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Os caminhos de Ifá

Ifá é o sistema através do qual se processa a consulta oracular, popularmente


tratada por adivinhação.

O oráculo baseia-se nos dezesseis principais Odu (caminhos), através dos quais
Orunmila relata �istórias e lendas cujos personagens normalmente enrentam situações
similares aquelas expostas pelo consulente. Mas a escolha da história a ser narrada
compete à Divindade.

Os dezesseis Odu relacionam-se com si próprios ( 16 x 16), perazendo um total de


256 caminhos ou dierentes possibilidades de destino, tratados por Ese.

No momento da consulta, Orunmila envia o Odu que será suiciente para orientar
.•· as dúvidas do consulente e esclarece de que forma tal caminho (positiva ou negativa)
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está inluenciando a vida da pessoa. O Sacerdote intepreta a ala da Divindade,


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· _f··. � ···. :".·.:. ·:. . . _
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_. c e�tabelece os pontos principais que devam ser modiicados para restabelecer a


r. · ·.
.

,, tranquilidade ou o bem estar isico, inanceiro, sentimental etc. A partir daí resta deinir
. �..-.
= .··..
·, •.·... · :.
.

.
quais �erendas tivas (Ebo) devem ser realizadas para possibilitar a consecução do
I vatícinio, bem:· ono aconselhar a respeito de atitudes ou comportamentos que acilitem
o result�do pretendido.

Assim, por exemplo, quando um indivíduo queixa-se de não conseguir emprego,


mas insiste em continuar numa área onde o mercado de trabalho está completamente
saturado, Orunmila pode esclarecer as suas diiculdades, recomendar os Ebo necessários
e aconselhá-lo a tentar outra proissão para a qual tenha aptidão, ou simplesmente
deslocar-se para outra região onde seja mais simples conseguir ocupação. Em outras
palavras, o Céu sempre ajuda, mas a pessoa deve também azer a sua parte.

Os Odu de Ifá são completos e absolutos; cada um deles possui um lado claro e
outro escuro, ou seja, um lado positivo e outro negativo, o Ing e o Iang, o masculino e o
feminino e assim por diante, a feição de tudo o mais no Universo.

Não existe Odú melhor que outro; depedendendo das circunstâncias, o melhor
deles transorma-se no pior, e vice-versa..

A participação undamental do Órisà Esu

Esu Ojisebo

A intepretação das alas do Oráculo é eita pelo Sacerdote preparado para essa
inalidade e ocorre através do auxílio poderoso do Órlsà Esu, o grande mensageiro e
intemediáio enre os seres humanos e as Potências Divinas.

Esu é quem movimenta as peças do jogo (búzios) para ormar as conigurações que
serão intepretadas pelo

Sacerdote. Sem a participação dessa Divindade, as respostas seriam totalmente


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ininteligíveis para os Seres humanos.

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É ele que dompanha atentamente as atitudes e palavras tanto do sacerdote quanto
do consulente, incipalmente quanto à sinceridade de cada um no momento da consulta.

Da mesma orma é quem iscaliza todo os procedimentos rituais, desde a consulta


oracular até a elaboração das oferendas votivas determinadas.

Após isso, ainda é Ôrisà Esu que transporta as oerendas para o mundo espiritual
(Ôrún) e, se orem aceitas, traz de volta a resposta Divina, na oma da benção solicitada.

Tona-se então essa Divindade o grande aliado da Homem na realização do próprio


destino.

Os Dezesseis Odts de Ifà.

O 1 Eji Méji / Ogbe Méji 02 Ôyekú Méji

03 iwori Méji 04 Ôdí Méji

05 irosim Méji 06 Ôwónrín Méji

07 Ôbàrà Méji 08 Ôkànràn Méji

09 àgúndá Méji 10 Ôsá Méji

11 iká Méji 12 Ôtúrúpon Méji

13 Ôúrá Méji 14 Irete Méji

' 15 Ôsé Méji 16 Ôún Méji


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Lenda d�lgbadu

Pedindo permissão ao Awoa Ogbebara (Adilson de Oxalá), vou reproduzir um


trecho de seu livro ,Igbadu, A cabaça da existência que ala sobre Odu.

....... devo lembrar-te de que, se hoje és detentor do poder sobre os 16 Odu Meji,
deves a mim este privilégio, ou por acaso te esquecestes da orma como adquiriste este
poder? perguntou Exú.

Mais calmo, aceitando a meia cabaça com água que lhe estendia seu interlocutor.,
Orumilá acomodou-se sobre uma esteira estendida no chão e se pôs a lembrar daquilo
que Exú estava agora se reerindo.

. . . . . . . Desde muito jovem, Orumilá ansiava pelo saber, e oi inormado de que, para
obtê-lo, deveria conquistar os avores de uma musa chamada Sabedoria, que se
encontrava encarcerada em algum lugar na imensidão do Orun.

..... partiu sozinho, numa aventura cujas conseqüências não podia avaliar. De
concreto, sabia apenas que muitos outros já haviam partido com a mesma intenção e que
jamais haviam retomado.

. ... Depois de já haver caminhado muitos dias.......... encontrou um mendigo que,


estendendo-lhe a mão, pediu um pouco de comida.

Metendo a mão em seu embomal, dele retirou um pouco de arinha de inhame.... e,


de uma pequena cabaça que levava na cintura, um pouco de dendê, misturando tudo e
dividindo com o mendigo, comendo, ele mesmo, uma pequena parte do alimento.

Depois de alimentar-se, o mendigo, sem revelar seu nome, ofereceu ao jovem, em


sinal de agradecimento, o bastão de marim entalhado,

dizendo - Bem sei o motivo pelo qual penetraste nesta loresta.. Segue somente tua
intuição, deixa-te guiar pela vontade vencer e, em breve, irás deparar-te com uma
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enome construç�o de pedra na qual entrarás com muita acilidade. Os peigos com os
quais irás te derontar estão em seu interior, portanto preste a atenção no que agora vou
te dizer.

Com este bastão de marim, denominado Irofá deverás bater em cada uma das
portas dos 16 quartos... pois só assim elas se abrirão.

do interior de cada porta ouviras uma voz que te perguntará: "Quem bate?" e tu te
identiicaras dizendo que és Ifá, O Senhor do Iroa. A voz perguntará então o que estás
procurando,e tu dirás, estando diante da porta do 1 quarto, que desejas conhecer a vida e
que queres conquistá-la em nome de EJIOGBE. A porta então se abrirá e conhecerás os
misterios da vida que pertencem a Ejiogbe o 1 dos 16 Odus de Ifá.

No segundo....depois de haveres te identiicado como da orma anterior, dirás que


desejas conhecer IKU, a Morte e que desejas dominá-lo. A porta se abrirá e cohecerás a
morte, seus horores e mistérios, que petencem a Oyeku Meji , o 2 Odu de Ifá. Se não
demonstrares medo em sua presença haverás de adquirir domínio absoluto sobre ele ....

.. .Na terceira porta encontrarás um guardião denominado Iwori Meji, que depois de
reverenciado, te colocará diante dos olhos os mistérios da vida espiritual e dos nove
Oruns, onde habitam deuses, demonios e todas as classes de espíritos que irás conhecer
de orma íntima, descobrindo seus gostos e maneira correta de apaziguá-los.

Na quarta porta, reclamarás por conhecer o jugo da matéria sobre o espírito, e Q


guardião desta porta , ODI MEJI, a quem deverás mostrar respeito sem submissão, te
ensinará tudo o que or concemete a questão, e necessário que não te deixes encantar
pelas maravilhas e pelos prazeres que se descortinarão diante dos teus olhos, pois podem
escravizar-te para sempre, interompendo a tua busca. Lembra-te ainda que a matéria
que sequer oi criada, dominará o universo.

Já na quinta porta, quando ores indagado, dirás que procuras pelo domínio do
homem pelos seus semelhantes, pelo uso da orça e da violência, da tortura, do
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derramamento de sangue. Aprende tudo que lrosun Meji, ... tem para te ensinar. Mas não
utilizes as técnicas ali reveladas, para não te tomares, tu mesmo, vítima delas. Aí
tomarás conhecimento dos planos de Olórun em relação à criação de um ser dotado de
corpo material.

Na sexta porta ....um gigante do sexo feminino, que saudarás pelo nome de Owoin
Meji, e a quem solicitará ensinamentos relativos ao equilíbrio que deve existir no
Universo, e então compreenderás o valor da vida e a necessidade da morte. O mistério
que envolve a existência das montanhas e das rochas. Ali serás tentado pela
possibilidade de obter muita iqueza, mulheres, filhos e bens inenaráveis. Resiste a
essas tentações ou verás tua vida ser reduzida a uns poucos dias de luxúria .

......diante da sétima porta. O habitante deste quarto chama-se OBARA MEJI, é


velho e de aparência bonachona. Poderá te ensinar prodígios de cura e soluções para seus
problemas mais intricados. Dará a ti a possibilidade de realizar todos os anseios e os
desejos de realizações humanas.Toma cuidado, no entanto, pois os domínios destes
conhecimentos pode conduzir-te à prática da mentira, à alta de escrúpulos e à loucura
total.

No oitavo aposento deverás solicitar permissão a OKARAN MEJI para conheceres


o poder da ala Humana, que inelizmente será sempre muito mais usada na prática do
mal do que do bem. Este guardião te alarás em muitas línguas e de sua boca só ouviras
queixas e lamentações. Aprende depressa e oge deste local, onde impera a alsidade e a
traição.

Diante da nona...guardião Ogundá Meji, para conheceres a coupção e a


decadência, que podem levar o ser humano aos mais baixos níveis de existência.
Naquele quarto, conhecerás todos os vícios que assolarão a humanidade e que a
escravizarão em correntes inquebrantáveis.Verás o assassinato, a ganância, a traição, a
violência, a covardia e a miséria humana, bincando de mãos dadas, com muitos
infelizes que se tomaram seus servidores.
No décimo aposento, deverás apresentar reverências a uma poderosa eiticeira, cujo
nome é Osá Meji. Ela vai ensinar-te o poder que a mulher exerce sobre o homem e o por
que deste poder. Conhecerás seres portentosos que uncionam na prática do mal. Todos
os demônios denominados Ajés se curvarão diante de ti e te oerecerão seus serviços
maléicos que, caso aceites, arão de ti o ser mais poderoso e odiado sobre a ace da
Tera. Aprenderás a dominar o ogo e a utilizar o poder dos astros sobre o que acontece
no mundo, principalmente a inluência da Lua sobre os seres vivos.Cuida para que estes
conhecimentos não te transorme num bruxo maldito.

.... na l l a. porta... seu guardião lká Meji, o gigante em orma de sepente,te ará
estremecer. Saúda-o respeitosamente e solicita dele permissão para descortinar o
mistério que envolve a reencanação, o domínio sobre os espíritos Abiku, que nascerão
para morrer imediatamente. Aprende a dominar estes espíritos e, dessa orma, poderás
livrar muitas aílias do luto e da dor.

A 12a. ..... Seu guardião se chama Oturupon Meji, é do sexo feminino e possui
orma arredondada, mais se parecendo com uma grande bola de cane. ....... poderá
revelar-te todos os segredos que envolvem a criação da terra, além de ensinar-te como
obter riquezas impensáveis. Aprende com ele o segredo da gestação humana, e a maneira
de como evitar abortos e partos prematuros.

. .. 13a. Bate com cuidado e muito respeito. Neste aposento reside um gigante que
costuma comunicar-se........, com a Deusa da criação do mundo. Aprende agora como é
possível separar as coisas. Domina o mistério de dissociar os átomos, adquirindo assim,
pleno poder sobre a matéria. Aprende também a utilizar a orça mágica que existirá nos
sons da ala humana, mas usa está orça terrível com muita sabedoria. Este gigante
chama-se Otura Meji.

... l 4a. porta, irás derontar-se com lrete Meji, que nada mais que Ilê, a Tera.Faz
com que te revele os seus mais íntimos segredos. Agrada-o, presta-lhe permanentemen
reverência e sacriicio. Contata, por seu intemédio, os Espíritos da Terra, e transorm
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os em teus aliados. Conhece os segredos de Sakpata, o Vodu da peste que mata e cura da
orma que melhor lhe aprouver. Aprende com ele o poder da cura, já que matar é tão
mais fácil.

Na 15a. serás recepcionado por Ose Meji, que irá alar-te de degeneração,
decomposição, putreação, doenças e perdas. Aprende a sanar estes males e sai dali o
mais depressa possível, para não seres também vitimado por tanta negatividade, que oi
gerada em uma relação incestuosa.

Finalmente, a 16a. porta..... Aí reside Oun Meji, o mais velho e terrível dos 16
gênios guardiões. saúda com teror gritando Hêpa Baba! Só assim poderás aplacar sua
ira. Contempla-o com respeito, mas não o encares de rente. Observa que ele não é um
gênio como os que conhecestes nas 15 portas que precediam esta. Este é Oun Meji,
aquele gerou os demais, que nele habitam e que dele se dissociam apenas de orma
ilusória. Conhece-lo é conhecer todo o segredo do Universo. e isto que buscava Oh!
Orumilá. Domina-o e resgata para ti a bela dozela chamada Sabedoria.

[Do Livro lgbadu, A Cabaça da Existência]


.

