el trabajo.


Enfermedad osteomuscular (Enfermedad laboral).

* Acadêmica da Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto da PUCRS. E-mail: camila.angonese@acad.pucrs.br


** Professor orientador da PUCRS. E-mail: luciano.castro@pucrs.br
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Introdução

Desde o industrialismo os trabalhadores começaram a receber uma atenção


maior referente à saúde durante o trabalho. Grande parte dos trabalhadores executa
suas tarefas durante longos períodos sem descanso adequado e, em alguns casos,
carregando peso, o que gera uma sobrecarga imensa em toda a estrutura corporal.
Porém, algumas profissões não são muito comentadas e devidamente
discutidas no que diz respeito à saúde ocupacional. Uma delas é a das atendentes
de creche, aquelas pessoas que passam um longo período do dia em função dos
filhos de outras pessoas, trocando fraldas várias vezes ao dia, carregando-os de um
lado ao outro, alimentando, fazendo dormir, colocando no berço, dando colo.
Parecem situações simples do cotidiano de um pai e uma mãe, contudo para estes
profissionais é um trabalho desgastante e assim como qualquer outro merece uma
atenção especial.
Apesar de não existir um padrão, sabe-se que a maioria das crianças recém-
nascidas pode pesar mais de três quilos. Agora imaginem segurar e movimentar três
quilos durante um tempo indefinido diariamente.
Sendo assim, o presente estudo tem como principal objetivo identificar a
presença de dores ósteomusculares em atendentes de berçário em escolas de
educação infantil, que atendem crianças de zero a dois anos e meio, dos bairros
Centro e Cidade Baixa, na zona leste de Porto Alegre. Os objetivos específicos
buscam identificar os principais locais de incidência destas dores; Avaliar a
intensidade das dores apresentadas; Relacionar a idade das atendentes e a
intensidade da dor.
A partir do levantamento de dados proposto por este estudo, busca-se o
incentivo da inclusão de programas de ginástica laboral em escolas de educação
infantil. Ou ainda, programas que envolvam esta questão postural e ergonômica e
possam tornar o trabalho destes indivíduos mais confortável.
Como hipótese este estudo trabalha com a suposição de que atendentes de
berçário sofrem de dores musculares em função dos movimentos e posições
assumidas durante a execução de seu trabalho.

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Referencial Teórico

Doenças Osteomusculares

O corpo humano é uma máquina formada por músculos, ossos, articulações,


inervação e sistemas energéticos. Todos estes sistemas corporais vão nos propiciar
estabilidade, mobilidade, resistência e força para realizar atividades básicas.

O uso inadequado do corpo humano gera desequilíbrios e degeneração


osteomuscular precoce. Os fatores que aceleram esse desgaste são a
inatividade física, a sobrecarga discal e a postura corporal diária nas
atividades de vida diária (AVDS), como dormir, sentar, levantar, carregar
objetos, trabalhar, etc (MENDES E LEITE, 2008, p.114).

Entre as diversas doenças osteomusculares existentes, as mais encontradas


entre os trabalhadores são os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho (DORT) e as Lesões por Esforço Repetitivo (LER). Ou seja, toda e
qualquer lesão osteomuscular causada durante a jornada de trabalho ou por algum
esforço excessivo exigido na mesma receberá a nomenclatura de DORT.
Geralmente devido a esforços repetitivos, principalmente nos membros superiores.
Caso a lesão tenha ocorrido por movimentos inadequados fora de uma situação
relacionada ao trabalho, como por exemplo, varrer a própria casa como uma
atividade doméstica não empregatícia, receberá outro nome. Sendo um esforço
repetitivo a nomenclatura correta é LER.
Podemos encontrá-las naqueles funcionários que executam o mesmo
movimento várias vezes durante sua jornada de trabalho, durante um longo período,
chegando a estabilizarem-se meses com a mesma rotina de movimento. Tais
distúrbios nos permitem analisar aspectos como o trabalho realizado em uma
mesma posição (fixa) ou repetitividade de movimentos e falta de tempo para
recuperação pós-contração, frequentemente com fadiga, esta por sua vez, causando
dor, formigamentos e dormência. (PRESSI e CANDOTTI, 2005).
Segundo Maeno, et al. (2006), o Ministério da Saúde publicou a Portaria
777/04 em 28 de abril de 2004, que tornou de notificação compulsória vários
agravos à saúde relacionados ao trabalho. Entre eles, as LER/DORT. Conforme
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Mendes e Leite (2008) os DORT constituem a principal causa de doença relacionada


