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LEI N° 5.433, DE 8 DE MAIO DE 1968 arquivados, para efeito de microfilmagem e os


traslados e certidões originais de microfilmes.
Regula a microfilmagem de documentos oficiais e dá Art. 5° Esta lei entra em vigor na data de sua
outras providências. publicação.
Art. 6° Revogam-se as disposições em contrário.
O Presidente da República.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei: LEI N° 6.546, DE 4 DE JULHO DE 1978
Art. 1° É autorizada, em todo o território
nacional, a microfilmagem de documentos particulares Dispõe sobre a
e oficiais arquivados, estes de órgãos federais, regulamentação das profissões de Arquivista e de
estaduais e municipais. Técnico de Arquivo, e dá outras providências
§1° Os microfilmes de que trata esta Lei, assim
como as certidões, os traslados e as cópias fotográficas O Presidente da República.
obtidas diretamente dos filmes produzirão os mesmos Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
efeitos em juízos ou fora dele. sanciono a seguinte Lei:
§2° Os documentos microfilmados poderão, a Art. 1° O exercício das profissões de Arquivista e
critério da autoridade competente, ser eliminados por de Técnico de Arquivo, com as atribuições
incineração, destruição mecânica ou por outro processo estabelecidas nesta Lei, só será permitido:
adequado que assegure a sua desintegração. I - aos diplomados no Brasil por curso superior de
§3° A incineração dos documentos microfilmados Arquivologia, reconhecido na forma da lei;
ou sua transferência para outro local far-se-á mediante II - aos diplomados no exterior por cursos
lavratura de termo, por autoridade competente, em superiores de Arquivologia, cujos diplomas sejam
livro próprio. revalidados no Brasil na forma da lei;
§4° Os filmes negativos resultantes de III - aos Técnicos de Arquivo portadores de
microfilmagem ficarão arquivados na repartição certificados de conclusão de ensino de 2º grau;
detentora do arquivo, vedada sua saída sob qualquer IV - aos que, embora não habilitados nos termos
pretexto. dos itens anteriores, contem, pelo menos, cinco anos
§5° A eliminação ou transferência para outro local ininterruptos de atividade ou dez intercalados, na data
dos documentos microfilmados far-se-á mediante do início da vigência desta Lei, nos campos
lavratura de termo em livro próprio pela autoridade profissionais da Arquivologia ou da Técnica de Arquivo;
competente. V - aos portadores de certificado de conclusão de
§6° Os originais dos documentos ainda em curso de 2º grau que recebam treinamento específico
trânsito, microfilmados não poderão ser eliminados em técnicas de arquivo em curso ministrado por
antes de ser arquivados. entidades credenciadas pelo Conselho Federal de Mão-
§7° Quando houver conveniência, ou por medida de-Obra, do Ministério do Trabalho, com carga horária
de segurança, poderão excepcionalmente ser mínima de 1.100 hs. nas disciplinas específicas.
microfilmados documentos ainda não arquivados desde Art. 2°São atribuições dos Arquivistas:
que autorizados por autoridade competente. I - planejamento, organização e direção de
Art. 2° Os documentos de valor histórico não serviços de Arquivo;
deverão ser eliminados, podendo ser arquivados em II - planejamento, orientação e acompanhamento
local diverso da repartição detentora dos mesmos. do processo documental e informativo;
Art. 3° O Poder Executivo regulamentará, no III - planejamento, orientação e direção das
prazo de 90 (noventa) dias, a presente Lei, indicando atividades de identificação das espécies documentais e
as autoridades competentes, nas esferas federais, participação no planejamento de novos documentos e
estaduais e municipais para a autenticação de traslados controle de multicópias;
e certidões originais de microfilmagem de documentos IV - planejamento, organização e direção de
oficiais. serviços ou centro de documentação e informação
§1° O decreto de regulamentação determinará, constituídos de acervos arquivísticos e mistos;
igualmente, quais os cartórios e órgãos públicos V - planejamento, organização e direção de
capacitados para efetuarem a microfilmagem de serviços de microfilmagem aplicada aos arquivos;
documentos particulares bem como os requisitos que a VI - orientação do planejamento da automação
microfilmagem realizada, por aqueles cartórios e aplicada aos arquivos;
órgãos públicos devem preencher para serem VII - orientação quanto à classificação, arranjo e
autenticados, a fim de produzirem efeitos jurídicos em descrição de documentos;
juízos ou fora dele, quer os microfilmes, quer os seus VIII - orientação da avaliação e seleção de
traslados e certidões originarias. documentos, para fins de preservação;
§2° Prescreverá também o decreto as condições IX - promoção de medidas necessárias à
que os cartórios competentes terão de cumprir para conservação de documentos;
autenticação de reproduções realizados por X - elaboração de pareceres e trabalhos de
particulares, para produzir efeitos jurídicos com a complexidade sobre assuntos arquivísticos;
terceiros. XI - assessoramento aos trabalhos de pesquisa
Art. 4° É dispensável o reconhecimento da firma científica ou técnico-administrativa;
da autoridade que autenticar os documentos oficiais XII - desenvolvimento de estudos sobre
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documentos culturalmente importantes. permanente.
Art. 3° São atribuições dos Técnicos de Arquivo: Art. 4º - Todos têm direito a receber dos órgãos
I - recebimento, registro e distribuição dos públicos informações de seu interesse particular ou de
documentos, bem como controle de sua movimentação; interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de
II - classificação, arranjo, descrição e execução arquivos que serão prestadas no prazo da lei, sob pena
de demais tarefas necessárias à guarda e conservação de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
dos documentos, assim como prestação de informações seja imprescindível à segurança da sociedade e do
relativas aos mesmos; Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da
III - preparação de documentos de arquivos para vida privada, da honra e da imagem das pessoas.
microfilmagem e conservação e utilização do Art. 5º - A administração pública franqueará a
microfilme; consulta aos documentos públicos na forma da Lei.
IV - preparação de documentos de arquivo para Art. 6º - Fica resguardado o direito de indenização
processamento eletrônico de dados. pelo dano material ou moral decorrente da violação do
Art. 4° O exercício das profissões de Arquivista e sigilo, sem prejuízo das ações penal, civil e
de Técnico de Arquivo, depende de registro na administrativa.
Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do
Trabalho. CAPÍTULO II
Art. 5° Não será permitido o exercício das DOS ARQUIVOS PÚBLICOS
profissões de Arquivista e de Técnico de Arquivo aos
concluintes de cursos resumidos, simplificados ou Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos de
intensivos, de férias, por correspondência ou avulsos. documentos produzidos e recebidos, no exercício de
Art. 6° O exercício da profissão de Técnico de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal,
Arquivo, com as atribuições previstas no art. 3º, com estadual, do Distrito Federal e municipal em
dispensa da exigência constante do art. 1º, item III, decorrência de suas funções administrativas,
será permitido, nos termos previstos no regulamento legislativas e judiciárias.
desta Lei, enquanto o Poder Executivo não dispuser em § 1º - São também públicos os conjuntos de
contrário. documentos produzidos e recebidos por instituições de
Art. 7º Esta Lei será regulamentada no prazo de caráter público, por entidades privadas encarregadas
noventa dias, a contar da data de sua vigência. da gestão de serviços públicos no exercício de suas
Art. 8º Esta Lei entrará em vigor na data de sua atividades.
publicação. § 2º - A cessação de atividade de instituições
Art. 9º Revogam-se as disposições em contrário. públicas e de caráter público implica o recolhimento de
sua documentação à instituição arquivística pública ou
a sua transferência à instituição sucessora.