Irété 1néi

Conzo Íyàmi chega à terra eni àtà

Tiramos (a água) na frente, tiramos (a água) atrás. fá é consultado por 201 pessoas, que do céu
vieram para a terra. fá é consultado por 201 proprietários de pássaros, que do céu vieram para a terra.
Quando essas 201 pessoas chegam, eles (os babaláwo) dizem para preparar uma cabaça para cada uma
delas. Foi em àtà que elas chegaram pela primeira vez, elas nomeiam uma pessoa Íyálóde em àtà,
aquela que quer receber (um pássaro) leva sua cabaça para junto dela. Ela diz que quer receber seu
pássaro. Ele está colocado dentro. Quando ela colocou o pássaro dentro, a cabaça é coberta e lhes é
entregue. Esta cabaça que lhes é entregue, elas tomam conta dela em sua casa. Quando elas a arrumaram
em sua casa, não é qualquer um que pode saber o lugar onde elas a puseram, a menos que seja alguém
que tenha uma cabaça. Talvez esteja (em cima do) teto. Elas podem colocar ao lado da parede. Elas
podem cavar o chão para a colocar ali. Elas sãos as únicas a saber o lugar onde a cabaça está guardada,
quando ela lhes é entregue. Quando elas lhes são entregues, cada uma leva a sua, vai colocá-la no lugar
que ela viu. Quando elas querem enviar Eleye em uma missão, elas abrem a cabaça esta Eleye voa para
fora da cabaça, vai cumprir a missão aonde ela é enviada, talvez em Lagos, talvez em Jbadan, talvez em
Ilorin, talvez em Sapele, talvez em Londres. Talvez no país do rei. Todos os quatro cantos do mundo são
os lugares para onde elas a enviam. Quando, desse modo, elas abriram a cabaça. Este pássaro voa e vai
cumprir sua missão. Se elas dizer que é para matar alguém, eles matam. Se elas dizem que é para levar os
intestinos, ficam à espreita de alguém. Quando elas estão espreitando para rasgar seu ventre, a pessoa
não sabe que elas querem levar seus intestinos. Se ela estiver grávida, eles retiram a gravidez de seu
ventre. Eles vão executar o trabalho de que estão encarregados. Quando terminarem este trabalho, voltam
novamente para esta cabaça. Elas tonam a cobri-la. Quando elas a cobriram, cuidam de a colocar
novamente em seu lugar. Elas não lutam mais sozinhas, a menos que queiram ir à sociedades delas. No
momento em que retona, este pássaro assim ala com sua proprietária, "o trabalho que me mandastes
azer, eu o fiz". Se esta pessoa possui um remédio contras as Àjé, ela é capaz de dizer, "que aquela que
vos enviou para me pagar, não me pegue", tento pegar, pegar, pegar, mas não sou capaz de pegar. Se me
e. enviardes a pegar alguém (que não possua este remédio) eu o pego. Aquela que possui um pássaro vai
então para o meio da sociedade, ela diz então que ela enviou um mensageiro em missão, ela ez este
trabalho contra ele, ela levou este trabalho para o meio da assembléia, porque ele não pode trabalhar
sozinha. Quando elas assim alaram, aquelas que ficam compartilham as coisas. O sangue da pessoa que
,,

ela mandou (pegar) ela o leva para o meio da sociedade, todas as suas companheiras o querem tocar com
suas bocas. Quando elas tomaram juntas este sangue, elas se separam. Quando elas se separaram, chegou
o dia seguinte, chegou a noite seguinte, elas enviam novamente o pássaro. Elas não deixam dormir (sua
vítima) este pássaro pode pegar um chicote, pode pegar um porrete, pode pegar uma aca, pode toma-se
uma alma do outro mundo, pode toma-se uma àrisà. Para ir pôr medo naquele para o qual elas o
enviaram. Tal é a história destas Eleye! É assim que elas são!

Írété àwànrín ou Írété Olótà

Con10 àrúnn1ilà vai ver o seredo de Íyànú e,n àtà

Tu me mostras o conteúdo de um grande saco. Eu te mostro o conteúdo de um grande saco. Tu


tens, eu tenho. Owúyewuye é babaláwo na casa de àrúnmilà. fá é consulado por àrúnmilà que procura
o segredo na cidade das Eleye. àrúnmilà diz que desta cidade das Eleye aonde ele vai, ele é capaz de
conhecer sua base (o segredo)? É ele capaz de trazer dela o bem? Eles (os babaláwo) dizem a àrúnmilà
que aça uma oerenda. Eles dizem que àrúnmilà, antes de ir ver o segredo do que as Eleye azem no
mundo, eles dizem que àrúnmilà vá preparar um saco de pano branco. Eles dizem que ele oereça uma
cabeça da serpente oa. Eles dizem que ele oereça um pombo brando. Eles dizem que ele oereça quatro
nozes-de-cola brancas. Eles dizem que ele oereça quatro nozes-de-cola vermelhas. Eles dizem que ele
oereça azeite-de-dendê. Eles dizem que ele oereça giz (efun). Eles dizem que ele oereça pó vermelho
(osim). Eles dizem que ele oereça uma cabaça. Eles dizem que àrúnmilà prepare tudo isso. Quando
àrúnmilà preparou tudo isso, eles vêm pegar esse saco de pano, eles o suspendem. àrúnmilà diz ah!
àrúnmilà vai a àtà, chega no meio do mercado, mal àrúnmilà chegou, eles dizem ah! ah! elas dizem,
chegou a comida! Alguém a quem elas querem matar e comer chega. Começaram todas elas a alar. Esu
(que az o bem e o mal) (que az todas as coisas). Esu se transorma rapidamente, então ele se tomou
uma pessou. Ele vai chamar todas Àjé que estão àtà. Ele diz ah! ah! ele diz, àrúnmilà. Ele diz, o pássaro
de àrunmilà. Ele diz, é mais poderoso que todas vós. Ele diz reuni todos os vossos pássaros, vós o
reunireis perto dele, que ele possa receber o poder junto a àrúnmilà. Elas dizem, este homem tem um
pássaro? Esu diz, àrúnmilà tem um pássaro. Ele diz, é maior que todos os de àtà. Todas elas começam a
juntar seus pássaros. Começaram a levá-los até àrúnmilà. Assim àrúnmilà tem todos os pássaros
.
reunidos em tomo dele. Quando àrúnmilà já os tem em tomo de si, àrúnmilà vai sentar-se. Assim que
ele senta, elas dizem que não querem tirar seu mau-olhado do copo de Órúnmilà. Elas dizem que lutarão
com ele. Elas dizem que estão encolerizadas porque ele conhece seu segredo. Elas dizem, eles querem,
por esta orma, conhecer o segredo delas. Elas dizem, se pegarem Ôrúnmilà, elas o matarão. Ele vai
chamar os babaláwo. Ôrúnmilà vai inormar-se. Ele vê Temáiye. Se o babaláwo da casa não pode escutar
ifá, vai se azer uma consulta ora. Ifá é consultado no dia em que estas Eleye dizem que o matarão. Elas
dizem, tu Ôrúnmilà és aquele a quem as Eleye vão matar, as Eleye querem matar-te. Eles dizem a ele que
aça oerendas. Eles dizem a Ôrúmilà que, naquele dia, prepare ekujebu ( caroço muito duro). Dizem que
tenha também um rango ópipi (rango de penas arrepiadas). Dizem também que tenha um eko (purê de
milho enrolado em uma olha). Eles dizem a Ôrúnmilà que tenha 6 shilings. Então Órúnmilà age assim.
Quando ele terminou, eles vão com todas essas coisas, com elas vão consultar ifá para Ôrúnmilà, eles
vão chamar. Quando chamaram, para que elas comam, elas voltam a dizer que querem pegar Órúnmilà,
elas vêm vigiar Órúnmilà até que, elas não vêem mais Ôrúnmilà para pegá-lo. Quando elas não o vêem
mais para pegá-lo, elas dizem, Órúnmilà, elas dizem, como aremos para ver-te e pegar-te? Ele diz jé
não é severa, ela não pode comer ekujebu, vós de modo algum, podeis matar-me. Ele diz, o rando ópipi
não tem asas para voar sobre a casa, elas não podem matar-me. Isto oi o que Órúnmilà ez na quele dia,
para que elas não sejam capazes de matá-lo, quando Ôrúnmilà oi a Ótà para ver o segredo delas.

Ogbe àgúndá ou Ogbe Yónú

Íyàni esta sempre encolerzada

O que a mim izeres, areis a ti. A árvore dos campos leva uma coroa na cabeça. O algodão não é
um ardo pesado (mas ele não é compacto). Ifá é consultado para as pessoas que vieram à tera. Ifá é
consultado para as Eleye que vieram à tera. Quando as eleye chegaram à terra, eles dizem, que elas não
lutarão com eles. Elas dizem, se eles não lutarem com vós. Elas dizem, vós não deveis colher os quiabos
de Ejio, elas dizem, vós não deveis arrancar a olha ósun de Aloran, elas dizem, vós não deveis contorcer
o corpo no pátio dos undos da casa de Mosionto. Elas dizem que se eles colhessem os quiabos de Ejio,
elas lutariam, com eles. O que são os quiabos de Ejio? Os ilhos dos homens não conhecem os quiabos
de Ejio. Quando os ilhos dos homens partirem, se partirem, poderão chegar, caminhando, a um lugar
onbde colherão um olha comum. Poderão ir a um lugar onde não colherão olhas, onde icarão sem
azer nada. As eleye dizem ah! eles colheram os quiabos de Ejio. Os de Ejio que dissemos que não era
.
colher, eles colheram. Ah! os filhos dos homens suplicam. Se elas disserem a al uém que não se devem
colher os quiabos de Ejio, se ele não fizer numerosas oferendas, se ele não fizer numerosos sacríficios, se
ele não tiver muitas coisas com as quais dirigir-lhes súplicas, assim como Órúnmilà fez, elas dizem que
não perdoarão, se alguém não tiver coisas com as quais suplicar, elas o matarão. Mal ele põe a mão em
al uma coisa já elas estão dizendo que são os quiabos de Ejio. Elas vão dizer, ele colheu os quiabos de
Ejio. Porque, colher os quiabos de Ejio, arrancar a folha osim de aloran, contorcer o copo no pátio dos
undos da casa de Mosionto, as Eleye, para atormentar os filhos dos homens, são capazes de achar o
caminho para lutar com eles, apresentando-lhes todo tipo de eni mas. Elas sabem que os filhos dos
homens não têm o conhecimento, que eles não sabem que aspecto têm os quiabos de Ejio. Se eles não
tiverem dinheiro na mão, se não estiverem bem preparados, elas os matarão. Quando volta a chegar o
tempo, quando os filhos dos homens devem levantar-se de novo, quando eles voltam a acordar de manhã,
quando dizem que vão ao campo, aqueles cuja chácara é boa, que transportam inhame, que transportam
milho. Então, se as Eleye virem que eles não lhes dào uma parte, elas dizem, a olha osim de Aloran é
aquela que eles arrancaram. Elas dizem, osun de aloran é a que vocês arrancaram. Àquele que, dessa
orma, transportar os inhames e o milho, elas dizem que ele arrancou a folha osun de Aloran. Se eles não
a oerecerem para que elas a comam, se eles não voltarem a fazer-lhes oferendas, sacrifícios, se eles não
lhes dirigem síplicas, dando-lhes coisas boas, elas os matarão. Se, mais uma vez eles vão para fora, se as
pessoas vão para ora, se as pessoas vão comprar algo, se comprarem um rato, se comprarem um peixe,
se comprarem um animal, se comprarem qualquer coisa, se derem uma parte para as Eleye comerem, as
Eleye dizem, basta. Aluém que vai comprar alguma coisa, que não lhe dá para comer, elas dizem que
ele contorceu o corpo no pátio dos undos da casa de Moisonto. Porque ele comprou algo e não lhes deu
de comer, se ele não lhes fizer oferendas, se ele não lhes fizer sacrifícios, elas o matarão. A razão para
matar toda essa gente, é o enigma, os três enigmas que elas lhes apresentam. Elas os atormentam com os
enigmas. Então elas sabem, dizem que os filhos dos homens não sabem que esta lei existe não são
capazes de respeitá-la porque não sabem que os ilhos dos homens não sabem o que é o quiabo de Ejio, a
coisa, que elas dizem ser o quiabo de Ejio, é o quiabo de Ejio, elas sabem, dizem que o filho dos homens
não sabe o que é a folha osun de Aloran, a coisa, que elas dizem ser a folha osun de aloran, é a olha
osun de Aloran. Elas sabem que o filho dos homens não sabe o que é contorcer o copo no pátio dos
(undos da casa de Mosionto. A ação, que elas dizem ser que é contorcer o copo no pátio dos undos da
casa �e Mosionto, é contorcer o corpo no pátio dos undos da casa de Mosionto. As eleye atormentam as
O pessoas. Mas Órúnmilà vem suplicar por elas. Ele vem novamente suplicar por seu filhos, suplica
novamente por toda a sua gente, ele diz que sua casa, seu campo, seu caminho, e todas as coisas que ele

possui, que elas as poupem, que elas não lutem com eles, que elas permitam que tudo aquilo que
ele quiser fazer seja bom. Órúnmilà vem fazer seu sacrifício. Ele vem para libertae os filhos dos homens
das mãos delas então elas vêm dizer, todas as pessoas pelas quais Órúnmilà ez este sacrifício, pelas
quais ele suplicou, elas lho entregarão. Mas elas não querem que Órúnmilà aça isto par todo mundo.
Mas todas a pessoas para as quais Orúnmilà ará este sacriício, serão por elas poupadas, elas não as
matarão, em se tratando, levarão em conta a Órúnmilà. Aquele a quem Orúnmilà diz para poupar, elas o
pouparão. A pessoa que elas teriam apanhado. Se Órúnmilà solicitasse poupá-la elas a poupariam. Todos
aqueles, de quem as Eleye disseram que colheram os quiabos de Ejio, que compareçam perante
Órúnmilà. Órúmilà implorará por eles, Órúnmilà suplicará por eles, Orúnmilà suplicará novamente por
eles, as Eleye perdoarão. Aqueles de quem elas disseram, eles arancaram a olha osim de Aloran, que
eles ujam para junto de Orúnmilà. Órúnmilà ará com que todos sejam perdoados. Aqueles de quem elas
disseram, eles contorceram o copo no pátio dos undo da casa de Mosionto. Somente Órúnmilà assim os
ez perdoar, as ilhas de Eleye dizem, basta. Elas dizem, se antes estavam iradas, não estão mais iradas.
No dia em que elas dizem, não estão mais zangadas com Órúnmilà, elas deram permissão a Órúnmilà,
para que libertam de suas mão todos os ilhos dos homens.