ao trabalho, representando mais de 65% dos casos reconhecidos pela Previdência
Social no Brasil. Sendo assim, exemplificam:

No início, o funcionário com DORT verifica uma diminuição de seu


desempenho no trabalho, em razão da dor e da fadiga. Os sintomas podem
evoluir para um quadro crônico – geralmente agravado por fatores
psíquicos, relacionados ou não ao ambiente de trabalho -, que podem
diminuir o limiar da sensibilidade dolorosa (MENDES E LEITE, 2008, p.116,
117).

No caso das funcionárias que trabalham com crianças pequenas existe um


grande esforço físico executado e pouco percebido. O fato de carregar uma criança
de um local para outro no colo é um pequeno esforço físico. Fazer este mesmo
movimento com várias crianças de pesos diferentes, diversas vezes ao dia, é um
grande esforço e de grande repetitividade, afinal os movimentos são basicamente os
mesmos e utilizam sempre os mesmos grupamentos musculares. Destacam-se
estes aspectos nos trechos abaixo:

A repetitividade da tarefa executada é um fator importante destes distúrbios


osteomusculares, principalmente quando está associada a posturas
inadequadas, advindas de um trabalho muscular estático e/ou com
aplicação de forças excessivas. (MENDES E LEITE, 2008, p.117).

Outro problema encontrado, além dos problemas em membros superiores, é a


lombalgia. O termo “algia” pospositivo do grego que representa dor e “lomb(o)”
antepositivo do latim que representa lombar (HOUAISS, 2001), ou seja, dor na
região lombar. Pode ser específica para a região da coluna lombar, provinda de
causas físicas como fatores genéticos, traumas, posturas inadequadas,
levantamento e transporte de cargas pesadas, tipo de trabalho muscular ou fatores
degenerativos; ou ainda desencadeadas por causas de origem psicossomática,
como distúrbios de personalidade e estresse. (BRITO, et al. 2004).
Por mais simples que seja a lombalgia é um fator que atrapalha e é lembrada
durante grande parte do dia de um indivíduo. Se este ficar muito tempo em pé,
sentirá a lesão, se permanecer um longo período sentado, sentirá a lesão também.
Se fizer muito esforço físico ficará dolorido e, se não observar a posição correta na
hora de dormir vai acordar com dor. Por estes fatores é importante que alguma
providência seja tomada logo que a algia é descoberta.

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Um desequilíbrio mecânico das estruturas da coluna vertebral atua como


fator nocivo sobre elas mesmas. Todas as estruturas que compõem a
unidade anátomo-funcional do segmento lombar apresentam inervação
nociceptiva, com exceção do núcleo pulposo e de algumas fibras do anel
fibroso. (TOSCANO E EGYPTO, 2001, p.01, citado por CECIN, et al. 1991).

Em relação à atividade muscular, pode-se considerar a posição sentada como


de baixo risco para algias da coluna, entretanto, as estruturas articulares, tornam-se
expostas a maiores riscos de lesão (BRITO, et al. 2004). No caso das funcionárias
de uma escola de educação infantil o que menos se faz é ficar sentado, sendo assim
há grandes chances de desenvolver uma lombalgia.
Segundo Brito, et al. (2004) posturas que requerem um trabalho pesado
excessivo, que exigem muitos movimentos de flexão anterior do tronco ou
velocidade de movimento compõem as principais causas de lombalgia entre os
trabalhadores, ou seja, os movimentos que as atendentes de um berçário mais
executam. Abaixar, levantar, pegar as crianças no colo, suspendê-las para colocá-
las no trocador ou na banheira, agachar-se para conversar e dar instruções a elas,
ajudá-las a deambular ficando com as costas curvadas para segurar as mãozinhas e
dar-lhes segurança (TRISTÃO, 2004). Movimentos simples, executados de forma
despercebida, mas que ao final de um dia fazem toda diferença para a coluna
vertebral.

