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Relações sintáticas

Este assunto relaciona-se com a correção gramatical em todos os seus aspectos. Em algumas questões, observamos que a
banca sugere alguma mudança de ordem na construção, inclusão ou retirada de algumtermo, perguntando sobre um
possível erro gramatical. É importante perceber se o comando da questão solicita apenas compreensão gramatical ou
também alteração de sentido.

Estilística
A estilística preocupa-se com a correção gramatical, clareza, objetividade e elegância. Exemplo:
O período cuja redação está inteiramente clara e correta é:
(A) Um humorista já lembrou que na democracia os cidadãos a vêem como um regime no qual não se nega a ninguém o
direito de concordar com eles.
(B) De acordo com um humorista, muitos democratas aplaudem esse regime porque julgam que, nele, todos têm o direito
de concordar consigo.
(C) A democracia (segundo um humorista) é o regime no qual cada cidadão não nega a ninguém o direito de com ele
concordar.
(D) Disse um humorista que muitos definem a democracia como o regime que se preserva o direito de todos os cidadãos
com eles concordarem.
(E) A democracia definiu um humorista é aquele regime que as pessoas não negam o direito do próximo, que é o de
concordarem com elas.
Gabarito: C

Vocabulário
Trabalha-se neste assunto a capacidade de compreensão de termos ou expressões no contexto apresentadona prova.
Alguns itens sugerem troca de um termo; outros, o sentido contrário; outros ainda apenas o sentido da palavra. Exemplo:
Patrocinar um concurso para estudantes costuma ser bom negócio para uma empresa. É uma estratégia eficaz para
reforçar a imagem diante do mercado ± e dos profissionais que atuarão nele ± a um custo baixo. Os gastos se limitam à
divulgação e aos prêmios. (...) Para algumas companhias, provocar a criatividade dos estudantes traz ganhos ainda mais
práticos. O trecho acima permaneceria correto e manteria o sentido original, caso os termos nele sublinhados fossem
substituídos, respectivamente, por:
a) Bancar, útil, de pouca envergadura, cerceiam e formandos.
b) Propiciar, bom, insignificantes, reduzem e acadêmicos.
c) Provocar, mercadológico, mínimo, têm pouca importância e profissionais.
d) Produzir, favorável, econômica, conforma e formandos.
e)Promover, eficiente, reduzido, resumem e universitários.
Gabarito: E

Figuras de linguagem
São recursos lingüísticos estudados por diversas áreas da lingüística.
METÁFORA: é o emprego de palavra fora de seu sentido normal, tomando-se por base a analogia.
Esse homem é uma fera.
METONÍMIA: é a substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles alguma relação lógica.
Ler Machado de Assis. Beber dois copos de leite. Pedir a mão em casamento.
CATACRESE: é o emprego de palavras de relacionamento inadequado, por esquecimento ou desconhecimento da palavra
adequada. O presidente do BC será sabatinado na próxima terça-feira. Prateleira de livro. Marmelada de chuchu.
ANTONOMÁSIA: é a substituição de um nome por outro por expressão que facilmente o identifique. O rei das selvas
(Leão) O Corso (Napoleão Bonaparte)
ELIPSE: é a omissão de uma palavra ou de uma expressão facilmente subentendida. Bebi uma garrafa de champanha.
(vinho de) O jogo foi no Morumbi.
ZEUGMA: uma espécie de elipse que consiste na supressão de um termo já expresso no contexto. Os homens estavam
calmos; as mulheres, nervosas.
PLEONASMO: é o emprego de termos desnecessários, com o objetivo de realçar ou enfatizar o pensamento. A mim
ninguém me engana. O que você pensa, isso não me interessa.
ANACOLUTO: é a falta de nexo sintático ou lógico entre o princípio da frase e o seu fim. É uma interrupção do
pensamento. Eu parece-me que vou desmaiar. Morrer, todos haveremos de morrer.
HIPÉRBATO: recebe também o nome de inversão. É a alteração da ordem direta dos termos na oração. Morreu o
presidente. O hipérbato designa genericamente qualquer tipo de inversão, simples ou complexa. Compreende também:
1. a prolepse (A Suíça dizem que é muito bonita) busca enfatizar o termo;
2. a anástrofe (Ela tão bela dos seus anos na flor) antepõe um termo preposicionado;
3.a sínquise (Um cãozinho tinha o Paulo fofinho) provoca ambigüidade.
SILEPSE: é a concordância com a idéia, e não com a palavra escrita. São Paulo é bonita. (gênero) A criançada chegou
cedo e, à noite, já estavam brincando. (número) A gente vamos. (pessoa)
ALITERAÇÃO: é a repetição de consoantes ou de sílabas. O rei reza e rasga a raiva realmente.
SINESTESIA: é o cruzamento de duas ou mais sensações distintas ou, então, a atribuição a uma coisa qualidade que lhe é
incompatível, aceita apenas no plano figurado. Grito áspero. Nossos olhos trocaram pensamentos.
POLISSÍNDETO: é o uso repetido da conjunção ³e´. E o menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita.
ASSÍNDETO: é a omissão das conjunções coordenativas aditivas. Não sopra o vento; não gemem os ventos.
ANÁFORA: é a repetição da mesma palavra ou expressão no início de membros da frase. Tudo cura o tempo, tudo gasta,
tudo acaba.
HIPÉRBOLE: é o exagero na afirmação. Já lhe disse um milhão de vezes.
EUFEMISMO: é o emprego de palavras ou expressões agradáveis, em substituição às que têm sentido grosseiro ou
desagradável. Dar o último suspiro. Faltar à verdade.
IRONIA: é sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que as palavras ou as frases exprimem. Agiu sutil como um
elefante.
PROSOPOPÉIA (PERSONI FICAÇÃO): é atribuir a seres inanimados qualidades e sentimentos humanos. As árvores são
inteligentes e felizes.
ANTÍTESE: é o emprego de palavras ou expressões contastantes. Cada um leva consigo uma alma de covarde e uma
alma de herói.
PARADOXO: é uma associação de idéias contraditórias. Voz do silêncio. Viver só na multidão.
GRADAÇÃO: é a apresentação de uma série de idéias em progressão de clímax ou anticlímax. Talvez eu fosse um padre,
um bispo, um papa. Eu era pobre, um subalterno, um nada.

Tipos de discursos
DIRETO: o narrador reproduz a fala da personagem por meio das próprias palavras dela.
Ele afirmou: ³Não sei se conseguirei!´
INDIRETO: o narrador usa suas palavras para reproduzir uma fala de outrem.
Ele afirmou que não sabe se conseguirá.
INDIRETO-LIVRE: O narrador produz um texto em que retira propositadamente o conectivo, provocando um elo
psicológico no discurso. A fala da personagem (que seria um discurso direto e mantém suas características diretas) é
desenvolvida como parte do texto narrativo do narrador e não da própria personagem.
Ele afirmou que não era cachorro. Quem ele pensa que é? Quem ele pensa que sou?
Exemplo 1
Indique se houve discurso direto, indireto ou indireto-livre.
1.³É preciso agir com muito tato´ ± afirmou a senhora.
2. Capitu respondeu que não, mas o vereador não acreditou.
3. Morda a língua ± pensou a menina.
4. Tinha medo e repetia que estava em perigo, mas isto lhe pareceu tão absurdo que se pôs a rir. Medo daquilo?
Gabarito:
1. direto 3. não há discurso, mas sim monólogo interior.
2. indireto 4.indireto-livre

Tipologia textual
Os textos podem ser classificados, segundo sua tipologia textual, em dissertação, narração ou descrição.
Dissertação: Dissertar é apresentar uma idéia a partir de um ponto de vista sobre determinado assunto. O texto dissertativo
estrutura-se em conhecimento, informações, argumentação, opinião. A dissertação geralmente é organizada em
teseargumentação-conclusão. Encontramos, em concursos, algumas variantes do modelo tradicional, porém, basicamente,
a dissertação estrutura-se em exposição de idéias e argumentação. Exemplo de texto dissertativo:
³Nos últimos 110 anos, poucas economias tiveram um desempenho tão formidável como a brasileira. O que chama a
atenção, no país, é a sua capacidade de se desenvolver e, simultaneamente, sua incapacidade de promover um destino
melhor aos seus desamparados. Mais do que isso: o Brasil, ao longo das últimas décadas, só tem conseguido crescer
produzindo um número cada vez maior de miseráveis.´ (Revista Veja, 19 dezembro de 2001.)
Narração: O texto narrativo relaciona-se a mudança de tempo e ocorrência de ações. Narrar é relatar acontecimentos
vividos por personagens e ordenados em uma lógica. Não há necessariamente preocupação com a idéiacomo ocorre no
texto dissertativo. A narrar, conta-se uma história para o leitor. Exemplo:
Geraldo, servidor público, 42 anos, conheceu Samanta em um beco em bairro de prostituição. A própria vivia de seus
passeios alegrando homens solitários e com dinheiro para o prazer. Geraldo a tirou dessa vida e lhe deu tudo de melhor:
alugou um quarto em bairro decente, pagou médico, dentista, manicura« Dava tudo quanto ela queria. Quando Samanta
ficou bonita e com aparência de gente de sociedade, arranjou logo um namorado e abandonou Geraldo.
Descrição: O texto descritivo tem como características de detalhes, aspectos físicos e/ou psicológicos. O texto traz em si a
capacidade de estimular imagens ou impressões a partir da organização das idéias apresentadas pelo autor. Alguns
gramáticos definem o texto dissertativo como a fotografia formada por palavras. A descrição pode ser assim sintetizada: é
a recriação de imagens sensoriais na mente do leitor. Exemplo de texto descritivo:
³Fui também recomendado ao Sanches. Achei-o supinamente antipático: cara extensa, olhos rasos, mortos, de um pardo
transparente, lábios úmidos, porejando baba, meiguice viscosa de crápula antigo. Primeiro que fosse do coro dos anjos, no
meu conceito era a derradeira das criaturas.´ Raul Pompéia.
Interpretação e gramática (MUITO IMPORTANTE)
Algumas questões surpreendem os candidatos pela habilidade com que algumas bancas exigem, em ummesmo item da
prova, interpretação e gramática. Muita calma quando isso ocorrer.
Exemplo: Para que o enunciado apresentado na questão seguinte se reduza a uma só frase,algumas adaptações ecorreções
devem ser feitas. Assinale a opção adequada conforme o enunciado anterior.
I ± A raposa lembra os despeitados. (idéia principal)
II ± Atributo dos despeitados: fingem-se superiores a tudo.
III ± A raposa desdenha das uvas. (oração com valor de adjetivo)
IV ± Causa do desdenho: não poder alcançar as uvas.
a) Porque não pode alcançar as uvas de que ela desdenha, a raposa, fingindo-se superior a tudo, lembra os despeitados.
b) A raposa, desdenhando das uvas que não se podem alcançar, lembra os despeitados que se fingemsuperiores a tudo.
c) A raposa, que desdenha as uvas porque não pode alcançá-las, lembra os despeitados, que se fingem superiores a tudo.
d) Como não pode alcançar as uvas, a raposa que se finge superior a tudo e as desdenha, lembra os despeitados.
e) Fingindo-se superior a tudo, a raposa que desdenha das uvas porque não as pode alcançar, lembra dos despeitados.

Ortografia
Emprego do h: O h é uma letra que se mantém em algumas palavras em decorrência da etimologia ou da tradição escrito
do nosso idioma. Algumas regras, quanto ao seu emprego devem ser observadas:
a) Emprega-se o h quando a etimologia ou a tradição escrita do nosso idioma assim determina. homem, higiene, honra,
hoje, herói.
b) Emprega-se o h no final de algumas interjeições. Oh! Ah!
c) No interior dos vocábulos não se usa h, exceto:
- nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen ao primeiro. super-homem, pré-história.
- quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh. Passarinho, palha, chuva.

Emprega-se a letra s:
- nos sufixos -ês, -esa e ±isa, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade, profissão, estado social, títulos
honoríficos. Chinês, chinesa, burguês, burguesa, poetisa.
- nos sufixos ±oso e ±osa (qua significa ³cheio de´), usados na formação de adjetivos. delicioso, gelatinosa.
- depois de ditongos. coisa, maisena, Neusa.
- nas formas dos verbos pôr e querer e seus compostos. puser, repusesse, quis, quisemos.
- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com s. análise: analisar, analisado pesquisa: pesquisar, pesquisado.

Emprega-se a letra z nos seguintes casos:


- nos sufixos -ez e -eza, usados para formar substantivos abstratos derivados de adjetivos. rigidez (rígido), riqueza (rico).
- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com z. cruz: cruzeiro, cruzada. deslize: deslizar, deslizante.

Emprego dos sufixos ±ar e ±izar.


Emprega-se o sufixo ±ar nos verbos derivados de palavras cujo radical contém ±s, caso contrário, empregase ±izar.
análise ± analisar eterno ± eternizar

Emprego das letras e e i.


Algumas formas dos verbos terminados em ±oar e ±uar grafam-se com e. perdoem (perdoar), continue (continuar).
Algumas formas dos verbos terminados em ±air, -oer e ±uir grafam-se com i. atrai (atrair), dói (doer), possui (possuir).

Emprega-se a letra x nos seguintes casos:


- depois de ditongo: caixa, peixe, trouxa.
- depois de sílaba inicial en-: enxurrada, enxaqueca (exceções: encher, encharcar, enchumaçar e seus derivados).
- depois de me- inicial: mexer, mexilhão (exceção: mecha e seus derivados).
- palavras de origem indígena e africana: xavante, xangô.

Emprega-se a letra g
- nas terminações ±ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: prestígio, refúgio.
- nas terminações ±agem, -igem, -ugem: garagem, ferrugem.
Emprega-se a letra j em palavras de origem indígena e africana: pajé, canjica, jirau.

Emprego de s, c, ç, sc, ss.


- verbos grafados com ced originam substantivos e adjetivos grafados com cess. ceder ± cessão. conceder - concessão.
retroceder - retrocesso. Exceção: exceder - exceção.
- nos verbos grafados com nd originam substantivos e adjetivos grafados com ns. ascender ± ascensão
expandir ± expansão pretender ± pretensão.
- verbos grafados com ter originam substantivos grafados com tenção. deter ± detenção conter ± contenção.
Divisão Silábica
Na modalidade escrita, indicamos a divisão silábica com o hífen. Esta separação obedece às regras de silabação,são elas:
Não se separam:
1. as letras com que representamos os dígrafos ch, lh e nh: cha-ma, ma-lha, ma-nhã, a-char, fi-lho, a-ma-nhe-cer;
2. os encontros consonantais que iniciam sílaba: a-blu-ção, cla-va, re-gra, a-bran-dar, dra-gão, tra-ve;
3. a consoante inicial seguida de outra consoante: gno-mo, mne-mô-ni-co, psi-có-ti-co;
4. as letras com que representamos os ditongos: a-ni-mais, cá-rie, sá-bio, gló-ria, au-ro-ra, or-dei-ro, jó-ia, réu;
5. as letras com que representamos os tritongos: a-güen-tar, sa-guão, Pa-ra-guai, u-ru-guai-a-na, ar-güiu, en-xá-guam.
Separam-se:
1. as letras com que representamos os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc: car-ro, pás-sa-ro, des-ci-da, cres-ça, ex-ce-len-te;
2. as letras com que representamos os hiatos: sa-ú-de, cru-el, gra-ú-na, re-cu-o, vô-o;
3. as consoantes seguidas q pertencem a sílabas diferentes: ab-di-car, cis-mar, ab-dô-men, bis-ca-te, sub-lo-car, as-pec-to.

Divisão de palavras no fim da linha


Muitas vezes, quando estamos produzindo um texto, não há espaço no final da linha para escrevermos uma palavra toda.
Devemos, então, recorrer a sua divisão em duas partes. Esta partição é sempre indicada com hífen e obedece às regras de
separação silábica que acabamos de mencionar.

Acentuação tônica
A acentuação tônica investiga a intensidade com que pronunciamos as sílabas das palavras de nossa língua. Aquelas sobre
as quais recai a maior intensidade são as sílabas tônicas; as demais são as sílabas átonas. Deacordo com a posição da
sílaba tônica, os vocábulos da língua portuguesa são classificados em:
oxítonos ± são aqueles cuja sílaba tônica é a última: coração procurar pior ruim sabiá também
paroxítonos ± são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima: álbum estrada desse posso retrato sabia
proparoxítonos ± são aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúltima: amássemos Antártida friíssimo lágrima úmido xícara
Observação: Para os monossílabos, a classificação é diferente: existem os monossílabos tônicos ± pronunciados
intensamente ± e os monossílabos átonos ± pronunciados fracamente. Quando isolado todo monossílabo se torna tônico.
Por isso, para diferenciar os tônicos dos átonos e vice-versa, é necessário pronunciá-los numa seqüência de palavras.
Observe os monossílabos tônicos destacados: ³Sei que não vai dar em nada, Seus segredos sei de cor.´
Agora, nos mesmos versos, destacamos os monossílabos átonos: ³Sei que não vai dar em nada, Seus segredos sei de cor.´

Acentuação gráfica
Os acentos - Em português, os acentos gráficos empregados são:
acento agudo (´) ± colocado sobre as letras a, i, u e sobre o e da seqüência ±em, indica que essas letras representam as
vogais das sílabas tônicas: Amapá, saída, fúnebre, porém; sobre as letras e e o, indica que representam as vogais tônicas
com timbre aberto: médico, herói.
Acento grave (`) ± indica as diversas possibilidades de crase da preposição a com artigos e pronomes: à, às, àquele,
àquela, àquilo, por exemplo.
Acento circunflexo (^) ± indica que as letras e e o representam vogais tônicas com timbre fechado; surge sobre a letra a
que representa a vogal tônica, normalmente diante de m, n, ou nh: mês, lêem, pêssego, compôs, câmara.
Trema (¨) ± indica que a letra u representa semivogal nas seqüências gue, gui; que, qui: agüentar, sagüi, cinqüenta,
tranqüilo.
Til (~) ± indica que as letras a e o representam vogais nasais: órfã, mãozinha; corações, põe. Também indica que a vogal é
tônica em casos em que, pelas regras a acentuação gráfica é obrigatória: rã, maçã.

Regras fundamentais
Proparoxítonas Todas as palavras proparoxítonas são graficamente acentuadas.
árvore, álibi, lâmpada, pêssego, quiséssemos, África.