Ogbe Ôgúndá ou Ogbe Yónú


Como Orúnmilà acahna a cólera de Iyà1ni
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O que a mim izeres, farei a ti, a árvore dos campos leva uma coroa na cabeça. O algodão não é
um ardo pesado (mas não é compacto). Ifá é consultado para as pessoas que vieram à terra. Ifá é
consultado para as Eleye que vieram à terra. Quando as Eleye chegaram à terra, Órúnmilà diz, elas são
1 capazes de poupá-lo? Elas dizem que quando chegaram à terra, quando vieram pela primeira vez à terra,
beberam de sete áuas. A áua de Ogbere na cidade de Owu oi a que beberram em primeiro lugar.
Beberam em seuida a áua de Majomajo, rio de Apomu. Beberam em seguida de Oléyo, água de
Ibadan. De Iyewa, elas beberam em Iketu. De Ogún, elas beberam em ibara. De Ibo, elas beberam em
Oyan. De Oséréré, elas beberam em Ikirun. Das_ sete águas vós bebetes quando viestes à terra. Quando
bebestes dessas água quando viestes à terra, estais com os filhos dos homens, encontrais os filhos dos
homens, vós os poupareis? Dizeis que não os poupareis. Os ilhos dos homens correm para a Eégún. À
casa de Eégún, vão em primeiro lugar naquele dia. Esses ilhos dos homens vão correndo encontrar
Eégen. Eles dizem, tu Eégún, protege-nos, as filhas de Eleye dizem que não querem poupá-los. Eégún
diz que não é capaz de salvá-los. Ele diz que não é capaz de proteger os filhos dos homens naquele dia.
Eles deixam esse lugar. Vão à casa de àrisà, vão à casa de Sàngó. Vão à casa de Oyà, vão à casa de Obà.
Pedem que os protejam. Todos eles dizem que não são capazes e apaziguar a cólera delas. Que, irá
salvá-los neste mundo? Eles devem ir à casa de Órúnmilà, quando chegam à casa de àrenmilà, dizem,
Órenmilà, protege-nos. Eles dizem, as ilhas de Eleye não nos querem poupar. Eles dizem, elas nos
matarão. Eles dizem, protege-nos, que elas sejam capazes de poupar-nos, que elas não sejam capazes de
matar-nos e comer-nos. Órúnmilà diz que com eles arão um pacto, mediante juramento, naquele dia.
Ele diz, somente se alguém o preparar (como àrenmilà fez outrora), eles serão poupados. Esu vem dizer
veementemente a Órenmilà. Esu diz que ele prepare um prqato de barro, que ele prepare um ovo de
galinha, que ele prepare mel, que ele prepare uma pena de papagaio, que ele prepare folhass de ojúsàjú,
que ele prepare folhas de oyóyó, que ele prepare folhas de àánú, que ele prepare folhas de agogo ogún.
àrenmilà az a oferenda do lado de ora. Quando àrenmilà fez a oferenda. Esu é isto, é amigo de
Órenmilà. Assim como ele teve um encontro com as Àjé na terra, assim as encontrou no além. No dia
em que elas beberam dessas sete águas, antes de tudo, no dia em que elas começaram a beber, foi na
presença de Esu. Mo dia em que ela fizeram a reunião, foi na presença de Esu. Elas decidiram no
momento em que chegaram. Disseram, aquele que decifrar o enigma que elas apresentassem, disseram,
aquele que decifrar o enigma, elas o poupariam. Disseram, aquele que queria ser poupado, se não
soubesse o enigma, elas não o poupariam. Órenmilà não conhece esse enigma. Mas quando Órenmilà dá
comida a Esu seu ventre se adoça (ele fica contente). Esu anda sem azer barulho (sem que as pessoas
não o ouçam), ele ala a Órenmilà. Ele diz que àrenmilà tenha bucha de algodão na mão, diz que tenha
um ovo de galinha na mão. As ilhas de Eleye dizem com insistência: "elas não estão contentes com os
filhos dos homens naquele dia". Elas dizem, todo caminho pelo qual orenmilà andou, elas dizem que não
é bom. Elas dizem que não estão contentes com pessoa alguma. Elas vão persistindo nesse assunto até a
casa de Ogbe Yónú. Quando chegam à casa, as filhas d Eleye declaram (seu caso), os filhos dos homens
declaram (seu caso). Os filhos dos homens são julgados) culpados. Quando os ilhos dos homens são
julgados culpados (a despeito) das oferendas que àrenmilà fez na terra, Órúnmilà é julgado) culpado. A
oerenda, àrenmilà fez na terra, diz que elas estão contentes com ele. Esu diz, filhos de Eleye, ele diz,
deverdveis saber o tipo de indicação dada. Ele diz, o sacrificio que, dessa forma, àrúnmilà trouxe para
ora, ele diz, examinai-º quando elas o examinam, elas pegam a olha de oyóyó. Ah! elas dizem,
Órúnmilà diz que elas estão contentes com ele. àyóyó é quem diz que vós estais contentes comigo, que
. não deveis lutar comigo. Elas (as Eleye) dizem, quando órúnmilà tinha a folha de óyóyó ele dia que elas
estavam contentes com ele, (e) que elas també estavam contentes com todos os ilhos dos homens. Elas
vêem em seguida a olha ojúsàjú. Esu diz, compreendeis aquilo que ela vos disse? Ele diz que vós, com
toda a bondade, o respeiteis, que ele verá a bondade. Elas dizem que folha é esta? Dizem qual é a terceira
folha? Ele diz, que é a folha àánú. Ele diz, vós todas tereis piedade (sàámu). Elas dizem que terão
piedade de Ôrúnmilà. Elas dizem (o que signiica) a folha do agogo ógún? Ele diz vós sabeis. Ele diz que
na casa, nos campos e detrás do muro da cidade, que tem todo lugar aonde lhe agrada ir, vós deixareis o
que seja bom, que tudo aquilo que ele tiver na mão, vós deixareis o que seja bom, elas dizem que ele
peça com agogo ógún. Elas dizem, por que este mel? Elas dizem, como é que ele conhece a coisa com a
qual elas prestaram um juramento? Ele diz, Ôrúnmilà é capaz de saber de todas as coisas. Elas dizem,
por que este eun? E este osim? Ele diz, giz que vós lhe deis a elicidade. Ele diz, pó vermelho diz que
chegueis com a elicidade. Elas dizem, por que a pena de papagaio? Hein! Ele diz, quando vós, Eleye,
chegardes ao além, ele diz, a·pena com qual izestes o sacrifício, vós a colocareis na cabeça, ele diz, esta
pena que vós utilizais traz com ela a elicidade, em todos os lugares por onde ela vai. Quando chegou o
tempo, quando Ôrúnmilà cessou de alar, As Eleye dizem, tu Ôrúnmilà; dizem elas, como então acabaste
de alar elas dizem, deixa que elas também alem por elas. As filhas de Eleye vêm dizer, eles dizem
Ôrúnmilà, elas dizem, está bem elas vão apresentar um engma. Elas dizem, quem deverá ser capaz de
resolver o enigma que elas irão apresentar. Elas dizem que ele devera ser capaz de resolver o enigma
que elas vão peruntar. Elas dizem, sua casa será boa, seu caminho será bom, seus ilhos não irão morrer,
suas mulheres não irão morrer, ele também não irá morrer, todos os lugares para onde ele estender a mão
serão bons. Mas se ele não conhecia este enigma, elas não aceitaram sua súplicas, elas icariam
encolerizadas com ele o tempo todo. Mas se ele or capaz de dar a resposta, acabou. Ôrúnmilà diz que
assim está bem, ele diz que elas apresentam este enigma: "Elas dizem jogar Ôrúnmilà diz pensar"} (sete
vezes). Na sétima vez elas pedem essa resposta a Ôrúnmilà. Elas dizem, Ôrúnmilà, dizem, quando ele diz
pegar, dizem, elas, o que elas lhe enviam para se pegar? Ah! diz ele, vós enviais um ovo de galinha.
Dizem elas, de que dispóem para pegar (o ovo)? Ôrúnmilà diz que é a bucha de algodão. Elas dizem a
Ôrúnmilà que jogue este ovo de galinha para o ar. Elas dizem que ele o pegue sete vezes. Quando
Ôrúnmilà o pegou sete vezes, elas dizem assim acabou? Elas dizem assim está bem. Elas dizem que eles
estão perdoados. Elas dizem, vós, todos os ilhos dos homens e tu Ôrúnmilà, elas dizem, dançai, elas
dizem, cantai: "Ôrúnmilà o ez, ganhastes, pessoas, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye vieram dizer­
vos ganhastes, pessoas. Foi a áua Ogbere em Owu que bebestes em primeiro lugar, ganhastes, pessoas.
As filhas de Eleye dizem ganhastes, pessoas. Bebestes em seuida a água de Majomajo em Aapoinu,
ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem ganhastes, pessoas. Em seguida bebestes a áua de Ôléyó
em Ibadan, ganhastes, pessoas. As ilhas de Eleye dizem ganhastes, pessoas. Da água de Iyewa bebestes
em Iketu, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem ganhastes, pessoas. Da áua de Ôgún bebestes
. em ibara, ganhastes, pessoas. As ilhas de Eleye dizem ganhastes pessoas. Da água de ibo bebestes em
Oyan, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem ganhastes , pessoas. Da água de Oséréré bebestes em
Ikirun, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem ganhastes, pessoas. A folha de ojúsàjú diz que vós a
respeiteis, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem que vós ganhastes, pessoas. A olha de oyóyó diz
que vós estais contentes, vós ganhastes pessoas. As ilhas de Eleye dizem vós ganhastes, pessoas. A
folha de àánú diz que tereis piedade, vós ganhastes, pessoas. As ilhas de Eleye dizem vós ganhastes,
pessoas. A folha de agogo ogún diz que me enviais a elicidade, vós ganhastes, pessoas. As ilhas de
Eleye dizem, vós ganhastes, pessoas. Se não lambermos o mel icaremos com ar triste, vós ganhastes,
pessoas. As filhas de Eleye dizem, vós ganhastes, pessoas". Quando Ôrúnmilà terminou seu canto,
Ôrúnmilà dança. Ele vem com um agogo na mão. Eles vêm bater o agogo. Ôrúnmilà acabou de dançar,
elas dizem, Ôrúnmilà, elas dizem, isto está bem. Elas dizem, se deve ir à casa, ou ir ao campo, ir para
fora, todos os caminhos onde ele puser a mão (por onde passar) serão agradáveis. Elas dizem, se ele deve
construir uma casa, elas dizem, se ele quiser dinheiro, elas dizem, se ele quiser permanecer muito tempo
no mundo, elas dizem, se ele desejar que elas o protejam, ela_s_ dizem, se Ôrúnmilà cantasse esse tipo de
canção, elas dizem que aceitarão, elas dizem, que ficarão contentes com esta pessoa, elas dizem, que
tudo aquilo que Ôrúnmilà quiser pedir-lhes, elas dizem, que no lugar onde agradar a Ôrúnmilà
pemanecer, quer seja nos sete céus de acima, se ele cantar esta espécie de canção elas responderão.
Então elas fão a coisa que ele pede para a elicidade. Elas dizem que se ele permanecer nos sete céus de
baixo, se ele cantar esta canção, elas então arão a coisa que ele quiser para a elicdade. Elas dizem que
se ele permanecer nos quatro cantos do mundo, se ele permanecer na casa de Olókun (o mar), se ele
permanecer no lado do mar, se ele permanecer no meio de duas lagoas, se ele permanecer em Iwanran no
lugar onde o dia nasce, se ele cantou isto, se ele deu nomes às áua que elas beberam, elas dizem que
perdoarão. Elas dizem que está bem. Elas dizem, o diznheiro que Ôrúnmilà não tem. Ôrúnmilà o terá.
Elas dizem, a mulher que Ôrúnmilà não têm, Ôrúnmilà a terá. Ela dizem, a mulher que não deu à luz, a
mulher de Ôrúnmilà ficará grávida, ela dará à luz. Elas dizem, a casa que Ôrúnmilà a construirá. Elas
dizem todas as coisas boas que Ôrunmilà não viu, ela dizem Ôrúnmilà ficará velho. Elas dizem que
Ôrúnmilà ficará muito tempo ( no mundo), ele se tomará um ancião. Ôrúnmilà diz a todos os seu ilhos
do alto e de baixo, ele diz que precisam conhecer esta canção, que precisam conhecer esta história, para
que sejam capazes de contá-la. Toda pessoa a quem esta história or contada, as Eleye jamis ousarão
combatê-la.
.