Motivação do Trabalhador

Para executar um trabalho bem feito é necessário algum tipo de motivação.


Esta pode ser positiva ou negativa e pode ser separada em alguns elementos
básicos. Em um mundo capitalista a motivação mais relevante é a financeira, quanto
mais o empregador pagar mais o empregado trabalha. Quanto menos o empregador
pagar mais indignação causa no empregado e menos rendimento este terá. Além do
dinheiro propriamente dito, são levados em conta fatores como as condições
oferecidas pela empresa/empregador ao funcionário com relação a transporte,
alimentação, horário de intervalo, entre outras. Porém, não são apenas estes
elementos materiais que devem ser levados em conta na hora de analisar a
motivação de um trabalhador. Em alguns casos, o que interfere no desempenho do

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indivíduo não é o que está dentro da empresa, e sim os fatos que acontecem fora
dela.

Uma forma de ataque à integridade psíquica do indivíduo pode ser


observada em decorrência de atividades ou tarefas que atingem o corpo de
forma agressiva e que, somadas às condições de vida precárias de muitos
trabalhadores, levam a uma percepção do exaurimento e da transformação
do próprio corpo. (POLITO e BERGAMASCHI, 2006, p.50).

Ou seja, percebemos que não é apenas um corpo executando tarefas,


existem sensações e sentimentos por trás destes atos que podem ser mais ou
menos estimulados. Polito e Bergamashi (2006) destacam que um dos fatores
motivacionais fundamentais para a realização de determinadas ações são os
sentimentos, responsáveis também pelas condutas adotadas pelo homem.
Estes sentimentos interferem na auto-estima do indivíduo que, por sua vez,
regula a vontade e o discernimento de fazer a coisa certa. Por melhor que tenha sido
seu trabalho, se a auto-estima do executante está baixa ele sempre vai achar que
não ficou bom, vai ficar se punindo, tentando corrigir e este ato pode acabar
atrapalhando o desenvolvimento da tarefa como um todo. Ou ainda, por problemas
com a auto-estima, aquela pessoa não se acha capaz de executar determinada
tarefa e passa a não fazer o que foi pedido. Por outro lado, um indivíduo com a auto-
estima elevada estará sempre pronto para executar o que já sabe, conhecer campos
novos, aceitar desafios e, principalmente, aceitar críticas com relação ao seu
trabalho e usá-las como um acréscimo e não uma punição.
A motivação se processa nos indivíduos de dentro para fora e se quisermos
que alguém faça alguma coisa, ele só o fará de forma motivada se conseguir ver
nessa atividade uma possibilidade de atingir algum objetivo interno. (POLITO e
BERGAMASCHI, 2006) Devido a este fato, surgem problemas físicos e psíquicos em
funcionários que não se sentem motivados para o trabalho. Os mesmos autores
ressaltam ainda que a falta de motivação, falta de interesse e estresse elevado,
sintomas da baixa auto-estima, estão diretamente relacionados à fadiga geral.
Um fator importante na manutenção, intensidade e determinação da dor são
as emoções. Sabe-se que a resposta emocional básica do ser humano à dor é a
ansiedade a qual, por sua vez, potencializa significativamente a dor, reduzindo o
limiar de tolerância a ela. Sendo assim, torna-se um círculo vicioso, no qual a dor

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causa ansiedade que aumenta a tensão muscular, resultando em um aumento da


dor. Tristão (2004, p. 169) complementa:

[...] não podemos deixar de considerar o desgaste e o envolvimento


emocional presentes em muitas situações diárias, como por exemplo,
quando há uma criança que chora muito e não se consegue definir a causa,
refletindo em ansiedade e tensão para a professora.