LEI Nº 8.159, DE 08 DE JANEIRO DE 1991 Art. 8º - Os documentos públicos são identificados
como correntes, intermediários e permanentes.
Dispõe sobre a § 1º - Consideram-se documentos correntes
política nacional de arquivos públicos e privados e dá aqueles em curso ou que, mesmo sem movimentação,
outras providências. constituam objeto de consultas freqüentes.
§ 2º - Consideram-se documentos intermediários
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu produtores, por razões de interesse administrativo,
sanciono a seguinte Lei: aguardam a sua eliminação ou recolhimento para
guarda permanente.
CAPÍTULO I § 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de
DISPOSIÇÕES GERAIS documentos de valor histórico, probatório e
informativo que devem ser definitivamente
preservados.
Art. 1º - É dever do Poder Público a gestão Art. 9º - A eliminação de documentos produzidos
documental e a proteção especial a documentos de por instituições públicas e de caráter público será
arquivos, como instrumento de apoio à administração, realizada mediante autorização da instituição
à cultura, ao desenvolvimento científico e como arquivística pública, na sua específica esfera de
elementos de prova e informação. competência.
Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os fins Art. 10 - Os documentos de valor permanente são
desta Lei, os conjuntos de documentos produzidos e inalienáveis e imprescritíveis.
recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter
público e entidades privadas, em decorrência do
exercício de atividades específicas, bem como por CAPÍTULO III
pessoa física, qualquer que seja o suporte da DOS ARQUIVOS PRIVADOS
informação ou a natureza dos documentos.
Art. 3º - Considera-se gestão de documentos o Art. 11 - Consideram-se arquivos privados os
conjunto de procedimentos e operações técnicas conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por
referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas
e arquivamento em fase corrente e intermediária, atividades.
visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda Art. 12 - Os arquivos privados podem ser
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identificados pelo Poder Público como de interesse Judiciário Federal a gestão e o recolhimento dos
público e social, desde que sejam considerados como documentos produzidos e recebidos pelo Poder
conjuntos de fontes relevantes para a história e Judiciário Federal no exercício de suas funções,
desenvolvimento científico nacional. tramitados em juízo e oriundos de cartórios e
Art. 13 - Os arquivos privados identificados como secretarias, bem como preservar e facultar o acesso
de interesse público e social não poderão ser alienados aos documentos sob sua guarda.
com dispersão ou perda da unidade documental, nem Art. 21 - Legislação Estadual, do Distrito Federal e
transferidos para o exterior. municipal definirá os critérios de organização e
Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o vinculação dos arquivos estaduais e municipais, bem
Poder Público exercerá preferência na aquisição. como a gestão e o acesso aos documentos, observado o
Art. 14 - O acesso aos documentos de arquivos disposto na Constituição Federal, e nesta Lei.
privados identificados como de interesse público e
social poderá ser franqueado mediante autorização de CAPÍTULO V
seu proprietário ou possuidor. DO ACESSO E DO SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS
Art. 15 - Os arquivos privados identificados como
de interesse público e social poderão ser depositados a Art. 22 - É assegurado o direito de acesso pleno
título revogável, ou doados a instituições arquivísticas aos documentos públicos.
públicas. Art. 23 - Decreto fixará as categorias de sigilo que
Art. 16 - Os registros civis de arquivos de deverão ser obedecidas pelos órgãos públicos na
entidades religiosas produzidos anteriormente à classificação dos documentos por eles produzidos.
vigência do Código Civil ficam identificados como de § 1° - Os documentos cuja divulgação ponha em
interesse público e social. risco a segurança da sociedade e do Estado, bem como
aqueles necessários ao resguardo da inviolabilidade da
CAPÍTULO IV intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das
DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES pessoas são originalmente sigilosos.
ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS § 2° - O acesso aos documentos sigilosos
referentes à segurança da sociedade e do Estado será
Art. 17 - A administração da documentação restrito por um prazo máximo de 30 (trinta) anos, a
pública ou de caráter público compete às instituições contar da data de sua produção, podendo esse prazo
arquivísticas federais, estaduais, do Distrito Federal e ser prorrogado, por uma única vez, por igual período.
municipais. § 3° - O acesso aos documentos sigilosos
§ 1° - São arquivos Federais o Arquivo Nacional do referentes à honra e a imagem das pessoas será restrito
Poder Executivo, e os arquivos do Poder Legislativo e por um prazo máximo de 100 (cem) anos, a contar da
do Poder Judiciário. São considerados, também, do data de sua produção.
Poder Executivo os arquivos do Ministério da Marinha, Art. 24 - Poderá o Poder Judiciário, em qualquer
do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do instância, determinar a exibição reservada de qualquer
Exército e do Ministério da Aeronáutica. documento sigiloso, sempre que indispensável à defesa
§ 2° - São Arquivos Estaduais o arquivo do Poder de direito próprio ou esclarecimento de situação
Executivo, o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo pessoal da parte.
do Poder Judiciário. Parágrafo único - Nenhuma norma de organização
§ 3° - São Arquivos do Distrito Federal o arquivo administrativa será interpretada de modo a, por
do Poder Executivo, o arquivo do Poder Legislativo e o qualquer forma, restringir o disposto neste artigo.
arquivo do Poder Judiciário.
§ 4° - São Arquivos Municipais o arquivo do Poder DISPOSIÇÕES FINAIS
Executivo e o arquivo do Poder Legislativo.
§ 5° - Os arquivos públicos dos Territórios são Art. 25 - Ficará sujeito à responsabilidade penal,
organizados de acordo com sua estrutura político- civil e administrativa, na forma da legislação em vigor,
jurídica. aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor
Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e permanente ou considerado como de interesse público
o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos e social.
pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e Art. 26 - Fica criado o Conselho Nacional de
facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e Arquivos - CONARQ , órgão vinculado ao Arquivo
acompanhar e implementar a política nacional de Nacional, que definirá a política nacional de arquivos,
arquivos. como órgão central de um Sistema Nacional de
Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas Arquivos - SINAR.
funções, o Arquivo Nacional poderá criar unidades § 1° - O Conselho Nacional de Arquivos será
regionais. presidido pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional e
Art. 19 - Competem aos arquivos do Poder integrado por representantes de instituições
Legislativo Federal a gestão e o recolhimento dos arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas.
documentos produzidos e recebidos pelo Poder § 2° - A estrutura e funcionamento do Conselho
Legislativo Federal no exercício de suas funções, bem criado neste artigo serão estabelecidos em
como preservar e facultar o acesso aos documentos sob regulamento.
sua guarda. Art. 27 - Esta Lei entra em vigor na data de sua
Art. 20 - Competem aos arquivos do Poder
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publicação. atividades censitárias referentes a arquivos;
Art. 28 - Revogam-se as disposições em contrário. XIII - manter intercâmbio com outros conselhos e
instituições cujas finalidades sejam relacionadas ou
DECRETO N° 1.173, DE 29 DE JUNHO DE 1994 complementares às suas, para prover e receber
elementos de informação e juízo, conjugar esforços e
Dispõe sobre a encadear ações;
competência, organização e funcionamento do XIV - articular-se com outros órgãos do Poder
Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) e do Público formuladores de políticas nacionais nas áreas
sistema nacional de Arquivos (SINAR) e dá outras de educação, cultura, ciência e tecnologia e
providências. informação e informática.