Odí Méji
' '
Co1no Oún1nilà acaln1a Iyàn1i

Grande montículo de terra na extremidade da rua. Muita poeira. Ifá consultado para as
Iyàmi àsorongà, que vieram do além para terra. Elas dizem que querem ouvir a voz do babaláwo,
quando�as Iyàmi àsorongà vêm. Elas dizem, elas vêm à terra. Então elas chamam Órúnmilà no além.
Olódumaré disse a àrúnmilà que fosse. àrúnmilà partiu. No lugar para onde partiu, chegou ao muro de
pedra de Órisàlà. Encontra as Iyàmi no caminho. àrúnmilà diz aonde vão? Elas dizem que vão à terra.
Ele diz, que vão azer lá? Elas dizem, aqueles que não serão seus partidários, elas estragarão. Levarão
doenças a seus copos. Levarão raqueza a seus corpos. Arrancarão os intestinos das pessoas. Comerão
os olhos das pessoas. Comerão o igado das pessoas. Beberão o sangue das pessoas. Não ouvirão a voz
de ninguém. àrúnmilà diz ah! ele diz qie seus ilhos estão na terra. Elas dizem que não conhecem os
ilhos de ninguém. Quando elas dizem que não dizem que não conhecem os ilhos de ninguém. Órúnmilà
disse que seu ilhos estão sobre a terra. Ela dizem, àrúnmilà ala com teus ilhos, que tenham folhas de
ogbó, que tenham uma cabaça, que tenham a ponta do rabo de um rato okété, que tenham tambem o
copo de um rato okété, que tenham ovos de galinha, que tenham mingau de milho misturado com azeite,
que tenham azeite, que tenham 4 shilings. Órúnmilà envia um mensajeiro a sua gente. Diz-lhes que
preparam tud? isto. Assim que as Iyàmi chegam à tera, antes de tudo se empoleiram na copa de uma
árvore orógbó. Quando elas permanecem no orógbó, procuram sua oportunidade. Não a vêem, elas
deixam esse lugar. Chegaram à copa de uma árvore àjánreré. Ao chegarem à copa de uma árvore
àjánreré elas não têm sorte. Vão para copa de um Irókô. A penca de frutos na copa do Irókô não é
suiciente para elas. Vão na árvore oro, lá elas não têm sorte. Vão em um ôgún bereke, lá elas não têm
sorte. Vão para um arere, nãoencontram lugar onde ficar. Vão na copa de uma árvore que elas chama de
opé ségiségi, no rio Awiinmógun. Quando ali chegam ali icam. Ficam em sua copa. Constroem em
pátio no undos. Constroem um quarto. Elas dizem que é lá que se reunirão. Juntam um grande
montículo de terra lá onde todas as Eleye se reúnem. Quando estão reunidas, quando chegaram terra,
trazem dores de barriga para as crianças. Trazem doenças para as crianças. Arrancam os intestinos das
pessoas. Arrancaram os pulmões das pessoas. Bebem o sangue das pessoas. Dão dores de cabeça aos
ilhos de um outro. Dão doenças aos ilho de um outro. Dão reumatismo aos ilho de um outro. Dão
dores de cabeça, ebre, dor de estômago, aos ilhos de um outro. Fazem sair a gravidez do ventre daquele
que está grávida. Trazem para fora o eto daquele que não é estéril. Não deixam que uma mulher ique
grávida. Aquela que está grávida elas não deixam parir. Elas (as pessoas perseguidas) vêm azer súplicas
aos filhos de àrúnmilà. Dizem os filhos de àrúnmilà que as ajudem. Que ajudem aquela que está
grávida. O sacriicio que Ôrúnmilà disse a seus filhos que izessem, naquele dia, seus filhos o izeram.
Elas dizem que se os filhos de àrúnmilà as quiserem chamar, elas dizem que as chamem com uma voz
triste.. quando izerem a oerenda, quando os filhos de Ôrúnmilà já tiverm chamado, deverão levá-la e
colocá-la em cima de seu montículo de terra. Deverão cantar assim. Elas dizem que eles deverão cantar
com uma voz triste. Elas dizem que eles responderão. Eles deverão cantar assim: "Mãezinha vós
conheceis minha voz. Iyàmi àsorc'mgà, vós conheceis minha voz. Iyàmi Ôsorongà, toda coisa que eu
disser, a folha ogbo disse que vós certamente compreendereis. Iyàmi àsorongà, vós conheceis minha
vóz. Iyàmi àsorongà, a cabaça diz que vós ides agarar. Iyàmi àsorongà, vós conheceis minha voz.
Iyàmi àsorongà, a palavra que o rato okété disse à terra, a terra certamente a compreende. lyàmi
Ôsorongà, vós conheceis minha voz. Iyàmi, todas as coisas que eu disser vós areis. lyàmi Ôsorongà, vós
conheceis minha vós". Eles começam a cantar. Quando eles acabam de cantar, todas as Eleye estão
silenciosas. Os filhos de Ôrúnmilà o arão por eles. (àrúnmilà) diz que se eles colherem a folha que age,
ele diz que eles

tomarão cuidado para que a pessoa grávida permaneça grávida. Aquele que icar grávida, eles
cuidarão para que ela dê à luz. Ele diz que aquele que icar doente, eles cuidarão dele, ele icará bem. Ele
diz que será curado. Ele diz que aquele que tiver dor de cabeça, eles colherão a folha que age. Se o
igado fizer mal a alguém, desenterrarão para ele a raiz que agr. Como as lyàmi autorizaram esses filhos
de àrúnmilà naqule dia, todas as coisa que eles izerem agirão. Mas naquele dia eles chamarão co voz
triste o canto indicado, para que Olorun deixe essas pessoas realizar esta boa tarea.

Ogbe Osá .
' '
O poder de Iyàmo é empregado para o bem e para o n1al
Ogbe sá sobre na árvore. Ogbe sá sobre no teto. Ifá é consultado para todas as Eleye, quando elas
vieram do além à terra. Quando elas chegam à terra, elas dizem que querem que querem Ter uma
residência. Elas dizem sete residência são os sete pilares da terra. Elas dizem essas sete são os lugares
onde elas arão suas residências. Antes de tudo elas dizem que terão uma primeira residência. Elas
dizem, elas icarão na árvore iwó que chamamos de orógbó. Elas dizem, quando elas saírem do orógbó,
elas dizem, elas ficarão na árvore arere. Elas dizem, quando tiverem uma reunião no arere, elas dizem,
elas irão na árvore ose. Elas dizem, quando deixaram ose, elas dizem, elas irão na árvore iróko, elas
dizem, elas irão na árvore iyá. Elas dizem, quando elas deixaram iyá, elas dizem, elas irão na árovre
àsurin, elas dizem, elas irão na árvore obobo, que é o chee das árvores dos campos. Elas dizem, quandoo
vós estais nas setes árvore, elas dizem, que trabalho azeis em cada uma das árvores? Dizei, se elas
sobem na árvore iwó, se elas pensam em aluém, dizei, vós pensais em sua elicidade se subirdes no iwó.
Dizei, ele icará muito tempo na terra, ele será direito justo) na terra. Dizei, aquele em pensareis
(quando estiverdes) no arere, todas as coisas que lhe agradarem, vós destruireis. Dizei, se vós subirdes na
árvore ose, todas as coisas que agradarem a esta pessoa vós concedereis. Dizei, se subirdes no iróko, ali
meditareis, sereis duro com aluém, provocareis acidentes com ele, o agarreis com orça. Dizei, se
subirdes na árvore iyá, rapidamente levareis alguém no além (vós o matareis). Dizei, se subirdes na
árvore àsurin, todas as coisas que quiserdes azer, vós a areis. Se quiserdes trabalhar para a elicidade,
trabalhareis para a elicidade. Se quiserdes trabalhar para a inelicidade, trabalhareis para a inelicidade.
Todo trabalho que vós agradar azer no àsurin, vós o realizareis. Dizei que se deixardes a árvore àsurin,
icareis na árvore obobo. Dizei que se lutardes com alguém, se ele vier vós azer súplicas, se estiverdes
na árvore obobo, vós o perdoareis. Dizei, se o obobo, é o chee das árvores dos campos. Se ele é a última
árvore onde vós realizais vossa reunião no mundo. Dizei, a árvore àsurin. Ela é vosso poderio. Dizei, se
subirdes na árvore àsurin, lá vós tendes poderio. Tudo o que quiserdes azer por alu ém, e todo o bem
que quiserdes azer a alguém, dizei, se subirdes na árvore àsurin. Dizei, é vossa árvore, vós não o
deixareis. Dizei, em todas as outras árvores vós chegais, mas na árvore àsurin azeis vossa casa principal.
Quando azeis vossa casa na árvore àsurin, quando chegais lá, então cantais, como Órúnmilà que criou
esta canção. "Todas as Eleye sobem na árvore àsurin" (repetir três vezes). Assim cantastes. Quando
assim cantastes, se quiserdes deixá-la, se disserdes, ireis até o mar, assim ireis até o mar, se disserdes
ireis até a lagoa, assim ireis até a lagoa, rapidamente chegareis lá. Se disserdes, ireis em toda a terra,
mesmo se disserdes, ireis ao céu, rapidamente chegareis lá, quando icardes na árvore àsurin. A árvore
� àsurin é o lugar onde as Eleye obtêm seu poderio. Não é qualque um que pode manter-se lá.
Ôsá Méii