Esta ansiedade pode, inclusive, já estar presente na vida deste trabalhador


escolar, afinal a sua qualidade de vida depende, além da própria consciência em
relação a atividades físicas e correções posturais, da localidade da escola, pressão
dos pais, entre outros fatores. Mendes e Leite, 2008, exemplificam colocando a
situação de uma escola que se situa em um bairro de periferia, onde há muita
violência, os professores, funcionários e alunos deste local vão chegar sempre
tensos e estressados pela falta de segurança dentro e fora dela. Esta insegurança
causará outro tipo de ansiedade que poderá interferir não só na escala de dor como
também na questão motivacional deste indivíduo.

Metodologia

Para a realização deste estudo foi feita uma pesquisa de cunho qualitativo-
descritivo, visto que se arrecadaram dados em forma de valores e os resultados
foram descritos sem que fossem usadas fórmulas estatísticas. A análise dos
resultados foi feita de forma a descrever situações e tentar explicar o produto final
sem que fosse necessário utilizar-se de outros valores, apenas os apresentados.
A população componente do trabalho é formada por atendentes de berçário
de seis (06) escolas de educação infantil de Porto Alegre. Fazem parte da amostra
vinte (20) mulheres que atendem crianças de zero a dois anos e meio nestes locais.
Para a coleta de dados foi utilizado um questionário de topografia e
intensidade de dor (ANEXO 1), já utilizado por Mendes e Leite (2004), que permitiu
aos indivíduos marcar exatamente o local da sua dor e a intensidade de cada uma
delas. Além disso, traz informações referentes ao participante, importantes para o
perfeito entendimento e análise dos resultados.

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A análise dos resultados foi dividida em três etapas: a) identificar a


quantidade de pontos marcados e os locais das dores; b) analisar a intensidade
destas dores e c) relacionar a intensidade das dores com a idade dos indivíduos
participantes. Os dados foram tabulados em planilha EXCEL, separados em uma
primeira tabela por região do corpo, quantidade de marcações em cada região,
percentual em relação à amostra, intensidade de dor e a intensidade média de dor
de cada região citada. Em uma segunda tabela os dados foram separados em
relação à idade dos indivíduos, o número de indivíduos da amostra presentes em
cada faixa etária, o percentual que este número representa na amostra analisada e a
intensidade média de dor nessas faixas etárias.
Devido ao método de coleta de dados, questionário individual, ou seja, sem a
presença do pesquisador na hora das respostas, os indivíduos escolhidos podem ter
tido um entendimento diferente em relação ao material, o que pode ser um fator de
erro no presente trabalho. Outros fatores que não foram levados em consideração,
mas que podem ser fatores importantes no resultado final é a diferença de idade
entre os indivíduos da amostra e as diferentes jornadas de trabalho. Além disso, o
tamanho da amostra e/ou a delimitação da mesma podem dificultar a precisão do
resultado.

Resultados e Análise de Dados

Foram analisados, no presente estudo, um total de 20 indivíduos do sexo


feminino, atendentes de berçário de 6 escolas de educação infantil da cidade de
Porto Alegre. A idade destes indivíduos variou de 18 a 47 anos, com uma média de
idade de 33,55 anos (desvio padrão = 10,14 anos). O número de horas diárias
trabalhadas pelos mesmos indivíduos variou de 6 a 11 horas, com uma média de 8
horas e 36 minutos (desvio padrão = 1 hora e 55 minutos). Em relação à quantidade
de alunos presentes por professora foi encontrado um total de 78 alunos para 20
professoras, ou seja, uma média de 3,9 alunos por professora.
De acordo com a metodologia utilizada para a determinação da dor foram
definidos 44 pontos possíveis (ANEXO 2). Dentre eles, a amostra estudada
identificou 67 pontos de dor, sendo que a maior incidência ocorreu na região lombar,
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com 14 marcações, o que representa 70% da amostra utilizada. A segunda maior