Paroxítonas - São acentuadas as palavras paroxítonas que apresentam as seguintes terminações:p


- i (s), us: vírus, bônus, júri, lápis, tênis;
- um, uns: fórum, álbum, álbuns, médium;
- r: caráter, mártir, revólver
- x: tórax, ônix, látex;
- n: hífen, pólen, abdômen;
- l: fácil, amável, indelével.
- Ditongos: Itália, Áustria, memória, cárie, róseo, Ásia, fáceis, férteis,
- Orais: imóveis, fósseis, jérsei (crescentese decrescentes)
- ão (s): órgão, órgãos, sótão, sótãos
- ã (s): órfã, órfãs, ímã, ímãs
- ps: bíceps, fórceps
Oxítonas - São acentuadas as palavras oxítonas que apresentam as seguintes terminações:
a (s) : maracujá, ananás
e (s) : café, cafés, você
o (s) : dominó, paletós, vovô, vovó
em, ens: armazém, vintém, armazéns, vinténs
Essa regar aplica-se também aos seguintes casos:
a) monossílabos tônicos terminados em a,e o (seguidos ou não de s) pá, pé, pó, pás, pés, pós, lê, vê, dê, hás, crês
b) formas verbais terminadasu em a, e, o tônicos seguidas de lo, la, los, las: amá-lo, dizê-lo, repô-la, fá-lo-á, pô-lo

Regras especiais
1. Os ditongos de pronúncia aberta eu, éi, oi recebem acento agudo na vogal.
Céu, chapéu, anéis, coronéis, herói, anzóis, caracóis, Andréia
2. Coloca-se acento circunflexo na primeira vogal dos hiatos ôo e êe.
vôo, enjôo, vôos, enjôos, corôo, perdôo, abençôo, lêem, descrêem, dêem, relêem
3. Coloca-se acento nas vogais i e u que formam hiato com a vogal anterior.
sa-í-da, sa-ís-te, sa-ú-de, ba-la-ús-tre, sa-í-mos, ba-ú, ra-í-zes, ju-í-zes, Lu-ís, sa-í, pa-ís, He-lo-í-sa
a) Não se acentuam o i e o u que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:
Ra-ul, ru-im, com-tri-bu-in-te, sa-ir-des, ju-iz
b) Não se acentuam as letras i e u dos hiatos se estiverem seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, vem-to-i-nha
c) Não se acentuam as letras i e u dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
No entanto, se se tratar de palavra proparoxítona haverá o acento, já que a regra de acentuação das proparoxítonas
prevalece sobre a dos hiatos: fri-ís-si-mo, se-ri-ís-si-mo
4. Coloca-se trema na letra u dos encontros gue, gui, que, qui, quando pronunciada atonamente (nesses casos, o ü é
semivogal). tranqüilo, freqüente, lingüiça, sagüi
Se a letra u de tais encontros for pronunciada tonicamente, levará acento agudo (nesses casos, o ú é vogal).
averigúe, apazigúe, argúi, argúis
Se a letra u de tais encontros não for pronunciada, evidentemente não levará acento algum (nesses casos, temos dígrafos).
quilo, quente, guerra, guerreiro, queijo
5. Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo.
singular plural: ele tem eles têm; ele vem eles vêm
6. Os verbos derivados de ter e vir levam acento agudo na terceira pessoa do singular e acento circunflexo na terceira
pessoa do plural do presente do indicativo.
singular plural: ele retém eles retêm; ele intervém eles intervêm

Emprego das classes de palavras - CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO


Substantivo - É aquele que indica a existência de seres reais ou imaginários.
Exemplos: Reais imaginários; Brasil bruxa; Recife curupira.
ABSTRATO
É aquele que indica sentimentos, qualidades, ações, estados e sensações.
Exemplo: Sentimento: amor, ódio, paixão; Qualidade: honestidade, fidelidade, perfeccionismo; Ações: trabalho, doação;
Estado: vida, solidão, morte; Sensação: calor, frio.
COMUNS
É aquele que indica elementos de uma mesma espécie.
Exemplo: Criança, cidade, livro.
PRÓPRIO
É aquele que indica um ser em particular.
Exemplo: Roberto, Pernambuco, Capibaribe, Brasil.
Os nomes próprios são utilizados principalmente em:
Rios: Capibaribe, Amazonas; Países: Brasil, Austrália;
Cidades: Recife, Porto Alegre; Pessoas: Rubem, Antônio;
Estados: Pernambuco, Rio Grande do Sul; Empresas: Intel, Oracle.
Observação: o substantivo coletivo é um substantivo comum que, mesmo no singular indica um agrupamento,
multiplicidade de seres de uma mesma espécie. Relação de alguns substantivos coletivos
Assembléia ± de pessoas reunidas, de parlamentares Batalhão ± de soldados
Acervo ± de obras de arte Biblioteca ± de livros
Alcatéia ± de lobos Cacho ± de frutas
Antologia ± de textos Chusma ± de pessoas em geral
Arquipélago ± de ilhas Colméia ± de abelhas
Atlas ± de mapas Constelação ± de estrelas
Arsenal ± de armas, munições Cordilheira ± de montanhas
Banda ± de músicos Elenco ± de atores
Bando ± de aves Enxoval ± de roupas
Falange ± de soldados Molho - de chaves
Fauna ± de animais Multidão ± de pessoas
Feixe ± de lenha Ninhada ± de filhotes
Flora ± de plantas Pinacoteca ± de quadros
Frota ± de navios Piquete ± de pessoas em greve
Galeria ± de quadros Plantel ± de animais de raça
Horda ± de bandidos Pomar ± de arvores frutíferas
Júri ± de jurados Ramalhete ± de flores
Junta ± de médicos, examinadores Réstia ± de alho, de cebola
Legião ± de soldados Vara ± de porcos
Lote ± de coisas Vocabulário ± de palavras
Manada ± de animais

FORMAÇÃO DO SUBSTANTIVO Quanto à formação o substantivo pode ser: Primitivo; Derivado; Simples; Composto.
PRIMITIVO: Dá origem a outras palavras. Exemplo: Pedra, ferro, vidro.
DERIVADO: É originado através de outra palavra. Exemplo: Pedreira, ferreiro, vidraçaria.
SIMPLES: Apresenta apenas um radical na sua formação. Exemplo: Vidro, pedra.
COMPOSTO: Apresenta dois ou mais radicais na sua formação. Exemplo: Pernilongo, couve-flor.

FLEXÃO DO SUBSTANTIVO
Por ser uma palavra variável o substantivo sofre flexões para indicar:
Gênero: masculino ou feminino; Número: singular ou plural; Grau: aumentativo ou diminutivo.

GÊNERO DO SUBSTANTIVO
Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. Será masculino o substantivo que admitir o artigo o e
feminino aquele que admitir o artigo a. Exemplo: O avião o calçado o leão. A menina a camisa a cadeira.

SUBSTANTIVO BIFORME
Na indicação de nomes de seres vivos o gênero da palavra está ligado, geralmente, ao sexo do ser, havendo, portanto, uma
forma para o masculino e outra para o feminino. Exemplo:
Garoto ± substantivo masculino indicando pessoa do sexo masculino;
Garota ± substantivo feminino indicando pessoa do sexo feminino.

FORMAÇÃO DO FEMININO
O feminino pode ser formado das seguintes formas:
- trocando a terminação o por a: exemplo: moço moça menino menina
- trocando a terminação e por a: exemplo: gigante giganta mestre mestra
- acrescentando a letra a: exemplo: português portuguesa cantor cantora
- mudando-se ao final para ã, ao, ona: exemplo: catalão catalã valentão valentona leão leoa
- com esa, essa, isa, ina, triz: exemplo: conde condessa príncipe princesa poeta poetisa czar czarina ator atriz
- por palavras diferentes: exemplo: cavaleiro amazona padre madre homem mulher

SUBSTANTIVOS UNIFORMES
Há substantivos que possuem uma só forma para indicar tanto o masculino quanto o feminino. Podemos classificá-los em:
Epicenos; Sobrecomuns; Comuns de dois gêneros.
EPICENOS: São substantivos que designam alguns animais e têm um só gênero. Para indicar o sexo são utilizadas as
palavras macho ou fêmea. Exemplo: Cobra macho cobra fêmea; Peixe macho peixe fêmea; Jacaré macho jacaré fêmea
SOBRECOMUNS: São substantivos que designam pessoas e tem um só gênero tanto para o masculino como para o
feminino. Exemplo: A criança ± masculino ou feminino; O indivíduo ± masculino ou feminino
COMUNS DE DOIS GÊNEROS: São substantivos que apresentam uma só forma para o masculino e para o feminino. A
distinção se dá através do artigo, adjetivo ou pronome. Exemplo: O motorista a motorista; Meu colega minha colega

Adjetivo
Adjetivo é a palavra que modifica o substantivo, indicando características de defeito, qualidade, estado, etc.
Exemplos: Comida gostosa. Menino bonito. Gosto ruim.

Formação do adjetivo - O adjetivo pode ser:


Simples - possui apenas um radical, um só elemento: azul, surdo,
Composto ± possui mais de um radical, mais de um elemento: azul-escuro, surdo-mudo.
Primitivo ± é aquele que não deriva de outra palavra; servindo de base para a formação de outras palavras:
triste, bom, pobre.
Derivado ± é aquele que deriva de outras palavras, geralmente de substantivos e de verbos: tristonho, bondoso, pobretão.
Flexão do adjetivo
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
1) Gênero do adjetivo:
Uniformes: apresenta uma só forma para os dois gêneros, masculino e feminino. Menino feliz ± menina feliz
Empregado competente ± empregada competente
Biformes: são aqueles que apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino.
O atleta brasileiro ± a atleta brasileira. O menino lindo ± a menina linda.
2) Número do adjetivo: O adjetivo simples faz o plural seguindo a mesma regra do substantivo:
Rapaz feliz ± rapazes felizes; Roupa branca ± roupas brancas
No plural dos adjetivos compostos acrescenta-se o s apenas no último elemento:
Lente côncavo-convexa ± lentes côncavo-convexa; Crianças mal-educadas ± crianças mal-educadas
Observação:
» Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis: Carro azul-marinho ± carros azul-marinho
Vestido azul-celeste ± vestidos azul-celeste
» O adjetivo composto surdo-mudo flexiona os dois elementos: Rapaz surdo-mudo ± rapazes surdos-mudos
» Nos adjetivos referentes a cores, o adjetivo composto fica invariável quando o segundo elemento for um substantivo:
Saia verde-oliva ± saias verde-oliva; Sofá marrom-café ± sofás marrom-café
3) Grau do adjetivo: O adjetivo possui dois graus: comparativo e superlativo:
Grau comparativo: transmite a idéia de igualdade, superioridade ou inferioridade de um ser em relação a outro.
Igualdade - tão+adjetivo+que (do que): Lídia é mais bonita que Raquel.
Ela é tão alegre quanto (ou como) ele. Inferioridade ± menos+adjetivo+que (do que):
Lídia é tão bonita quanto Raquel. Ele é menos alegre que (ou do que) ela.
Superioridade ± mais+adjetivo+quanto (como): Lídia é menos bonita que Raquel.
Ele é mais alegre que (ou do que) ela.
Observação
» O grau comparativo de superioridade dos adjetivos grande, bom, pequeno, mau usam-se as formas sintéticas maior,
melhor, menor e pior.
» Quando comparamos duas qualidades do mesmo ser, usa-se a forma analítica:A casa é mais grande do que confortável.
Grau superlativo: o grau superlativo pode ser:
Relativo ± quando se faz sobressair, com vantagem desvantagem, a qualidade de um ser em relação a outros (a um
conjunto de seres). Pode ser de superioridade ou de inferioridade: Mateus é o mais inteligente da turma. (superioridade);
Mateus é o menos inteligente da turma. (inferioridade)
Absoluto ± quando a qualidade de um ser é intensificada sem a relação com outros seres. Pode ser analítico ou sintético:
Analítico: quando o adjetivo é modificado pelo advérbio muito, extremamente, etc. Paula é extremamente bela.
Sintético: quando se acrescenta o sufixo ±íssimo, -imo ou -rimo ao radical do adjetivo: Conversa agradabilíssima.

Lista de superlativos absolutos sintéticos:


Ágil ± agillíssimo, agílimo Dócil ± docílimo, docilíssimo Magnífico ± magnificentíssimo
Agudo ± acutíssimo Fácil ± facílimo, facilíssimo Pobre ± paupérrimo, pobríssimo
Bom ± boníssimo Feio ± feiíssimo Sábio ± sapientíssimo
Célebre ± celebérrimo Feliz ± felicíssimo São ± saníssimo
Cruel ± crudelíssimo, cruelíssimo Fiel ± fidelíssimo Útil ± utilíssimo
Doce ± docísssimo, docilíssimo Livre ± libérrimo, livríssimo Voraz ± voracíssimo

Locução adjetiva
Em Gramática , chamamos de locução à reunião de duas ou mais palavras com o valor de uma só. Locução adjetiva é,
portanto, a união de duas ou mais palavras que equivalem a um adjetivo. Elas são usualmente formadas por:
» uma preposição e um substantivo
» uma preposição e um advérbio
Dente de cão = dente canino; Conselho de mãe = conselho materno; Pneus de trás = pneus traseiros; Ataque de frente =
ataque frontal.
Algumas locuções e seus adjetivos correspondentes:
De aluno - discente De estômago ±estomacal, gástrico
De abdômen ± abdominal De garganta ± gutural
De açúcar ± sacarino De intestino ± celíaco, entérico, intestinal
De anjo ± angélico, angelical De manhã ± matinal, matutino, crástino
De água ± aquático, áqueo, hidráulico, hídrico De mês ± mensal
De ave ± aviário, aviculário, ornítico De pele ± cutâneo
De cabeça ± cefálico De peso ± ponderal
De casamento ± matrimonial, nupcial De tarde ± vesperal, vespertino
De direito ± jurídico
Adjetivos pátrios
O adjetivo pátrio é aquele que se refere a países, estados, cidades, etc. A maioria desses adjetivos forma-se pelo acréscimo
de um sufixo ao substantivo que os origina.
Os principais sufixos formadores de adjetivos pátrios são: -aco, -ano, -ão, -eiro, -ês, -ense, -eu, -ino, -ita.
Acre ± acreano Goiânia - goianiense
Amapá ± amapaense Lisboa - lisboeta, lisbonense
Espírito Santo ± espírito-santense ou capixaba Maceió - maceioense
Mato Grosso ± mato-grossense África ± africano
Pará ± paraense América ± americano
Piauí ± piauense Ásia ± asiático
Porto Alegre ± porto-alegrense Europa ± europeu
Recife ± recifense Oceania ± acêanico
Rio Grande do Norte ± potiguar ou rio-grandense-do-norte Alemanha ± alemão
Rio Grande do Sul ± gaúcho ou rio-grandense-do sul Bélgica ± belga
Minas Gerais ± mineiro Brasil ± brasileiro
Belo horizonte - belo-horizontino Estados unidos ± estadunidense, norte-americano
Belém (do Pará) ± belenense Israel ± israelense ou israelita
China - chinês Irã - iraniano
Campinas - campineiro, campinense Japão - japonês

Artigo
Classe variável que define ou indefine um substantivo. Podem ser:
Definidos: o/a, os/as
Indefinidos : um/uma, uns/umas
Flexionam-se em: Gênero e Número
Servem para: Substantivar uma palavra que geralmente é usada como pertencente a outra classe. Ex.: calça verde
(adjetivo)/ o verde (substantivo) da camisa, não (advérbio) quero/ "Deu um não (substantivo) como resposta".
Evidenciar o gênero do substantivo. Ex.: o colega/ a colega, o dó, o cônjuge

Numeral
Classe que expressa quantidade exata, ordem de sucessão, organização... Os numerais podem ser:
Cardinais- indicam uma quantidade exata. Ex.: quatro, mil, quinhentos
Ordinais- indicam uma posição exata. Ex.: segundo, décimo
Multiplicativos- indicam um aumento exatamente proporcional. Ex.: dobro, quíntuplo
Fracionários- indicam uma diminuição exatamente proporcional. Ex.: um quarto, um décimo
Lista dos principais numerais:
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários
um primeiro (simples) - trinta trigésimo - trinta avos
dois segundo dobro, duplo meio quarenta quadragésimo - quarenta avos
três terceiro triplo, tríplice terço cinqüenta qüinquagésimo - cinqüenta avos
quatro quarto quádruplo quarto sessenta sexagésimo - sessenta avos
cinco quinto quíntuplo quinto setenta septuagésimo - setenta avos
seis sexto sêxtuplo sexto oitenta octogésimo - oitenta avos
sete sétimo sétuplo sétimo noventa nonagésimo - noventa avos
oito oitavo óctuplo oitavo cem centésimo cêntuplo centésimo
nove nono nônuplo nono duzentos ducentésimo - ducentésimo
dez décimo décuplo décimo trezentos trecentésimo - trecentésimo
onze décimo primeiro - onze avos quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
doze décimo segundo - doze avos quinhentos qüingentésimo - qüingentésimo
treze décimo terceiro - treze avos seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
catorze décimo quarto - catorze avos setecentos septingentésimo - septingentésimo
quinze décimo quinto - quinze avos oitocentos octingentésimo - octingentésimo
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos novecentos nongentésimo ou noningentésimo -
dezessete décimo sétimo - dezessete avos nongentésimo
dezoito décimo oitavo - dezoito avos mil milésimo - milésimo
dezenove décimo nono - dezenove avos milhão milionésimo - milionésimo
vinte vigésimo - vinte avos bilhão bilionésimo - bilionésimo

Leitura dos numerais


1-Numeral antes do substantivo: A leitura será ordinal: X volume- décimo volume; XX página- vigésima página
2-Numeral depois do substantivo: A leitura será ordinal de 1 a 10: volume X- volume décimo; página XX- página
vigésima; A leitura será cardinal de 11 em diante: pauta XII- pauta doze; século XX- século vinte
Pronomes
Pronome é a classe de palavras que substitui uma frase nominal. Inclui palavras como ela, eles e algo. Os pronomes são
reconhecidos como uma parte do discurso distinta das demais desde épocas antigas. Essencialmente, um pronome é uma
única palavra (ou raramente uma forma mais longa), com pouco ou nenhum sentido próprio, que funciona como um
sintagma nominal completo. O pronome é a palavra que acompanha ou substitui o substantivo, relacionando-o com uma
das pessoas do discurso. Quando um pronome substitui o substantivo ele é chamado de pronome substantivo.
Os pronomes classificam-se em vários tipos. Os pessoais apontam para algum participante da situação de fala: eu, você,
nós, ela, eles. Os pronomes demonstrativos apontam no espaço ou no tempo, como este em "Este é um bom livro". Os
pronomes interrogativos fazem perguntas, como quem em "Quem está aí?". Os pronomes indefinidos, como alguém ou
alguma coisa, preenchem um espaço numa frase sem fornecer muito significado específico, como em "Você precisa de
alguma coisa?". Os pronomes relativos introduzem orações relativas, como o que em "Os estudantes que tiraram a roupa
durante a cerimônia de formatura estão encrencados". Finalmente, um pronome reflexivo como si mesmo e um pronome
recíproco como um (a)o outro referem-se a outros sintagmas nominais presentes na sentença de maneiras específicas,
como em "Ela amaldiçoou a si mesma" e "Eles estão elogiando muito um ao outro, ultimamente".
Como regra geral, um pronome não pode tomar um modificador, mas há umas poucas exceções: pobre de mim, coitado
dele, alguém que entenda do assunto, alguma coisa interessante.