Art. 3°. O Conselho Nacional de Arquivos
(CONARQ) é presidido pelo Diretor Geral do Arquivo
O Presidente da República, no uso de suas Nacional e constituído por quatorze membros
atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Conselheiros, sendo:
Constituição, I - dois representantes do Poder Executivo
Decreta: Federal;
Art. 1°. O Conselho Nacional de Arquivos II - dois representantes do Poder Judiciário
(CONARQ), órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Federal;
Nacional, criado pelo art. 26 da Lei n° 8.159, de 8 de III - dois representantes do Poder Legislativo
janeiro de 1991, que dispõe sobre a política nacional Federal;
de arquivos, tem por finalidade definir a política IV - um representante do Arquivo Nacional;
nacional de arquivos públicos e privados, bem como V - dois representantes dos Arquivos Públicos
exercer orientação normativa visando à gestão Estaduais e do Distrito Federal;
documental e à proteção especial aos documentos de VI - dois representantes dos Arquivos Públicos
arquivo. Municipais;
Art. 2°. Compete ao CONARQ: VII - um representante da Associação dos
I - estabelecer diretrizes para o funcionamento do Arquivistas Brasileiros;
Sistema Nacional de Arquivos (SINAR), visando à gestão, VIII - dois representantes de instituições não-
à preservação e ao acesso aos documentos de arquivos; governamentais que atuem na áreas de ensino,
II - promover o inter-relacionamento de arquivos pesquisa, preservação ou acesso a fontes documentais.
públicos e privados com vistas ao intercâmbio e § 1°. Cada Conselheiro terá um suplente.
integração sistêmica das atividades arquivísticas; § 2°. Os membros referidos nos incisos II e III e
III - propor ao Ministro de Estado da Justiça respectivos suplentes serão designados pelo Presidente
dispositivos legais necessário ao aperfeiçoamento e à do Supremo Tribunal Federal e pelos Presidentes da
implementação da política nacional de arquivos Câmara dos Deputados e do Senado, respectivamente.
públicos e privados; § 3°. Os demais Conselheiros e suplentes serão
IV - zelar pelo cumprimento dos dispositivos designados pelo Presidente da República, a partir de
constitucionais e legais que norteiam o funcionamento listas apresentadas pelo Ministro de estado da Justiça,
e o acesso aos arquivos públicos; mediante indicações dos dirigentes dos órgãos e
V - estimular programas de gestão e de entidades representados.
preservação de documentos públicos de âmbito § 4°. O mandato dos Conselheiros será de dois
federal, estadual e municipal, produzidos ou recebidos anos, permitida uma recondução.
em decorrência das funções executiva, legislativa e § 5°. O Presidente do Conselho, em suas faltas e
judiciária; impedimentos, será substituído por seu substituto legal
VI - subsidiar a elaboração de planos nacionais de no Arquivo Nacional.
desenvolvimento, sugerindo metas e prioridades da Art. 4°. O exercício das atividades de
política nacional de arquivos públicos e privados; Conselheiros é de natureza relevante e não ensejará
VII - estimular a implantação de sistemas de qualquer remuneração.
arquivos nos Poderes Executivo, Legislativo e Art. 5°. Caberá ao Arquivo Nacional dar o apoio
Judiciário, bem como nos Estados, no Distrito Federal e técnico e administrativo ao CONARQ.
nos Municípios; Art. 6°. O Plenário, órgão superior de deliberação
VIII - estimular a integração e modernização dos do CONARQ, reunir-se-á, em caráter ordinário, no
arquivos públicos e privados; mínimo uma vez a cada quatro meses e,
IX - declarar como de interesse público e social os extraordinariamente, mediante convocação de seu
arquivos privados que contenham fontes relevantes Presidente ou a requerimento de dois terços de seus
para a história e o desenvolvimento nacionais, nos membros.
termos do art. 12 da Lei n° 8.159, de 1991; § 1°. O CONARQ terá sede e foro onde for a sede
X - estimular a capacitação técnica dos recursos do Arquivo Nacional.
humanos que desenvolvam atividades de arquivo nas § 2°. As reuniões do Conselho poderão ser
instituições integrantes do SINAR; convocadas para local fora de sua sede, sempre que
XI - recomendar providências para a apuração e a razão superior indicar a conveniência de adoção desta
reparação de atos lesivos à política nacional de medida.
arquivos públicos e privados; Art. 7°. O CONARQ somente se reunirá para
XII - promover a elaboração do cadastro nacional deliberação com o quorum mínimo de seis
de arquivos públicos e privados, bem como desenvolver Conselheiros.
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Art. 8°. O CONARQ constituirá câmaras técnicas e X - comunicar ao órgão central, para as devidas
comissões especiais com a finalidade de elaborar providências, atos lesivos ao patrimônio arquivístico
estudos e normas necessárias à implementação da nacional;
política nacional de arquivos públicos e privados e ao XI - colaborar na elaboração de cadastro nacional
funcionamento do SINAR. de arquivos públicos e privados, bem como no
Parágrafo único. Os integrantes das câmaras e desenvolvimento de atividades censitárias referentes a
comissões serão designados por portaria do Presidente arquivos;
do Conselho, ad referendum do Plenário, sendo o XII - possibilitar a participação de especialistas
exercício das atividades por eles desenvolvidos nas câmaras técnicas e comissões especiais constituídas
considerado relevante e não ensejará qualquer pelo CONARQ;
remuneração. XIII - proporcionar aperfeiçoamento e reciclagem
Art. 9°. O Regimento Interno do CONARQ será aos técnicos da área de arquivo, garantindo constante
aprovado pelo Plenário. atualização.
Art. 10. O Sistema Nacional de Arquivos (SINAR), Art. 14. Os integrantes do Sistema seguirão as
criado pelo Decreto n° 82.308, de 25 de setembro de diretrizes e normas emanadas do órgão central, sem
1978, e de acordo com o artigo 26 da Lei n° 8.159, de prejuízo de sua subordinação e vinculação
1991, tem por finalidade implementar a política administrativa.
nacional de arquivos públicos e privados, visando à Art. 15. Este Decreto entra em vigor na data de
gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de sua publicação.
arquivo. Art. 16. Revoga-se o Decreto n° 82.308, de 25 de
Art. 11. O Sistema Nacional de Arquivos tem como setembro de 1978, que "Institui o Sistema Nacional de
órgão central o CONARQ. Arquivos (SINAR)".
Art. 12. Integram o SINAR: Brasília, 29 de junho de 1994; 173 °da
I - o Arquivo Nacional; Independência e 106 ° da República.
II - os arquivos do Poder Executivo Federal;
III - os arquivos do Poder Legislativo Federal; DECRETO N°. 1799, DE 30 DE JANEIRO DE 1996
IV - os arquivos do Poder Judiciário Federal;
V - os arquivos estaduais dos Poderes Executivo, Regulamenta a Lei n° 5433, de 8 de maio de 1968,
Legislativo e Judiciário; que regula a microfilmagem de documentos oficiais, e
VI - os arquivos do Distrito Federal, dos Poderes dá outras providências.