Iyàmi e o mito da criação da roupa de Eégún

àsá méji é rico. Potente grito. Barulho de sino (ajija) chega no além. Ifá é consultado para Odu, no
dia em que ela vem do além para a terra. lfá é consultado para àbàrisà, no dia em que ele vem do além
para terra. lfá é consultado para Ógún, no dia em que ele vem do além para terra. Este três chegam. Entre
eles somente Odu é mulher. Odu diz, tu Olúdumare. Ela diz, assim vão eles na terra. Ela diz, quando
chegarem lá, como icará? Olódunmare diz, eles irão para a terra, boa será a terra. Ele diz, tudo o que
eles quiserem azer então, ele diz, ele lhes dará o poder, então tudo icará bem. àgún camiha na
dianteira. Quando àgún caminha na rente deles àbàrisà segue. Quando Óbàrisà segue, Odu vem após.
Quando Odu vem após, ela volta atrás. Ela diz, tu Olódumare. Ela diz, a terra para onde eles assim vão.
Ela diz, Ógún, ela diz, tem o poder dos combatyes, ela diz, ele tem osabre, ele tem o uzil, ela diz, ele
tem todas as coisas para azer a guerra. Ela diz, Óbàrisà, ela diz, ele também tem o poder. Ela diz, com o
poder que ele tem, ela az tudo o que quiser. Ela diz, é mulher entre eles, ela é Odu. Ela diz, que poder é
o seu? Olódumare diz, qual é teu poder? Ele diz, tu serás chamada, para sempre, mãe deles. Ele diz,
porque quando todos os três partistes, ele diz, tu a única mulher retomaste. Ela diz, a ti, esta mulher, é
dado o poder, que az dela mãe deles. Ele diz, tu,tu susterás a terra. Olódumare lhe conere este poder.
Ao lhe conerir o poder, ele lhe conere o poder do pássaro, ele lhe dá o poder de E;eye (proprietária do
pássaro). Quando ele lhe deu o poder de eleye, Olódumare diz, está bem. Ela diz, esta cabaça de eleye
que ele lhe deu, ele diz, conhecerá ela seu emprego na terra? Ele diz, que ela conheça seu emprego na
tera. Odu diz, ela o conhecerá. Ela recebe o pássaro de Olódumare. Então ela recebe o poder que ela
utilizará com ele. Ela parte. Ela está na iminência de partir. Olódumare a chama para que ele volte
novamente. Ele diz, está bem, ele diz, retoma. Ele diz, tu Odu, ele diz, retoma. Ele diz, quando ela
chegar à terra, ele diz, como irás utilizar teus pássaros, e as orças que ele lhes deu? Ele diz, com irá ela
utilizá-los? Odu diz, todos aqueles que não lhe tiverem dado ouvidos, ela diz, ela os combaterá com os
pássaros. Ela diz, aqueles que não vieram pedir-lhe uma indicação, (aqueles) que assim izeram, que não
ouviren tudo aquilo que ela disser, ela diz, ela os combaterá. Ela diz, aquele que dela se aproximar para
pedir ter dinheiro, ela diz, ela lhe dará. Ela diz, aquele que pedir-lhe para gerar, ela diz, ela o concederá.
Ela diz, se tivesse dado dinheiro a alguém, se, em seguida, ele se mostrasse impertinente para com ela,
ela diz, que o tomaria de volta. Ela diz, se tivesse dado um ilho a uma pessoa, se, em seguida, ela se
mostrasse impertinente para com ela, ela diz que o tomaria de volta. Ela diz, tudo aquilo que ela izer por
alguém, se, em seguida, ele se mostrasse impertinente para com ela, ela diz que ela o tomaria de volta.
Olódumare diz, está bem. Ele diz, nada mau. Ele diz, utiliza com calma o poder que te coneri. Se ela o
utilizasse com violência, ele o tomaria de volta, e de todos os homens que te seguirão, aço de ti a mãe
deles. Toda coisa que agradar-lhe azer, é coisa que deverão anunciar a ti, Odu. A partir de então
Olódumare coneriu o poder à mulher, porque aquele que então recebeu o poder se chamava Odu. Ele dá
às mulheres o poder de dizer tudo aquilo que lhes agradar. Sozinho o homem nada poderá azer na
ausência da mulher. Odu chega à terra. Quando chegam juntos à terra, em todas lorestas que vêem, que
eles chamam a loresta de Eégún, a mulher entra nelas. Aquela que eles chamam a floresta de Oro, a
mulher entre nela. Naquele tempo não havia proibição alguma para que a mulher não ousasse entrar em
loresta alguma. Ou paraq que uma mulher não ousasse entrar em nenhum pátio dos undos. Se eles
querem adorar Eégún, se querem adorar Oro, se querem adorar todos os Ôrisà, a mulher os adora naquele
tempo. Quando assim realizam o culto, ah! a antiga (àgbà) exagerou, ela caiu em desgraça. Ifá é
consultado para Odu, quando Odu chega à terra. Ei ! Dizem, eles tu odu, eles dizem, ela deve agir com
calma, que ela tenha paciência, que nãqo seja imprudente. Odu diz, por quê? Eles dizem, por causa do
poder que Olódumare te deu, eles dizem, para que as pessoas não saibam a razão disso. Odu diz (Ora
essa! ) ela diz, não é nada disso. Ela diz, ele não são capazes de conhecer o motivo. Ela diz, somente ela
oi junto de Olódumare. Receber o poder não oi na presença dos outros que chegaram à terra com ela,
não oi de modo algum na presença deles. Quando assim alaram a Odu, disseram-lhe que ela aça
oerendas. Odu diz, de modo algum! Ela diz, ela não ará oerendas. A oerenda para que a mulher
receba o poderio junto a Olódumare, ela a ez. Mas ela não deve rejubilar-se exageramente. Ela é capaz
de utilizar essas coisas durante muito tempo. As pessoas não podem estragar aquilo que ela tem nas
mãos. As pessoas não pessoas não podem conhecer os motivos de sua força. Ela não ará oerendas. Ela
parte. Ela põe para ora (a roupa de) Eégún. Ela az Oro sair para ora. Todas as coisas, não existem
coisas que ela não aça, naqule tempo. Ôbàrisà vem, ele diz, hein! Ele é aquele a quem Olódumare
coniou a terra. Esta mulher enérgica quer tomar a terra, e o pátio dos undos (lugar no culto) de Eégún, e
o pátio dos undos de Oro, e o patio dos undos de todos os orisà. (Ele) não ousa entrar em nenhum
deles. Ah! esta mulher vem tomar a terra. Ôbàrisà vai consultar (um) babaláwo. O babaláwo a quem ele
vai consultar, é Ôrúnmilà quem é consultado por ele naquele dia, é exatamente Ôrúnmilà que ele vai
consultar. Ele diz que Ôrúnmilà examine, que diz o oráculo? Eis a mensagem enviada por Olódimmàre.
Sustentará ele o mundo em suas mãos/ ele trasmite a mensagem com sucesso. Ninguém pode tomar o
mundo em suas mãos. O mundo não será estragado. Como será ele capaz de ser vitorioso? Ele consulta
Ifá. Eles dizem que Ôrisà deve azer oerendas. Eles dizem que então ele deve ser paciente. Naquele
tempo Ôrúnmilà escolhe a oerenda de caracóis. Ele escolhe um chicote. Ele escolhe 8 shilings. Órisà az
a oerenda. Quando Órisà ez a oerenda. Órúnmilà consulta Ifá para Órisà. Ele diz, esta terra se tomará
sua, ele diz, mas ele deve Ter paciência. Ele diz, se ele tiver paciência, ele diz, a adoração se tomará sua.
Ele diz, aquele que eneixa o poder da mulher, ele diz, ela vai exagerar. Quando ela tiver exagerando, ele
diz, ela se tomará tua serva, Ôrisà, ele virá submeter-se a ti. Ôrisà compreende, ele terá paciência. Todos
os hábitos, os bons, os maus, que Odu mostra na terra, com o poder que Olódumare lhe coneriu. Se ela
diz a alguém para não olhar seu rosto, se ele olhar o rosto, ela o deixa cego. Se ela diz que o olhar de
alguém na pessoa dela é mau, se ela diz que essa pessoa tenha dor de cabeça, ela terá dor de cabeça, se
ela diz que essa pessoa tenha dor de barriga, ela terá dor de barriga. Todas as coisas que Odu diz, naquele
tempo, se realizam. Quando chegou o tempo, Odu diz, tu Ôrisà, ela diz, quando eles chegaram juntos à
terra, ela diz, que ela e ele vão a um único lar. Ela diz, se estivermos em um único lugar, se ela diz, tudo
aquilo que ela quisesse azer, ela diz, ela teria a oportunidade de deixar-te, Ôrisà, ver tudo aquilo que ele
fará. Ela diz, porque com ele, e Ógún caíram juntos do céu. Ela diz, mas eles colheram Ôgún para ser
guerreiro. Aquele que queria azer-lhes a guerra, Ógún triunfáram sobre ele. Odu com Ôrisà devem
morar em um único lugar. Ao lugar para onde vêem juntos, eles moram em um único local. O caracol
que Ôrisà devem morar em um único lugar. Ao lugar para onde v6em juntos, eles moram, em um único
local. O caracol que Ôrisà oereceu, Ôrisà pega, adora sua cabeça com ele. Ôrisà adora sua cabeça com o
caracol no lugar onde ele mora. Quando Óisà terminou adoração, então bebe a água (contida na concha)
do caracol. Quando ele bebeu a água da (concha) do caracol. Ele diz, tu Odu também queres beber? Diz,
Odu, não tem importância. Odu recebe a água de caracol para beber. Quando odu bebeu a água de
caracol, o ventre (o humor) de Odu se acalma. No lugar onde seu humor se acalma, ela diz, ah! ela diz, tu
Órisà, ela diz, ela conhece através dele um coisa deliciosa de se comer. Ela diz, a água do caracol é doce,
o caracol também é doce? Quando teminou de comer, ela diz, isto é bom. Nunca lhe deram coisa tão
boa de se comer quanto o caracol. Ela diz, o caracol é o que se deve dar a ele para comer. Ela diz,
exatamente o caracol que tu, Órisà, comes, ela diz, devemos dar a ele. Ôrisà diz que lhe dêem caracóis,
ele diz, mas teu poder que não me mostraste, ele diz, é a única coisa que me entristece. Ele diz, toda
coisa, qualquer outra coisa que possuas, ele diz,tu ousas mostrá-las, tu Odu. Ôrisà assim ala. Quando
Órisà assim alou, Odu diz, quando ela veio icar com ele em um único lugar, ela diz, tudo aquilo que ele
1
J
izer, ela nada esconderá dele. Ela diz, tudo aquilo que ela izer, ela nada esconderá. Ela diz, ele poderá
ver todos os seus trabalhos e todos os seus hábitos. Ela diz, ela fica com ele em um único lugar. Ôbàrisà
diz, nada mau. Quando Órisà diz nada mau, eles estão juntos. Ele estão juntos, querem adorar Eégún.
Odu traz as coisas com as quais adora Eégim, ela as leva para o pátio dos gundos de Eégún. Ela diz a
Óbàrisà que a siga. Ah! Óbàrisà diz que está assustado. Ela diz que ele a siga. Óbàrisà segue. Quando
Óbàrisà segue (e) entra na floresta de Eégún, eles adoram Eégún. Quando eles adoram Eégún, Odu se
cobre com a roupa de Eégún. Mas ela não sabe como se az o som (da voz) de Eégún, como se faz a voz
de Eégún, Odú não sabe. Ela sabe somente cobrir-se coma roupar, ela sabe somente azer as orações,
como todo mundo. Mas ela não sabe como se fala com a voz dos seres do além. Quando eles adoraram
Eégún, Odu pega a roupa, cobre-se com ela. Ela faz votos de elicidade a uma pessoa que trouxe comida.
Quando terminou os votos, ela sai. Quando saiu, ela e Óbàrisà, chegou para eles o tempo de ir para casa.
Óbàrisà vai ao lugar (onde se encontra) a roupa. Antes a roupa de Eégún não tinha rede. Órisà
acrescentou a rede. A rede por onde Eégún pode ver. Naquele tempo Eégún tinha uma roupa simples.
Quando as mulheres faziam Eégún o tecido era simples. Elas aziam um uro no lugar do rosto para que
elas (pudessem) ver um pouco. (Não havia) re, naquele tempo elas aziam um uro no lugar do rosto de
Eégún. Mas quando Óbàrisà chega, Óbàrisà vem acrescentar a rede. Depois que eles chegam à casa,
Óbàrisà vai novamente ao pátio dos undos de Eégún. Ele pega (a roupa de) Eégún, corta o lugar do
rosto, aí põe a rede. Após colocar a rede, ele se cobriu com a roupa de Eégún. Quando se cobriu com a
roupa de Eégún, pega o chicote. Empunha o chicote. (Não se despediu de Odu, dizendo que vai ao pátio
dos undos de Eégún, no lugar de onde ele sai.) Óbàrisà ala com a voz de Eégún. Fala com a voz de
Eégún, eles não distinguem sua voz. Faz votos, eles não distinguem sua voz. Aquele que quer adorar
Eégún diz hein! Ele diz ah! ele diz Eégún que ele adora e, com efeito, verdadeiro, ele diz um dos seres
do além veio à terra, ele empunha o chicote. O chicote que ele assim empunhou, arrasta-o no chão. Fala
então coma voz de Eégún. No lugar onde se encontra, ele ala coma voz de Eégún. Ele se toma uma
coisa que assusta Odu. Ah! ah! quando ela veste a roupa, não conhece esse modo de alar. Ah! ah! quem
entrou rapidamente na roupa? Quem, em seguida, alou rapidamente com esse semelhante voz?
Cominteligência o homem toma o poder. E toda a inteligência da mulher, com inteligência o homem
toma das mãos das mulheres. Olódumare, em primeiro lugar, transmitiu a inteligência e o poder de Eleye
à mulher. Mas com inteligência e astúcia o homem toa a inteligência da mão das mulheres. Quando Odu
viu que esse Eégún em tono de toda a cidade. Odu viu então que a roupa é sua. Quando ela viu que a
roupa é sua, ela diz, quem é este ai? Ela não vê Óbàrisà na casa. Ela diz, esse aí é Óbàrisà? Odu
permanece em casa. Ela envia seu pássaro. Ela lhe diz que vá empoleirar-se no ombro (de Eégún). Eles
devem ir juntos. Tudo aquilo que Eégún disse, age pelo poder do pássaro, empoleirando em seu ombro.
Quando tudo aquilo que ele diz se realizou, (e) quando ele volta para casa. Ele volta ao pátio dos undos
de Eégún. Ele se despe no chão. Ele coloca o chicote no chão. Toma a pôr sua própria roupa. Sai. Eleye
vai para perto de sua proprietária (Odu). Quando ele volta para casa. Então Odu o saúda. Ela diz, sê bem­
vindo. Ela diz, de onde vem ele? Óbàrisà diz, ele vem de fora. Odu diz, nada mau. Ela diz, sê bem-vindo.
Então Óbàrisà esparrama no chão todas as coisas que recebeu. Quando ele as esparramou, Odu diz, está
e.

bem. Ela diz, então foi sua roupa de Eégún que ele conduziu para fora? àbàrisà diz, assim é. Odu diz,
está bem. Ela diz, verdadeiramente a ele convém mais do que a ela azê-la (sair). Ela diz, toda essa gente,
ela diz, grita, eis Eégún! Eis Eégún! Ela diz, eles gritam por causa dele. Ela diz, ele arrasta seu chicote no
chão, ela diz, a honra cabe a ele. Ela diz, a partir de hoje, ela diz, ela concede Eégún ao homem. Ela diz,
por causa dela, ela diz, mulher al uma nunca mais ousará entrar na roupa de Eégún. Ela diz, por causa de
Ôrisàlá, ela diz, ela dá Eégún ao homem,. Ela diz, mas se ele deve sair, ela diz, ela tem o poder que ele
utiliza. O motivo se deve à amizade entre Eégún e eleye. No lugar de onde vem Eégún, as Eleye
(também) vêm. Todo o poder utilizado por Eégún é o poder de Eleye. Odu diz, mulher aluma jamais
entrará na (roupa) de Eégún. Mas ela poderá dança, ir ao encontro de Eégún, quer dizer que se Eégún
sair, ele dançará diante dele, ele dançará na estrada, ao encontro de Eégún. Ela diz, a mulher ará isto
unicamente. Ela diz, a mulher não ousará nurica mais entrar no pátio dos undos. Ela diz, a partir de hoje
é o homem que levará Eéún para fora. Ela diz, ninuém, nem os netos, nem os velhos poderão zombar
da mulher. Ela diz, a mulher tem mais poder sobre a terra. Ela diz, além do mais, a mulher nos pôs no
mundo. Ela diz, todo mundo nasceu da mulher. Ela diz, todas as coisa que as pessoas quiserem azer, se
não forem ajudadas pelas mulheres, ela diz, não podem azer. (É por este) motivo que os homem nada
podem azer na terra, se não obtiverem das mãos das mulheres. Eles cantam. àbàrisà também canta.
Quando é o quinto (dia), eles azem (a esta da semana. Ele diz que todos os cânticos que eles cantarão
serão este aqui, vindos do (odu de lfá) àsá Méji. Ele diz, eles saúdam as mulheres, ele diz, se eles
saudarem as mulheres, a terra será tranqüila. Eles cantam assim: "Dobrai o joelho, dobrai o joelho para
as mulheres. A mulher nos pôs no mundo, assim somos seres humanos. A mulher é a inteligência da
terra, dobrai o joelho para a mulher. A mulher nos pôs no mundo, assim somos seres humanos".

àsá Méi
' '
Cóleraq de lyà,ni eni relação a Osàlá

Ele ica de pé por vós. Ele fica de pé por vós. Ele fica de pé por vós três vezes. Mau seu oyo que
eles batem com um porrete. Má palavra ogbígbí que eles batem com um pedra. Má comida, o morcego
vomita pela boca, defeca pela boca. lfá é consultado para Ôsàlá Ôseremàgbó, no dia em que vai buscar
áu a no rio das Eleye. lfá é consultado para as Eleye, no dia em que elas comerem mais o algodão de
àrisà. Quando chegou o momento de Ôrisà plantar seu algodão, ele encontra as Eleye que puxam esse
algodão e o comem. Elas as previne, dizendo-lhes que nunca mais puxem esse algodão e o comam. Elas
nunca mais roubarão coisa al uma. Quando elas chegam à terra, as mulheres nada recolheram junto a
1
Olódumare. Quando é o inicio da terra, aonde vão elas para fazer todas as coisas, perguntam as mulheres,
• qual é o poder que eles terão? Olódumare diz, os homens tomaram todo o poder. Não existe mais poder.
Quando eles chegam à terra, os homens enganam as mulheres, tratam-nas sem seriedade, não lhes dizem
a verdade. Elas vão para junto de Olódumare, contar seus sorimentos, nada oi partilhado com elas.
Olódumare diz, ele lhes ará um avor. Ele lhe dará o poder, que icará acima do poder dos homens, de
seu poder e de sua medicina. Ele colocará esse poderio nelas, em suas mãos. As Àjé o utilizarão de todos
os modos. Quando elas chegam à terra, não existem rios. Todas aquelas que se tomariam rios, naquele
tempo não eram rieos. Água do olho-d' água (onde vivem) caranguejos. Água redonda como poço.
Naquele tempo elas utilizam a água do poço. Então as Iyàmi tinham um rio. Elas o chamavam Olontoki,
esta água jamais seca. Tomavam conta dele. Ôrisà se encontrava na (seguinte) situação: criava os
homens com água resca. Porque criava os homens. Órisà ia roubar águas delas. Quando elas começam a
ver que estão roubando-lhes a água, elas vigiam a água. Na época em que assim a rodeiam elas
encontram Órisà. Quando elas encontram Ôrisà. Ela dizem, a ti saudamos, Órisà. Órisà diz, saudações.
Elas dizem, és tu quem vais roubar nossa água todos os dias. Começam a expulsar Órisà de longe.
Expulsam -mo até a casa de Eégún. Eégún diz, poupai-o, perdoai-o, Ela dizem, elas são capazes de
pegar a ti, Eégún. Ela diz, todas as roupas (de Eégún) elas vão pegar para engolir. Ela diz, todo seu
poder, iremos engolir. Rapidamente Eégún empurra (Órisà) para ora. Eles ogem, ele chega à casa de
Ôgún. Ógún diz, poupai-o, elas dizem, teu dinheiro iremos pegar e engolir. Todos os teus instrumentos
de erro, tuas tenazes iremos pegar e engolir, todo o teu trabalho, iremos pegar e ingolir. Ôgún empurra
rapidamente (Órisà) para ora. Eles ogem. Ele vai correndo até a casa de Órúnmilà. Elas dizem, tu lfá.
Elas dizem, elas são capazes de pegar todos os teus coquinhos e comê-los, elas dizem, teus opele elas
vão pegar e comer. Ele diz, nada mau. Ele diz, que elas entrem em casa. Ôrúnmilà traz 16 pratos de
ekuru (eijão cozido). Traz para elas. Traz diversas espécies de sangue, sangue de cabra, sangue de
galinha, sangue de caneiro. Reúne todos esses sangues. Traz para elas sangue de touro. Diz-lhes que
bebam. Bem! se elas criam muito casa quando bebem água, o sangue é o que elas bebem, é o que lhes oi
trazidos e elas beberam. Elas dizem Ôrúnmilà lhes ez uma tal recepção, elas perdoam verdadeiramente.
Mas todas as coisas que elas quiserem ter, virão lhe pedir. Ôrúnmilà diz, se um outro oerecesse,, se
alguém oerecesse, se outra pessoa oerecesse, todas as coisas que vós (lyàmi) recebeis em mãos. Ele
diz, vinde pedir, ele (Ôrúnmilà) a receberá por vós. Órisà vem com um coração calmo. Ele diz, tu
Órúnmilà, muito obrigado por teu avor. Que coisa posso dar-te assim rapidamente? Ele nada tem na
mão, a não ser o acão que ele trouxe aqui. Que ele pegue o acão. Ele o dá a Órúnmilà. É o acão que os
babaláwo chamam de àdásà. Eles o utilizam junto a lfá como um iróké. Chamam a este acão àdásà.
Órúnmilà começa a bater o acão aos pés de lfá. Órúnmilà ouve tudo aquilo que ele diz. "Este é o acão
de Órisà, este é oacão de risà. O acão está na minha mão, este é o acão de risà".
e