incidência registrada foi no ombro posterior direito, com exatamente a metade das
marcações, representando assim, 35% da amostra. Além disso, 30% apresentaram
dor no ombro posterior esquerdo e 25% na região torácica e também joelho anterior
direito. A incidência de dor no joelho anterior esquerdo representou 20% da amostra,
enquanto o cotovelo posterior esquerdo e o ombro anterior direito representaram
apenas 15%. As outras regiões representam um número menor referente à amostra,
porém não menos significante. Podemos observar também, que de vinte
funcionárias, três delas não apresentam dor. Representando 15% da amostra total.
Vide TABELA 1.

TABELA 1 – Regiões e Intensidades de dor


Região Quantidade % Intensidade Intens. Média
Lombar 14 70% 4 a 10 6,7
Ombro Post. D. 7 35% 5a9 6,7
Ombro Post. E. 6 30% 5 a 10 6,6
Torácica 5 25% 5 a 10 7,6
Joelho Ant. D. 5 25% 4a8 5,8
Joelho Ant. E. 4 20% 4a6 5,2
Cotovelo Post. E. 3 15% 4a8 6
Ombro Ant. D. 3 15% 2a5 4
Joelho Post. D. 2 10% 7a8 7,5
Cervical Post. 2 10% 6a9 7,5
Pé Post. D. 2 10% 5a7 6
Ombro Ant. E. 2 10% 5 5
Cotovelo Post. D. 2 10% 4a6 5
Cotovelo Ant. E. 2 10% 4a5 4,5
Cotovelo Ant. D. 2 10% 4a5 4,5
Perna Post. D. 1 5% 10 10
Perna Ant. E. 1 5% 10 10
Joelho Post. E. 1 5% 8 8
Pé Post. E. 1 5% 7 7
Pelve Post. 1 5% 6 6
Mão Post. D 1 5% 5 5
Não sentem dor 3 15% ------------ ------------
Fonte: A autora (2010)

Com relação à intensidade os números impressionaram. Podemos observar


que a maior incidência de dor não representou necessariamente a maior
intensidade. Dentre os locais citados observamos que a região lombar, apesar de

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representar 70% da amostra em relação à incidência de dor e a intensidade variar


entre 4 e 10, sua intensidade média ficou em 6,7. Exatamente a mesma média da
região do ombro posterior direito, o qual teve a intensidade variando entre 5 e 9, com
uma representação de apenas 35% da amostra. Já a região torácica apresentou
uma intensidade média de 7,6, com apenas 25% de representação da amostra. O
que nos leva a pensar que quantidade de pontos de dor não representa
necessariamente grandes níveis de dor. É possível ter um indivíduo com muitos
pontos de intensidades moderadas e outro indivíduo com apenas um ponto de dor
de extrema intensidade.
Observamos então, que devido aos movimentos executados durante a
jornada de trabalho com crianças de zero a dois anos e meio a região mais citada
referente à incidência de dor foi a região lombar. Porém, a intensidade média mais
significante se concentrou na região torácica. Estes dados nos levam a crer que a
região lombar é muito utilizada, especialmente nos movimentos de flexão excêntrica
e extensão concêntrica de tronco. A maior intensidade de dor, porém se concentra
na região torácica, provavelmente pela compensação necessária.
Ou seja, quando as funcionárias largam uma criança na cadeira ou no chão,
ou quando a retiram do mesmo, provavelmente o movimento realizado é o de flexão
dos joelhos ao invés do tronco, encontrando, desta forma, uma maior estabilidade
tanto para o indivíduo quanto para a criança, evitando uma queda para frente, por
exemplo. Entretanto, as crianças não são imóveis, pelo contrário, sendo assim, todo
movimento que ela fizer para tentar sair ou simplesmente se ajustar no colo do
indivíduo será compensado na região torácica, já que a região lombar está
estabilizada pela flexão de joelhos.
É claro que estes movimentos de compensação são inconscientes, mas se
analisarmos as cadeias musculares que sustentam o tronco, encontraremos estas
duas regiões como referência. Sendo assim, se existe um excesso de uso de uma
ou mais regiões surgirá uma lesão.
Outro fator possível refere-se à questão de a professora estar sempre
olhando para baixo, devido à estatura das crianças. Isto gera uma sobrecarga e uma
postura que se tornam, com o passar do tempo, inconsciente e rotineira. A pessoa
se acostuma a ficar sempre um pouco curvada e com o olhar projetado para baixo,
sobrecarregando a musculatura da região torácica e também cervical, explicando a
grande média de intensidade de dor nesta região.
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Com o intuito de aliviar a coluna vertebral utilizamos os joelhos. Porém, vai


