Sie sind auf Seite 1von 6

SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE

LAPLACE PARA O POTENCIAL DE


LIGAÇÃO IÔNICA

Bathista, A. L. B. S., Ramos, R. J., Nogueira, J. S.

Departamento de Física - ICET - UFMT, MT, Av. Fernando Correa S/N


CEP 78060-900 Brasil, e-mail: andrelbbs@hotmail.com

Resumo

Como sabemos a ligação química entre os átomos depende dos elétrons de valência: estes elétrons
externos tem o papel de interação com outros átomos. Normalmente os elementos químicos estão
procurando tornar-se o mais estável possível e para isso eles devem completar suas estruturas eletrônicas
atingindo a configuração do gás nobre. Para determinarmos o potencial de interação entre dois átomos,
existe na literatura várias equações. No nosso caso mostramos o comportamento do potencial interativo
da ligação iônica através da equação mais geral para esse caso, sendo esta a equação proposta por Bohr e
Mayer que apresenta o potencial total (atração + repulsão). Neste trabalho consideramos a forma do
átomo como o de uma esfera, devido a isso utilizamos uma equação diferencial esférica, que corresponde-
se com o potencial total . A equação diferencial esférica mais adotada para este tipo de solução é a
equação de Laplace. A equação esférica de Laplace foi resolvida para a ligação iônica do NaCl,
analisadas suas condições de contorno e plotado os gráficos dos potenciais de atração e repulsão.

1 INTRODUÇÃO

A ligação química entre os eletrônicas atingindo a configuração do


átomos depende essencialmente das gás nobre.
características do chamado elétron de Consideremos agora dois
valência: aquele mais externamente elementos químicos A e B (ambos no
exposto, já que são estes elétrons estado gasoso) que se aproximam. Se a
externos que tem o papel de interação de diferença de eletronegatividade entre eles
contato com outros átomos. for muito grande. Haverá uma
Os elementos químicos, transferência permanente do elétron de
principalmente aqueles com um único um para o outro, gerando a chamada
elétron faltando ou sobrando (7A, 1A, ligação iônica. Neste caso, quando os
1B) apresentam diferente capacidades em elementos estão a uma determinada
atraírem elétrons. Normalmente os proximidade eles se ionizam, criando um
elementos químicos estão procurando par de cátion-ânion que atraem-se
tornar-se o mais estável possível e para mutualmente pelo potencial que há entre
isto eles devem completar suas estruturas os dois. Um exemplo disto é a ligação do
NaCl. Atingindo uma certa proximidade

Bathista, Ramos e Nogueira


42º Congresso Brasileiro de Química – Rio de Janeiro 2

o Na perde seu elétron de valência para o


Cl, de modo que a ligação química entre ϕ rep = be − ar
eles fica determinada pelo potencial de
atração do tipo Coulombiano onde b e a são constantes arbitrárias
e2 desenvolvidas por Bohr e Meyer. O
ϕ at = −
r potencial total para uma ligação iônica é
uma combinação entre o potencial de
A medida que os núcleos atração e repulsão
aproximam-se mais e mais, começa a
surgir uma repulsão entre eles devido a ϕ total = ϕ at + ϕ rep [1]
superposição das suas nuvens eletrônicas.
O potencial repulsivo entre os núcleos
sendo ϕat o potencial de atração e ϕrep o
pode ser expresso, como sugerido por
Bohr e Meyer (1914 – Chemical potencial de repulsão, estes potenciais

Abstract) estão expressos na figura 1.


42º Congresso Brasileiro de Química – Rio de Janeiro 3

ϕrep

ϕ0

r0

ϕat

Figura 1: Potencial de ligação, r0 é a posição de equilíbrio


entre os átomos, corresponde a soma dos raios iônicos dos
constituinte da molécula de NaCl, isto é r0 = rNa+ + rCl-.