Írété ogbê

Con10 Odt tornou-se 1nulher de àrúnmilà

Que tu pises no mato. Que tu pises no mato. Que pisemos juntos no mato. Ifá é consultado
para Odu. Eles dizem Odu veio do além para a terra.. quando ela chegou à terra, elas dizem, tu Odu, esta
é tua partida. Olódumare lhe dá o pássaro. Ele pega seu pássaro paraq ir à tera. Aragamago é nome que
Olódumare dá a esse pássaro. Aragamago é nome que tem esse pássaro de Odu. Ele diz, tu Odu, ele diz,
toda tarea para a qual ela o enviaria, ele a cumpria. Ele diz, ao lugar onde agradasse a ela enviá-lo, ele
iria. Ele diz, se fosse para azer o mal, ele diz, se osse para azer o bem, ele diz, todas as coisas que ela
gostasse de dizer a ele para azer, ele fariz. Odu leva esse pássaro para a terra. Odu disse que ninuém a
poderia olhar. Ela diz que não a olhem, se um inimigo de Odu a olhasse, ela lhe romperia os olhos (ela o
cegaria) com o poder desse pássaro ela lhe reomperia os olhos. Se um outro inimigo se quisesse espiar o
que contém a cabaça desse pássaro, esse pásso Aragamago lhe romperia os olhos. É assim que ela utiliza
esse pássaro. Ela o utiliza até chegar à casa de Ôrúnmilà. Ôrúnmilà vai consultar seus babaláwo. Vai
consultar: "Se ensinarmos a inteligência a aluém, sua inteligência será inteligente". "Se ensinarmos a
estupidez a alguém, sua estupidez será estúpida". Os babaláwo da casa de Ôrúnmilà consultam Ifá para
saber o dia em que ele tomará Odu como sua mulher. Ôrúnmilà é assim, tomará Odu como sua mulher.
Os babaláwo de Ôrúnmilà dizem ei! Eles dizem, Odu que tu queres tomar como mulher, eles dizem, um
poder está em suas mãos. Eles dizem, (para) esse poder Ôrúnmilà ará uma oerenda ao chão , por causa
de toda a sua gente. Eles dizem (para que) com seu poder ela não mate e coma, porque o poder dessa
mulher é maior do que o de Ôrúnmilà. Eles dizem a Ôrúnmilà que aça rapidamente essa oerenda sobre
o chão. Eles dizem que Ôrúnmilà tenha um rato okété. Dizem que ele tenha um rato. Dizem que ele
tenha um peixe. Dizem que ele tenha um caracol. Dizem que ele tenha azeite-de-dendê. Dizem que ele
tenha 8 shilings. Ôrúnmilà az a oerenda. Quando Ôrúnmilà ez a oerenda, eles consultam Ifá para ele.
Ôrúnmilà leva (a oerenda) para ora. Ao chegar Odu, ela encontra a oerenda na rua. Ah! diz Esu,
Ôrúnmilà ez essa oerenda .ao chão, porque quer desposar a ti Odu. Odu diz, nada mau. Todos aqueles
que Odu leva atrás dela são as coisas más. Ela diz que todos eles comem. Odu também abre no chão a
cabaça de Aragamago, seu pássaro, ela diz que ele come. Odu entra na casa. Quando ela entrou na casa,
Odu chama Ôrúnmilà. Ela diz, tu Ôrúnmilà. Ela diz, ela chegou. Ela diz, seus poderes são numerosos, ela
diz, mas ela não deixará que eles te combatam. Ela diz, que ela não quer briga contigo, Ôrúnmilà. Ela
diz, mesmo que alguém pedisse sua ajuda, lhe dissesse que te combatesse, ela diz, ela não te combaterá,
pois Odu diz, eles não arão Órúnmilà sorer. Porque se eles quisessem fazer Órúnmilà sore, Odu com
seu poder e o poder de seu pássaro combateria essas pessoas. Quando Odu acabou de alar, Ôrúnmilà
disse, nada mau. Então eles vão chegar. Quando chegou o momento, Odu diz, tu Órúmilà, ela diz,
aprende depressa minha proibição (de Odu). Ela diz, ela quer dizer-lhe qual é a sua proibição. Ela diz, ela
não quer as outras mulheres dele, olhem o rosto dela. Ela diz, que ele diga a todas as suas outras
mulheres, ela diz, que não olhem o rosto dela. Aquela que olhasse seu rosto, veria sua batalha. Ela diz,
que ela não quer que ninguém olhe seu rosto. Órúmilà diz, nada mau. Então ele chama todas as suas
mulheres. Ele as previne. As mulheres de Órúnmilà não olharão o rosto dela. Odu diz a Ôrúnmilà que,
ela diz, ela vem contigo azer com que seu ardo se tomo benazejo. Ela diz, que ela irá consertar todas
as coisas. Ela diz, tudo aquilo que ele quisesse estragar, ela não consertará. Ela diz, se ele conhece sua
proibição, ela diz, tudo aquilo que é seu completamente icará bom. Então aquele que as quisesse
estragar, ela não deixará que nada seja estragado. Se osà quiser estragar, ela diz, ela não (o) deixará
(agir), então ele mesmo será estragado. Ela diz, nenhuma Àjé é capaz de estragar uma coisa de Ôrúnmilà.
Ela diz, que Ôrúnmilà não brinca com ela. Ela diz, todas as suas coisas, completamente, icarão boas. Ela
diz que não brigará com Órúnmilà. Não brigará com sua gente. Ela diz que Ôrúnmilà sabe as tareas que
ele quer mandar que ela aça. Ela diz, se ele envia uma mensagem para azer alguém sorer, se ele quiser
enviá-la, ela entregará (a mensagem). O poder de seu pássaro, se alguém quisesse azer Órúnmilà sorer,
ainda que somente beliscá-lo, Odu iria brigar. Órúnmilà diz hein! tu Odú. Ele sabe que tu és importante.
Ele sabe que tu és superior a todas as mulheres do mundo. Jamais ele brincará contigo. Todos os seus
ilhos que são babaláwo, previne-os para que jamais ousem brincar contigo, porque Odu é o poder dos
babaláwo. Ele diz, se o babaláwo possui Ifá, ele diz, ele também tem Odu. Ele diz, o poder que então
Odu lhe dá diz que, todas as mulheres que estão junto dele não ousem olhar o rosto dela. A partir desse
dia, todos os babaláwo, sem faltar nenhum, não há quem não tenhaq essa Odu. Aquele que não tivesse
essa Odu não poderia consultar Ifá. No dia em que ele tiver Odu, nesse dia ele se tomará alguém, que
Odu não abandona ao sorimento.
GELEDES (PARTE II)

Segundo os mitos da tradição afro-descendente, já que o mito é o discurso em que se undamentam todas
as justificativas da ordem e da contra-ordem social negra, a luta pela supremacia entre os sexos é
constante, simbolizada na igbá-du (cabaça da criação), já que o àri s à Y e m o ja Odua, princípio
eminino de onde tudo se cria - representação coletiva das Iyámí ou mães ancestrais, é a metade inerior
da cabaça e Obatálá ou àosààlà, princípio masculino, a metade superior. A relação Odua/Obatalá,
entendida simbolicamente, não representa uma simples relação de acasalamento do princípio eminino
com o masculino.
Há um princípio de completude do outro, de que a vida se constrói de mãos dadas e de que cada um de
nós à medida em que estabelece esta relação, estabelece um elo mais completo com as coisas que estão à
volta.
Significa todo um processo de equilíbrio e de harmonia. Para se entender bem tal relação, se az
necessário situar as mulheres do ritual G E L E D E , que representam o culto às iYÁMi, as grandes
mães ancestrais, encabeçadas por:Nàná ,Y e m o ja Odua, às un Ijimu, às un Iyánlá,Yewa e O ya.
ODÚA simboliza a grande representante do princípio feminino, sendo o elemento responsável por todo o
poder criador, do poder das mulheres, liderando o movimento das iYÁMI, grandes mães ancestrais, que
tudo criaram, transormaram e transmutaram desde o princípio dos princípios da formação do universo.
A sociedade G E L E D E S, que já existiu no Brasil, é um ritual de mulheres que vestem panos coloridos
- diferentes panos mostrando dierentes procedências. São as diferentes raízes que as pessoas podem ter
na matenidade. A máscara E F É -G E L E D E que cobre a cabeça da mulher vai representar o mistério,
o maravilhoso, na cultura negra. O uso da máscara significa o símbolo de outro espaço, um espaço vivo,
um espaço invisível que não se conhece, mas sente-se!
No Brasil esta sociedade existiu, sua ultima sacerdotisa suprema foi O m ó ník é Iyálóde-Erelú que tinha
o nome católico Maria Julia Figueiredo, uma das Iyálà se do Il e Iyá-Nàsó , com sua morte cessaram-se
as estividades , que eram realizadas no bairro da Boa Viagem. O propósito da sociedade G E L E D E é
propiciar os poderes míticos das mulheres, cuja a boa vontade deve ser cultivada porque é essencial a
continuidade da vida para esta sociedade.
Sem o poder feminino, sem o princípio de criação não brotam plantas, os animais não se reproduzem, a
humanidade não tem continuidade. Assim, o princípio feminino é o princípio da criação e preservação do
mundo: sem a mulher não existe vida, sendo, segundo os mitos, ser reverenciada e respeitada pelos
orixás e pelos homens.
As G E L E D E e suas máscaras se tomam uma metáfora, sendo uma linguagem para a mãe natureza. O
G E L E é um símbolo das G E L E D E porque personifica o útero, pois ele carrega as crianças e as
protege. Através das Iyámi (mães ancestrais) a arte das máscaras é usada para aglutinar as pessoas que se
relacionam.como ilhos de uma mesma mãe, azendo com que o espírito se manieste através desta
máscara, seguindo e alimentando o espírito humano. Representam o não uso da violência para resolver
questões. Nas culturas negras a mulher está presente em todos os lugares.
As máscaras tem grande importância na vida religiosa, social e política da comunidade, mostrando as
dierentes categorias de mulher:
- mulher secreta - ligada ao divino, serve como passagem e receptáculo do sagrado no mundo dos vivos,
por gerar frutos.

-mulher símbolo político - não usa violência para resolver as questões, aglutinando as pessoas,
vivendo o cotidiano.
- mulher sagrada - símbolo de todos os tempos, pois está virada para o uturo, sempre vulnerável e rágil,
mas é aquela que abre o céu ( 6 run) e deixa lugar para a mudança, o uturo, para a transormação.
A sexualidade da mulher negra az parte da sua essência de princípio eminino, sendo muitos os mitos
que representam a unção e o papel mulher vista como útero ecundado, cabaça que contem e é contida,
responsável pela continuidade da espécie e pela sobrevivência da comunidade. Não se encontra pecado
nesta sexualidade.
Através das IYÁ as comunidades - terreiros se constituam num verdadeiro sistema de alianças. Desde a
simples condi. ão d: irmão de santo até a mais complexa organização hierárquica, há o estabelecimento
de um parentesco comunitário, como uma recriação das linhagens e da amília extensiva aricana. Os
laços de sangue são substituídos pelos de participação na comunidade, de acordo com a antigüidade, as
obrigações e a linhagem iniciática. Todos estão unidos por laços de iniciação às divindades cultuadas,
aos demais iniciados, às autoridades, aos antepassados e aos ancestrais da comunidade.
Através do rito se tem todo um sentido de maniestação das mulheres do grupo: rodando, dançando, se
interando com o cosmos, mostrando que temos consciência de que somos elementos dinâmicos, de que
o movimento da roda - já que as mulheres são os elementos que dançam em círculo - representa o altar
da criação, da vida, já que a terra está em movimento, o universo está em movimento e só se conseguirá
estar em sintonia com o universo através do movimento.
G E L E D E é originalmente uma orma de sociedade secreta eminina de caráter religioso, existente nas
sociedades tradicionais yorubás , que expressam o poder eminino sobre a ertilidade da terra, a
procriação e o bem estar da comunidade. O culto Gelede visa apaziguar e reverenciar as mães ancestrais
para assegurar o equilíbrio do mundo. As principais representações do culto
Também nos ala um item de óséyekú, que obàtálá e odu logbojé são uma única coisa e no culto a
Obàtálá, 6 s órongà é diretamente participante , o próprio it ó n nos ala: "tudo aquilo que o homem vier
a conseguir na tera, o será através das mãos das mulheres . esta é uma tradição do culto a Obàtálá, pela
relação direta de Y e m o ja Odua. - itón ósá méji ( o mito da roupa de Éégún)- quanto ao culto E f é -G e
1 e d e , os homens participam , até nas chamadas "incorporações"- dàpó sókan - e uma das principais
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dierenças, estão nas próprias danças rituais, quando "eminina" e lenta e nobre, quando "a masculina" é
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irme e agressiva, e cabe aos õsõ de Óõ s ààlà' esta unção.- Seja ako, baká, mundiá, tetede, okunriu,
onilu e "às outras" .
Mas quando se trata da essência da ilosoia, na relação Obàtálá (símbolo da ancestralidade masculina) e,
Y e m o j a Odua - (Ó s õrõngà - símbolo da ancestralidade eminina) como uma relação pereita, trazida
por àsé-õyekú , e também pela relação de ambos com Ikú.
O culto anual de E f é -G e 1 e d e , originário da cidade de Ketu no décimo quarto século, é organizado
no começo da estação agricultural exatamente por uma importante questão dentro da cultura Yorubá - a
Fertilidade. Este culto se organiza da seguinte orma- sua parte diuna é exatamente G e 1 e d e e sua
parte notuna é E f é ( o pássaro ). Os dançarinos são homens, contudo representam homens e mulheres
em suas representações.Isto prova que o culto das G e 1 e d e não é vetado aos Homens.
Na dança eminina G e 1 e d e é poderosa e contida, entretanto, na dança masculina é violenta e

agressiva. Os nomes citados são os próprios nomes das principais G e 1 e d e em sua ordem de
entrada na praça do mercado, pois este culto , e na verdade todos de acordo com a direção da cabaça de
Odu que vai ser desperta ( õséyekú .... ), deveriam ser eitos ao livre como nos ensina o antigo culto à
Olõrun. Akõ,Baká,Mundiá,Tetede,Okunriu,Onilu,Isa-orõ,Alopajanja-elede e Woogbáwoobaarsan ).
Sendo assim, é exatamente no conhecimento deste culto que podemos perceber que os homens
principalmente os "õsõ", participam de toda uma enorme variedade de undamentos do culto na
socíedade à s õrõngà, pois se assim não o osse, como explicar o tabu de que as mulheres não podem
olhar Odu ( itõn iretégbe ), como entender que são os Bàbáláwo - ilhos de àrúnmílá que entregam as
cabaças com os pássaros as mulheres iniciadas no culto à Ó s õrõngà ( itõn ireté méji ).
E fé são as máscaras rituais que simbolizam o espírito das ancestrais emininas e os dierentes aspectos
de seu poder sobre a terra simbolizados pelos pássaros. As orixás emininas cultuadas nos candomblés
brasileiros representam aspectos socializados deste poder conorme a visão de mundo negro/aricana
segundo a qual homens e mulheres se equivalem e controlam determinadas orças da natureza Porém a
continuidade da vida sobre a terra, atributo eminentemente eminino nesta tradição , é reverenciado de
modo especial. Por isso O bari s à o grande ancestral masculino canta