Executivo, Legislativo e Judiciário;
VII - os arquivos municipais dos Poderes Executivo
e Legislativo; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das
§1° Os arquivos referidos nos incisos II a VII, atribuições que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
quando organizados sistemicamente, passam a integrar Constituição e tendo em vista o disposto no art. 3° da
o SINAR por intermédio de seus órgãos centrais. Lei n° 5.433, de 8 de maio de 1968
§2° As pessoas físicas e jurídicas de direito Decreta:
privado, detentoras de arquivos, podem integrar o Art. 1° A microfilmagem, em todo território
SINAR mediante convênio com o órgão central. nacional, autorizada pela Lei n° 5.433, de 8 de maio de
Art. 13. Compete aos integrantes do sistema: 1968, abrange a dos documentos oficiais ou públicos,
I - promover a gestão, a preservação e o acesso às de qualquer espécie e em qualquer suporte, produzidos
informações e aos documentos na sua esfera de e recebidos pelos órgãos dos Poderes Executivo,
competência, em conformidade com as diretrizes e Judiciário e Legislativo, da Administração Indireta, da
normas emanadas do órgão central; União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
II - disseminar, em sua área de atuação, as Municípios, bem como a dos documentos particulares
diretrizes e normas estabelecidas pelo órgão central, ou privados, de pessoas físicas ou jurídicas.
zelando pelo seu cumprimento; Art. 2° A emissão de cópias, traslados e certidões
III - implementar a racionalização das atividades extraídas de microfilmes, bem assim a autenticação
arquivísticas, de forma a garantir a integridade do ciclo desses documentos, para que possam produzir efeitos
documental; legais, em juízo ou fora dele, é regulada por este
IV - garantir a guarda e o acesso aos documentos Decreto.
de valor permanente; Art. 3° Entende-se por microfilme, para fins deste
V - apresentar sugestões ao órgão central para o Decreto, o resultado do processo de reprodução em
aprimoramento do Sistema; filme, de documentos, dados e imagens, por meios
VI - prestar informações sobre suas atividades ao fotográficos ou eletrônicos, em diferentes graus de
órgão central; redução.
VII - apresentar subsídios ao órgão central para a Art. 4° A microfilmagem será feita em
elaboração dos dispositivos legais necessários ao equipamentos que garantam a fiel reprodução das
aperfeiçoamento e à implementação da política informações, sendo permitida a utilização de qualquer
nacional de arquivos públicos e privados; microforma.
VIII - promover a integração e a modernização dos Parágrafo único. Em se tratando da utilização de
arquivos em sua esfera de atuação; microfichas, além dos procedimentos previstos neste
IX - propor ao órgão central os arquivos privados Decreto, tanto a original como a cópia terão, na sua
que possam ser considerados de interesse público e parte superior, área reservada a titulação, a
social; identificação e a numeração seqüencial legíveis com a
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vista desarmada, bem como fotogramas destinados à por problema técnico, serão reproduzidos
indexação. posteriormente, não sendo permitido corte ou inserção
Art. 5° A microfilmagem, de qualquer espécie, no filme original.
será feita sempre em filme original, com o mínimo de § 1° A microfilmagem destes documentos será
180 linhas por milímetro de definição, garantida a precedida de uma imagem de observação, com os
segurança e qualidade de imagem e de reprodução. seguintes elementos:
§ 1° Será obrigatória, para efeito de segurança, a a) identificação do microfilme, local e data;
extração de filme cópia, do filme original. b) descrição das irregularidades constatadas;
§ 2° Fica vedada a utilização de filmes c) nome por extenso, qualificação funcional e
atualizáveis de qualquer tipo, tanto para a confecção assinatura do responsável pela unidade, cartório ou
do original como para a extração de cópias. empresa executora da microfilmagem.
§ 3° O armazenamento do filme original deverá § 2° É obrigatório fazer indexação remissiva para
ser feito em local diferente do seu filme cópia. recuperar as informações e assegurar a localização dos
Art. 6° Na microfilmagem poderá ser utilizado documentos.
qualquer grau de redução, garantida a legibilidade e a § 3° Caso a complementação não satisfaça os
qualidade de reprodução. padrões de qualidade exigidos, a microfilmagem dessa
Parágrafo único. Quando se tratar de original cujo série de documentos deverá ser repetida
tamanho ultrapasse a dimensão máxima do campo integralmente.
fotográfico do equipamento em uso, a microfilmagem Art. 10. Para o processamento dos filmes serão
poderá ser feita por etapas, sendo obrigatória a utilizados equipamentos e técnicas que assegurem ao
repetição de uma parte da imagem anterior na imagem filme alto poder de definição, densidade uniforme e
subseqüente, de modo que se possa identificar, por durabilidade.
superposição, a continuidade entre as seções Art. 11. Os documentos, em tramitação ou em
adjacentes microfilmadas. estudo, poderão, a critério da autoridade competente,
Art. 7° Na microfilmagem de documentos cada ser microfilmados, não sendo permitida a sua
série será sempre precedida de imagem de abertura, eliminação até a definição de sua destinação final.
com os seguintes elementos: Art. 12. A eliminação de documentos, após a
I - identificação do detentor dos documentos a microfilmagem, dar-se-á por meios que garantam sua
serem microfilmados; inutilização, sendo a mesma precedida de lavratura de
II - número do microfilme, se for o caso; termo próprio e após a revisão e a extração de filme
III - local e a data da microfilmagem; cópia.
IV - registro no Ministério da Justiça; Parágrafo único. A eliminação de documentos
V - ordenação, identificação e resumo da série de oficiais ou públicos só deverá ocorrer se a mesma
documentos a serem microfilmados; estiver prevista na tabela de temporalidade do órgão,
VI - menção, quando for o caso, de que a série de aprovada pela autoridade competente na esfera de
documentos a serem microfilmados é continuação da atuação do mesmo e respeitado o disposto no art. 9°
série contida em microfilme anterior; da Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991.
VII - identificação do equipamento utilizado, da Art. 13. Os documentos oficiais ou públicos, com
unidade filmada e do grau de redução; valor de guarda permanente, não poderão ser
VIII - nome por extenso, qualificação funcional, se eliminados após a microfilmagem, devendo ser
for o caso, e assinatura do detentor dos documentos a recolhidos ao arquivo público de sua esfera de atuação
serem microfilmados; ou preservados pelo próprio órgão detentor.
IX - nome por extenso, qualificação funcional e Art. 14. Os traslados, as certidões e as cópias em
assinatura do responsável pela unidade, cartório ou papel ou em filme de documentos microfilmados, para
empresa executora da microfilmagem. produzirem efeitos legais em juízo ou fora dele, terão
Art. 8° No final da microfilmagem de cada série que ser autenticados pela autoridade competente
será sempre reproduzida a imagem de encerramento, detentora do filme original.
imediatamente após o último documento, com os § 1° Em se tratando de cópia em filme, extraída
seguintes elementos: de microfilmes de documentos privados, deverá ser
I - identificação do detentor dos documentos emitido termo próprio, no qual deverá constar que o
microfilmados; filme que o acompanha é cópia fiel do filme original,
II - informações complementares relativas ao item cuja autenticação far-se-á nos cartórios que
V do artigo 6 deste Decreto; satisfizerem os requisitos especificados no artigo
III - termo de encerramento atestando a fiel seguinte.
observância às disposições do presente Decreto; § 2° Em se tratando de cópia em papel, extraída
IV - menção, quando for o caso, de que a série de de microfilmes de documentos privados, a autenticação
documentos microfilmados continua em microfilme far-se-á por meio de carimbo aposto, em cada folha,
posterior; nos cartórios que satisfizerem os requisitos
V - nome por extenso, qualificação funcional e especificados no artigo seguinte.
assinatura do responsável pela unidade, cartório ou § 3° A cópia em papel, de que trata o parágrafo
empresa executora da microfilmagem. anterior, poderá ser extraída utilizando-se qualquer
Art. 9° Os documentos da mesma série ou meio de reprodução, desde que seja assegurada a sua
seqüência, eventualmente omitidos quando da fidelidade e qualidade de leitura.
microfilmagem, ou aqueles cujas imagens não Art. 15. A microfilmagem de documentos poderá
apresentarem legibilidade, por falha de operação ou ser feita por empresas e cartórios habilitados nos
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termos deste Decreto. Nacional, deverão estar, avaliados, organizados,
Parágrafo único. Para exercer a atividade de higienizados e acondicionados, bem como
microfilmagem de documentos, as empresas e acompanhados de instrumento descritivo que permita a
cartórios, a que se refere este artigo, além da sua identificação e controle.