em alguns livros o potencial de atração e


e logo podemos atribuir uma constante de
de repulsão é dado em forma de solução
1 πme 2
e não há desenvolvimento destas, como proporcionalidade , sendo a =
a ε 0h 2
por exemplo o potencial de repulsão e 1 dϕ
ϕ =−
atração nas referências 1-3, a dr
1 dϕ
+ϕ = 0 [5]
a dr
ϕ rep = be − ar [2]
integrando [5]
e2
ϕ at = − [3]
r dϕ
∫ ϕ
= −a ∫ dr
2 EXPERIMENTAL
ln ϕ rep = − ar + b
Resolvendo primeiramente o
ϕ rep = e −ar +b
potencial de repulsão, podemos ver
ϕ rep = e −ar e b
explicitamente que a expressão [2], nos
mostra a solução geral de uma equação ϕ rep = be − ar [6]
diferencial e para montarmos esta
Agora para calcularmos o
equação diferencial, podemos considerar
potencial total do átomo precisamos de
dϕ em um ponto distante do átomo,
uma equação e considerando a forma do
temos ϕ
átomo como o de uma esfera, podemos

dϕ utilizar uma equação diferencial esférica,


ϕ ∝ [4]
dr que corresponda com o potencial. A
42º Congresso Brasileiro de Química – Rio de Janeiro 4

equação diferencial esférica mais adotada Laplace.


para este tipo de solução é a equação de

1 ∂  2 ∂ϕ  1 ∂  ∂ϕ  1  ∂ 2ϕ 
∇ ϕ = 2 r
2
+  sen(θ ) +  sen(θ ) 2  [7]
r ∂r  ∂r  r 2 sen(θ ) ∂θ  ∂θ  r 2 sen 2 (θ )  ∂φ 

para a simetria azimutal o ϕ í independente de φ e é invariante com respeito ao eixo z.


logo a equação de Laplace reduz a

1 ∂  2 ∂ϕ  1 ∂  ∂ϕ 
∇ 2ϕ = r + 2  sen(θ )  [8]
r ∂r  ∂r  r sen(θ ) ∂θ
2
 ∂θ 

mas como consideramos o potencial



somente radial, trabalharemos somente a r2 =A
dr
parte radial da equação de Laplace:
A
∫ dϕ = ∫ r 2
dr
1 ∂  2 ∂ϕ 
∇ 2ϕ = r  [9]
r 2 ∂r  ∂r  A
ϕ =− +B
r

1 ∂  2 ∂ϕ 
r =0 [10]
r 2 ∂r  ∂r 

como o potencial é constante na


extremidade (superfície) esférica, logo

= A ; A= Q, sendo Q = q1q2; A=e2.
dr

Tabela 1: das condições de contorno da figura 1 r → r0 , r → rrep e r → ∞


logo r → ∞ E para r → r0 e para r → rrep

A A A
ϕ (∞ ) = − +B − ϕ (r0 ) = − +B ϕ rep = − +B,
∞ r0 rrep
considerando que o
A e2 A rrep >> r0
0=− +B = − +0
∞ r0 r0
B=0
ϕ rep = B
A = −e 2
42º Congresso Brasileiro de Química – Rio de Janeiro 5

sendo B = b exp
− ar

Não há esta primeira parte porque para o potencial de repulsão consideramos somente o
potencial divergente e não convergente.

r
substituindo as constantes A e B na do mesmo modo vimos que o E ( r ) é
solução geral da equação diferencial de
convergente para o potencial atrativo e
Laplace, temos
divergente para o potencial repulsivo.

e2 0.0

ϕ total = − + be −ar
r
-28
-1.0x10
Potencial de atração

-28
-2.0x10

Potencial
-28
-3.0x10

3 RESULTADO E DISCUSSÕES -28


-4.0x10

-28
-5.0x10

Com a resolução do potencial -6.0x10


-28

0 2 4 6 8 10 12

total para ligação iônica podemos plotar Raio (angstrom)

os gráficos dos potenciais de atração 1,2


Potencial de repulsão

1
(figura #) e repulsão (figura #) 0,8

separadamente e para vermos o 0,6

0,4
comportamento do potencial total
0,2
teremos que somá-los, esta soma no 0

resulta numa curva, qual possui um poço


de potencial que varia de substância para
substância4. Neste caso podemos também
achar evidentemente o campo elétrico
r
E ( r ) para a ligação iônica, sendo este por
definição

r r
E ( r ) = ∇ϕ ( r ) [11]

e2
E(r) = − 2 + ab ⋅ exp − ar [12]
r
42º Congresso Brasileiro de Química – Rio de Janeiro 6

Referências:

1. Karapétiantz, M. Drakine, S.
Constitution de la Matérie, ed. MIR,
1980. 368 p.
2. BARROW, G. M. Physical-
Chemistry, ed. McGraw-Hill, 1961.
694 p.
3. Metz, C. R. Físico-Química, ed.
McGraw-Hill, 1979. 623 p.
4. Landau, L. D. Molecules, Ed. MIR,
1987. 247 p.

Das könnte Ihnen auch gefallen