"... E kúnl e o , e Kúnl e 'obinrin o


E obinrin l'ó bí wa, k'àwa tó d' enia
Ogbon àiyé t'obinrin ni , e kúnl e f'obinrin
E obinrin l'o bí wa o, k' àwa tó d'enia... "
(-Ajoelhem-se para as mulheres
A mulher nos colocou no mundo, nós somos
seres humanos

L ______
poderes de se transormarem em determindos pássaros - e huru, e luulú,àtióro,àgbigbo e o s orongà ,este
ultimo reere-se ao próprio som que a ave emite e da nome a Sociedade. Exercem sua orça máxima nos
horários mais críticos - meio-dia e meia-noite - ocasiões em que é preciso muita cautela para que elas
não pousem na cabeça de ninguém.
Suas cerimônias são realizadas no início da estação do plantio, relacionado à ertilidade. Estas
cerimônias tiveram início na região de Ketú, dividindo-se em duas partes: a diuna e a notuna.
Segundo nos conta um itàn do Odu Ogbé O sá , diz que quando as Iyámis chegaram do O run pousaram
em sete árvores.Segundo um it o n as ávores das Iyámis seriam:
Orobo - Garcinea Cola.
Àjànreré - Ficus Elegans.
Iroko - Chlorophora Excelsis.
Oro - Antiaris Aricana.
Ogun Bereké - Delonex Régia
Arere - Triplochiton Nigericum.
Igi ope - Elaeis Guineensis.

Porém outra itàn nos da outra apresenta uma relação dierente das sete árvores estas seria as árvores
sagradas das Mães Ancestrais:
Ose - Adansanonia Digitalia.
Iroko - Chlorophora Excelsis.
Iyá - Daniellia Olivieri.
Asunrin - Erythrophelum Guineense.
Obobo - Não identiicada.
Iwó - Não identiicada
Arere - Triplochiton Nigericum.
A contrario do que se pensa aqui no Brasil existe sim a presença masculina no culto a iyámí
São detentoras de poderes terríveis, consideradas as donas da barriga (por onde circularia a energia vital
do copo). Ninguém pode com seus E b o , dos quais, o Ójiji (sombra) é o mais atal. São ligadas
diretamente ao ODU OYEKU MEJI,são propiciadoras para a alteração do destino de uma pessoa. Seus
poderes são tamanhos que só se consegue no máximo apaziguá-las, vence-las jamais. Relacionam-se
com as iyámis Os un ljumu e Os un Iyánlá a quem estão ligadas pela ancestralidade eminina, bem como
• a Y e m o ja Odúa, considerada fundadora do culto G E L E D E
)

Deve-se lembrar portanto, que "oso" é um título de quem trás o Égan ( símbolo de E s u o qual

oi dado através das mãos de Ó s orongà ( it o n o s éotúrá )e mesmo assim se foi iniciado no
tradicional culto de ' Obàtálá N e m o ja Odua e ainda tiver prounda relação com Ikú, através de
alumas se suas principais 'mifás, como Ôyekú méji, àbàrà méji, Ôtúrúpon méji e algumas outras
poucas.
O:sangue ( e j e ) não é de nenhum àri s à a não ser de à s orongà como vemos no Oriki ( e j e ó ye ní
kál e o - o sangue freséo que recolhe na terra cobre-se de ungos ).
Afirma a tradição que as Iyámí segue o rastro do sangue do igado e do coração, isto se deve por os
chamados À se das oerendas são de à s or'mgà! estes orgãos se classiicam em comportamentos Oú (
aqueles que produzem a azem circular a energia no copo ) - estômago, bexiga, vesícula biliar ,intestino
grosso e o intestino delgado, como também em comportamentos Osa ( coração, pulmões, rins, igado e
baço - pâncreas ). Estes detalhes são importantíssimos no culto à Ô s orongà e principalmente no culto E
f é -G e 1 e d e , ainda mais se alamos do sacriicio de e 1 é d é ( porco ).

Relacionam -se com Ô s orongà:

E s u : somente com sua ajuda é que conseguimos a comunicação com as Iyámí, além de ser a
prova viva do poder das Iyámís.
àgún : o senhor da cabaça de eédú ( carvão ) - onà iwó oorun ( caminho do oeste ) é bem mais íntimo de
à s orongà, se não osse ele o senhor do sagrado ato da oerenda de animais, juntamente com E s u e à s
orongà .
Y e m o ja Odua* :(Yemowo) Grande Iyá , Senhora do igbá- e y e ( cabaça dos pássaros), é a Iyá'nlá ,seu
nome é modiicação da palavra Odu Logboje, a mulher primordial, também denominada E 1 e yinjú E g é
,a dona dos olhos delicados azendo parte das divindades geradoras representada pelo Preto, undadora
do culto e sociedade G e 1 e d e
Ôs un :Grande protetora da gestação, é a Iyámí-Àkókó, mãe ancestral suprema.
às un Ijimu e Iyánla:A duas mais velhas às un, são as duas ancestrais das mulheres.
Nàná: patrona da lama e dos primórdios da criação do Àiyé, é a O m o Àtióro oké O a.
O ya e Yewa: são todas Iyá- E 1 é y e possuidoras da cabaça com pássaro símbolo do poder eminino.
Olórí iyá-àgbà Àj é E 1 é y e ,chee supremo de nossas mães ancestrais possuidoras d pássaros.
àgágun ati à gájulo ninu awon iyámí o s orongà.chee supremo, comandante entre todas as Iyámí.
àrúnmilà: Este oi o único ori s à que quando as iyámí estavam zangadas conseguiu apaziguar sua úria ,
e desta orma salvou o àiyé e restabeleceu a Harmonia,entre os Homens e Mulheres.
Toda mulher é uma Aj é , porque as Iyámí controlam o sangue menstrual,elas representamos poderes
místicos das mulheres no seu aspecto mais perigoso.São as Avós, as mães em cólera que em sua boa
vontade a própria vida na terra não teria continuidade
' '
Itàn do Odu O sá Méji
* Odua TONA-SE Iyámí *

Nos pr'mórd'os da cr'ação, Olódumare , o Ser Supremo que v've no Ó run, mandou v'r ao à'yé (un'verso
conhec'do) (rês d'v'ndades: Ógún (senhor do erro), O bari s à (senhor da cr'ação dos homens) (2 - Um
dos orisà unun, 's(o é, ori s à que (êm como pr'nc'pal prece'(o o uso do branco nos r'(os e nas
oerendas) e Odua(Y e m o ja), a ún'ca mulher en(re eles. Todos eles ('nham poderes, menos ela, que se
que'xou en(ão a Olódúnmare. Es(e lhe ou(orgou o poder do pássaro con('do numa cabaça (igbá e l é y e )
e ela se (omou en(ão, a(ravés do poder emanado de Olódumare, Iyá Won, nossa mãe para e(en'dade
((ambém chamada de Íyámí Ó s orongà, m'nha mãe àshorongà). Mas Olódumare a preven'u de que
dever'a usar es(e grande poder com cau(ela, sob pena de ele mesmo repreendê-la.
" Olódumare d'z qual é o seu poder?
Ele d'z: você será chamada para sempre de Mãe de (odos.
Ele d'z: você dará con('nu'dade.
Olódumare lhe en(rega o poder.
Ele en(rega o poder de e l é 'y e para ela.
Ela recebe,o pássaro de Olódumare.
Ela, recebe ,en(ão, o poder que u('l'zara com ele.
Ele d'z:u('l'ze com calma o poder que eu (e de' a você.
Se você u('l'zar com v'olênc'a, ele o re(omara.
Porque aquela que recebeu o poder se chamar Odu.
O homem não poderá azer nada soz'nho na ausênc'a da mulher... "
"La(' igbá náà n' Olódumare (' un ob'r'n l à se "
(Desde aquela época , Olódumare ou(orgou axé as mulheres.)
Elas exerc'am (odas as a('v'dades secre(as:
"O mú Éégún jáde
O mú üro jáde
Gbogbo nkan, ko s' ohun (' k' se n'gba náà"
(Ela conduz Egun
Ela conduz Oro
todas as co'sas , não ha nada que ela não aça nesse (empo.)
Mas ela abusou do poder do pássaro. Preocupado e hum'lhado, O bari s à o' a(é àrúnmilà azer o jogo
de Ifá, e ele o ens'nou como conqu's(ar, apaz'guar e vencer Odua, a(ravés de �acr'ic'os, oerendas e b o
com igbín e pas o n Has(e de À(ori) e as(úc'a.

L
Ele lhe oerta e ela negligentemente , aceita, a cane dos igbín.
"Odu náà gba omi igbín , o mu ú
Nigbati Odu mu omi igbín tán , inú Odu nr ó di e di e ."
( Odu recebe a água de caracol para beber.
quando odu bebeu, o ventre de Odu se apaziguou.)
O bari s à e Odua oram viver juntos. Ele então lhe revelou seus segredos e, após algum tempo, ela lhe
contou os seus, inclusive que cultuava Éégún. Mostrou-lhe a roupa de Éégún, o qual não tinha corpo,
ros�o nem tampouco alava. Juntos eles cultuaram Éégún.
Aproveitando um dia quando Odua saiu de casa, ele modiicou e vestiu a roupa de Egúngún. Com um
bastão na mão (opa), O bari s à oi à cidade (o ato de Éégún carregar um bastão revela toda a sua ira) e
alou com todas as pessoas. Quando Odua viu Éégún andando e alando, percebeu que foi O bari s à
quem tomou isto possível. Ela reverenciou e prestou homenagem a Éégún e a O bari s à, conormando-se
com a vitória dos homens e aceitando para si a derrota. Ela mandou então seu poderoso pássaro pousar
em Éégún, e lhe outorgou o poder: tudo o que Éégún disser acontecerá. Odua retirou-se para sempre do
culto de Egúngún, e partiu para partir o culto G e l e d e .Só e l é iy e , indicara seu poder e marcara a
relação entre Egúngún e iyámí.
" Gbogbo agbára ti Egúngún si nlo agbára e l é iy e ni."
( Todo o poder que utilizara Egúngún é o poder do pássaro.)
O conjunto homem-mulher dá vida a Egúngún (ancestralidade), mas restringe seu culto aos homens, os
· quais, todavia, prestam homenagem às mulheres, castigadas por Olódúnmare através dos abusos de
·,'oduà. Também por esta razão é que as mulheres mortas são cultuadas coletivamente, e somente os
homens têm direito à individualidade, através do culto de Egúngún.
No entanto Íyámí conhece todos os lugares secretos que contém Egúngún, Oro etc... e Nos quais O bari s
à rtão tem acesso.Reintepretando Iyámí , cabaça ventre contém os símbolos - ilhos- pássaros ainda não
renascidos, lugar onde O bari s à não penetrou.