legislação a que estão sujeitos, deverão requerer § 1º Para os fins deste Decreto, considera-se:
registro no Ministério da Justiça e sujeitar-se à a) Avaliação: o processo de análise e identificação
fiscalização que por este será exercida quanto ao dos valores dos documentos de arquivo, com vistas à
cumprimento do disposto no presente Decreto. sua seleção e destinação final;
Art. 16 As empresas e os cartórios, que se b) Organização: a utilização de técnicas
dedicarem à microfilmagem de documentos de arquivísticas para classificação, arranjo e descrição de
terceiros, fornecerão, obrigatoriamente, um documentos;
documento de garantia, declarando: c) Transferência: a passagem de documentos de
I - que a microfilmagem foi executada de acordo um arquivo corrente para o arquivo intermediário,
com o disposto neste Decreto; onde aguardarão sua destinação final, que consiste na
II - que se responsabilizam pelo padrão de sua eliminação ou recolhimento para a guarda
qualidade do serviço executado; permanente;
III - que o usuário passa a ser responsável pelo d) Recolhimento: a entrada de documentos para
manuseio e conservação das microformas. guarda permanente em instituições arquivísticas
Art. 17. Os microfilmes e filmes cópia, produzidos públicas, após processo de avaliação;
no exterior, somente terão valor legal, em juízo ou e) Higienização. Técnica de Conservação: a
fora dele, quando: retirada de poeira e outros resíduos estranhos aos
I - autenticados por autoridade estrangeira documentos, com vistas à sua preservação;
competente; f) Acondicionamento: a embalagem e a guarda de
II - tiverem reconhecida pela autoridade consular documentos de arquivo de forma apropriada à sua
brasileira a firma da autoridade estrangeira que os preservação.
houver autenticado; § 2º As atividades técnicas referidas no caput
III - forem acompanhados de tradução oficial. deste artigo, que precedem à transferência ou ao
Art. 18. Os microfilmes originais e os filmes cópia recolhimento de documentos, serão implementadas e
resultantes da microfilmagem de documentos sujeitos à custeadas pelos órgãos e entidades geradores dos
fiscalização, ou necessários à prestação de contas, arquivos.
deverão ser mantidos pelos prazos de prescrição a que Art. 2º Os dirigentes dos órgãos e entidades da
estariam sujeitos os seus respectivos originais. Administração Pública Federal deverão constituir, no
Art. 19. As infrações, às normas deste Decreto, prazo de 60 dias, Comissão Permanente de Avaliação
por parte dos cartórios e empresas registrados no de Documentos, que terá a responsabilidade de
Ministério da Justiça sujeitarão o infrator, observada a orientar e realizar o processo de análise, avaliação e
gravidade do fato, às penalidades de advertência ou seleção da documentação produzida e acumulada no
suspensão do registro, sem prejuízo das sanções penais seu âmbito de atuação, tendo em vista a identificação
e civis cabíveis. dos documentos para guarda permanente e a
Parágrafo único. No caso de reincidência por falta eliminação dos destituídos de valor.
grave, o registro será cassado definitivamente. § lº Os documentos relativos às atividades-meio
Art. 20. O Ministério da Justiça expedirá as deverão ser selecionados pelas respectivas Comissões
instruções que se fizerem necessárias ao cumprimento Permanentes de Avaliação de Documentos dos órgãos e
deste Decreto. entidades geradores dos arquivos, obedecendo aos
Art. 21. Revoga-se o decreto n° 64.398, de 24 de prazos de guarda e destinação estabelecidos na Tabela
abril de 1969. Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos
Art. 20. Este Decreto entra em vigor na data de de Arquivos Relativos às Atividades-Meio da
sua publicação. Administração Pública, aprovada pelo CONARQ.
Brasília, 30 de janeiro de 1996; 175° da § 2° Os documentos relativos às atividades-meio
Independência e 108° da República não constantes da Tabela referida no § 1° deste artigo
deverão ser avaliados e selecionados pelas Comissões
DECRETO N.º 2.182, DE 20 DE MARÇO DE 1997 Permanentes de Avaliação de Documentos dos órgãos e
entidades geradores dos arquivos, devendo os prazos
Estabelece normas de guarda e destinação daí decorrentes ser aprovados
para a transferência e o recolhimento de acervos pelo Arquivo Nacional.
arquivísticos públicos federais para o Arquivo § 3º Os documentos relativos às atividades-fim
Nacional. deverão ser avaliados e selecionados também pelos
órgãos ou entidades geradores dos arquivos, devendo as
tabelas de temporalidade, elaboradas pelas Comissões
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição mencionadas no caput deste artigo, ser aprovadas pelo
que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e Arquivo Nacional.
tendo em vista o disposto nos arts. 1°, 4° e 18, da Lei Art. 3º O Ministério da Administração Federal e
n.º 8.159, de 8 de janeiro de 1991, Reforma do Estado deverá, tão logo sejam nomeados os
DECRETA: inventariantes/liquidantes para os órgãos e entidades
Art. 1º Os acervos arquivísticos públicos de âmbito extintos, solicitar ao Ministério da Justiça a assistência
federal, ao serem transferidos ou recolhidos ao Arquivo técnica do Arquivo Nacional para a orientação
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necessária à preservação e à destinação do patrimônio § 3º Os documentos de valor permanente poderão
documental acumulado, tendo em vista o § 2° do art. ficar sob a guarda das empresas mencionadas, no
7° da Lei n.º 8.159, de 8 de janeiro de 1991. parágrafo anterior, enquanto necessários ao
Art. 4º O Ministério da Justiça, por meio do desempenho de suas atividades.
Arquivo Nacional, baixará, no prazo de trinta dias, Art. 5º Os arquivos privados de pessoas físicas ou
instrução detalhando os procedimentos a serem jurídicas que contenham documentos relevantes para a
observados pelos órgãos e entidades da Administração história, a cultura e o desenvolvimento nacional podem
Pública Federal, integrantes do Sistema Nacional de ser declarados de interesse público e social.
Arquivos-SINAR, para a plena consecução das medidas Parágrafo único - A declaração de interesse
constantes deste Decreto. público e social de que trata este artigo não implica a
Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de sua transferência do respectivo acervo para guarda em
publicação. instituição arquivística pública, nem exclui a
responsabilidade por parte de seus detentores pela
guarda e a preservação do acervo.
DECRETO N° 2.942, DE 18 DE JANEIRO DE 1999 Art. 6° Compete ao CONARQ no termos do art. 2°,
inciso IX, do Decreto nº 1.173, de 29 de junho de 1994,
Regulamenta os arts. 7°, 11 declarar o interesse público e social de arquivos
a 16 da Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que privados, por iniciativa própria, por solicitação do
dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos proprietário ou detentor do arquivo, ou por indicação
e privados e dá outras providências. de qualquer cidadão ou instituição.
§ 1° O ato declaratório será antecedido de
avaliação técnica procedida por comissão
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição especialmente constituída pelo CONARQ.
que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição: § 2° O ato referido no parágrafo anterior será
homologado pelo Presidente do CONARQ.
DECRETA: § 3º Da decisão homologatória caberá recurso ao
Ministro de Estado da Justiça, no prazo de trinta dias,
Art. 1º Os arts. 7º e 11 a 16 da Lei nº 8.159, de 8 contados de sua ciência.
de janeiro de 1991, que dispõe sobre arquivos públicos Art. 7º O proprietário ou detentor de arquivo
e privados, ficam regulamentados, na forma a seguir. privado declarado de interesse público e social deverá
Art. 2º São arquivos públicos os conjuntos de comunicar previamente ao CONARQ a transferência do
documentos: local de guarda do arquivo ou de quaisquer de seus
I - produzidos e recebidos por órgãos públicos de documentos, dentro do território nacional.
âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e Art. 8° A alienação de arquivos privados
municipal, em decorrência de suas funções declarados de interesse público e social deve ser
administrativas, legislativas e judiciárias; precedida de notificação à União, titular do direito de
II - produzidos e recebidos por agentes do Poder preferência, para que manifeste, no prazo máximo de
Público, no exercício de seu cargo e/ou função; sessenta dias, interesse na aquisição, na forma do
III - produzidos e recebidos por pessoas físicas e parágrafo único do artigo 13 da Lei nº 8.159, de 1991.
jurídicas que, embora se submetam a regime jurídico Art. 9º Os proprietários ou detentores de arquivos
de direito privado, desenvolvam atividades públicas, privados declarados de interesse público e social
por força de lei; devem manter preservados os acervos sob sua custódia,
IV - produzidos e recebidos pelas empresas ficando sujeito à responsabilidade penal, civil e
públicas, sociedades de economia mista, fundações administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele
privadas instituídas por entes políticos territoriais e que desfigurar ou destruir documentos de valor
concessionárias e permissionárias de serviços públicos. permanente.
Art. 3º Às pessoas físicas e jurídicas mencionadas Art. 10. Os proprietários ou detentores de
no artigo anterior compete a responsabilidade pela arquivos privados declarados de interesse público e
preservação adequada dos documentos produzidos e social poderão firmar convênios, ajustes e acordos com
recebidos no exercício de atividades públicas. o CONARQ ou com outras instituições, objetivando o
Art. 4º Os documentos públicos de valor apoio para o desenvolvimento de atividades
permanente, que integram o acervo arquivístico das relacionadas à organização, preservação e divulgação
empresas em processo de desestatização, parcial ou do acervo.
total, serão recolhidos a instituições arquivísticas Art. 11. A perda acidental, total ou parcial, de
públicas, na sua esfera de competência, por serem arquivos privados declarados de interesse público e
inalienáveis e imprescritíveis. social ou de quaisquer de seus documentos deverá ser
§ 1º O recolhimento de que trata este artigo comunicada ao CONARQ, por seus proprietários ou
constituirá cláusula específica de edital nos processos detentores.
de desestatização. Art. 12. O CONARQ baixará instruções
§ 2º Para efeito do disposto neste artigo, as complementares à execução deste Decreto.
empresas desestatizadas, as concessionárias ou as Art. 13. Este Decreto entra em vigor na data de
permissionárias providenciarão, em conformidade com sua publicação.
as normas arquivísticas emanadas do Conselho Nacional
de Arquivos - CONARQ, a identificação, classificação e
avaliação do acervo arquivístico.
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DECRETO Nº 3.505, DE 13 DE JUNHO DE 2000 para o desenvolvimento de competência científico-
tecnológica em segurança da informação;
Institui a Política de Segurança da Informação nos IV - estabelecer normas jurídicas necessárias à
órgãos e entidades da Administração Pública Federal. efetiva implementação da segurança da informação;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição V - promover as ações necessárias à
que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e implementação e manutenção da segurança da
tendo em vista o disposto na Lei no 8.159, de 8 de informação;
janeiro de 1991, e no Decreto no 2.910, de 29 de VI - promover o intercâmbio científico-tecnológico
dezembro de 1998, entre os órgãos e as entidades da Administração
DECRETA: Pública Federal e as instituições públicas e privadas,
Art. 1º Fica instituída a Política de Segurança da sobre as atividades de segurança da informação;
Informação nos órgãos e nas entidades da VII - promover a capacitação industrial do País
Administração Pública Federal, que tem como com vistas à sua autonomia no desenvolvimento e na
pressupostos básicos: fabricação de produtos que incorporem recursos
I - assegurar a garantia ao direito individual e criptográficos, assim como estimular o setor produtivo
coletivo das pessoas, à inviolabilidade da sua a participar competitivamente do mercado de bens e
intimidade e ao sigilo da correspondência e das de serviços relacionados com a segurança da
comunicações, nos termos previstos na Constituição; informação; e
II - proteção de assuntos que mereçam VIII - assegurar a interoperabilidade entre os
tratamento especial; sistemas de segurança da informação.
III - capacitação dos segmentos das tecnologias Art. 4º Para os fins deste Decreto, cabe à
sensíveis; Secretaria-Executiva do Conselho de Defesa Nacional,
IV - uso soberano de mecanismos de segurança da assessorada pelo Comitê Gestor da Segurança da
informação, com o domínio de tecnologias sensíveis e Informação de que trata o art. 6o, adotar as seguintes
duais; diretrizes:
V - criação, desenvolvimento e manutenção de I - elaborar e implementar programas destinados à
mentalidade de segurança da informação; conscientização e à capacitação dos recursos humanos
VI - capacitação científico-tecnológica do País que serão utilizados na consecução dos objetivos de
para uso da criptografia na segurança e defesa do que trata o artigo anterior, visando garantir a
Estado; e adequada articulação entre os órgãos e as entidades da
VII - conscientização dos órgãos e das entidades Administração Pública Federal;
da Administração Pública Federal sobre a importância II - estabelecer programas destinados à formação
das informações processadas e sobre o risco da sua e ao aprimoramento dos recursos humanos, com vistas
vulnerabilidade. à definição e à implementação de mecanismos capazes
Art. 2º Para efeitos da Política de Segurança da de fixar e fortalecer as equipes de pesquisa e
Informação, ficam estabelecidas as seguintes desenvolvimento, especializadas em todos os campos
conceituações: da segurança da informação;
I - Certificado de Conformidade: garantia formal III - propor regulamentação sobre matérias afetas
de que um produto ou serviço, devidamente à segurança da informação nos órgãos e nas entidades
identificado, está em conformidade com uma norma da Administração Pública Federal;
legal; IV - estabelecer normas relativas à
II - Segurança da Informação: proteção dos implementação da Política Nacional de
sistemas de informação contra a negação de serviço a Telecomunicações, inclusive sobre os serviços
usuários autorizados, assim como contra a intrusão, e a prestados em telecomunicações, para assegurar, de
modificação desautorizada de dados ou informações, modo alternativo, a permanente disponibilização dos
armazenados, em processamento ou em trânsito, dados e das informações de interesse para a defesa
abrangendo, inclusive, a segurança dos recursos nacional;
humanos, da documentação e do material, das áreas e V - acompanhar, em âmbito nacional e
instalações das comunicações e computacional, assim internacional, a evolução doutrinária e tecnológica das
como as destinadas a prevenir, detectar, deter e atividades inerentes à segurança da informação;
documentar eventuais ameaças a seu desenvolvimento. VI - orientar a condução da Política de Segurança
Art. 3º São objetivos da Política da Informação: da Informação já existente ou a ser implementada;
I - dotar os órgãos e as entidades da VII - realizar auditoria nos órgãos e nas entidades
Administração Pública Federal de instrumentos da Administração Pública Federal, envolvidas com a
jurídicos, normativos e organizacionais que os política de segurança da informação, no intuito de
capacitem científica, tecnológica e aferir o nível de segurança dos respectivos sistemas de
administrativamente a assegurar a confidencialidade, a informação;
integridade, a autenticidade, o não-repúdio e a VIII - estabelecer normas, padrões, níveis, tipos e
disponibilidade dos dados e das informações tratadas, demais aspectos relacionados ao emprego dos produtos
classificadas e sensíveis; que incorporem recursos critptográficos, de modo a
II - eliminar a dependência externa em relação a assegurar a confidencialidade, a autenticidade, a
sistemas, equipamentos, dispositivos e atividades integridade e o não-repúdio, assim como a
vinculadas à segurança dos sistemas de informação; interoperabilidade entre os Sistemas de Segurança da
III - promover a capacitação de recursos humanos Informação;
IX - estabelecer as normas gerais para o uso e a
10
comercialização dos recursos criptográficos pelos X - Ministério da Ciência e Tecnologia;
órgãos e pelas entidades da Administração Pública XI - Casa Civil da Presidência da República; e
Federal, dando-se preferência, em princípio, no XII - Gabinete de Segurança Institucional da
emprego de tais recursos, a produtos de origem Presidência da República, que o coordenará.