chegar o momento em que eles não vão suportar. Percebemos isso por
representarem 25% da amostra em relação à incidência de dor. O fato interessante
é que a região citada é a anterior dos joelhos, o que nos conduz à análise de
movimento dos mesmos. Para não colocar a criança em perigo de quedas, os
movimentos executados não podem ser muito rápidos. Sendo assim, utilizamos a
musculatura anterior da coxa para frear o movimento de flexão e para impulsionar o
movimento de extensão. Impulsão esta, que exige força e resistência considerando
que deve ser eficiente e seguro. Ou seja, o indivíduo deve estender os joelhos de
uma só vez e lentamente, observando todos os movimentos da criança que está no
seu colo e as outras que estão ao redor.
Percebemos que o joelho direito teve uma intensidade média e uma
incidência de dor maior que o esquerdo. O que nos leva a pensar no fato das
atendentes que citaram este ponto provavelmente serem destras. Desta forma,
colocam mais força na perna direita do que na esquerda, causando uma sobrecarga.
Cabe salientar uma grande intensidade média no joelho posterior direito. Porém
representa apenas 10% da amostra, ou seja, duas pessoas. Neste caso, a dor pode
ser devido a problemas exclusivamente pessoais destes indivíduos, levando em
consideração também que trabalham no mesmo local, o qual possui escada.
Apesar de representar uma menor incidência de dor, o cotovelo posterior
esquerdo indicou uma significativa média de intensidade desta dor, representando
15% da amostra e uma intensidade média de 6. Fator este, provavelmente
relacionado ao fato de que apenas 10% da população é canhota, sendo assim, as
atendentes utilizarão o braço menos coordenado para segurar as crianças no colo.
Desta forma, o membro dominante fica livre para fazer qualquer tipo de movimento
necessário.
Os ombros posteriores estão presentes em mais de 30% da amostra com
relação à incidência de dor. Carregar uma criança no colo, com outras tarefas a
serem feitas, exige deste indivíduo um dos braços livres para qualquer tipo de
movimento. Sendo assim, a criança será sempre sustentada por apenas um braço.
Naturalmente, será feita uma força com o ombro, para não deixá-la cair. A diferença
com relação à lateralidade desta dor nos remete novamente ao ponto de lateralidade
dos indivíduos que fazem parte desta população. Seguindo a hipótese de que a
maioria é destra e carrega as crianças com o braço esquerdo para ter o braço
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dominante livre, a provável explicação para os altos índices de dor no ombro direito
é que este sofre uma excessiva compensação nas outras atividades. Ou seja, além
de ser dominante, o membro direito será sempre mais requisitado pelo fato do
membro esquerdo estar sempre fadigado por conta de carregar as crianças.
Podemos expandir o campo de movimento para as atividades de vida diárias, que
exigirão sempre uma carga maior do lado direito pelo fato do lado esquerdo não ser
dominante e estar debilitado.
Em um estudo realizado em uma escola pública de ensino infantil e
fundamental da cidade de Birigui, São Paulo, Rossi (2003) avaliou as queixas de dor
decorrentes das atividades laborativas desenvolvidas em ambiente escolar.
Participaram do estudo 13 professores do sexo feminino, com média de idade de
41,15 anos (desvio padrão = 10,05 anos). A região dolorosa mais referida foi a
região cervical (84,6%) e ombros (69,2%) e a maior referência de desconforto para
região lombar (38,46%), pernas (38,76%) e punho/mãos (38,46%).
Em outro estudo, Barbosa et al. (2006) investigaram a prevalência de dor
osteomuscular na equipe de enfermagem do Hospital da Polícia Militar de Minas
Gerais e sua associação com características relacionadas ao trabalho. A amostra foi
composta por 167 auxiliares e técnicos de enfermagem com relatos de dor em
alguma região do corpo, sendo destes 65% mulheres. A região mais afetada foi a
coluna lombar, com 70% da amostra, e devido ao quadro foi a justificativa mais
freqüente para o trabalho. Os resultados demonstram que os procedimentos
relacionados com a movimentação e transporte de pacientes são considerados os
principais causadores de dor na região lombar, indicando que as atividades de
cuidado direto aos pacientes podem ser fatores de risco para a equipe de
enfermagem.
Percebemos com estes estudos que a região lombar é sempre citada,
algumas vezes em maior número, outras em menos, dependendo das atividades
realizadas. Entretanto, a precaução e o cuidado na hora de realizar os movimentos
são sempre necessários, independente da profissão exercida.
Existe a fama de que quanto mais velho, mais dor o indivíduo tem. Podemos
observar estas características na TABELA 2.

