Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO
PUC/SP
SÃO PAULO
2001
AUGUSTO CARLOS PATTI DO AMARAL
PUC/SP
SÃO PAULO
2001
Ficha catalográfica elaborada pela Bib. Nadir Gouvêa Kfouri - PUCSP
DM
658 Amaral, Augusto Carlos Patti do
A485e Estrutura e funcionamento de uma cooperativa de trabalho
médico: um estudo de caso da Unimed Cuiabá. - São Paulo: s.n.,
2001.
viii, 76 f.; il. fig., quadros; 31 cm.
Banca Examinadora
_____________________________________
_____________________________________
À Gisela, João e Julia
iii
AGRADECIMENTOS
À Profa. Dra. Neusa Maria Bastos Fernandes dos Santos, pela atenta
orientação.
RELAÇÃO DE FIGURAS
RELAÇÃO DE QUADROS
RESUMO
ABSTRACT
The Cooperativism was born more than one hundred and fifty years ago, adding
ideas of equality and social justice. Was developed in the whole world as an
alternative of work and social inclusion.
In our country, exists 5652 cooperatives; with more than five million cooperated,
putting into motion the economy in diverse sectors such as credit, consumption,
farming, work and health.
The present work makes a description of the cooperativism and introduces the
structure and functioning of a Cooperative of Medical Work, and the differences
between private companies and cooperatives.
In the case study of Unimed Cuiabá Cooperative of Medical work, in relation of
improvement of income of the cooperated, ones almost proves a great chance of
work for a thousand doctors, with increase of income.
viii
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
1 – O COOPERATIVISMO ......................................................................................6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................72
ANEXO.................................................................................................................77
1
INTRODUÇÃO
O homem como ser social assume desde sua origem uma tendência a
ajuda mútua como princípio de subsistência e força para dominar e disponibilizar a
natureza a serviço da humanidade.
Medicina Liberal: quem pode paga, quem não pode pagar é atendido pela
benemerência.
Medicina Estatal: o Estado é responsável pelo bem estar social e por isso
deve avocar para si toda a responsabilidade pela assistência médica.
1
www.ocb.org.br
5
CAPÍTULO 1 - O COOPERATIVISMO
pecuniárias de seus empregados. Foi também por sua influência que o governo
inglês aprovou uma Lei em 1819, limitando o trabalho de mulheres e crianças. Não
era por outra razão, que Robert Owen foi considerado o “pai do cooperativismo”,
atribuindo-lhe inclusive a criação do termo COOPERATIVISMO.
Além destes dois podem-se citar outros pensadores, que segundo alguns
autores (CARNEIRO, 1978; OLIVEIRA, 1984; MILLER, 1999), tiveram influência
sobre a experiência de Rochdale. São eles:
“Toad Lane”
1) Adesão Livre;
2) Controle Democrático;
3) Devolução ou Retorno sobre as Compras;
4) Juros Limitados ao Capital;
5) Neutralidade Política e Religiosa;
10
O princípio que mais nos interessa, pois diz respeito diretamente ao objeto
deste estudo é o terceiro, cujo anunciado é: “Participação Econômica dos
Sócios”. É neste princípio que fica evidente a diferenciação entre empresa
capitalista e sociedade cooperativa, enquanto na primeira a distribuição do
excedente (lucro ou dividendos) se faz em função da participação acionária dos
associados, oriundas de em lucro extraído do trabalho de assalariados, na
cooperativa, o que existe são sobras liquidas, que serão divididas, após a dedução
de despesas administrativas.
Este princípio está presente até hoje na legislação pertinente, que obriga
destinar um percentual da sobras auferidas a um Fundo de Assistência Técnica
Educacional e Social (FATES).
As Assembléias de Cooperados
uma cooperativa não visar lucros, que a sua administração possa ser relegada a
leigos ou curiosos. Uma gerência eficaz e profissional pode ser o diferencial entre
a perpetuação no mercado ou o desaparecimento da iniciativa cooperativista.