»Pronomes possessivos: São aqueles que se referem às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.
Flexionam-se em gênero e número, concordando com a coisa possuída, e em pessoa, concordando com opossuidor.
Exemplos: meu, minha, teu, tua, nosso(a), vosso(a).
»Pronomes indefinidos: São aqueles que se referem a substantivos de modo vago, impreciso ou genérico. São pronomes
indefinidos aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de modo indeterminado.
Variáveis: Todo, toda, algum, alguma, nenhum, nenhuma, certo, certa, muito, muita, outro, outra, pouco, pouca,
tanto, tanta, qualquer, quaisquer, bastante.
Invariáveis: Tudo; algo; nada; alguém; outrem; ninguém; cada; mais; menos. Estes pronomes não sofrem nenhuma
alteração, ou seja, não mudam de gênero nem de número.
»Pronomes pessoais: São aqueles que representam as pessoas do discurso. Subdividem-se em:
* Caso reto (exercem a função de sujeito ou predicativo do sujeito): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas;
* Caso oblíquo (exercem a função de complemento verbal): me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, a, lhe, si, consigo, nos,
conosco, vos, convosco, os, as, lhes.
»Pronomes reflexivos: Como pode haver diversas 3ªs pessoas cumprindo diversos papéis (sujeito e objeto direto/indireto)
numa oração, a língua portuguesa apresenta o pronome reflexivo 'se', que, quando empregado, denota que amesmíssima
pessoa que é o sujeito da oração é também o objeto. Assim, numa oração como "Guilherme já se preparou", o 'se' denota
que a pessoa preparada por Guilherme foi ele próprio. Se, ao invés de 'se', tivéssemos empregado 'o' (pronome oblíquo
exclusivo para objetos diretos) numa oração como "Guilherme já o preparou" entenderíamos que ele preparou a outra
pessoa. No entanto, a mesma coisa não ocorre com as outras pessoas (1ª e 2ª), pois, como elas não se alteram, não
precisamos empregar um pronome especial. Veja exemplos:
Eu não me vanglorio disso. (O 'me' poderia referir-se a que outro 'eu'?); Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
Assim tu te prejudicas. (Mesma coisa com o 'te'); Conhece-te a ti mesmo. Lavamo-nos no rio.
Vós vos beneficiastes com a Boa Nova.
* Nota: No Brasil, costuma-se usar o pronome 'si' também com sentido reflexivo, contudo o mesmo não ocorre em
Portugal. Portanto, uma oração como "Ela falou de si" seria genéricamente entendida no Brasil como "de si mesma"
enquanto em Portugal como "de outrem". O mesmo vale para 'consigo': "Antônio conversou consigo mesmo".
»Pronomes de tratamento: Entre os pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento, que se referem à segunda
pessoa do discurso, mas sua concordância é feita em terceira pessoa. Palavra ou expressão que substitui pronome pessoal
no discurso. É geralmente usada para a 2a pessoa, mas com o verbo conjugado na 3a, como em você(s), Sua(s)/ Vossa(s)
Excelência(s), Suas(s)/Vossa(s) Senhorias, etc.
Exemplos: você, o senhor, Vossa Excelência, a Vossa Senhoria, Vossa Santidade, Vossa Magnificência, Vossa
Majestade, Vossa Alteza e etc. Nota : Esse tipo de pronome e ultilizado para se referir as pessoas de cargos importantes
da sociedade .Como por exemplo: Membros da realeza(Reis ,Rainhas, Princípes, etc...),Membros do poder Legislativo,
Judiciário e Executivo; Também para como os membros religiosos.
Lista de alguns pronomes de tratamento
Autoridades de Estado ± Civis:
Vossa Excelência (V.Exª.): presidente da República, senadores da República, ministros de Estado, governadores,
deputados federais e estaduais, prefeitos, embaixadores, vereadores, cônsules, chefes das Casas Civis e Militares.
Vossa Magnificência (V. M.): reitores de Universidade, pró-reitores e vice-reitores.
Vossa Senhoria (V. Sª): diretores de autarquias federais, estaduais e municipais.
Judiciárias:
Vossa Excelência (V. Exª): desembargadores de Justiça, procuradores, promotores.
Meritíssimo Juiz (M. Juiz): juízes de Direito.
Militares:
Vossa Excelência (V. Exª.): Oficias Generais (Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército e Tenentes-Brigadeiros;
Vice-Almirantes, Generais-de-Divisão e Majores-Brigadeiros; Contra-Almirantes, Generais-de-Brigada e Brigadeiros).
Vossa Senhoria (V. Sª.): Demais patentes e graduações militares.
Autoridades eclesiásticas:
Vossa Santidade ( V. S.): o Papa. Vossa Eminência (V. Em.ª) Usado para: cardeais.
Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.ª Revm.ª): arcebispos e bispos. Vossa Reverendíssima (V. Revmª): abades,
superiores de conventos, monsenhores, outras autoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral.
Autoridades monárquicas:
Vossa Majestade Real & Imperial (V. M. R. & I.): Monarcas que detenham títulos de imperador e rei ao mesmo tempo.
Vossa Majestade Imperial (V. M. I.): Imperadores. Vossa Majestade (V. M.) Usado para: Reis.
Vossa Alteza Real & Imperial (V. A. R. & I.): Príncipes de casas reais e imperiais.
Vossa Alteza Imperial (V. A. I.): Príncipes de casas imperiais. O Mui Honorável (M. Hon): Marqueses, na Grã-Bretanha.
Vossa Alteza Real (V. A. R.): Príncipes e infantes de casas reais. Vossa Graça (V. G): Duques e Condes.
Vossa Alteza Sereníssima (V. A. S.): Príncipes monarcas e Arquiduques.
Vossa Alteza (V. A.): Duques. Vossa Excelência (V. Exª.) Usado para: Duques com Grandeza, na Espanha.
Vossa Alteza Ilustríssima (V. A. Ilmª.): Nobres mediatizados, como Condes, na Alemanha.
O Honorável (Hon.): Condes (The Right Hon.), Viscondes, Barões e filhos d Duques, Marqueses e Condes Grã-Bretanha.
Entre os pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento, que se referem à segunda pessoa do discurso, mas
cuja concordância é feita em terceira pessoa. Exemplos: você, o senhor, Vossa Excelência, a Vossa Senhoria, Vossa
Santidade, Vossa Magnificência, Vossa Majestade, Vossa Alteza e etc.
Outros títulos: Vossa Senhoria (V. S.ª): Pessoas importantes Ilustrissimo (Ilmo.) Usado para pessoas comuns, no memso
sentido de Senhoria. Doutor (Dr.): Doutor. Comendador (Com.) Usado para: Comendador.
Professor (Prof.): Professor. Padre (Pe.) Usado pra padres
»Pronomes demonstrativos:
São aqueles que indicam a posição do ser no espaço (em relação às pessoas do discurso) ou no tempo.
* primeira pessoa: este, esta, estes, estas, isto.
* segunda pessoa: esse, essa, esses, essas, isso.
* terceira pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
Também podem ser utilizados para localizar algo num texto: este (e suas flexões) indica um objeto que está adiante (ainda
não mencionado); esse (e flexões) indica um objeto já mencionado. Os pronomes "isto", "isso", "aquilo" são classificados
geralmente como demonstrativos, mas funcionam na verdade como pronomes pessoais de terceira pessoa, representando
o gênero neutro. Outros pronomes demonstrativos:
mesmo, mesma, mesmos, mesmas: quando têm sentido de "identico", "em pessoa";
próprio, própria, próprios, próprias: quando têm sentido de "idêntico", "em pessoa";
semelhante, semelhantes: são demonstrativos quando equivalerem a "tal" ou "tais"; tal, tais;
o, a, os, as: quando puderem ser substituídos por "isto", "isso", "aquilo" e variações.
Observação
* Utiliza-se este (e variações) quando a coisa da qual se fala está perto de quem fala;
* Utiliza-se esse (e variações) quando a coisa da qual se fala está próxima de quem ouve;
* Utiliza-se aquele (e variações) quando a coisa da qual se fala está distante de quem fala e de quem ouve.

Verbos
É mais fácil reconhecê-lo do que defini-lo. Verbo é a única classe de palavra variável em tempo, modo, pessoa e número.
Isso nos ajuda a identificá-lo, pois enquanto outras palavras não podem ser conjugadas, o verbo pode:
Eu escrevo / eu escrevi; ele escreve / ele escreveu
Além disso, o verbo expressa ação, estado. E não só isso. Pode expressar o resultado de uma ação: 'Cláudio levou um
tombo'. Uma sensação: 'Ele se apavorou'. Um sentimento: 'Eu não o invejo'; e muitas outras idéias, sempre com a
possibilidade de referir-se a alguém ou a algo ± o sujeito ± e de situar-se no tempo passado, presente e futuro. O verbo
também é essencial para a ação. Não existe oração sem verbo e, às vezes, basta o verbo para que a oração esteja completa:
Engordei. Ganhamos! Está chovendo.

Estrutura do verbo - Uma forma verbal é constituída por:


»Radical ou lexema: Onde se concentra o significado do verbo.
O radical é a parte que se repete em todas as formas, salvo em caso de verbos irregulares
Falei /falaste /falarei /falarás
»Desinência: Registra modo / tempo e número / pessoa
Falássemos; sse: designa tempo imperfeito e modo subjuntivo
mos: designa a 1ª pessoa do plural
»Vogal temática: Aquela que permite a ligação do radical com as desinências. Falaste / falamos
A vogal temática indica a que conjugação pertence o verbo
a ± 1ª conjugação ± falar; e ± 2ª conjugação ± comer; i ± 3ª conjugação ± partir
Tempo
O tempo verbal indica o momento em que o processo verbal acontece: se é anterior, simultâneo ou posterior. Essas
possibilidades são expressas basicamente pelos tempos:
‡ Passado ou pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito
‡ Presente
‡ Futuro do presente e do pretérito
Eu estive / eu estou / eu estarei
O funcionamento dos tempos verbais em português não é simples: uma mesma indicação temporal pode ser dada por mais
de uma forma, além de uma única forma poder traduzir diferentes tempos ou nuances de tempo.
Presente do indicativo que, além de revelar simultaneidade ao ato da fala, pode indicar:
‡ Um processo habitual: Eu ando de bicicleta pela manhã.
‡ Um processo permanente: A água ferve a 100ºC.
‡ Futuro: Amanhã eu volto!
‡ Passado ± também chamado de presente histórico: Édipo chega a Tebas, decifra o enigma da esfinge e desposa Jocasta;
cumpre-se a profecia.
Atenção: a idéia de simultaneidade na maior parte das vezes é indicada pela forma verbo estar + gerúndio:
O que você está fazendo? Estou lendo.
»Imperfeito do indicativo, usado geralmente para indicar um processo passado não concluído ± 'Ana estudava todas as
tardes'. Ocorre muitas vezes com valor de futuro do pretérito, sobretudo na linguagem coloquial:
Se eu não fosse tímido, te dava um beijo!
»O mais-que-perfeito do indicativo indica basicamente um processo ocorrido antes de outro processo também passado:
Cristina já estivera longe outras vezes, mas era a primeira vez que sentia saudade.
Na literatura, esse tempo muitas vezes indica futuro do pretérito ou imperfeito do subjuntivo:
'[...] Mais servira se não fora Para tão longo amor tão curta a vida.' (Camões) (= mais serviria se não fosse)
»O futuro do presente e o futuro do pretérito do indicativo podem indicar presente ou passado, com nuances de dúvida, de
idéia aproximada. Desta forma, esses tempos verbais são muito usados na linguagem coloquial:
Ela terá hoje uns quinze anos. Ela teria naquele tempo uns quinze anos.
Essas e outras variações servem para dar um valor especial ao texto. Por estar fora de seu contexto real nas orações acima,
o verbo ter pode ser substituído pelo verbo estar sem que isso altere a idéia da oração:
Ela estará hoje com uns quinze anos. Ela estaria naquele tempo com uns quinze anos.
‡ O futuro do presente também pode ter valor imperativo:
Não cobiçarás a mulher do próximo.
»Modo
Em português, há três modos verbais:
- Indicativo
‡ Exprime, em geral, idéias objetivas e não dependentes de outra
Eu escreverei um livro.
- Subjuntivo
‡ Exprime em geral idéias subjetivas, hipotéticas. O subjuntivo sempre faz parte de uma oração subordinada
Se eu fosse capaz, escreveria um livro.
- Imperativo
‡ Exprime ordem, pedido
Escreva um livro!
Atenção: também aqui há variações. É possível usar o indicativo em situações hipotéticas:
Se eu te pego fumando, te dou um castigo!
‡ Ou, ao contrário, usá-lo em situações reais:
Como estivesse malvestido, não o deixaram entrar.
‡ Também é possível pedir ou mandar sem usar o imperativo. O futuro do pretérito sugere boas maneiras:
Você me faria um cafezinho?
»Aspecto
O momento de ocorrência de um processo verbal é marcado pelo tempo, mas há ainda certas marcações queindicam
outras gradações de tempo. São os aspectos verbais. Eles podem indicar, por exemplo, se um processo verbal foi
concluído (aspecto perfeito): Ele almoçou fora.
‡ Se o processo verbal se estende por um período (aspecto imperfeito): Ele almoça fora aos domingos.
‡ Se ele está no início (aspecto iniciativo): Ele começou a almoçar.
‡ Ou se o processo verbal está no fim (aspecto conclusivo): Ele acaba de almoçar.
Atenção: os aspectos verbais são marcados geralmente por perífrases verbais ou por sufixos, como ecer (que indica início:
amanhecer, anoitecer) ou ejar (indica repetição: sacolejar, pestanejar).

Formas simples e compostas


As formas simples são as constituídas por uma só palavra. As formas compostas são constituídas pelos verbos auxiliares
ter e haver + o particípio do verbo principal: Eu tinha almoçado. verbo auxiliar particípio
Eu teria almoçado. verbo auxiliar particípio.
Alguns tempos possuem apenas formas simples, outros, apenas a forma composta.
Atenção: além desses tempos compostos, existem as locuções verbais, formadas por verbos auxiliares (em geral, ser,
estar, ter e haver) + verbo principal em uma das formas nominais:
Eu estava caminhando.
verbo estar verbo principal
Ele tinha sido convidado.
verbos ter e ser verbo principal
»Formas nominais
São aquelas que podem comportar-se como nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). Há três formas nominais em
português:
‡ Infinitivo (andar, amar) ± é o nome do verbo; é a forma que mais se aproxima do substantivo e freqüentemente ocupa o
lugar de um sujeito: Falar é prata, calar é ouro.
Atenção: existem dois tipos de infinitivo. O impessoal, que não se refere a nenhum ser em especial e não é flexionado:
falar, fazer, sair. O outro tipo, o pessoal, refere-se a uma das pessoas do discurso. É flexionado:
falar, falares, falar, falarmos, falardes, falarem.
‡ Particípio (andado, amado) ± forma verbal que se aproxima do adjetivo; é a única que apresenta flexão de gênero:
Ela foi amada por muitos. Ele foi amado por muitos.
‡ Gerúndio (andando, amando) ± forma verbal que se aproxima do advérbio; aparece freqüentemente em orações
adverbiais reduzidas: Só amando você pode ser feliz.
»Emprego do infinitivo pessoal
Usa-se o infinitivo pessoal basicamente quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito do verbo da oração principal:
Passei aqui para jantarmos juntos.
(sujeito: eu) infinitivo (sujeito: nós)
Atenção: jamais se usa o infinitivo pessoal em locuções verbais:
Errado Certo
Nós vamos trabalharmos. Nós vamos trabalhar.
Modo verbal: O falante, ao enunciar o processo verbal, pode tomar várias atitudes em relação ao que enuncia: de certeza,
de dúvida, de ordem, etc. O modo verbal revela a atitude do falante ao enunciar o processo.
Pode ser:
a) indicativo: revela o fato de modo certo, preciso, seja ele passado, presente ou futuro. Ele deitou na rede
b) subjetivo: revela o fato de modo incerto, duvidoso. Se todos estudassem, a aprovação seria maior.
c) imperativo: exprime uma atitude de mando, ordem ou solicitação. Fique quieto.
»Emprego dos tempos verbais.
Há em Português, basicamente, três tempos verbais:
a) presente: revela um fato que ocorre no momento em que se fala. Neste instante ele olha para mim.
b) passado: revela um fato que ocorreu anteriormente ao momento em que se fala. Ele saiu com os amigos.
c) futuro: revela um fato que deverá ocorrer posteriormente ao momento em que se fala. Amanhã terei aula de Português.
Essa divisão dos tempos verbais em passado, presente e futuro não esgota todas as variações que o verbo pode assumir em
relação à categoria tempo, já que esses tempos verbais se subdividem e, muitas vezes, assumem outros matizes, alterando
de maneira bastante sensível a significação inicial. Sem pretender esgotar o assunto, vejamos alguns empregos
significativos dos tempos verbais.
1. presente do indicativo: exprime um fato que ocorre no momento em que se fala. Vejo um pássaro na janela
O presente do indicativo também é usado para:
a) exprimir uma verdade científica, um axioma: A Terra é redonda. Por um ponto passam infinitas retas.
b) para exprimir uma ação habitual: Aos domingos não saio de casa.
c) para dar atualidade a fatos ocorridos no passado: Cabral chega ao Brasil em 1500.
d) para indicar fato futuro bastante próximo, quando se tem certeza de que ele ocorrerá: Amanhã faço os exercícios.
2. pretérito perfeito do indicativo: exprime um fato já concluído anteriormente ao momento em que se fala.
Ontem eu reguei as plantas do jardim.
3. pretérito imperfeito do indicativo: exprime um fato anterior ao momento em que se fala, mas não o toma como
concluído, acabado. Revela, pois, o fato em seu curso, em sua duração. Ele falava muito durante as aulas.
4. pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato passado que já foi concluído, em relação a outro fato também
passado. Quando você resolveu o problema, eu já o resolvera.
Obs.: Na linguagem atual tem-se usado com mais freqüência o pretérito mais-que-perfeito composto. Quando você
resolveu o problema, eu já o tinha resolvido. O mais-que-perfeito é, em alguns casos, usado no lugar do futuro do
pretérito ou do imperfeito do subjuntivo. "«mais servira, se não fora Para tão longo amor tão curta a vida!"(Camões)
servira = serviria; fora = fosse)
5. futuro do presente: exprime um fato, posterior ao momento em que se fala, tido com certo.
Amanhã chegarão os meus pais. A s aulas começarão segunda-feira.
O futuro do presente pode ser empregado para exprimir idéia de incerteza, de dúvida. Serei eu o único culpado?
6. futuro do pretérito: exprime um gato futuro tomado em relação a um fato passado.
Ontem você me disse que viria à escola.
O futuro do pretérito também pode ser usado para indicar incerteza, dúvida.
Seriam mais ou menos dez horas quando ele chegou.
Usa-se ainda o futuro do pretérito, em vez do presente do indicativo ou do imperativo, como forma de cortesia, de boa
educação. Você me faria um favor?
Emprego do infinitivo:
Não é fácil sistematizar o emprego do infinitivo em Português, já que, além do infinitivo impessoal, nossa língua
apresenta também o infinitivo pessoal (ou flexionado). Emprega-se o infinitivo impessoal:
1. quando ele não estiver se referindo a nenhum sujeito: É preciso sair.
2. na função de complemento nominal (virá regido de preposição): Esses exercícios eram fáceis de resolver.
3. quando ele faz parte de uma locução verbal: Eles deviam ir ao cinema.
4. quando, dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, mandar, ele tiver por sujeito um pronome oblíquo:
Mandei-os sair. Deixei-os falar.
5. com valor de imperativo: Fazer silêncio, por favor.
Emprega-se o infinitivo pessoal:
Quando ele tiver sujeito próprio (expresso ou implícito) diferente do sujeito da oração principal:
O remédio era ficarmos em casa. O costume é os jovens falarem e os velhos ouvirem.
Além dos casos mencionados, em que é obrigatório o uso de uma ou de outra forma, quando o infinitivo for regido de
preposição (com exceção de a), admite-se indiferentemente o uso das duas formas.
Viemos aqui para cumprimentar (ou cumprimentarmos) os vencedores.
»Tempos derivados do presente do indicativo
O presente do indicativo é um tempo primitivo. Da primeira pessoa do singular do presente do indicativo obtêm-se: o
presente do subjuntivo; o imperativo negativo.
Obs.: Evidentemente, se o verbo não possui a primeira pessoa do singular do presente do indicativo, não possuirá também
o presente do subjuntivo e o imperativo negativo. O imperativo afirmativo provém em parte do presente do indicativo (as
segundas pessoas) e em parte do presente do subjuntivo (as demais pessoas).
»Flexão verbal - Flexão nominal
Verbos irregulares irregular: quando se afasta do modelo da conjugação.
Para se saber se um verbo é irregular, deve-se conjugá-lo no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo.
Se houver qualquer irregularidade, ela se manifestará em um desses dois tempos.
Vozes do verbo
As vozes verbais são três:
1. voz ativa: quando o sujeito é o agente, isto é, aquele que executa a ação expressa pelo verbo.
O macaco comeu a banana. O aluno leu o livro.
2. voz passiva: quando o sujeito é o paciente, isto é, o receptor da ação expressa pelo verbo.
Há dois tipos de voz passiva:
a) voz passiva analítica: formada por verbo auxiliar mais particípio. A banana foi comida pelo macaco.
O livro foi lido pelo aluno.
b) voz passiva sintética (ou pronominal): quando é formada pelo verbo na terceira pessoa mais a partícula apassivadora
se. Comeu-se a banana. Leu-se o livro.
3. voz reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, executor e receptor da ação expressa pelo
verbo. O macaco cortou-se. O aluno feriu-se.