nacional; § 1º Os membros do Comitê Gestor serão
X - estabelecer normas, padrões e demais designados pelo Chefe do Gabinete de Segurança
aspectos necessários para assegurar a Institucional da Presidência da República, mediante
confidencialidade dos dados e das informações, em indicação dos titulares dos Ministérios e órgãos
vista da possibilidade de detecção de emanações representados.
eletromagnéticas, inclusive as provenientes de recursos § 2º Os membros do Comitê Gestor não poderão
computacionais; participar de processos similares de iniciativa do setor
XI - estabelecer as normas inerentes à privado, exceto nos casos por ele julgados
implantação dos instrumentos e mecanismos imprescindíveis para atender aos interesses da defesa
necessários à emissão de certificados de conformidade nacional e após aprovação pelo Gabinete de Segurança
no tocante aos produtos que incorporem recursos Institucional da Presidência da República.
criptográficos; § 3º A participação no Comitê não enseja
XII - desenvolver sistema de classificação de remuneração de qualquer espécie, sendo considerada
dados e informações, com vistas à garantia dos níveis serviço público relevante.
de segurança desejados, assim como à normatização do § 4º A organização e o funcionamento do Comitê
acesso às informações; serão dispostos em regimento interno por ele aprovado.
XIII - estabelecer as normas relativas à § 5º Caso necessário, o Comitê Gestor poderá
implementação dos Sistemas de Segurança da propor a alteração de sua composição.
Informação, com vistas a garantir a sua Art. 8º Este Decreto entra em vigor na data de sua
interoperabilidade e a obtenção dos níveis de publicação.
segurança desejados, assim como assegurar a Brasília, 13 de junho de 2000; 179º da
permanente disponibilização dos dados e das Independência e 112º da República.
informações de interesse para a defesa nacional; e
XIV - conceber, especificar e coordenar a DECRETO N° 2.134, DE 24 DE JANEIRO DE 1997
implementação da infra-estrutura de chaves públicas a
serem utilizadas pelos órgãos e pelas entidades da Regulamenta o art. 23 da
Administração Pública Federal. Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a
Art. 5º À Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, categoria dos documentos públicos sigilosos e o acesso a
por intermédio do Centro de Pesquisa e eles, e dá outras providências.
Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações -
CEPESC, competirá: O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que
I - apoiar a Secretaria-Executiva do Conselho de lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tenso em
Defesa Nacional no tocante a atividades de caráter vista o disposto no art. 23 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de
científico e tecnológico relacionadas à segurança da 1991,
informação; e DECRETA:
II - integrar comitês, câmaras técnicas,
permanentes ou não, assim como equipes e grupos de CAPÍTULO I
estudo relacionados ao desenvolvimento das suas DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
atribuições de assessoramento.
Art. 6º Fica instituído o Comitê Gestor da Art. 1° Este decreto regula a classificação, reprodução e
Segurança da Informação, com atribuição de assessorar o acesso aos documentos públicos de natureza sigilosa,
apresentados em qualquer suporte, que digam respeito à
a Secretaria-Executiva do Conselho de Defesa Nacional
segurança da sociedade e do Estado e à intimidade do
na consecução das diretrizes da Política de Segurança indivíduo.
da Informação nos órgãos e nas entidades da Art. 2° Para os fins deste Decreto, considera-se:
Administração Pública Federal, bem como na avaliação I - acesso: possibilidade de consulta aos documentos de
e análise de assuntos relativos aos objetivos arquivo;
estabelecidos neste Decreto. II - classificação: atribuição de grau de sigilo a
Art. 7º O Comitê será integrado por um documentos;
representante de cada Ministério e órgãos a seguir III - credencial de segurança: certificado concedido por
indicados: autoridade competente, que habilita uma pessoa a ter acesso
a documento sigiloso;
I - Ministério da Justiça;
IV - custódia: responsabilidade pela guarda de
II - Ministério da Defesa; documentos;
III - Ministério das Relações Exteriores; V - desclassificação: atividade pela qual a autoridade
IV - Ministério da Fazenda; responsável pela classificação dos documentos sigilosos os
V - Ministério da Previdência e Assistência Social; torna ostensivos e acessíveis à consulta pública;
VI - Ministério da Saúde; VI - documento ostensivo: documento cujo acesso é
VII - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e irrestrito;
Comércio Exterior; VII - documento sigiloso: documento que contém
VIII - Ministério do Planejamento, Orçamento e assunto classificado como sigiloso, e que, portanto requer
medidas especiais de acesso;
Gestão;
VIII - grau de sigilo: gradação atribuída à classificação
IX - Ministério das Comunicações;
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de um documento sigiloso, de acordo com a natureza de seu I - ultra-secretos: os que requeiram excepcionais
conteúdo e tendo em vista a conveniência de limitar sua medidas de segurança e cujo teor só deva ser do
divulgação às pessoas que têm necessidade de conhecê-lo. conhecimento de agentes públicos ligados ao seu estudo e
IX - reclassificação: atividade pela qual a autoridade manuseio;
responsável pela classificação dos documentos altera a sua II - secretos: os que requeiram rigorosas medidas de
classificação. segurança e cujo teor ou característica possam ser do
conhecimento de agentes públicos que, embora sem ligação
CAPÍTULO II íntima com seu estudo ou manuseio, sejam autorizados a
DO ACESSO deles tomarem conhecimento em razão de sua
responsabilidade funcional;
III - confidenciais: aqueles cujo conhecimento e
Art. 3° É assegurado o direito de acesso pleno aos divulgação possam ser prejudiciais ao interesse do País;
documentos públicos, observado o disposto neste Decreto e IV - reservados: aqueles que não devam,
no art. 22 da Lei 8.159, de 8 de janeiro de 1991. imediatamente, ser do conhecimento do público em geral.
Art. 4° Qualquer documento classificado como sigiloso, Art. 16. São documentos passíveis de classificação como
na forma do art. 15 deste Decreto, recolhido a instituição ultra-secretos aqueles referentes à soberania e integridade
arquivística pública, que em algum momento tenha sido territorial nacionais, planos de guerra e relações
objeto de consulta pública, não poderá sofrer restrição de internacionais do País, cuja divulgação ponha em risco a
acesso. segurança da sociedade e do Estado.