- Superestrutura
- Macroestrutura
- Estrutura Funcional
- Infra-estrutura
Figura 1
CONSELHO FISCAL
MACRO ADMINISTRAÇÃO
ESTRUTRURA DIRETA E INDIRETA
ESTRUTURA QUADRO
FUNCIONAL FUNCIONAL
INFRA
ESTRUTURA SÓCIO
INDIVIDUALMENTE
30
INSTITUIÇÕES
EMPRESA EMPRESA COOPERATIVA
PRIVADA ESTATAL
VARIÁVEIS
1. Propriedade É privada. Pertence É estatal ou pública. É social. Pertence ao
aos capitais que Pertence ao Estado. conjunto de usuários ou
investem dinheiro trabalhadores sócios
c) As dificuldades de capitalização,
A livre escolha de seu médico pelo paciente é uma das molas mestras
desta relação, e da própria essência da profissão liberal do médico. Torna-se,
37
2º) deve ser também evitado pelo sistema, a medicina liberal, na qual não
há limitação para o custo do serviço médico. O sistema é quem deve arbitrar o
custo do serviço, com base em um preço justo, acordado entre tomador e
prestador de serviço.
2
www.unimed.com.br/nacional
42
Com certeza, aqueles médicos não imaginavam que estariam criando uma
sociedade cooperativa com tal pujança econômica. Em termos de mercado, a
Unimed é responsável por uma fatia de 75% (setenta e cinco por cento), segundo
dados do IEL, Instituto Evaldo Lodi, da FIEMT, Federação das Indústrias de Mato
Grosso (1996).
Este autor afirma que três são as bases para a gestão da cooperativa:
Informação, Comunicação e Decisão (LUZ 1998:42).
Os resultados apurados nos balanços dos últimos três anos mostram uma
tendência animadora, após alguns anos de perdas amargadas pela cooperativa,
conforme mostrado na figura de número 02 (dois).
47
R$ 1000
Missão:
Visão:
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
PRESIDENTE VICE- DIRETOR DE DIRETOR DIRETOR
MERCADO FINANCEIRO SECRETÁRIO
PRESIDENTE
Centro de Comissão
Estudos
Técnica
Comissão
de Ética
Diretoria
Executiva
Auditoria Serviço
Médica Social
Núcleo de Sist.
de Informação
Departamento de
Departamento
Mercado
Departamento de
Atendimento
NSO HOME
Adm. Financeiro CARE
Recursos Contabilidade
Financeiros
Administ. Apoio e Gestão de Gestão de Gestão de Adm.. Vendas Atend. ao Tele Atend.
RH Serviços Contas Ass. Contas Contratos Cooperado Atendimento Local
Contas Ass.
Prestador Intercâmbio
Cooperado
52
A Lei Cooperativista, n.º 5764 de 16.12.71, em seu capítulo IV, seção II,
“DO ESTATUTO SOCIAL”, preconiza o conteúdo mínimo em cada estatuto, e um
dos itens obrigatórios em todos os estatutos é o ”objetivo”.
53
No estatuto social da Unimed Cuiabá, em seu capitulo II, artigo 2º, está
explicitado o objetivo desta cooperativa:
Adm e Desp.
Singular H.M. Hosp. SADT Interc. Outros Total
Com Pessoal
Cuiabá 34% 22% 20% 4% 5% 10% 5% 100%
Campinas 35% 19% 28% 7% 3% 8% - 100%
Londrina 37% 16% 16% 8% 4% 9% 10% 100%
Recife 18% 46% 12% 4% 6% 8% 6% 100%
Rio 31% 30% 13% 5% 5% 15% 1% 100%
Salvador 32% 32% 7% 10% 5% 10% 4% 100%
Uberaba 41% 24% 19% 6% 3% 6% 1% 100%
Curitiba 40% 23% 12% 7% 4% 10% 4% 100%
Rib. Preto 39% 23% 16% 7% 5% 10% - 100%
HM – Honorários Médicos
Hosp. – Hospital
Interc. - Intercâmbio
Honorários médicos:
Hospitais:
55
Intercâmbio:
Outros:
Salvo em alguns raros casos, como na singular de Recife, que o gasto com
honorários médicos é de 18%, a média deste item é em torno de 36% do custo
total.