Advérbios
Advérbio é a palavra invariável que modifica o sentido do verbo, acrescentando a ele determinadas circunstâncias de
tempo, de modo, de intensidade, de lugar, etc. Ex.
Um lindo balão azul atravessava o céu. Um lindo balão azul atravessava lentamente o céu.
Nesse caso, lentamente modifica o verbo atravessar, pois acrescenta uma idéia de modo. Os advérbios de intensidade têm
uma característica particular, pois além de intensificar o verbo, eles podem intensificar o sentido de adjetivos e de outros
advérbios. Ex. Nosso amigo é inteligente demais. As encomendas chegaram muito tarde.
‡ Locução Adverbial: é toda expressão formada por mais de uma palavra e que funciona como advérbio. Ex.
As notícias chegaram cedo. As notícias chegaram de manhã.
‡ Classificação do Advérbio: Dependendo da circunstância que expressam, os advérbios classificam-se em:
Lugar: lá, aqui, acima, por fora, etc.
Modo: bem, mal, assim, devagar, às pressas, pacientemente, etc.
Dúvida: talvez, possivelmente, acaso, porventura, etc.
Negação: não, de modo algum, de forma nenhuma, etc.
Afirmação: sim, realmente, com certeza, etc.
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, etc.
Tempo: agora, hoje, sempre, logo, de manhã, às vezes, etc.
‡ Palavras Denotativas:
Existem palavras e locuções semelhantes aos advérbios, as palavras denotativas, que indicam idéia de:
Inclusão: até, mesmo, inclusive, etc.
Exclusão: só, apenas, menos, etc.
Retificação: isto é, aliás, ou melhor, etc.
Explicação: por exemplo, ou seja, etc.

Preposição
Preposição é a classe de palavras que liga palavras entre si; é invariável; estabelece relação de vários sentidos entre as
palavras que liga. Sintaticamente, as preposições não exercem propriamente uma função: são consideradas conectivos, ou
seja, elementos de ligação entre termos oracionais. As preposições podem introduzir:
‡ Complementos verbais: Obedeço ³aos meus pais´.
‡ Complementos nominais: continuo obediente ³aos meus pais´.
‡ Locuções adjetivas: É uma pessoa ³de caráter´.
‡ Locuções adverbiais: Naquele momento agi ³com cuidado´.
‡ Orações reduzidas: ³Ao chegar´, foi abordado por dois ladrões.
As preposições podem ser de dois tipos:
1. Preposição essencial: sempre funciona como preposição.
Exemplo: a, ante, de, por, com, em, sob, até...
2. Preposição acidental: palavra que, além de preposição, pode assumir outras funções morfológicas.
Exemplo: consoante, segundo, mediante, tirante, fora, malgrado...
»Locução prepositiva
Chamamos de locução prepositiva ao conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última
palavra dessas locuções é sempre uma preposição. Exemplos: por causa de, ao lado de, em virtude de, apesar de, acima
de, junto de, a respeito de... As preposições podem combinar-se com outras classes gramaticais.
Exemplos: do (de + artigo o); no (em + artigo o); daqui (de + advérbio aqui); daquele (de + o pronome demonstrativo
aquele)
»Emprego das preposições
- as preposições podem estabelecer variadas relações entre os termos que ligam.
Ex.: Limpou as unhas com o grampo (relação de instrumento)
Estive com José (relação de companhia)
A criança arrebentava de felicidade (relação de causa)
O carro de Paulo é novo(relação de posse)
- as preposições podem vir unidas a outras palavras.
Temos combinação quando na junção da preposição com outra palavra não houver perda de elemento fonético.
Temos contração quando na junção da preposição com outra palavra houver perda fonética.
- a preposição a pode se fundir com outro a, essa fusão é indicada pelo acento grave ( `), recebe o nome de crase.
Ex.: Vou à escola (a+a)
Preposição + Artigos Por + a = pela(s) De + ali = dali
De + o(s) = do(s) Preposição + Pronomes De + outro = doutro(s)
De + a(s) = da(s) De + ele(s) = dele(s) De + outra = doutra(s)
De + um = dum De + ela(s) = dela(s) Em + este(s) = neste(s)
De + uns = duns De + este(s) = deste(s) Em + esta(s) = nesta(s)
De + uma = duma De + esta(s) = desta(s) Em + esse(s) = nesse(s)
De + umas = dumas De + esse(s) = desse(s) Em + aquele(s) = naquele(s)
Em + o(s) = no(s) De + essa(s) = dessa(s) Em + aquela(s) = naquela(s)
Em + a(s) = na(s) De + aquele(s) = daquele(s) Em + isto = nisto
Em + um = num De + aquela(s) = daquela(s) Em + isso = nisso
Em + uma = numa De + isto = disto Em + aquilo = naquilo
Em + uns = nuns De + isso = disso A + aquele(s) = àquele(s)
Em + umas = numas De + aquilo = daquilo A + aquela(s) = àquela(s)
A + à(s) = à(s) De + aqui = daqui A + aquilo = àquilo
Por + o = pelo(s) De + aí = daí

Dicas sobre preposição


1. O ³a´ pode funcionar como preposição, pronome pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los?
- Caso o ³a´ seja um artigo, virá precedendo a um substantivo. Ele servirá para determiná-lo como um substantivo
singular e feminino.
- A dona da casa não quis nos atender.
- Como posso fazer a Joana concordar comigo?
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
- Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
- Não queria, mas vou ter que ir a outra cidade para procurar um tratamento adequado.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou a função de um substantivo.
- Temos Antônia como parte da família. / A temos como parte da família
- Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / Creio que a conhecemos melhor que ninguém.
2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das preposições:
Destino: Irei para casa. Autoria: Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
Modo: Chegou em casa aos gritos. Companhia: Estarei com ele amanhã.
Lugar: Vou ficar em casa; Matéria: Farei um cartão de papel reciclado.
Assunto: Escrevi um artigo sobre adolescência. Meio: Nós vamos fazer um passeio de barco.
Tempo: A prova vai começar em dois minutos. Origem: Nós somos do Nordeste, e você?
Causa: Ela faleceu de derrame cerebral. Conteúdo: Quebrei dois frascos de perfume.
Fim ou finalidade: Vou ao médico para começar o tratamento. Oposição: Esse movimento é contra o que eu penso.
Instrumento: Escreveu a lápis. Preço: Esse roupa sai por R$ 50 à vista.
Posse: Não posso doar as roupas da mamãe.

Conjunção
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
CLASSIFICAÇÃO
- Conjunções Coordenativas
- Conjunções Subordinativas
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
Dividem-se em:
- ADITIVAS: expressam a idéia de adição, soma. Observe os exemplos:
- Ela foi ao cinema e ao teatro.
- Minha amiga é dona-de-casa e professora.
- Eu reuni a família e preparei uma surpresa.
- Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também, não só...como também.
ADVERSATIVAS - Expressam idéias contrárias, de oposição, de compensação. Exemplos:
- Tentei chegar na hora, porém me atrasei.
- Ela trabalha muito mas ganha pouco.
- Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim.
- Não vi meu sobrinho crescer, no entanto está um homem.
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto.
ALTERNATIVAS - Expressam idéia de alternância.
- Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
- Minha cachorra ora late ora dorme.
- Vou ao cinema quer faça sol quer chova.
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer...quer, já...já.
CONCLUSIVAS - Servem para dar conclusões às orações. Exemplos:
- Estudei muito por isso mereço passar.
- Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa.
- Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
EXPLICATIVAS - Explicam, dão um motivo ou razão:
- É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.
- Não demore, que o seu programa favorito vai começar.
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
CAUSAIS - Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como (= porque). Exemplos:
- Não pude comprar o CD porque estava em falta.
- Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
- Como não sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio.
COMPARATIVAS - Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como, mais...do que, menos...do que.
- Ela fala mais que um papagaio.
CONCESSIVAS - Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que. Indicam
uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado.Traz em si uma idéia de ³apesar de´.
- Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada)
- Apesar de ter chovido fui ao cinema.
CONFORMATIVAS - Principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante
- Cada um colhe conforme semeia.
- Segundo me disseram a casa é esta.
Expressam uma idéia de acordo, concordância, conformidade.
CONSECUTIVAS - Expressam uma idéia de conseqüência.
Principais conjunções consecutivas: que ( após ³tal´, ³tanto´, ³tão´, ³tamanho´).
- Falou tanto que ficou rouco.
- Estava tão feliz que desmaiou.
FINAIS - Expressam idéia de finalidade, objetivo.
- Todos trabalham para que possam sobreviver.
- Viemos aqui para que vocês ficassem felizes.
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (= para que),
PROPORCIONAIS - Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que.
- À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
- Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam.
TEMPORAIS - Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que.
- Quando eu sair, vou passar na locadora.
- Chegamos em casa assim que começou a chover.
- Mal chegamos e a chuva desabou.
Obs: Mal é conjunção subordinativa temporal quando equivale a "logo que".
O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chama-se locução conjuntiva.
Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que.
Algumas pessoas confundem as circunstâncias de causa e conseqüência. Realmente, às vezes, fica difícil diferenciá-las.
Observe os exemplos:
- Correram tanto, que ficaram cansados.
³Que ficaram cansados´ aconteceu depois deles terem corrido, logo é uma conseqüência.
Ficaram cansados porque correram muito.
³Porque correram muito´ aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma causa.

Interjeição
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o
interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas
lingüísticas mais elaboradas.
‡ Ah! Pode exprimir prazer, deslumbramento, decepção;
‡ Psiu! Pode indicar que se está querendo atrair a atenção do interlocutor, ou que deseja que ele faça silêncio.
Outras interjeições e locuções interjetivas podem expressar:
‡ Alegria: oh!, ah!, oba!, viva!; ‡ Desejo: tomara!, oxalá!, queira Deus!, quem me dera!;
‡ Dor: ai!, ui!; ‡ Pedido de silêncio: psiu!, caluda!, quieto!, bico fechado!;
‡ Espanto, surpresa: oh!, ah!, ih!, opa!, céus!, puxa!, chi!, ‡ Estímulo: eia!, avante!, upa!, firme!, toca!;
gente!, hem?!, meu Deus!, uai!; ‡ Afugentamento: xô!, fora!, rua!, toca!, passa!, arreda!;
‡ Chamamento: olá!, alô!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó!; ‡ Alívio: ufa!, uf!, safa!;
‡ Medo: uh!, credo!, cruzes!, Jesus!, ai!; ‡ Cansaço: ufa!.
A compreensão de uma interjeição depende da análise do contexto em que ela aparece.
Quando a interjeição é expressa por mais de um vocábulo, recebe o nome de locução interjetiva.
Ora bolas!, cruz credo!, puxa vida!, valha-me Deus!, se Deus quiser! Macacos me mordam!
A interjeição é considerada palavra-frase, caracterizando-se como uma estrutura à parte. Não desempenha função
sintática.