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TABELA 2 – Relação Idade dos indivíduos e Intensidade da dor.


Idade Nº de indivíduos % Intensidade Média
18 - 21 3 15% 6,2
22 -25 2 10% 6,5
26- 29 4 20% 7,2
30 - 33 1 5% 5
34 - 37 0 0% -----------
38 -41 4 20% 6,5
42 - 45 3 15% 5,2
46 - 49 3 15% 5,7
Fonte: A autora (2010)

Na faixa dos 42 até os 49 anos, um total de 30% da amostra, as médias de


intensidade de dor foram as menores, com exceção de apenas um indivíduo de 31
anos. Surpreendentemente a maior média apareceu nos indivíduos com faixa etária
entre 26 e 29 anos. Provavelmente por exercerem outras funções, afinal, estão na
fase de se estabilizar financeiramente e, desta forma, acabam tendo a necessidade
de maior aporte financeiro, o que pode levá-los a cargas excessivas de trabalho, o
que resultará em pouco ou nenhum tempo para cuidados pessoais, como por
exemplo, a atividade física.
Em sua revisão de literatura, Azevedo diz que vários fatores individuais e
ocupacionais podem estar relacionados com sintomas músculo-esqueléticos.
Verificou-se que profissionais mais novos que não possuem uma união estável, sem
filhos e com um tempo menor de atuação profissional estão mais sujeitos ao
aparecimento de sintomas osteomusculares.
Geralmente até os 21 anos, por menos que seja sempre existe a ajuda dos
pais quanto à questão financeira; ao mesmo tempo existe a falta de cuidados com o
corpo por pensar que é jovem e não precisar se preocupar com este tipo de assunto.
Estes fatores podem explicar a média desta população.

Considerações Finais

Independentemente da idade, número de horas trabalhadas, ou a quantidade


de alunos existentes, a dor é um sintoma presente na vida destas atendentes de

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berçário. Sendo assim, fica evidente a real necessidade de alguma mudança na vida
destes indivíduos. O ideal seria eliminar por completo todas estas dores existentes.
Para as crianças desta idade as atendentes são só delas, ou seja, não têm
vida pessoal. Isso acarreta em uma obrigação de estar sempre bem para conseguir
atender de forma satisfatória estas crianças. Essa obrigação gera uma tensão muito
grande e precisa ser descarregada de alguma forma. Por isso as atividades físicas
laborais são tão importantes, pois servem como auxílio para a descarga dessas
tensões através da expressão corporal (LIMA, 2007). Desta forma, estas atividades
vão gerar um momento de alívio, tanto físico quanto psíquico e, assim, propiciar ao
indivíduo um limiar maior para a dor, gerando um aumento na auto-estima,
transmitindo maior motivação para o trabalho, resultando então em um trabalhador
muito dedicado nas tarefas diárias.
Suficiente para o empregado, suficiente para o empregador, excelente para
as crianças.