Art. 5° Os órgãos públicos e instituições de caráter Parágrafo único. A classificação de documento na
público custodiadores de documentos sigilosos, deverão categoria ultra-secreto somente poderá ser feita pelos chefes
constituir Comissões Permanentes de Acesso, para o dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais.
cumprimento deste Decreto, podendo ser criadas Art. 17. São documentos passíveis de classificação como
subcomissões. secretos aqueles referentes a planos ou detalhes de
Art. 6° As Comissões Permanentes de Acesso deverão operações militares, a informações que indiquem instalações
analisar, periodicamente, os documentos sigilosos sob estratégicas e aos assuntos diplomáticos que requeiram
custódia, submetendo-os à autoridade responsável pela rigorosas medidas de segurança cuja divulgação ponha em
classificação, a qual, no prazo regulamentar, efetuará, se for risco a segurança da sociedade e do Estado.
o caso, sua desclassificação. Parágrafo único. A classificação de documento na
Parágrafo único. A relação dos documentos categoria secreta somente poderá ser feita pelas autoridades
desclassificados, contendo nome e sigla do órgão ou da indicadas no parágrafo único do art. 16 deste Decreto, por
instituição, tipo, número e data do documento, grau de sigilo governadores e ministros de Estado, ou, ainda, por quem haja
original, destinatário e assunto, deverá ser encaminhada, recebido delegação.
semestralmente, pelas comissões permanentes de acesso, Art. 18. São documentos passíveis de classificação como
para publicação em Diário Oficial da União, do Distrito confidenciais aqueles em que o sigilo deva ser mantido por
Federal, dos Estados ou dos Municípios, conforme o caso. interesse do governo e das partes e cuja divulgação prévia
Art. 7° Findo o prazo estabelecido no art. 29 deste possa vir a frustrar seus objetivos ou ponha em risco a
Decreto, as Comissões Permanentes de Acesso deverão segurança da sociedade e do Estado.
liberar os documentos referidos nesse dispositivo. Parágrafo único. A classificação de documento na
Art. 8° Serão liberados à consulta pública os categoria confidencial somente poderá ser feita pelas
documentos que contenham informações pessoais, desde que autoridades indicadas no parágrafo único do art. 17 deste
previamente autorizada pelo titular ou por seus herdeiros. Decreto, pelos titulares dos órgãos da Administração Pública
Art. 9° As Comissões Permanentes de Acesso poderão Federal, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios,
autorizar o acesso a documentos públicos de natureza sigilosa ou, ainda, por quem haja recebido delegação para esse fim.
a pessoas devidamente credenciadas, mediante Art. 19. São documentos passíveis de classificação como
apresentação, por escrito, dos objetivos da pesquisa. reservados aqueles cuja divulgação, quando ainda em
Art. 10. O acesso aos documentos sigilosos, originários trâmite, comprometa as operações ou objetivos neles
de outros órgãos ou instituições, inclusive privadas, previstos.
custodiados para fins de instrução de procedimento, processo Parágrafo único. A classificação de documento na
administrativo ou judicial, somente poderá ser autorizado categoria reservada somente poderá ser feita pelas
pelo agente do respectivo órgão ou instituição de origem. autoridades indicadas no parágrafo único do art. 18 deste
Art. 11. O acesso a qualquer assunto sigiloso, resultante Decreto, e pelos agentes públicos formalmente encarregados
de acordos ou contratos com países estrangeiros, atenderá às da execução de projetos, planos e programas.
normas e recomendações de sigilo constantes desses Art. 20. Os prazos de classificação dos documentos a
instrumentos. que se refere este Decreto vigoram a partir da data de sua
Art. 12. A eventual negativa de autorização de acesso produção, e são os seguintes:
deverá ser justificada por escrito. I - ultra-secretos, máximo de trinta anos;
Art. 13. Todos têm direito de acessar, mediante II - secretos, máximo de vinte anos;
requerimento protocolado na instituição pública III - confidenciais, máximo de dez anos;
custodiadora, documentos e informações a seu respeito, IV - reservados, máximo de cinco anos.
existentes em arquivos ou bancos de dados públicos. Art. 21. Os documentos sigilosos, de valor probatório,
Art. 14. O atendimento à consulta a documentos informativo e histórico, de guarda permanente, de acordo
sigilosos ou a informações pessoais existentes nos arquivos ou com o art. 25, da Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991 não
em bancos de dados será dado no prazo da lei, a partir da podem ser destruídos.
data de entrada do requerimento no protocolo. Art. 22. Poderá a autoridade responsável pela
classificação dos documentos, ou a autoridade mais elevada,
CAPÍTULO III findo o motivo de sua classificação ou alteração de sua
DO SIGILO E DA SEGURANÇA DA SOCIEDADE E DO ESTADO natureza, e considerando o interesse para a pesquisa e para a
administração, alterá-la ou cancelá-la, tornando-os
Art. 15. Os documentos públicos, sigilosos classificam-se ostensivos.
em quatro categorias: Art. 23. Poderá a autoridade responsável pela
classificação dos documentos, considerando o interesse de
12
segurança da sociedade e do Estado, renová-la por uma única de janeiro de 1977, e 99.347, de 26 de junho de 1990.
vez, por igual período. Brasília, 24 de janeiro de 1997; 176º da Independência e
Parágrafo único. Poderá a autoridade superior à que 109º da República.
classificou o documento alterar o grau de sigilo dos
documentos em trâmite. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Art. 24. Os documentos sigilosos serão guardados em Nelson A. Jobim
condições especiais de segurança.
Art. 25. Os procedimentos relativos à emissão de
credencial de segurança serão objeto de disposições internas (Diário Oficial da União, de 27 de janeiro de 1997)
de cada órgão ou instituição de caráter público.
Art. 26. Os agentes públicos encarregados da custódia
de documentos sigilosos deverão passar, devidamente
conferidos, a seus substitutos todos os documentos sob sua
responsabilidade.
Art. 27. Os documentos sigilosos, de guarda
permanente, objeto de desclassificação, deverão ser
encaminhados à instituição arquivística pública, na sua esfera
de competência, ou ao arquivo permanente do órgão, para
fins de organização, preservação e acesso.

CAPÍTULO IV
DA INTIMIDADE

Art. 28. Excetuam-se do acesso público irrestrito os


documentos cuja divulgação comprometa a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas, e aqueles
integrantes de processos judiciais que tenham tramitado em
segredo de justiça.
Art. 29. Serão restritos pelo prazo de cem anos, a partir
da data de sua produção, os documentos a que se refere o
art. 28 deste Decreto.
Parágrafo único. Excepcionalmente, desde que
observadas as disposições constantes do art. 9°, poderá ser
autorizado o acesso aos documentos referidos no art. 28
deste Decreto.

CAPÍTULO V
DA REPRODUÇÃO

Art. 30. A instituição pública custodiadora de


documentos sigilosos fornecerá, quando solicitada pelo
usuário, reprodução total ou parcial dos documentos,
observadas as restrições legais e as estabelecidas pelas
Comissões Permanentes de Acesso.
§ 1° Todas as cópias decorrentes de reprodução serão
autenticadas pelo Presidente da Comissão Permanente de
Acesso respectiva.
§ 2° Os documentos que contenham informações que
comprometam a vida privada, a honra e a imagem de
terceiros poderão ser reproduzidos parcial ou totalmente,
observado o disposto no art. 8° deste Decreto.
Art. 31. Serão fornecidas certidões dos documentos que
não puderem ser copiados, devido a seu estado de
conservação, desde que necessárias para fazer prova em
juízo.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 32. Os agentes públicos responsáveis pela custódia


de documentos sigilosos estão sujeitos às regras referentes ao
sigilo profissional ou a seu código específico de ética.
Art. 33. Os órgãos públicos e instituições de caráter
público custodiadores de documentos sigilosos terão um
prazo máximo de sessenta dias para constituir e instalar sua
Comissão Permanente de Acesso, a partir da data de
publicação deste Decreto.
Art. 34. Este decreto entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 35. Ficam revogados os Decretos n°s 79.099, de 06

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