Concordância nominal e verbal. Regência verbal e nominal


Concordância
É o mecanismo pelo qual as palavras alteram sua terminação para se adequarem harmonicamente na frase.
A concordância pode ser feita de três formas:
1 - Lógica ou gramatical ± é a mais comum no português e consiste em adequar o determinante(acompanhante) à forma
gramatical do determinado(acompanhado) a que se refere. Ex.: A maioria dos professores faltou.
O verbo (faltou) concordou com o núcleo do sujeito (maioria)
Ex.: Escolheram a hora adequada.
O adjetivo (adequada) e o artigo (a) concordaram com o substantivo (hora).
2 - Atrativa ± é a adequação do determinante :
a) a apenas um dos vários elementos determinados, escolhendo-se aquele que está mais próximo:
Escolheram a hora e o local adequado.
O adjetivo (adequado) está concordando com o substantivo mais próximo (local)
b) a uma parte do termo determinado que não constitui gramaticalmente seu núcleo:
A maioria dos professores faltaram.
O verbo (faltaram) concordou com o substantivo (professores) que não é o núcleo do sujeito.
c) a outro termo da oração que não é o determinado: Tudo são flores.
O verbo (são) concorda com o predicativo do sujeito (flores).
3 - Ideológica ou silepse- consiste em adequar o vocábulo determinante ao sentido do vocábulo determinado e não à
forma como se apresenta: O povo, extasiado com sua fala, aplaudiram.
O verbo (aplaudiram) concorda com a idéia da palavra povo (plural) e não com sua forma (singular).
Existem dois tipos de concordância:Verbal e Nominal.
CONCORDÂNCIA VERBAL
A concordância verbal é marcada pela relação, em geral, entre o verbo e o sujeito. É o verbo que se desloca, mantendo
relação com o sujeito. Temos três tipos de concordância verbal: a concordância lógica (contato físico, corpóreo, material,
empírico, morfológico com todos os núcleos do sujeito), a concordância atrativa ( concordância com o termo mais
próximo) e a concordância lógica ( concordância com a idéia que o termo expressa). Das três concordância, a
concordância lógica é a concordância precedente. Mas o verbo também mantém contato com termos que não exercem a
função de sujeito. Iniciemos os estudos de concordância.
1.REGRA GERAL: Verbo concorda com o sujeito
1.1Sujeito composto anteposto ao verbo = Verbo no plural, relacionando-se com todos os núcleos. * Se os núcleos forem
sinônimos, podemos usar a concordância com o núcleo mais próximo (concordância atrativa).
1.2 Sujeito composto posposto ao verbo = verbo concorda com todos os núcleos ou concorda com o maispróximo. Neste
último caso, não precisam ser sinônimos os núcleos.
Obs.: Se os núcleos forem antônimos, o verbo será usado sempre no plural. Ex.;
a)Honestidade e sabedoria fortalecem todos nós.
b)Escárnio e sarcasmo estão/está em seu semblante.
c) Amor e ódio estão em suas ações.
d)Existe(m) bondade e sabedoria em seus gestos.
e)Existem alegria e tristeza em seus gestos.
2.Sujeito + adjunto adverbial de companhia = verbo concorda apenas com o sujeito ou verbo concorda com os dois
termos sintáticos. Se o adjunto adverbial estiver virgulado, verbo concorda apenas com o sujeito. Exs.:
a)Sandra com seu pai foi/foram à praia.
b)Sandra, com seu pai, foi à praia.
c)Os rapazes, com o pai de Laura, viajaram.
3.Sujeito formado por coletivo + determinante = verbo concorda com o coletivo, indo para o singular ou verbo concorda
com o determinante. Porém, se o primeiro elemento não for coletivo, verbo não concorda com o determinante. Exs.:
a)A maioria dos presentes não gostou/ gostaram do evento.
b)Boa parte dos brasileiros ignora(m) os fatos.
c)Uma chuva de torcedores acredita na seleção
d) * O povo foi às ruas. Pediu/Pediram mudanças.
e)Têm-se/Tem-se resolvido uma porção de questões.
4.Sujeito formado por número decimal ou fracionário seguidos de determinante = Verbo concorda com o
número inteiro ou com o numerador. A concordância com o determinante também é correta. Exs.:
a)1,2% do público pagou os impostos.
b)2,1% do público pagou/pagaram os impostos.
c)1/3 dos brasileiros compareceu(compareceram) às urnas.
d)1,2 milhão foi entregue aos cofres públicos.
e)1/3 do brasileiro exige mudanças.
5.Os verbos EXISTIR /CONSTAR/RESTAR/BASTAR/FALTAR/OCORRER/SURGIR pedem sujeito, concordando
com o sujeito. Exs.
a)Ocorreu / Ocorreram, depois que os fiscais entregaram as provas, surpresa e satisfação por parte dos candidatos.
b) Faltam dois meses, apenas.
c)Falta, amigos, as provas entregar.
6.Verbos que expressam fenômenos naturais, verbo haver no sentido de existir e verbo fazer indicando tempo = São
empregados na 3a pessoa do singular. Exs.:
a)Faz dois meses, apenas.
b)Choveu muito, ontem.
c)* Choveram discórdias durante a sessão.
d)Haveria dificuldades, se...
7.V.T.I + SE / V.I + SE / V. de Lig. + SE = O ³SE´ é índic de indeterminação do sujeito, sendo usado na 3 ª pessoa do
singular, apenas. V.T.D + SE /V.T.D.I+SE = O ³SE´ é partícula apassivadora. A concordância verbal será com o sujeito.
Exs.:
a)Têm-se anunciado conclusões inéditas.
b)Aspira-se a títulos acadêmicos.
c)Reconheceu-se/ Reconheceram-se, de fato, o erro e a ignorância do réu.
d)É-se calmo.
e)Dorme-se pouco, naquela casa.
f)Os erros, aos quais há de se chamar de incipientes atitudes, foram compreendidos por todos da sala.
8.QUE X QUEM = Quando pronomes relativos. Exs.:
a)Foram eles quem determinou/determinaram as regras do jogo.
b)Foram eles que determinaram as regras do jogo.
* No primeiro exemplo acima, sendo ³quem´ pronome relativo, temos a oração grifada subordinada adjetiva em relação à
oração principal ³Foram eles´. Ora, qual a função do pronome relativo ³quem´? Substituir o pronome pessoal do caso
reto ³eles´, que exerce a função de sujeito do verbo ³Foram´ ( verbo SER ). Mas quem é o sujeito da oração subordinada
adjetiva? O pronome relativo ³quem´. Portanto, ou você, caro leitor, utiliza a concordância lógica, fazendo com que o
verbo da oração subordinada adjetiva concorde com próprio pronome relativo, ficando na 3a pessoa do singular, ou você
emprega a concordância ideológica, ou seja, apresenta a concordância do verbo DETERMINAR com a idéia que o
pronome relativo traz, utilizando o verbo na 3a pessoa do plural. Ambas estruturas ou flexões verbais corretas, enfim. Já
com o emprego do pronome relativo ³que´, só podemos usar a concordância ideológica.
9.Sujeito constituído por elementos gradativos = verbo no singular ou no plural. Todavia, se houver quebra da gradação,
verbo no plural. Exs.:
a)Um mês, um ano, uma década marca/marcam nossa história.
b)Um dia, uma semana, um ano, um mês documentam nossos interesses.
10.Sujeito formado por pronomes pessoais distintos: a concordância será respeitando a precedência dos pronomes
pessoais. Temos apenas três pronomes pessoais do caso reto: EU/ TU/ ELE. O plural do pronome ³eu´ é ³nós´, o plural
do pronome ³tu´ é ³vós´ e o plural do pronome ³ele´ é ³eles´. No exemplo ³Tu, eu e ela iremos ao clube´, o sujeito está
constituído por três pronomes pessoais. Sendo ³eu´ o pronome de primeira pessoa do singular, terá precedência,
proporcionando a flexão do verbo na 1a pessoa do plural . Todavia, no último exemplo abaixo, a flexão do verbo na 2a
pessoa do plural também é correta, gramaticalmente, embora seja norma popular ou coloquial culta. Geralmente em
concursos públicos, o enunciado da questão exige apenas o uso da norma culta. Exs.;
a)Tu, eu e ela iremos ao clube.
b)Irá/Iremos ela e eu ao clube.
c)Ele e tu ireis/irão ao clube.
11.³Mais de um(a)´ integrando o sujeito = faça a concordância com o núcleo do sujeito.
a)Mais de uma menina morreu.
b)Mais de um menino, mais de uma garota morreram.
c)Fugiu/Fugiram mais de um preso, mais de um suspeito.
d)Mais de um grupo de crianças correu/correram.
e)Mais de um jogador abraçaram-se / abraçou-se com a taça.
12.³Um dos que/Uma das que´ = verbo no singular ou no plural.
a)Ela foi uma das que gritou/gritaram.
b)Virgínia é uma das que acredita/acreditam no projeto.
13.Verbo ³SER´ :
13.1Ao indicar tempo/hora, a flexão do verbo SER será com o núcleo do adjunto adverbial de tempo. Mas se usarem os
termos ³cerca de´, ³perto de´, ³próximo de´, a flexão no singular ± relacionando o verbo com essas expressões ± também
é prudente gramaticalmente.
13.2Ao empregar o verbo SER indicando data, a concordância será com o núcleo do adjunto adverbial de tempo que
comunica a data da semana, ou seja, com a palavra ³dia´ que geralmente fica implícita. Ou você a considera implícita
antes do n umeral, ou você a considera implícita após o numeral. Todavia, para o primeiro dia do mês não use numeral
cardinal; use apenas ordinal.
13.3Quando o verbo SER estiver relacionado a substantivo e a pronome pessoal do caso reto, a precedência será com o
pronome relativo, impedindo a concordância com o substantivo.
a)É uma hora.
b)São seis horas.
c)Devem ser três horas.
d)É /São cerca de quatro horas.
e)Hoje é 29 de julho de 2002. / Hoje são 29 de julho de 2002.
f)Alegria somos nós.
g)Eu não sou ele.
h)Ele não sou eu.
i)Ele é ele.
j)Os brasileiros somos nós.
k)Tudo é / são flores. [ ambas flexões verbais corretas ]
14.Sujeito constituído por termos pluralícios : Os termos grifados nos exemplos abaixo são pluralícios, ou seja, usados
apenas no plural. É comum encontrar registros dizendo que o verbo concorda com o artigo. Tal argumento está incorreto.
Artigo se relaciona com substantivo, estabelecendo concordância nominal. No primeiro exemplo abaixo, o sujeito do
verbo ³participaram´ é ³Os Estados Unidos´, sendo ³Estados Unidos´ o núcleo. Ora, nada mais coerente que o verbo ir
para o plural, concordando com o núcleo do sujeito. Já no segundo exemplo, há um termo implícito: ³país´. Portanto, o
verbo ³participou´está concordando com o núcleo do sujeito que é a palavra implícita ³país´. Quanto ao artigo explícito,
trata-se do adjunto adnominal do sujeito, cujo núcleo já verificamos que está implícito. E quanto ao termo pluralício
³Estados Unidos´? Este é o aposto. Temos em uso do aposto especificativo ( substantivo comum seguido de substantivo
próprio). É o único aposto que não recebe pontuação. Na terceira exemplificação abaixo, o sujeito está completamente
implícito, ficando apenas explícito o aposto especificativo ³Estados Unidos´ . E quando o sujeito for constituído por um
termo pluralício que constitui o nome de uma obra artístico-literária? No quanto exemplo, empregue o verbo na terceira
pessoa do plural, tendo ³Os Sertões´ como sendo sujeito, ou use o verbo PARTICIPAR na terceira pessoa do singular,
tendo o termo ³Os Sertões´ como sendo aposto. Neste último caso, o sujeito está completamente implícito ( a obra, o
texto, o livro ).
a)Os Estados Unidos participaram.
b)O Estados Unidos participou.
c)Estados Unidos participou.
d)Os Sertões refletem/reflete valores do nordeste.
e)Os Alpes proporcionam riquezas.
f)Minas Gerais é rica.
15.³Cada um(uma)´ = Verbo no singular, quando não repetido; verbo no plural, quando repetido. É que o termo ³Cada
um(a)´ expressa a individualização de ações. Quando o termo estiver repetido, leva-se em consideração a soma de
individualizações de ações.
a)Cada um dos curiosos permaneceu na rua.
b)Cada um dos diretores, cada um dos professores pediram ajuda aos discentes.
16.Sujeito formado por pronome indefinido + determinante = Se o pronome indefinido estiver no singular, verbo no
singular, concordando com o pronome indefinido. Porém, se o pronome indefinido estiver no plural, o verbo concorda
com o pronome indefinido, ou o verbo concorda com o determinante.
a)Alguns de nós escolherão/escolheremos os anúncios que...
b)Algum de nós escolherá os anúncios que...
17.HAJA VISTA
a)Haja vista os crimes cometidos, é necessário... [ V ]
b)Hajam vista os crimes cometidos, é necessário... [ V ]
c)Haja vista aos crimes cometidos, é necessário... [ V ]
d)Hajam vista aos crimes cometidos, é necessário... [ F ]
e)Haja visto os crimes cometidos, é necessário... [ F ]
Após ³haja vista´ a preposição ³a´ é optativa. Usando a preposição, ³haja vista´ não varia.
Não empregando a preposição, ou se flexiona o primeiro elemento, ou permanece invariável todo o termo em estudo (haja
vista) ³vista´ nunca varia.