Referências

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[2008?]. Disponível em:
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junho de 2010.

BARBOSA, A. A; et al. Prevalência de dor osteomuscular na equipe de enfermagem


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the nursing staff of the Militar Policy Hospital of Minas Gerais Fisioter. mov; jul.-
set.2006. tab, graf. Disponível em: < http://bases.bireme.br/cgi-
in/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/
iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=466220&in
dexSearch=ID>. Acessado em: 13 de junho de 2010.

BRITO, P. M. de; et al. Análise da relação entre a postura de trabalho e a incidência


de dores na coluna vertebral. CESET, João Pessoa, v. 1, n 1, Dec. 2004. Disponível
em: <http://www.ct.ufpb.br/ceset/revista_ceset/Revista%
20Ceset%20v1n12004.pdf>. Acesso em: 03 de junho de 2010.

INSTITUTO ANTÔNIO HOUAISS DE LEXICOGRAFIA. Dicionário Houaiss da


língua portuguesa, Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 2922 p.
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LIMA, V. de. Ginástica Laboral: Atividade física no ambiente de trabalho. 3. ed. rev.
ampl. São Paulo: Phorte editora, 2008. 351p.

MAENO, M; et al. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.


Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde do
Trabalhador. Lesões por Esforços Repetitivos (LER); Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort); Dor relacionada ao
trabalho: Protocolos de atenção integral à Saúde do Trabalhador de Complexidade
Diferenciada. Brasília, fev. 2006. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_ler_dort.pdf> Acessado em:
05 de junho de 2010.

MENDES, R. A. LEITE, N. Ginástica Laboral: Princípios e aplicações práticas. 2.


ed. rev. ampl. Barueri: Manole, 2008. 216p.

POLITO, E. BERGAMASHI, E. C. Ginástica Laboral: teoria e prática. 3. ed. Rio de


Janeiro: SPRINT, 2006. 101p.

PRESSI, A. M. S. CANDOTTI, C. T. Ginástica Laboral. São Leopoldo: EDITORA


UNISINOS, 2005. 130p.

ROSSI, L. C. de C. Dores musculares em professores. [2003?]. Disponível em:


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TOSCANO, J. J. de O; EGYPTO, E. P. do. A influência do sedentarismo na


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Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1517-86922001000400004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 30 Maio
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conveniada. Florianópolis. Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal
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ANEXO 1

Questionário de Topografia e Intensidade de Dor

Este questionário faz parte da avaliação da presença ou não de dores nos trabalhadores
dessa empresa. Contamos com sua colaboração e sinceridade no preenchimento do mesmo.
Nome: _____________________________________________________________________
1) Você sente dor em alguma parte do corpo?
( ) Sim ( ) Não
2) Se você respondeu “Sim”, marque a região do corpo em que você sente dor.

Não esqueça de atribuir nota de zero (0) a dez (10) na região do corpo em que você sente
dor, de acordo com a escala de intensidade de dor apresentada a seguir:
Fonte: Mendes e Leite (2004)

As perguntas abaixo são para delimitar os participantes da pesquisa.


Quantas horas você trabalha por dia?_________________________________
Trabalha em algum outro lugar? Qual função exercida?___________________
Tem tempo para descanso, almoço, lanche, etc..? Quanto tempo? __________
Quantos anos você tem?____________
Quantos alunos tem no seu setor?____________
Quantas colegas de trabalho você tem que atuam no mesmo turno que o seu?______
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ANEXO 2

Divisão de pontos do Questionário de Topografia e Questionário de Dor.

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