Deve-se ainda considerar que os gastos com exames diagnósticos (SADT), cuja
média é em torno de 16% revertem em alguns casos para os médicos
cooperados, para aqueles que realizam exames, cuja autoria é de exclusividade
do médico, como por exemplo, os exames de anatomia patológica.
Isto significa dizer que aquele cooperado que mais produz, deverá
receber maior remuneração. Quando se fala em produção em uma cooperativa de
trabalho médico está se falando no trabalho que o médico realiza, ou seja:
consultas, atos cirúrgicos, exames, procedimentos, e internações.
cotidiano, sempre que uma medida venha trazer um impacto maior sobre a
cooperativa ou cooperados, é de praxe realizar-se uma Assembléia Geral
Extraordinária (AGE), para esclarecimento e respaldo da decisão tomada.
De 2 a 4 anos 38 23,0
De 4 a 8 anos 72 44,0
Defesa da 26 16,0
Profissão/Classe
Outros 9 5,4
A fonte de referência dos dados que se utilizou para esta análise, foram os
relatórios emitidos pela gerência administrativo-financeira da Cooperativa, os
balancetes mensais, e o Balanço Anual de 1999.
Uma certeza temos pela frente: a solução não é pessoal, mas coletiva.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
EMATER-RO, 1989
OLIVEIRA, T. C. O Desenvolvimento das Cooperativas de Trabalho no Brasil.
Brasília, OCB Organização das Cooperativas do Brasil, 1984.
OLIVEIRA JÚNIOR. C. C. Avaliação da Eficiência Empresarial das Cooperativas.
Curitiba, OCEPAR, 1991.
PEREIRA, M. A. G. Um Estudo Exploratório: As Empresas Comunitárias em
Toledo no Estado do Paraná. São Paulo, USP, 1985, Dissertação (Mestrado
em Administração), 124p.
PÈRIOS, W. Cooperativismo de Trabalho: Manual de Organização São Paulo,
Perspectiva Econômica, 1997
PINHO, D. B. Economia e Cooperativismo. 2ª Ed., São Paulo, Saraiva, 1997.
________________________. Cooperativas Brasileiras de Trabalho. São Paulo,
FAPESP, 1993.
________________________. A Doutrina cooperativa nos regimes capitalista e
socialista- suas modificações e sua utilidade 2ªEd. São Paulo, Pioneira, 1966
____________ (Org.) Manual do Cooperativismo, Vol. 3: Tipologia
Cooperativista. São Paulo, CNPq, 1984.
PINHO, D.B. & VASCONCELLOS, M. A. S. (Org.). Manual de Economia. 3ª Ed. São
Paulo, Saraiva, 1998
POLONIO, W.A. Manual das Sociedades Cooperativas. 2ª Ed. São Paulo, Atlas,
1999.
POSSAS, M. L. Dinâmica da Economia Capitalista: Uma Abordagem Teórica.
São Paulo, Brasiliense, 1987.
PERIUS, V. As Cooperativas de Trabalho: Alternativas de Trabalho e Renda.
São Leopoldo, UNISINOS, 1995.
QUEIROZ, C. A. R. S. Manual das Cooperativas de Serviço e Trabalho. São
Paulo, STS, 1997
RIBEIRO, M. S. & LISBOA, L.P. Balanço Social: Instrumento de Divulgação da
Interação da Empresa com a Sociedade. In: Anais do 23° Encontro Anual da
Associação Nacional dos Programas de Pós Graduação em Administração. Foz de
Iguaçu, 1999, 238p.
75
ANEXO I
QUESTIONÁRIO
SIM NÃO
a)Aumento da Renda ( ) ( )
b)Garantia de Trabalho ( ) ( )
c)Defesa da Profissão/Classe ( ) ( )
e)Ampliação da clientela ( ) ( )
f)Outro(s):_________________________________________________________
__________________________________________________________________