CONCORDÂNCIA NOMINAL
Consiste no estudo de relações entre adjetivo e substantivo, pronome e substantivo, artigo e substantivo, numeral e
substantivo. É ,enfim, a relação entre nomes. Condição Geral:
01. O nome impõe seu gênero e seu número a seus determinantes e aos pronomes que o substituem.
a)Meu irmão, minhas irmãs, dois reis, duas rainhas, este tronco, estas árvores.
b)Comprei alguns livros e já os li.
02. Um determinante se referindo a mais de um substantivo
2.1Quando o determinante vem depois dos substantivos: A concordância do adjetivo é com o substantivo mais próximo,
sendo adjunto adnominal; a concordância será com o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos, sendo o
adjetivo predicativo.
a)Ele se perdeu em bosques e vales escuros.
b)Ele se perdeu em florestas e cavernas escuras
c)Ele se perdeu em florestas e vales escuros
d)Ele se perdeu em vales e florestas escuras
e)Comprei um livro e uma revista importados
f)Comprei um livro e uma revista importada
2.2Quando o determinante vem antes dos nomes: a concordância será com o substantivo mais próximo.
Todavia, se os substantivos forem nomes de pessoa, o adjetivo concorda com todos os núcleos, apenas.
a)Sua mulher e filhos tinham viajado.
b)Você escolheu má hora e lugar para o nosso encontro
c)Você escolheu mau lugar e hora para o nosso encontro.
d)Os destemidos César e Napoleão...
1.Um determinante [ predicativo do sujeito ] : observe a concordância verbal e acompanhe com a concordância nominal.
a)O clima e a água eram ótimos.
b)Eram ótimos o clima e a água.
c)Era ótimo o clima e a água.
d)Era ótima a água e o clima.
2.Um determinante [ predicativo do objeto ]: a concordância será com o substantivo mais próximo ou com todos os
substantivos. Porém, se o contexto não permite a concordância com todos os núcleos, claro que a concordância será
apenas com o mais próximo ( exemplo ³c´ ).
a)Considero o chapéu e o colete supérfluo(s)
b)Considero a gravata e a blusa supérflua(s)
c)Comi uva e carne frita
d)Considero supérflua(os) a gravata e o terno.
05. Um substantivo para mais de um adjetivo: se o substantivo estiver no plural, não use artigo ou qualquer adjunto
adnominal antes do segundo adjetivo; se o substantivo estiver no singular, é necessário o emprego de artigo ou de
qualquer adjunto adnominal antes do segundo adjetivo, pois será o ícone a deixar implícito o substantivo antes empregado
no singular.
a)Ele conhece bem as línguas grega e latina
b)Ele conhece bem a língua grega e a latina
06. Embora o predicativo deva concordar com o sujeito, há casos em que isso não ocorre, assumindo o gênero masculino.
Aparentemente, porque, na realidade, trata-se de uma reminiscência do gênero neutro em latim. Isso ocorre quando a
palavra feminina aparece sem nenhuma determinação, tomando um sentido vago, abstrato. Assim:
a)Pinga não é bom para a saúde.
b)É proibido entrada.
c)Cerveja é permitido.
d)É necessário coragem.
Tão logo esses substantivos recebam uma determinação, a concordância passa a ser com o gênero do substantivo.
a)A cerveja é boa
b)Esta pinga não é boa para a saúde.
c)É ardida a pimenta.
07. O particípio concorda com seu substantivo
a)Estabelecidas essas premissas, vamos à conclusão.
b)Postos estes fundamentos, pode-se afirmar que...
Todavia, se o particípio integrar uma locução vergal, apenas se flexiona o particípio na voz passiva analítica.
a)Ele tem participado
b)Eles têm participado
c)Têm-se entregue os materiais
d)Estão sendo elaborados os dados
08. ANEXO / INCLUSO / APENSO / JUNTO
Concordam com quem se relacionam. Porém, ANEXO precedido da preposição EM não varia.
a)As estatísticas vão anexas ao relatório.
b)Os gráficos inclusos esclarecem a tese.
c)O formulário e a carta estão apensos.
d)À ficha está anexo o ofício.
e)As fichas seguem em anexo
09. MEIO
Pode ser substantivo, adjetivo, numeral e advérbio. Só não se flexiona quando advérbio.
a)O que ela disse é apenas meia verdade.
b)Ela ficou meio tonta.
c)Ao meio-dia e meia, saímos.
d)Ao meio-dia e meio defronte à farmácia, ficamos.
e)Meias palavras bastam
f)Bebi meia chávena de café.
10. MENOS / PSEUDO / A OLHOS VISTOS são sempre invariáveis
a)Há menos pessoas aqui.
b)Ela é uma pseudo-advogada
c)A crianças continuam a olhos vistos
11. TAL ... QUAL: ³tal´ concorda com o substantivo posposto imediatamente a ele; ³qual´ concorda com o substantivo
posposto imediatamente a ele.
a)Tal pai, qual filho
b)Tal pai, quais filhos
12. OBRIGADO / GRATO / AGRADECIDO concordam com o emissor.
a)³Obrigada!´ ± disse Eliane aos coordenadores.
b) - Nós estamos gratos.
c)³Obrigados!´ ± falaram os convidados.
d)Agradecidos estão Lourdes e Marcos.
13. SÓ / SÓS / A SÓS
a)Só estamos nós. ( invariável, pois o termo grifado é advérbio )
b)Sós, estamos nós. ( o termo grifado é predicativo do sujeito, concordando com o sujeito )
c)Elas estão sós. ( trata-se de um adjetivo, concordando com seu sujeito )
d)Elas estão a sós.( a locução ³a sós´ não se flexiona )
e)Só estudamos Contabilidade. ( trata-se de um advérbio de limitação, não se declinando )
f)Sós, estudamos Contabilidade. ( flexiona-se, pois é adjetivo/predicativo do sujeito )
14. MAL / MAU :
MAL: Advérbio ( invariável ) * O advérbio mantém relação com um verbo, com um adjetivo ou com outro advérbio )
Conjunção subordinada adverbial temporal ( invariável )
Substantivo ( variável ) * O mal / os males
MAU : Adjetivo ( variável: mau/má/maus/más )
a)Mal chegamos, pediram satisfações. [ conjunção subordinada adverbial temporal ]
b)Conduzimos mal os trabalhos. [ advérbio ]
c)Ele é mau. [ adjetivo ]
d)Ela é má. [ adjetivo ]
e)Más pessoas assaltaram aquele homem idoso. [ adjetivo ]
f)O mal destrói o homem; o bem edifica-o [ substantivo ]
15. QUITE / ALERTA
* QUITE varia em número , apenas. * ALERTA só varia quando for substantivo
a)Ela está quite, mas nós não estamos quites.
b)Ela está alerta.
c)Elas estão alerta.
d)Alerta e preocupadas continuam as garotas.
e)Os americanos estão alerta aos alertas.
16. CARO / BARATO
Quando advérbios, invariáveis; quando adjetivos, flexionam-se.
b)As laranjas custaram caro. [ V / F ] * Verdadeiro
c)As cebolas foram caras. [ V / F ] * Verdadeiro
d)Aquelas caras mangas custaram barato, naquela outra loja. [ V / F ] * Verdadeiro
e)Champanhe é caro, amigo.[ V / F ] * Verdadeiro
17. O PRONOME RELATIVO ³CUJO´ : Flexiona-se em gênero e número.
f)O livro cuja as páginas me referi está sobre a mesa. [ V / F ] * Falso. Correção: O livro a cujas páginas me referi está...
g)A revista cujo textos li ontem sumiu. [ V / F ] * Falso. Correção: A revista cujos textos li ontem sumiu.
h)A menina de cuja beleza aludiram com entusiasmo viajou. [ V / F ] * Falso. Correção: A menina a cuja beleza aludiram
com entusiasmo viajou.
Não use artigo após o pronome relativo ³cujo´. O pronome relativo ³cujo´ concorda nominalmente com o substantivo que
o segue. Caso a oração que apresente o pronome ³cujo´ peça preposição, use-a antes do pronome relativo.
Regência
É a parte da Gramática Normativa que estuda a relação entre dois termos, verificando se um termo serve de complemento
a outro. A palavra ou oração que governa ou rege as outras chama-se regente ou subordinante; os termos ou oração que
dela dependem são os regidos ou subordinados.
Ex.: Aspiro o perfume da flor. (cheirar)/ Aspiro a uma vida melhor. (desejar)
Regência verbal
1- Chegar/ ir ± deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em.
Ex.: Vou ao dentista./ Cheguei a Belo Horizonte.
2- Morar/ residir ± normalmente vêm introduzidos pela preposição em.
Ex.: Ele mora em São Paulo./ Maria reside em Santa Catarina.
3- Namorar ± não se usa com preposição.
Ex.: Joana namora Antônio.
4- Obedecer/desobedecer ± exigem a preposição a.
Ex.: As crianças obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu ao professor.
5-Simpatizar/ antipatizar ± exigem a preposição com.
Ex.: Simpatizo com Lúcio./ Antipatizo com meu professor de História.
Verbos que apresentam mais de uma regência
1 - Aspirar
a- no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposição. Ex.: Aspirou o ar puro da manhã.
b- no sentido de almejar, pretender: exige a preposição a. Ex.: Esta era a vida a que aspirava.
2 - Assistir
a) no sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer: usa-se sem preposição. Ex.: O técnico assistia os jogadores novatos.
b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição a.
Ex.: Não assistimos ao show.
c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposição a.
Ex.: Assiste ao homem tal direito.
d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição em.
Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo.
3 - Esquecer/lembrar
a- Quando não forem pronominais: são usados sem preposição.
Ex.: Esqueci o nome dela.
b- Quando forem pronominais: são regidos pela preposição de.
Ex.: Lembrei-me do nome de todos.
4 - Visar
a) no sentido de mirar: usa-se sem preposição. Ex.: Disparou o tiro visando o alvo.
b) no sentido de dar visto: usa-se sem preposição. Ex.: Visaram os documentos.
c) no sentido de ter em vista, objetivar: é regido pela preposição a.
Ex.: Viso a uma situação melhor.
5 - Querer
a) no sentido de desejar: usa-se sem preposição. Ex.: Quero viajar hoje.
b) no sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposição a.
Ex.: Quero muito aos meus amigos.
6 - Proceder
a) no sentido de ter fundamento: usa-se sem preposição.
Ex.: Suas queixas não procedem.
b) no sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige a preposição de.
Ex.: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo.
c) no sentido de dar início, executar: usa-se a preposição a.
Ex.: Os detetives procederam a uma investigação criteriosa.
7 - Pagar/ perdoar
a) se tem por complemento palavra que denote coisa: não exigem preposição. Ex.: Ela pagou a conta do restaurante.
b) se tem por complemento palavra que denote pessoa: são regidos pela preposição a. Ex.: Perdoou a todos,
8 - Informar
a) no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções:
1) objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regido pelas preposições de ou sobre). Ex.: Informou todos do ocorrido.
2) objeto indireto de pessoa ( regido pela preposição a) e direto de coisa. Ex.: Informou a todos o ocorrido.
9 - Implicar
a) no sentido de causar, acarretar: usa-se sem preposição.
Ex.: Esta decisão implicará sérias conseqüências.
b) no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e um indireto com a preposição em.
Ex.: Implicou o negociante no crime.
c) no sentido de antipatizar: é regido pela preposição com.
Ex.: Implica com ela todo o tempo.
10- Custar
a) no sentido de ser custoso, ser difícil: é regido pela preposição a. Ex.: Custou ao aluno entender o problema.
b) no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se sem preposição. Ex.: O carro custou-me todas as economias.
c) no sentido de ter valor de, ter o preço: usa-se sem preposição.
Ex.: Imóveis custam caro.
Regência Nominal
Alguns nomes também exigem complementos preposicionados. Conheça alguns:
acessível a comum a, de fiel a
acostumado a, com constante em firme em
adaptado a, para contemporâneo a, de generoso com
afável com, para com contrário a grato a
aflito com, em, para, por curioso de, para, por hábil em
agradável a desatento a habituado a
alheio a, de descontente com horror a
alienado a, de desejoso de hostil a
alusão a desfavorável a idêntico a
amante de devoto a, de impossível de
análogo a diferente de impróprio para
ansioso de, para, por difícil de imune a
apto a, para digno de incompatível com
atento a, em entendido em inconseqüente com
aversão a, para, por equivalente a indeciso em
ávido de, por erudito em independente de, em
benéfico a escasso de indiferente a
capaz de, para essencial para indigno de
certo de estranho a inerente a
compatível com fácil de insaciável de
compreensível a favorável a leal a
lento em perito em propício a
liberal com permissivo a próximo a, de
medo a, de perpendicular a relacionado com
natural de pertinaz em residente em
necessário a possível de responsável por
negligente em possuído de rico de, em
nocivo a posterior a seguro de, em
ojeriza a, por preferível a semelhante a
paralelo a prejudicial a sensível a
parco em, de prestes a sito em
passível de propenso a, para suspeito de
Emprego do sinal indicativo da crase
Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se graficamente a crase pelo acento grave.
Fomos à piscina - à artigo e preposição
Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija a preposição a e outro termo que aceite o artigo a.
Para termos certeza de que o "a" aparece repetido, basta utilizarmos alguns artifícios:
I. Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao ou aos diante de palavras masculinas, é
porque ocorre a crase.
Exemplos: Temos amor à arte. (Temos amor ao estudo)
Respondi às perguntas. (Respondi aos questionário)
II. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a, ocorre a crase:
Exemplos: Contarei uma estória a você. (Contarei uma estória para você.)
Fui à Holanda (Fui para a Holanda)
3. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão voltar da, é porque ocorre a crase.
Exemplos: Iremos a Curitiba. (Voltaremos de Curitiba)
Iremos à Bahia (Voltaremos da Bahia)
Não ocorre a Crase
a) antes de verbo - Voltamos a contemplar a lua.
b) antes de palavras masculinas - Gosto muito de andar a pé. Passeamos a cavalo.
c) antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, senhorita e dona: Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza
Dirigiu-se à Sra. com aspereza.
d) antes de pronomes em geral: Não vou a qualquer parte. Fiz alusão a esta aluna.
e) em expressões formadas por palavras repetidas: Estamos frente a frente Estamos cara a cara.
f) quando o "a" vem antes de uma palavra no plural: Não falo a pessoas estranhas.
Restrição ao crédito causa o temor a empresários.
Crase facultativa
1. Antes de nome próprio feminino: Refiro-me à (a) Julinana.
2. Antes de pronome possessivo feminino: Dirija-se à (a) sua fazenda.
3. Depois da preposição até: Dirija-se até à (a) porta.
Casos particulares
1. Casa - Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e não vem determinada por nenhum adjuntoadnominal,
não ocorre a crase. Exemplos: Regressaram a casa para almoçar - Regressaram à casa de seus pais
2. Terra - Quando a palavra terra for utilizada para designar chão firme, não ocorre crase.
Exemplos: Regressaram a terra depois de muitos dias. Regressaram à terra natal.
3. Pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aqueles, aquilo. Se o tempo que antecede um desse pronomes
demonstrativos reger a preposição a, vai ocorrer a crase.
Exemplos: Está é a nação que me refiro. (Este é o país a que me refiro.)
Esta é a nação à qual me refiro. (Este é o país ao qual me refiro.)
Estas são as finalidades às quais se destina o projeto. (Estes são os objetivos aos quais se destino o projeto.)
Houve um sugestão anterior à que você deu. (Houve um palpite anterior ao que você me deu.)
Ocorre também a crase:
a) Na indicação do número de horas: Chegamos às nove horas.
b) Na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda venha oculta: Usam sapatos à (moda de) Luís XV.
c) Nas expressões adverbiais femininas, exceto às de instrumento: Chegou à tarde (tempo). Falou à vontade (modo).
d) Nas locuções conjuntivas e prepositivas; à medida que, à força de...
OBSERVAÇÕES: Lembre-se que:
Há - indica tempo passado. Moramos aqui há seis anos
A - indica tempo futuro e distância. Daqui a dois meses, irei à fazenda. Moro a três quarteirões da escola.
Pontuação
Os sinais de pontuação servem para marcar pausas (a vírgula, o ponto-e-vírgula, o ponto) ou a melodia da frase (o ponto
de exclamação, o ponto de interrogação, etc.). Geralmente, estão ligados à organização sintática dos termos na frase, eles
são regidos por regras.
Vírgula
Ela marca uma pausa de curta duração e serve para separar os termos de uma oração ou orações de um período. A ordem
normal dos termos na frase é: sujeito, verbo, complemento. Quando temos uma frase nessa ordem, não separamos seus
termos imediatos. Assim, não pode haver vírgula entre o sujeito e o verbo e seu complemento. Quando, na ordem direta,
houver um termo com vários núcleos a vírgula será utilizada para separá-los.
Na fala de Madonna, a vírgula está separando vários núcleos do predicado na segunda oração. Ex.: " A obscenidade existe
e está bem diante de nossas caras. É o racismo, a discriminação sexual, o ódio, a ignorância, a miséria. Tem coisa mais
obscena do que a guerra?"
Utilizamos a vírgula quando a ordem direta é rompida. Isso ocorre basicamente em dois casos:
- quando intercalamos alguma palavra ou expressão entre os termos imediatos, quebrando a seqüêncianatural da frase.
Ex: Os filhos, muitas vezes, mostraram suas razões para seus pais com muita sabedoria.
"O que o galhofista queria é que eu, coronel de ânimo desenfreado, fosse para o barro denegrir a farda e deslustrar a
patente".
- quando algum termo (sobretudo o complemento) vier deslocado de seu lugar natural na frase. Ex.:
Para os pais, os filhos mostraram suas razões com muita sabedoria.
Com muita sabedoria, os filhos mostraram suas razões para os pais.
Ponto-E-Vírgula
O ponto-e-vírgula marca uma pausa maior que a vírgula, porém menor que a do ponto. Por ser intermediário entre a
vírgula e o ponto, fica difícil sistematizar seu emprego. Entretanto, há algumas normas para sua utilização.
- usamos ponto-e-vírgula para separar orações coordenadas que já apresentem vírgula em seu interior;
- nunca use ponto-e-vírgula dentro de uma oração. Lembre-se ele só pode separar uma oração de outra.
Com razão, aquelas pessoas reivindicavam seus direitos; os insensíveis burocratas, porém, em tempo algum, deram
atenção a elas. "Os espelhos são usados para ver o rosto; a arte, para ver a alma." Bernard Shaw
- o ponto-e-vírgula também é utilizado para separar vários incisos de um artigo de lei ou itens de uma lista.
Ex: [...] Considerando:
A) a alta taxa de juros;
B) a carência de mão-de-obra;
C) o alto valor de matéria-prima; [...]
Dois Pontos
Marcam uma sensível suspensão da melodia da frase. São utilizados quando se vai iniciar uma seqüência que explica,
identifica, discrimina ou desenvolve uma idéia anterior, ou quando se quer dar início à fala ou citação de outrem.
Observe: (Percebeu? Vamos iniciar uma seqüência de exemplos, daí os dois pontos)
Descobri a grande razão da minha vida: você! Já dizia o poeta: "Deus dá o frio conforme o cobertor".
"Por descargo de consciência, do que não carecia, chamei os santos de que sou devocioneiro:
- "São Jorge, Santo Onofre, São José!"
Aspas
As aspas devem ser utilizadas para isolar citação textual colhida a outrem, falas ou pensamentos de personagens em textos
narrativos, ou palavras ou expressões que não pertençam à língua culta (gírias, estrangeirismos, neologismos, etc)
O rapaz ficou "grilado" com o resultado da prova. Morava em um "flat" onde havia "playground".
Travessão
O travessão serve para indicar que alguém fala de viva voz (discurso direto). Seu emprego é constante em textos
narrativos em que personagens dialogam. Leia o texto abaixo:
-Salve! - Amigo, há quanto tempo...
- Como é que vai? - Um ano, ou mais.
Podem se usar dois travessões para substituir duas vírgulas que separam termos intercalados, sobretudo quando se quer
dar-lhes ênfase. Pelé - o maior jogador de futebol de todos os tempos - hoje é um bem-sucedido empresário.
Reticências
As reticências marcam uma interrupção da seqüência lógica do enunciado, com a conseqüente suspensão damelodia da
frase. São utilizadas para permitir que o leitor complemente o pensamento que ficou suspenso.
Nas dissertações objetivas, evite reticências. Ex: Eu não vou dizer mais nada. Você já deve ter percebido que...
"Num repente, relembrei estar em noite de lobisomem - era sexta-feira..."
Parênteses
Os parênteses servem para isolar explicações, indicações ou comentários acessórios. No caso de citações é referências
bibliográficas, o nome do autor e as informações referentes à fonte também aparecem isolados por parênteses.
"Aborrecido, aporrinhado, recorri a um bacharel (trezentos mil-réis, fora despesas miúdas com automóveis, gorjetas, etc.)
e embarquei vinte e quatro horas depois..." Graciliano Ramos.
"Ela (a rainha) é a representação viva da mágoa..." Lima Barreto.
O ponto
É usado para marcar o término das orações declarativas. O ponto usado para marcar o final do texto é conhecido como
ponto final. Exemplo: Quando os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, Pero Vaz de Caminha escreveu uma carta
ao rei D. Manuel na qual informava sobre o descobrimento.
Exclamação
É usado no final dos enunciados exclamativos, que denotam espanto, surpresa, admiração.
Exemplo: Atenção!, Alô!, Bom dia!.
Interrogação
É usado ao final dos enunciados interrogativos. Exemplo:
- Tudo bem com você? - Tudo. E você? - Tudo bem!
Significação das palavras
Sinônimos
São palavras diferentes na forma, mas iguais ou semelhantes na significação. Os sinônimos podem ser:
a) perfeitos
b) imperfeitos
Sinônimos Perfeitos
Se a significação é igual, o que é raro. Ex.:
avaro ± avarento escarradeira ± cuspideira
léxico ± vocabulário língua ± idioma
falecer ± morrer
Sinônimos Imperfeitos
Se semelhantes é o mais comum. Ex.:
córrego ± riacho belo ± formoso
Antônimos
São palavras diferentes na forma e opostas na significação. Ex.:
sim ± não sair ± chegar
abaixar ± levantar belo ± feio
nascer ± morrer vida ± morte
correr ± parar
Omônimos
Vem do grego ³homós´ que quer dizer: ³igual´, ³ónymon´ que significa ³nome´. São palavras iguais na forma e
diferentes na significação.
Homônimos podem ser:
a) Homônimos homófonos
b) Homônimos homógrafos
Homônimos Homófonos: São os que têm som igual e significação diferente. Ex.:
cerrar (fechar) serrar (cortar) incerto (não certo, impreciso) inserto (introduzido,
chá (bebida) xá (soberano do Irã) inserido)
cheque (ordem de pagamento) xeque (lande do jogo de incipiente (principiante) insipiente (ignorante)
xadrez) ruço (pardacento, grisalho) russo (natural da Rússia)
concertar (ajustar, combinar) consertar (corrigir, reparar) tachar (atribuir defeito a) taxar (fixar taxa)
coser (costurar) cozer (preparar alimentos) acender (pôr fogo) ascender (subir)
esperto (inteligente, perspicaz) experto (experiente, acento (símbolo gráfico) assento (lugar em que se senta)
perito) apreçar (ajustar o preço) apressar (formar rápido)
espiar (observar, espionar) expiar (reparar falta mediante bucho (estômago) buxo (arbusto)
cumprimento de pena) caçar (perseguir animais) cassar (tornar sem efeito)
estrato (camada) extrato (o que se extrai de) cela (pequeno quarto) sela (arreio)
flagrante (evidente) fragrante (perfumado) censo (recenseamento) senso (entendimento, juízo)

Homônimos Homógrafos: São palavras que têm grafia igual e significação diferente; devemos notar que as vogais podem
ter som diferente, bem como pode ser diferente o acento da palavra. Sendo que se escrevam com as mesmas letras e
tenham significação diferente. Ex.:
sede(residência) ± sede (vontade de beber água) sabia (verbo saber) ± sabiá (pássaro) ± sábia (feminino
cará (planta) ± cara (rosto) de sábio)
Nota: As palavras podem ser ao mesmo tempo homônimos homófonos e homônimos homógrafosEx.:
mato (bosque) ± mato (verbo) amo (verbo amar) ± amo (servo)
livre (solto) ± livre (verbo livrar) canto (ângulo) ± canto (verbo cantar)
rio (verbo rir) ± rio (curso de água natural) fui (verbo ser) ± fui (verbo ir)
Parônimos
São palavras de significação diferente, mas de forma parecida ou semelhante. Ex.:
recrear (divertir, alegrar) recriar (criar novamente) inflação (alta dos preços) infração (violação)
sortir (abastecer) surtir (produzir efeito) infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal) mandado (ordem judicial) mandato (procuração)
vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente) ratificar (confirmar) retificar (corrigir)
vultoso (volumoso) vultuoso (atacado de congestão na emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)
face) eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)
imergir (afundar) emergir (vir à tona) esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)
estada (permanência de pessoas) estadia (permanência de descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência)
veículos) descriminar (tirar a culpa, inocentar) discriminar
fusível (o que funde) fuzil (arma) (distinguir)
absolver (perdoar, inocentar) absorver (sorver, aspirar) despensa (onde se guardam
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair) mantimentos)
cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem cortês) dispensa (ato de dispensar)
comprimento (extensão) cumprimento (saudação)

Formas Variantes
Há palavras que podem ser grafadas de duas maneiras, sendo ambas aceitas em Português pela norma de língua culta.
Ex.:
contacto cociente quota
caracter cotidiano quatorze
óptica contato quociente
secção caráter quotidiano
cota ótica
catorze seção
Sintaxe da frase e do período
A sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a
relação lógica das frases entre si. Ensina a construção gramatical.
Vamos começar bem devagar, mostrando primeiro as classificações de frases.
As frases são classificadas pelo sentido expresso da entonação e de acordo com a sua construção, tais como:
a) Pela entonação
* Declarativa - pode ser afirmativa: "Você é um ardoroso defensor do meio ambiente".
- pode ser negativa: "Você não é um ardoroso defensor do meio ambiente".
* Interrogativa - "Você é um ardoroso defensor do meio ambiente?".
* Exclamativa - "Você é um ardoroso defensor do meio ambiente!".
* Imperativa - "Defenda o meio ambiente".
b) Pela construção
* Nominal - quando a frase é construída sem verbo: "Água!"; "Bonita camisa, Fernandinho!"; "Nome às bolas";
"Trabalho digno desse lixeiro".
* Verbal - quando a frase é construída com verbo: "O sol da meia-noite surge no ártico"; "Estou radiante, pois hoje
comemora-se o 'Dia da Sogra'".
Oração
Como escrevemos na edição anterior, a oração é a construção gramatical composta de sujeito e predicado.
A oração é uma frase estruturada em torno de um verbo ou locução verbal.
Uma oração é uma frase verbal quando:
* A frase tiver sentido completo e
* Contiver verbo.
Exemplos: Grande parte da população necessita de saneamento básico. Madalena terminou o seu trabalho.
Ou pode ser uma frase estruturada em uma locução verbal.
Exemplos: Você pode tornar um sonho real. Não deixe de fazer o necessário.
É preciso atenção porque nem toda frase é oração! Exemplo?
* Que dia maravilhoso! Esse enunciado faz sentido, portanto é frase. Mas não é oração, porque não tem verbo.
E também, pasme, nem toda oração é frase!
* Desejamos que Buarque conserte o Brasil.
O enunciado acima é formado pelos verbos desejar e consertar. E a cada verbo forma-se uma oração:
* 1ª oração - Desejamos
* 2ª oração - que Buarque conserte o Brasil.
Perceba que cada oração isolada não tem sentido completo. Mas para formar a frase foi preciso juntar as duas orações.
Período
Período é a oração absoluta ou reunião de orações que formam sentido completo. Toda frase verbal é chamada de período.
Exemplos: * Que saudades sentimos da década de 70! * As portas fecharam-se ao emprego estável.
O período é classificado em simples e composto:
Exemplos de períodos simples (apenas um verbo):
* O barulho do motor do ônibus nos incomodou a viagem inteira.
incomodou ĺ verbo formando uma oração
* Uma forte neblina vai começar agora mesmo.
vai começar ĺ locução verbal formando uma oração
Exemplos de períodos compostos (dois verbos/locuções verbais ou mais):
* Robinho chutou quando foi marcado pênalti.
1ª oração ĺ Robinho chutou (verbo)
2ª oração ĺ quando foi marcado pênalti (locução verbal)
* Era de dia, tinha muita gente na rua, mas começava a chover forte.
1ª oração ĺ Era de dia (verbo)
2ª oração ĺ tinha muita gente na rua (verbo)
3ª oração ĺ mas começava a chover forte (locução verbal)
A maneira prática de se saber quantas orações existem em um período é contar os verbos e/ou as locuções verbais.
Termos da oração
Já vimos anteriormente frase, oração, período e classificações. Agora vamos abordar os termos da oração. É um assunto
muito importante e a sua compreensão facilita a construção correta de frases.
O que são termos da oração? É a palavra ou grupo de palavras, dentro da oração, que desempenha função sintática.
E o que é função sintática? É a relação estabelecida entre palavras ou grupo de palavras. O estudo de função sintática se
dá, portanto, dividindo-se a oração em partes e termos.
Exemplos: * Ninguém entoava a melodia do cantor.
Ninguém > termo palavra
entoava > termo palavra
a melodia do cantor > termo grupo de palavras.
* A reforma tributária não pode fracassar.
A reforma tributária > termo grupo de palavras
não > termo palavra
pode fracassar > termo grupo de palavras.
A oração pode ser composta então de:
* Termos essenciais;
* Termos integrantes;
* Termos acessórios.
Termos essenciais da oração > sujeito e predicado
Os termos essenciais, isto é, o sujeito e o predicado, dão significado à frase.
O que é o sujeito? Sujeito é o termo da oração sob o qual cai a referência para pessoas, animais, objetos e outros. A
maneira prática de identificar o sujeito na frase é inserir o pronome "quem" como pergunta na própria frase.
Exemplos:
* Buarque é o novo presidente. "Quem é o novo presidente? Sujeito > Buarque
* O vento soprava muito forte. "Quem soprava muito forte? Sujeito > O vento
E o que é o predicado? Predicado é o termo da oração que identifica ou informa algo sobre o sujeito. Contém o verbo. A
maneira prática de identificar o sujeito na frase é inserir as expressões "o que", "como" ou "quando" para a pergunta na
própria frase.
Exemplos:
* Buarque é o novo presidente. "Buarque é o que?" Predicado > é o novo presidente.
* O vento soprava muito forte. "O vento soprava como? Predicado> soprava muito forte.
O estudo do sujeito
Como vimos na edição anterior, sujeito é o termo da oração sob o qual cai a referência para pessoas, animais, objetos e
outros. Agora vamos ver a posição do sujeito, o núcleo do sujeito, tipos de sujeito e as orações sem sujeito.
Posição do sujeito
Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar configurada da seguinte forma:
* Na ordem direta (sujeito antes do predicado)
Exemplo: Os meninos brincavam alegremente.
Sujeito na ordem direta: Os meninos; Predicado: brincavam alegremente.
* Na ordem inversa (sujeito depois do predicado)
Exemplo:Brincavam despreocupados os meninos.
Sujeito na ordem indireta: os meninos. Predicado: Brincavam despreocupados
* Sujeito no meio do predicado
Exemplo: Alegremente, os meninos brincavam
Sujeito: os meninos; Predicado: Alegremente; Predicado: brincavam.
Núcleo do sujeito
Núcleo é a palavra principal ou base do sujeito. O predicado sempre faz referência ao núcleo do sujeito, isto é, diz algo a
respeito. Exemplos:
* Um enxame de abelhas sobrevoava a plantação.
Sujeito: Um enxame de abelhas; Núcleo do sujeito: Um enxame; Predicado: sobrevoava a cidade.
* Gato escaldado tem medo de água fria.
Sujeito: Gato escaldado; Núcleo do sujeito: Gato; Predicado: tem medo de água fria.
* Os meus dois amores são lindos.
Sujeito: Os meus dois amores; Núcleo do sujeito: amores; Predicado: são lindos.
Observação
O núcleo do sujeito compõe-se de um substantivo ou qualquer outra palavra com valor de substantivo. Exemplos:
* Os astronautas subiram ao céu. Substantivo: astronautas
* Eles foram ao médico. Pronome substantivo: Eles
* Sorrir é saudável. Palavra substantivada: Sorrir
Tipos de sujeito
O sujeito pode ser determinado e indeterminado.
Sujeito determinado: É aquele possível de determinar na oração. Exemplos:
* Romário voltou para o Flamengo.
* Alguém soltou um pum!
* (eu) Aprendi a ser humilde.
O sujeito, uma vez determinado, pode ser simples, composto e implícito.
Sujeito simples
Possui apenas um núcleo. Exemplo:
* A simples ocasião era favorável a todos.
Sujeito simples: A simples ocasião; Núcleo do sujeito: ocasião
Sujeito composto
Possui dois ou mais núcleos. Exemplo:
* O Pai, o Filho e o Espírito Santo constituem a trindade.
O Pai, o Filho e o Espírito Santo: sujeito composto
Pai: núcleo do sujeito; Filho: núcleo do sujeito; Espírito Santo: núcleo do sujeito
Sujeito implícito
É aquele que não está expresso na oração, mas é reconhecido pela desinência verbal. Exemplos:
* (eu) Convidei você para uma palestra. Sujeito implícito (ou oculto): eu
* (nós) Convocaremos já um inquérito! Sujeito implícito (ou oculto): nós
Sujeito indeterminado
É aquele que não está expresso na oração, e nenhum outro termo fornece elementos para o seu reconhecimento.
Exemplos:
* Levaram a minha carteira, seu guarda!
* Come-se e bebe-se muito bem na Itália.
Note que nesses exemplos na oração inteira o predicado está expresso. Mas não se pode determinar sobrequem recai a
informação.
O sujeito indeterminado pode ser construído de duas maneiras:
1.Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do plural. Exemplo:
Mandaram o vovô dançar na gafieira.
2.Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do singular acompanhado do pronome "se". Exemplo:
Precisa-se de muambeiros.
Orações sem sujeito
Embora o sujeito seja um termo essencial, é possível que haja orações constituídas apenas do predicado. É o caso das
orações formadas com determinados verbos.
* HAVER - na acepção de existir, acontecer, realizar-se e fazer. Exemplos:
Há muita gente querendo se locupletar. (existem)
Houve um acidente na BR 262. (aconteceu)
Houve uma grande passeata na Savassi. (realizou-se)
Há muitos anos que eu não vou a São Paulo. (faz)
* FAZER, SER e ESTAR - na acepção de tempo transcorrido ou tempo relativo ao fenômeno da natureza.
Exemplos: Faz dias que não o vejo. Era tarde quando o caminhão chegou. Estava um verão maravilhoso.
* Verbos que expressam fenômenos da natureza. Os chamados verbos defectivos: chover, nevar, ventar,
gear, trovejar, relampejar, anoitecer, etc. Exemplos: Chove muito em Belo Horizonte. Anoitece mais tarde no verão.
Trovejou e relampejou muito antes de cair o temporal.
Nota: os verbos das orações sem sujeito chamam-se impessoais. São utilizados na 3ª pessoa do singular e, se
acompanhados de auxiliares, transmitem a eles sua impessoalidade. Exemplo:
Faz cinco anos que me formei. Vai fazer cinco anos que me formei. É bom saber
* Que o verbo "ser", impessoal, concorda com o predicativo. Sendo assim, aparece na 3ª pessoa do plural. Exemplo:
É uma hora da manhã. São seis horas da tarde.
* Que os verbos que exprimem fenômenos da natureza, quando usados no sentido figurado, deixam de serimpessoais.
Exemplo: Amanheci indisposto. (eu) ; Choveram denúncias sobre o Silveirinha. (denúncias)
O estudo do predicado
É mais complexo, mas é o que realmente determina a boa formação de uma frase. O predicado, como já vimos, é o termo
da oração que contém o verbo. Não obstante o sujeito e o predicado serem termos essenciais da oração, há situações (com
verbos impessoais) em que a oração não possui sujeito. Mas se a oração é estruturada em torno de um verbo e ele está
contido no predicado, não é possível existir uma oração sem predicado. Exemplos:
* O presidente Lula viajou para Davos.
Sujeito: O presidente Lula; Predicado: viajou para Davos.
* Choveu torrencialmente no Rio de Janeiro.
Sujeito: sem sujeito; Predicado: Choveu torrencialmente no Rio de Janeiro.
Verbo quanto à predicação
Existem verbos que expressam AÇÃO. São os chamados verbos significativos. E esses verbos significativos classificam-
se em:* Verbos intransitivos * Verbos transitivos
Verbo intransitivo
É aquele que expressa a idéia completa da ação, sem necessitar, no entanto, de um outro termo para completar o seu
sentido, ou seja, sua ação não transita. Exemplos com sujeito simples e verbo intransitivo:
* O menino brinca. * O sol raiou. * As flores murcham.
Perceba que o verbo intransitivo sozinho poderá formar o predicado ou, ainda, aparecer acompanhado depalavras ou
expressões indicativas de lugar, tempo, modo, intensidade etc. Exemplo: * As flores desabrocham na primavera.
Verbo Transitivo
Recordando o módulo anterior, vimos que o verbo intransitivo é aquele que expressa a idéia completa de ação. Já o verbo
transitivo não expressa a idéia completa de ação. Necessita de outro termo para completar o seu sentido. Por isso a grafia
"transitivo", isto é, a ação transita. Portanto, para que a frase tenha um sentido completo, o verbo transitivo necessita do
complemento verbal ou objeto. Exemplos:
* O povo viu o ladrão.
Sujeito simples: O povo; Verbo transitivo: viu; Complemento verbal ou objeto: o ladrão.
* Os parlamentares necessitam de melhor remuneração.
Sujeito simples: Os parlamentares; Verbo transitivo: necessitam; Complemento verbal ou objeto: de melhor remuneração.
Agora um detalhe sutil para a correta formação de frases. O verbo transitivo divide-se em:
* Transitivo direto * Transitivo indireto
O verbo transitivo direto transita diretamente para o complemento -que chamamos de objeto direto- e não exige
preposição. Exemplos:
* Derrubaram o muro de Berlim.
Sujeito indeterminado: ?; Verbo transitivo direto: Derrubaram; Objeto direto: o muro de Berlim.
* Os banqueiros tiveram muito lucro.
Sujeito simples: Os banqueiros; Verbo transitivo direto : tiveram; Objeto direto: muito lucro.
* Ouvimos música alegre.
Sujeito oculto (ou implícito): Nós; Verbo transitivo direto: ouvimos; Objeto direto: música alegre.
Já no verbo transitivo indireto a ação transita indiretamente para o complemento por intermédio de uma preposição. É o
chamado objeto indireto. Exemplos:
* Eu acredito em Deus.
Sujeito simples: Eu; Verbo transitivo indireto: acredito; Objeto indireto: em Deus.; Preposição: em
* Todos nós necessitamos de carinho e compreensão.
Sujeito simples: Todos nós; Verbo transitivo indireto: necessitamos; Objeto indireto: de carinho e compreensão.
Preposição: de
* Não concordamos com Vossa Excelência!
Sujeito oculto (ou implícito): Nós; Verbo transitivo indireto: concordamos; Objeto indireto: com Vossa Excelência.
Preposição: com
Mas existe uma situação em que o verbo pode ser simultaneamente transitivo direto e indireto, isto é, apresentar dois
complementos (objeto direto e indireto). Isso porque a ação contida no verbo transita para o complemento direta e
indiretamente ao mesmo tempo. Exemplos:
* O presidente recebeu elogios da imprensa internacional.
Sujeito simples: O presidente; Verbo transitivo direto e indireto: recebeu; objeto direto: elogios;
Objeto indireto: da imprensa internacional.; Preposição: de "+ artigo a"
* Escrevi um texto para o "Jornal dos Amigos".
Sujeito oculto (ou implícito): Eu; Verbo transitivo direto e indireto: Escrevi; Objeto direto: um texto;
Objeto indireto: para o "Jornal dos Amigos".; Preposição: para
* Proporciono a você momentos de reflexão.
Sujeito oculto (ou implícito): Eu; Verbo transitivo direto e indireto: Proporciono; Objeto indireto: a você;
Objeto direto: momentos de reflexão.; Preposição: a
Verbo de Ligação
É aquele que qualifica o sujeito no predicado. Os principais verbos de ligação são: ter, haver, ser, estar, ficar, permanecer,
parecer, andar. Exemplo:
* O Brasil é um grande país.
Sujeito: O Brasil; Predicado: é um grande país.; Verbo de ligação (estado permanente): é
Característica do sujeito ou sua qualificação: um grande país.
Paschoalin & Spadoto define que "os verbos de ligação expressam estado e que não são significativos". Diz ainda que,
expressando o estado, liga características ao sujeito, estabelecendo entre eles (sujeito e características) certos tipos de
relações. Exemplos:
* Manoel está feliz.
Sujeito simples: Manoel; Predicado: está feliz.; Verbo de ligação (estado): está; Característica do sujeito: feliz.
* O ministro e o seu assessor pareciam irritados.
Sujeito composto: O ministro e o seu assessor; Predicado: pareciam irritados. Verbo de ligação (estado aparente):
pareciam; Característica do sujeito: irritados
Os verbos de ligação podem expressar:
* Estado permanente: ser, viver * Estado de continuidade: continuar, permanecer
* Estado transitório: estar, andar, achar-se, encontrar-se * Estado aparente: parecer
* Estado mutatório: Ficar, virar, tornar-se, fazer-se
Nota importante: Exatamente porque o verbo de ligação qualifica o sujeito no predicado (nesse caso dá-se o nome de
predicativo), na frase não pode haver a separação, por vírgula, do sujeito do predicado.
Predicados verbal, nominal e verbo-nominal
Esses predicados são classificados segundo as informações neles contidas.
Predicado verbal
É aquele que informa a ação. Exemplos:
* Os políticos lutam por melhores salários.
Sujeito: Os políticos; Predicado verbal: lutam por melhores salários; Núcleo do predicado verbal: lutam
* O menino socorreu a menina do velho tarado.
Sujeito: O menino; Predicado verbal: socorreu a menina do velho tarado.; Núcleo do predicado verbal: socorreu
* Acenderam-se as chamas.
Sujeito: as chamas.; Predicado verbal: Acenderam-se; Núcleo do predicado verbal: acenderam
Como vimos, o núcleo do predicado verbal é o verbo. E para que o verbo seja o núcleo do predicado verbal é preciso que
esse verbo encerre a noção ou uma idéia de ação.
O predicado verbal pode ser formado por:
* Verbo intransitivo
* Verbo transitivo (direto e indireto).
Exemplos:
* As terras arenosas não produzem.
Sujeito: As terras arenosas; Núcleo do predicado, verbo intransitivo: produzem
* Os palhaços fazem a festa.
Sujeito: Os palhaços; Núcleo do predicado, verbo transitivo: fazem; Objeto direto: a festa.
* Eu concordo com o contrato.
Sujeito: Eu; Núcleo do predicado, verbo transitivo: concordo; objeto indireto: com o contrato.
* Os marujos prestaram uma homenagem ao comandante.
Sujeito: Os marujos; Núcleo do predicado, verbo transitivo direto e indireto: prestaram; Objeto direto: uma homenagem;
Objeto indireto: ao comandante.
Predicado nominal
É aquele que informa o estado do sujeito. E nesse caso o verbo empregado é de ligação. Exemplos:
* Romário está feliz.
Sujeito: Romário; Predicado nominal: está feliz.
* Geovanna Antonelli é linda.
Sujeito: Geovanna Antonelli; Predicado nominal: é linda.; Núcleo do predicado nominal
Esse núcleo não é o verbo, mas sim a palavra que indica as características do sujeito contidas no predicado.
Exemplos:
* Aquele automóvel era lindo.
Sujeito: Aquele automóvel; Predicado nominal: era lindo.; Núcleo do predicado: lindo.
* O ministro ficou apreensivo.
Sujeito: O ministro; Predicado: ficou apreensivo.; Núcleo do predicado: apreensivo.
* Esta criança permanece irrequieta.
Sujeito: Esta criança; Predicado: permanece irrequieta.; Núcleo do predicado: irrequieta.;
Predicativo do sujeito
Trata-se do termo que atribui características ao sujeito por intermédio do verbo. Todo predicado construído com verbo de
ligação necessita de predicativo do sujeito. Exemplos:
* Romário continua feliz.
Sujeito: Romário; Predicado nominal: continua feliz.; Verbo de ligação: continua; Predicativo do sujeito: feliz.
* As atitudes de alguns políticos são imperdoáveis.
Sujeito: As atitudes de alguns políticos; Predicado nominal: são imperdoáveis.; Verbo de ligação: são; Predicativo do
sujeito: imperdoáveis.
O predicativo do sujeito também pode aparecer com outros verbos. Exemplos:
* Romário saiu insatisfeito.
Sujeito: Romário; Verbo intransitivo: saiu; Predicativo do sujeito: insatisfeito.
* Os motoristas terminaram a greve satisfeitos.
Sujeito: Os motoristas; Verbo transitivo direto: terminaram; Objeto direto: a greve; Predicativo do sujeito: satisfeitos.
O predicativo do sujeito pode ser representado por
* um adjetivo ou locução adjetiva * um pronome substantivo
* um substantivo ou palavra substantivada * um numeral.
Adjetivo ou locução adjetiva
* O seu aroma é maravilhoso.
Sujeito: O seu aroma; Predicado nominal: é maravilhoso.; Predicativo do sujeito e adjetivo: maravilhoso.
* A refeição estava deliciosa.
Sujeito: A refeição; Predicado nominal: estava deliciosa.; Predicativo do sujeito e adjetivo: deliciosa.
Substantivo ou palavra substantivada
* Aquele cara parece uma bola.
Sujeito: Aquele cara; Predicado nominal: parece uma bola.; Predicativo do sujeito: uma bola.; Substantivo: bola.
* Recordar é viver.
Sujeito: Recordar; Predicado nominal: é viver.; Predicativo do sujeito e palavra substantivada: viver.
Pronome substantivo
* Meu texto não é esse.
Sujeito: Meu texto; Predicado nominal: não é esse.; Predicativo do sujeito e pronome substantivo: esse.
Numeral
* Nós somos onze em campo.
Sujeito: Nós; Predicado nominal: somos onze em campo.; Predicativo do sujeito e numeral: onze
Estrutura do predicado nominal
Essa formação dá-se por dois termos básicos:
* Verbo de ligação * Predicativo do sujeito.
A palavra central do predicativo é o núcleo do predicado. Exemplos:
* Eu sempre ficava nervoso.
Sujeito: Eu; Predicado nominal: sempre ficava nervoso.; Verbo de ligação: ficava; Predicativo do sujeito e núcleo do
predicado: nervoso.
* As mulheres parecem distraídas.
Sujeito: As mulheres; Predicado nominal: parecem distraídas.; Predicativo do sujeito e núcleo do predicado: distraídas
Predicado verbo-nominal
É aquele que expressa uma dupla informação: ação e estado. Exemplos:
* Os atletas chegaram exaustos.
Sujeito: Os atletas; Predicado verbo-nominal: chegaram exaustos.; Ação: Os atletas chegaram.; Estado: Os atletas
estavam exaustos.
* Os artistas terminaram a apresentação contentes.
Sujeito: Os artistas; Predicado: terminaram a apresentação contentes.; Ação: Os artistas terminaram a apresentação.;
Estado: Os artistas estavam contentes
Repare que houve a fusão de dois predicados: um verbal e outro nominal.
Distinção entre predicativo do objeto e adjunto adnominal do objeto
O predicativo do objeto não pertence ao mesmo termo do objeto. Prova é que, se substituirmos o objeto direto pelos
pronomes o, a, os e as, o predicativo do objeto continuará sendo expresso. Exemplo:
* Os garimpeiros acharam o ouro valioso.
Objeto direto: o ouro
Predicativo do objeto: valioso.
* Os garimpeiros acharam-no valioso.
Objeto direto: no
Predicativo do objeto: valioso.
O adjunto adnominal pertence ao mesmo termo do objeto. Se se substituir o objeto direto pelos pronomes o,
a, os, as, o adjunto deixará de ser expresso. Sua inclusão tornaria a frase gramaticalmente incorreta.
Exemplo:
* Os ladrões fizeram um assalto fácil.
Objeto direto: um assalto; Adjunto adnominal: fácil
* Os ladrões fizeram-no.
Objeto direto: no
Estrutura do predicado verbo-nominal
O predicado verbo-nominal pode ser formado de:
* Verbo intransitivo + predicativo do sujeito:
O trem partiu rápido.
Sujeito: O trem; Predicado verbo-nominal: partiu rápido.; Verbo intransitivo: partiu; Predicativo do sujeito: rápido.
* Verbo transitivo + predicativo do sujeito:
Os ladrões fizeram o assalto tranqüilos.
Sujeito: Os ladrões; Predicado verbo-nominal: fizeram o assalto tranqüilos.; Verbo transitivo direto: fizeram; Objeto
direto: o assalto; Predicativo do sujeito: tranqüilos.
* Verbo transitivo + predicativo do objeto:
Os parlamentares consideraram a lei relevante.
Sujeito: Os parlamentares; Predicado verbo-nominal: consideraram a lei relevante.; Verbo transitivo direto: consideraram;
Objeto direto: a lei; Predicativo do objeto: relevante
Sujeito e Vozes do Verbo
Neste módulo é preciso muita atenção. Nas provas de vestibulares e concursos costumam aparecer questões que derrubam
muita gente. Em relação à ação expressa pelo verbo, o sujeito pode aparecer como agente, paciente e agente e paciente da
ação verbal.
Sujeito agente - voz ativa: É aquele que pratica, que executa a ação expressa pelo verbo.
O sujeito é agente e o verbo se encontra na voz ativa. Exemplo:
*O rapaz partiu o coração da moça.
Sujeito agente: O rapaz; Voz ativa: partiu
Sujeito paciente - voz passiva: É aquele que sofre ou recebe a ação expressa pelo verbo. Quando o sujeito é paciente, o
verbo se encontra na voz passiva. O termo que indica o responsável pela ação verbal chama-se agente da passiva.
Ele aparece, normalmente, precedido de preposição por, e, com menor freqüência, da preposição de. Exemplos:
*O anúncio foi criticado por todos.
Sujeito paciente: O anúncio; Voz passiva: foi criticado; Agente da passiva: todos.
*A artista estava rodeada de admiradores.
Sujeito paciente: A artista; Voz passiva: estava rodeada; Agente da passiva: admiradores.
Passagem da voz ativa para a voz passiva
As frases que na voz ativa são formadas com verbos transitivo direto e transitivo direto e indireto podem ser convertidas
em estruturas passivas. Na conversão, ocorrem mudanças de função:
1. O sujeito agente da voz ativa passa a agente da passiva.
2. O objeto direto da voz ativa passa a sujeito paciente da voz passiva.
O verbo, na voz passiva, aparece no particípio precedido de verbo auxiliar. Exemplo:
VOZ ATIVA
*O comerciante vendeu as mercadorias.
Sujeito agente: O comerciante; Voz ativa: vendeu; Objeto direto: as mercadorias.
VOZ PASSIVA
*As mercadorias foram vendidas pelo comerciante.
Sujeito paciente: As mercadorias; Voz passiva (constituído por verbo auxiliar e particípio): foram vendidas; Agente da
passiva: comerciante.
Sujeito e Vozes do Verbo
Vimos anteriormente:
* Sujeito agente - voz ativa; * Sujeito paciente - voz passiva e * Passagem da voz ativa para a voz passiva.
Agora vamos complementar este módulo com os assuntos:
* Estruturas da voz passiva; * Sujeito agente e paciente - voz reflexiva
Estruturas da voz passiva
»Analítica
Quando a frase é construída com o verbo auxiliar "ser" seguido de particípio. Exemplo:
*O VT foi reproduzido na íntegra pela emissora.
Sujeito paciente: O VT; Verbo auxiliar: foi; Particípio: reproduzido; Agente da passiva: emissora.
O agente da passiva pode surgir de forma indeterminada:
*A maior parte dos livros foi queimada.
Sujeito paciente: A maior parte dos livros; Voz passiva: foi queimada.
»Sintética
Quando a frase é construída com verbo transitivo direto acompanhado do pronome "se". Chama-se também de PASSIVA
PRONOMINAL. Exemplo:
*Reproduziu-se a bactéria no laboratório. Sujeito paciente: a bactéria
Na passiva sintética o agente da passiva é indeterminado e o verbo concorda com o sujeito. Exemplos
*Vende-se cajus. Sujeito: cajus
*Vendem-se terrenos. Sujeito: terrenos
Só se apresentam na voz passiva os verbos transitivo diretos e transitivos direto e indireto. Por isso, não se confundem
estruturas tais como:
1) Divulgou-se a notícia falsa. -> Voz passiva sintética
Verbo transitivo direto: Divulgou; Sujeito paciente: a notícia falsa.
TRANSFORMAÇÃO
A notícia falsa foi divulgada. -> Voz passiva analítica
Sujeito paciente: A notícia falsa
2) Precisa-se de maquinistas.
Sujeito: indeterminado; Verbo transitivo indireto: Precisa; Objeto indireto: de maquinistas.
3) Bebe-se mal neste buteco.
Sujeito: indeterminado; Verbo intransitivo: Bebe
IMPORTANTE
1. O pronome "se" que acompanha o verbo na voz passiva sintética chama-se PRONOME APASSIVADOR ou
PARTÍCULA APASSIVADORA.
2. Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a colocação do pronome "se" sefaz no meio da
forma verbal. Exemplos:
Será realizada uma festa no próximo domingo. (passiva analítica)
Realizar-se-á uma festa no próximo domingo. (passiva sintética)
Serão realizadas festas nos próximos finais de semana. (passiva analítica)
Realizar-se-ão muitas festas durante vários finais de semana. (passiva sintética)
Sujeito agente e paciente - voz reflexiva
É aquele que, ao mesmo tempo, pratica e sofre a ação expressa pelo verbo. Exemplos:
* O marginal feriu-se.
Sujeito agente e paciente: O marginal; Voz reflexiva: feriu-se
* A moça vestiu-se rapidamente.
Sujeito agente e paciente: A moça; Voz reflexiva: vestiu-se
IMPORTANTE
O "se" da voz reflexiva é pronome reflexivo, assim como os pronomes: te, me, nos, vos. Exemplos:
* Tu não te enxergas com essa roupa?
* Eu me queimei quando tirei a panela do fogo.
* Nós nos cortamos com a faca.
Adjunto Adnominal
É a palavra ou expressão que acompanha um ou mais nomes conferindo-lhe um atributo. Trata-se, portanto, de um termo
de valor adjetivo que modificará o nome a que se refere. Os adjuntos adnominais não determinam ou especificam o nome,
tal qual os determinantes. Ao invés disso, eles conferem uma nova informação ao nome e por isso são chamados de
modificadores. Além disso, os adjuntos adnominais não interferem na compreensão do enunciado. Por esse motivo, eles
pertencem aos chamados termos acessórios da oração. Os adjuntos adnominais podem ser formados por artigo, adjetivo,
locução adjetiva, pronome adjetivo, numeral e oração adjetiva. Exemplos:
1. Nosso velho mestre sempre nos voltava à mente.
...[nosso: pronome adjetivo]; ...[velho: adjetivo]
2. Todos querem saber a música que cantarei na apresentação.
...[a: artigo]; ...[que cantarei na apresentação: oração adjetiva]
É importante conhecer algumas outras particularidades dos adjuntos adnominais, tais como :Complemento Nominal
Dá-se o nome de complemento nominal ao termo que complementa o sentido de um nome ou um advérbio, conferindo-
lhe uma significação completa ou, ao menos, mais específica. Como o complemento nominal vem integrar-se ao nome em
busca de uma significação extensa para nome ao qual se liga, ele compõe os chamados termos integrantes da oração.
São duas as principais características do complemento nominal:
- sempre seguem um nome, em geral abstrato;
- ligam-se ao nome por meio de preposição, sempre obrigatória.
Os complementos nominais podem ser formados por substantivo, pronome, numeral ou oração subordinada completiva
nominal. Exemplos:
1. Meus filhos têm loucura por futebol. ...[substantivo]
2. O sonho dele era saltar de pára-quedas. ...[pronome]
3. A vitória de um é a conquista de todos. ...[numeral]
4. O medo de que lhe furtassem as jóias a mantinha afastada daqui. ...[oração subordinada completiva nominal]
Em geral os nomes que exigem complementos nominais possuem formas correspondentes a verbos transitivos, pois
ambos completam o sentido de outro termo. São exemplos dessa correlação:
- obedecer aos pais - obediência aos pais
- chegar em casa - chegada em casa
- entregar a revista à amiga - entrega da revista à amiga
- protestar contra a opressão - protesto contra a opressão
Aposto e Vocativo
Aposto é o termo que explica, desenvolve, identifica ou resume um outro termo da oração, independente da função
sintática que este exerça. Há quatro tipos de aposto:
Aposto Explicativo: identifica ou explica o termo anterior; é separado do termo que identifica por vírgulas, dois pontos,
parênteses ou travessões.
Ex. Terra Vermelha, romance de Domingos Pellegrini, conta a história da colonização de Londrina.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: Oração que funciona como aposto explicativo. É sempre iniciada por um
pronome relativo e, da mesma maneira que o aposto explicativo, é separada por vírgulas, dois pontos, parênteses ou
travessões.
Ex. Terra Vermelha, que é um romance de Domingos Pellegrini, conta a história da colonização de Londrina.
Oração Subordinada Substantiva Apositiva: é outra oração que funciona como aposto. A função dela é complementar o
sentido de uma frase anterior que esteja completa sintaticamente. Por exemplo, quando se diz Ela só quer uma coisa a
frase está completa sintaticamente, pois tem sujeito-verbo-objeto, porém incompleta quanto ao sentido. Portanto
deveremos colocar algo que complete o sentido dessa frase. Por exemplo Ela só quer uma coisa: que sua presença seja
notada. Eis aí a Oração Subordinada Substantiva Apositiva. Não confunda com a Oração Subordinada Adjetiva
Explicativa, que também funciona como aposto, mas que tem como função complementar o sentido de um substantivo
anterior, e não uma frase. Por exemplo: A vaca, que para os hindus é um animal sagrado, para nós é sinônimo de
churrasco. Eis aí a Oração Subordinada Adjetiva Explicativa.
Aposto Especificador: Individualiza ou especifica um substantivo de sentido genérico, sem pausa.
Geralmente é um substantivo próprio que individualiza um substantivo comum.
Ex. O professor José mora na rua Santarém, na cidade de Londrina.
Aposto Enumerador: é uma seqüência de elementos usada para desenvolver uma idéia anterior.
Ex. O pai sempre lhe dava três conselhos: nunca empreste dinheiro a ninguém, nunca peça dinheiro emprestado a
ninguém e nunca fique devendo dinheiro a ninguém.
Aposto Resumidor: é usado para resumir termos anteriores. É representado, geralmente, por um pronome indefinido.
Ex. Alunos, professores, funcionários, ninguém deixou de lhe dar os parabéns.
Vocativo: é um termo independente que serve para chamar por alguém, para interpelar ou para invocar um ouvinte real ou
imaginário. Ex. Marcela, dê-me um beijo!
Período Composto por Subordinação: são períodos que, sendo constituídos de duas ou mais orações, possuem uma oração
principal e pelo menos uma oração subordinada a ela. A oração subordinada está sintaticamente vinculada à oração
principal, podendo funcionar como termo essencial, integrante ou acessório da oração principal. As orações subordinadas
que se conectam à oração principal através de conjunções subordinativas são chamadas orações subordinadas sindéticas.
As orações que não apresentam conjunções subordinativas geralmente apresentam seus verbos nas formas nominais,
sendo chamadas orações reduzidas.
I. Orações Subordinadas Substantivas:
São seis as orações subordinadas substantivas, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante(que, se)
A) Subjetiva : funciona como sujeito da oração principal.
Existem três estruturas de oração principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva:
verbo de ligação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva.
Ex. É necessário que façamos nossos deveres.
verbo unipessoal + oração subordinada substantiva subjetiva.
Verbo unipessoal só é usado na 3ª pessoa do singular; os mais comuns são convir, constar, parecer, importar, interessar,
suceder, acontecer.
Ex. Convém que façamos nossos deveres.
verbo na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva.
Ex. Foi afirmado que você subornou o guarda.
B) Objetiva Direta: funciona como objeto direto da oração principal.
(sujeito) + VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta.
Ex. Todos desejamos que seu futuro seja brilhante.
C) Objetiva Indireta: funciona como objeto indireto da oração principal.
(sujeito) + VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta.
Ex. Lembro-me de que tu me amavas.
D) Completiva Nominal: funciona como complemento nominal de um termo da oração principal.
(sujeito) + verbo + termo intransitivo + prep. + oração subordinada substantiva completiva nominal.
Ex. Tenho necessidade de que me elogiem.
E) Apositiva: funciona como aposto da oração principal; em geral, a oração subordinada substantiva apositiva vem após
dois pontos, ou mais raramente, entre vírgulas.
oração principal + : + oração subordinada substantiva apositiva.
Ex. Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a felicidade.
F) Predicativa: funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação da oração principal.
(sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa.
Ex. A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas posses.
Nota: As subordinadas substantivas podem vir introduzidas por outras palavras:
Pronomes interrogativos (quem, que, qual...) Perguntou-se quando ele chegaria.
Advérbios interrogativos (onde, como, quando...) Não sei onde coloquei minha carteira.
Orações Subordinadas Adjetivas: são sempre iniciadas por um pronome relativo. São duas as orações subordinadas
adjetivas:
A) Restritiva: é aquela que limita, restringe o sentido do substantivo ou pronome a que se refere. A restritiva funciona
como adjunto adnominal de um termo da oração principal e não pode ser isolada por vírgulas.
Ex. A garota com quem simpatizei está à sua procura.
B) Explicativa: serve para esclarecer melhor o sentido de um substantivo, explicando mais detalhadamente uma
característica geral e própria desse nome. A explicativa funciona como aposto explicativo e é sempre isolada por vírgulas.
Ex. Londrina, que é a terceira cidade do região Sul do país, está muito bem cuidada.
Orações Subordinadas Adverbiais:
São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa
A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa.
Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que.
Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal.
B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido
Conjunções: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como.
Ex. Diocresildo era mais esforçado que o irmão(era).
C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão.
Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que,
em que pese.
Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.
D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição.
Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que.
Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce.
E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade.
Conjunções: como, conforme, segundo.
Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura.
F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de conseqüência.
Conjunções: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que.
Ex. Ele fala tão alto, que não precisa do microfone.
G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo.
Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal.
Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Juvenildo.
H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade.
Conjunções: a fim de que, para que, porque.
Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam.
I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção.
Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais.
À medida que o tempo passa, mais experientes ficamos.
Orações Reduzidas
quando uma oração subordinada se apresenta sem conjunção ou pronome relativo e com o verbo noinfinitivo, no
particípio ou no gerúndio, dizemos que ela é uma oração reduzida, acrescentando-lhe o nome de infinitivo, de particípio
ou de gerúndio. Ex. Ele não precisa de microfone, para o ouvirem.
Orações coordenadas
Dois são os processos de estruturação fraseológica, ou seja, as orações se relacionam umas com as outras e se interligam
num período através dos mecanismos coordenativos ou subordinativos,como vimos anteriormente.
A oração coordenada é aquela que se liga a outra oração da mesma natureza sintática.
Num período composto por coordenação, as orações são independentes. Ela podem ser sindéticas (quando a outras se
prendem por conjunções), ou assindéticas (quando não se prendem a outras por conectivo)
Tipos de orações coordenadas
* Aditivas - relacionam pensamentos similares - e e nem, a primeira une duas afirmações; a segunda (+e não), une duas
negações (Não veio nem telefonou).
* Adversativas - relacionam pensamentos contrastantes - mas (adversativa por excelência), porém, todavia, contudo,
entretanto, no entanto (marcam uma espécie de concessão atenuada) (A estrada era perigosa, entretanto todos queriam
visitá-la).
* Alternativa - relacionam pensamentos que se excluem - ou, ora ... ora, quer ... quer, já ... já, seja ... seja (Ora chama pela
mãe, ora procura o pai)
* Conclusiva - relacionam pensamentos tais, que o segundo encerra a conclusão do enunciado doprimeiro - logo,
portanto, pois, por conseguinte, conseqüentemente etc. (Falta carne no mercado, portanto conheça a comida vegetariana).
* Explicativa - relacionam pesnamentos em seqüência justificativa, de tal forma que a segunda frase explica a razão de ser
da primeira - que, pois, porque, porquanto (Vou sair, que aqui está muito abafado).
Observações:
* A conjunção aditiva e pode aparecer com valor adversativo("É ferida que dói e não se sente.") e conclusivo (Ele estudou
muito e passou no concurso)
* A conjunção mas (adversativa) pode aparecer com valor aditivo (Era um homem trabalhador, mas principalmente
honesto).
* A conclusão de uma premissa deve vir em último lugar e é frase que não se pode inverter como as demais coordenadas
("Penso; logo, existo.").
* São chamadas fórmulas correlativas: não só ... mas também / não só ... mas ainda / não só ... senão também).
* As conjunções de valor adversativo podem ser deslocadas, exceto MAS, que se usa em começo de oração.
* A conjunção POIS pode ter valor explicativo (iniciando a oração) ou conclusivo (deslocada).

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