AS SENHOAS DO PÁSSARO DA NOITE

Iyami Oshorongá é o termo que desina as terríveis ajés, eiticeiras aricanas, uma vez que ninguém as
conhece por seus nomes. As lyami representam o aspecto sombrio das coisas: a inveja, o ciúme, o poder
,, pelo poder, a ambição, a ome, o caos o descontrole. No entanto, elas são capazes de realizar grandes
;, eitos quando devidamente agradadas. Pode-se usar os ciúmes e a ambição das Iyami em avor próprio,
embora não seja recomendável lidar com elas.
O poder de Iyami é atribuído às mulheres velhas, mas pensa-se que, em certos casos, ele pode pertencer
igualmente a moças muito jovens, que o recebem como herança de sua mãe ou uma de suas avós.

i•

Uma mulher de qualquer idade poderia também adquiri-lo, voluntariamente ou sem que o saiba, depois
de um trabalho eito por aluma Iyami empenhada em azer proselitismo.
Existem também feiticeiros entre os homens, os oxô, porém seriam ininitamente menos virulentos e
cruéis que as ajé (feiticeiras).
Ao que se diz, ambos são capazes de matar, mas os primeiros jamais atacam membros de sua família,
enquanto as segundas não hesitam em matar seus próprios filhos. As Iyami são tenazes, vingativas e
atacam em segredo. Dizer seu nome em voz alta é perigoso, pois elas ouvem e se aproximam pra ver
quem ala delas, trazendo sua influência.
Iyami é freqüentemente denominada eleyé, dona do pássaro. O pássaro é o poder da feiticeira; é
recebendo-o que ela se toma ajé. É ao mesmo tempo o espírito e o pássaro que vão fazer os trabalhos
maléficos.
Durante as expedições do pássaro, o copo da feiticeira permanece em casa, inerte na cama até o
momento do retomo da ave. Para combater uma ajé, bastaria, ao que se diz, esregar pimenta vermelha
no copo deitado e indefeso. Quando o espírito voltasse não poderia mais ocupar o copo maculado por
seu interdito.
Iyami possui uma cabaça e um pássaro. A coruja é um de seus pássaros. É este pássaro quem leva os
feitiços até seus destinos. Ele é pássaro bonito e elegante, pousa suavemente nos tetos das casas, e é
silencioso.
"Se ela diz que é pra matar, eles matam, se ela diz pra levar os intestinos de aluém, levarão".
Ela envia pesadelos, fraqueza nos copos, doenças, dor de barriga, levam embora os olhos e os pulmões
das pessoas, dá dores de cabeça e febre, não deixa que as mulheres engravidem e não deixa as grávidas
darem à luz.
As lyami costumam se reunir e beber juntas o sanue de suas vítimas. Toda lyami deve levar uma vítima
ou o sanue de uma pessoa à reunião das feiticeiras. Mas elas têm seus protegidos, e uma Iyami não pode
atacar os protegidos de outra Iyami.
Iyami Oshorongá está sempre encolerizada e sempre pronta a desencadear sua ira contra os seres
humanos. Está sempre irritada, seja ou não maltratada, esteja em companhia numerosa ou solitária, quer
se fale bem ou mal dela, ou até mesmo que não se fale, deixando-a assim num esquecimento desprovido
de glória. Tudo é pretexto para que Iyami se sinta oendida.

Iyami é muito astuciosa; para justificar sua cólera, ela institui proibições. Não as dá a conhecer
voluntariamente, pois assim poderá alegar que os homens as transgridem e poderá punir com rigor,
mesmo que as proibições não sejam violadas. Iyami fica ofendida se aluém leva uma vida muito
virtuosa, se alguém é muito feliz nos negócios e junta uma fortuna honesta, se uma pessoa é por demais
bela ou agradável, se goza de muito boa saúde, se tem muitos ilhos, e se essa pessoa não pensa em
acalmar os sentimentos de ciúme dela com oerendas em segredo. É preciso muito cuidado com elas. E
só Orunmilá consegue acalmá-la .

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iifá o Óri�à do Desti no - Introd uçã o


àrúnmilà-Ifá, ocu pa uma posição ún ica no panteão africa no, através dele podemos
decifrar o código secreto espiritual de qualq uer ser humano, com u n idade ou Nação, pois
nele está i nciso o poder da criação.
Na ordem divina de 0/ódunmare o espírito é eterno, e através de àrúnmilà-Ifá
consegu i m os obter a soma total de nossa existência, a nossa l igação com o Universo, e o
destino que escolhemos para voltar a vida quando nascemos. Ele é o diagnóstico de nosso
_lgdà ( mente superior) , sabendo tudo o q ue aconteceu no passado, está acontecendo e
qual será o nosso futuro . àrúnmi!à-Ifá é a trad ução da sabedoria i nfi nita de nosso Deus
criador, aquele que tudo sabe, tudo vê, é o verdadeiro elo de ligação entre o homem e o
criador.

Na Cultu ra Yorubá são os elementos da natureza que dão condição de vida no planeta, a
água, o fogo, o a r, e a terra . Estes se apresentam de i n úmeras formas que se m u ltiplica m
primeiro em dezesseis, sendo o número dos pri meiros àri�à pri mordiais, q ue viera m pa ra
aj udar a construção do pla neta sob todas as formas de vida, ou os dezesseis Odu, a
tradução l iterária de todos os problemas do homem, e neles estão contidos toda a
sabedoria da criação.

Ifá transm ite sua palavra através dos dezesseis Odu, e estes são a expressão da natureza
que é a fonte de energia que movimentará e determinará a personal idade da pessoa .
Estes Odu, m ultiplicados por mais dezesseis perfazem 256 ti pos de divindades diferentes
entre si, com atri butos próprios e cada um conterá uma complexidade de i n ú m eros
cam i n hos ao q ua l servirão para auxíl io da raça human a .

E m nosso pri ncípio ancestral, todos nascemos da terra, veja a composição d e seu
organ ismo que é composto de água, m inerais, ferro, e assim por dia nte, portanto é natura l
que para encontrar o equ i l íbrio de nossa vida tam bém façamos uso dos elementos que
saem da própria natureza . Toda a criação D ivina tem uma fu nção determi nada para
auxiliar a sobrevivência em equilíbrio entre as forças negativas e positivas.
Templo de Ifá em Ilé-Ifá, N igéria - África

fcmplo de Ifâ

Na tradiçã�_africa na, por tudo o que j á foi d ito, Ifá é um Óri�à m uito venerado. Em sua
j
'
'
terra (Ilé-I3) existe um templo muito a ntigo onde todas as sextas-feiras as pessoas vão

/
rezar para a paz no pla neta . Como nada será feito de i m portante sem antes consultá-lo,
q uando u m bebê nasce, entre o tercei ro e q u i nto dia a pós seu nascimento ele é leva do ao
Bàbálá wà para que se faça uma consu lta a fi m de sa ber qual será o desti no desta criança,
recebendo tratamento para que o rumo de sua vida seja o melhor possível .

Qualquer caso de saúde, casamentos, financeiro, amoroso, depressão é revelado através


de divi nação, que a lém do problema apresentará as possibil idades de melhorar a situação
determi nando o que poderá ser feito para atrair a sorte, a paz e a felicidade de cada u m .
Festa Popular

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O toja e uas esposs e _preparam pra reeber


s dnçarincis, anores e .s ue rao pr' us pios.

O Culto a Ifá envolve as oferendas, proteções que são feitas com as magias, e a cada novo
ano ele será consultado para saber o futuro da com unidade. S ua i mportância é tanta que
será através da consulta ao àri�à que um novo rei será eleito, uma vez que pode con hecer
a pessoa ideal para ocupar qua lq uer cargo tanto como um líder, ou outro tipo de
ocu pação, estas são marcas que já trazemos de nosso espírito ancestra l .

S e a pós a consulta for determ inada a rea l ização d e algum sacrifício para um àri�à, não se
pode esq uecer a parte dedicada a E�u, pois ele é a energia q ue transformará a sua
necessidade, enquanto matéria, em energia suti l a fim de que seu ped ido chegue a
0/ódunmare.

Ele é simbol izado por trinta e dois caroços de u m tipo especia l de pa lmeira de dendê, os
q ua is a presentam três ou mais "olhos", ao i nvés de a penas dois, como nas pal meiras
com u ns. Antes de serem servidos ao àri�à, os caroços deverão ser preparados
especia lmente no bosque de Ifá, para só depois serem ma n ipulados pelo Sacerdote de /fá
para fi ns de divi nação, e só podem ser extraídos por homens.

Quando uma leitu ra não favorece o consulente, não é necessário ficar em desespero, pois
Ifá poderá ser consultado novamente para i nformar q ual o melhor procedi mento para
l eliminar o obstáculo que l he entravam a fel icidade. O animal necessário pa ra o sacrifício só
será determ i nado através da divi nação, e a pós ser efetuado, o consulente deverá
ô apresenta r-se mais uma vez perante o àri�à a fim de saber se ele se satisfez.

Entre nós, os Yorubá, os Sacerdotes dedicados a fá pedem sua benção todos os dias pela
manhã, e uma vez por ano promovem u ma festa em sua homenagem.
Cerimônia do Obi Abata

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Obi, é u m fruto sagrado tam bém considerado àri2à, e o de q uatro gomos são suficientes
para o seu culto diá rio. Todas as m a n hãs o Sacerdote colocará um Obi dentro d ' agua e
começa a bater no Opon-Ifá, com o Iroke-Ifá.

Enquanto bate recitará um Oríki (evocação) a Ifá como a baixo descrito em l i ngua Yorubá

Ti a ba ji a we ' wo toni, a we 'se kasin owuro


Ti a ba ji, a tun wa fi aso toki bo · ra
Mo ni Órúnmilà, o ji re loni
Ela, o ji 're loni
Morohuntolu, Mosiakaragba, omo erin nfon gu I 'alo
Omo e ekama owo ko jékun ara abe
Omo abeto winniwinni b 'eji ro p 'omo akunnu
Omo olobe to fi ori mo odi umo jumo
Oma jire loni o
O ji re loni tokun-tokun
O ji loni tide-tide
• Q

O ji bi oloto ti nji nile Ado


O ji biurinrin ti nji Iode owo
O ji bi peepee ti nji lodo Asin
O ji bi Olosunta ti nji Iode Ikere
O ji bi ala ti nji Iode Ado (Ibini)
O ji bi oro gidigba ti nji Iode Isele
O ji bi Ubebe ti nji Iode Ayo
O ma jeki oni san mi o

Logo a pós a evocação o Bàbáláwà parte o Obi, que se for do desejo poderá ser jogado
para saber se o cu lto foi bem aceito, e esta água levada a E2u. Se aceito o Obi cairá com
dois gomos vira dos para ba ixo e dois gomos virados para cima ( imagem da d ua l idade
macho e fêmea) caso o resultado seja Aláàfia, ou seja os quatro gomos vira dos pa ra cima,
Ifá terá aceito o Obi, quando então o Sacerdote dividirá o Obi entre todos as pessoas que
i rão consultar com ele i niciando os tra ba lhos d o dia .

Na comemoração a n ual de Ifá, o sacerdote oferece em sua homenage m : màriwà, fra ngo,
peixes, cabra, igbín (caracol ) , i nhame, osuka omu, pedaço de tecido e Obi. O osuka omu,
será colocado sobre a imagem de Ifá j u nto com três inha mes amarrados, e assim o
Bàbáláwà pronunciará as palavras do culto q u e e m Yorubá são :

Ifá, mo p e o
Órúnmilà, mo pe
Ela mo pe, QmQ oyigi
. , , ,
Orunmlla mo pe
Et'eti ke gb 'ure
Aaya olupe, uupe re ire o
Aaya olupe uupe re ire o
Aaya olupe, pe re ire o
Apeje apemu
Ape ni gbogbo dukia ninu odun yi
Ki o ni apawisi ioni
Ki o ni uwere a nise
Ki o ni wonran niboju ti nmo
Ki o wa gbohun awo loni

Após encerrar esta evocação o Bàbáláwà reza para todos os presentes na festa e partirá o
Obi aceito por Ifá, distri buindo pequenos pedaços a cada u m . Como oferenda será i molada
u ma ca bra em cujo sangue ficará na i magem de Ifá até o dia segui nte .

Quando chegar ao q u i nto dia, o Bàbálá wà consultará Ifá, a fim de obter as previsões do
ano, e de acordo com o resultado serão oferecidos novos sacrifícios e oferendas de
objetos, conforme a resposta do àri2à, para que tudo tra nscorra da mel hor forma possível .

N o sétimo dia o Bàbáláwà oferece u ma festa, n a qual se come e bebe encerrando desta
forma o Culto anual a Jfá .

Poderíamos falar m u ito mais sobre Ifá, mas deixo aqui meu e-mail para que entre em
contato através do qual darei mais informações e orientações segu ras e verdadeiras sobre
este àri2à.

Os Iniciados no Culto a Ifá


Para aqueles que receberam em seu Orí, a mão de Ifá, a pós
passarem pelos rituais de i niciação, podem ser considera dos
portadores de um bem i nesti mável, com ele reencontrarão o
cam i n ho de seu desti no primordial, puro, l i mpo de todas as
mazelas q ue adq u i rimos durante a vida; é um reencontro
com nossa transcendênci a . Mas, é necessário esclarecer que
para fazer j uz a este d i reito tam bém será preciso u ma
altíssima reconsideração de suas atitudes perante a vida,
pois este ser não fará mais parte daquilo que chamamos do
i n consciente coletivo que prevalece n a raça h umana, a
partir de então passa rá a ser ele u m indivíd uo ú nico,
diferenciado, o qual terá de cumprir suas obrigações em
relação a Jfá com respeito e dignidade a fim de poder
receber o verdadeiro Àse e como conseq üência assum indo
perante a si próprio responsa bil idades m uito g rande, que se
não cum pridas poderão trazer g raves conseqüências.

Entendendo o Orí:
Quando nascemos, o Oí (cabeça ), é o pri me i ro à ri�à que recebemos, nele trazemos as
impressões que estão g ravadas no inconsciente, a nossa origem no u niverso. Ligados a ele
por nosso _/_dà, ( mente superior), e fonte da i ntel igência para a sobrevivência no Aiyé
(Terra) , e dele ( Orí) , geramos toda a força propu lsora que nos conduz em nossa jornada
não somente para a vida em si mas tam bém na saúde, prosperidade e equ i líbrio, o qual
está d i retamente l i gado ao àrum (Céu) , portanto aquele que con hece o próprio desti no, da
mesma forma q u e nos conduzirá na passagem do m undo físico ao espiritual, Ikú (a
morte ) .

Assim, Oí = origem do ser = ;_l_dà ( mente su perior), está l i gado ao àrum, e ao mesmo
tempo l i gado à Terra (Aiyé), sobrevivendo após a morte para transm uta r a morte física
para a vida do espírito, e desta forma g ua rdando em sua memória as m a rcas de sua
origem.

"O pensamento provoca a ação", "a ação provoca a reação", e todos os frutos col hidos
serão a resposta de nossa conduta, de nosso eq u i líbrio tanto menta l como emocional, e
isto é ter bom Oí, q u e saudaremos Olorire, e para aqueles com u m m a u Oí d i remos 0/ori
Burúkú, aquele de cabeça ru i m , fraca .

0/ódunmare, nosso Deus maior nos deu a perfeição, deixando conosco a sa bedoria
transcendente, a qual somente poderá ser com preendida com um bom Orí, assim d iz o
Oíki ( reza) , "Nada se faz sem u m bom Orí, " nem mesmo nosso corpo tem comando, não
anda, não prospera, não tem a legrias, não tem sa úde.
Ifá em nossa vida

Ifá, é a soma da sabedoria suprema, a cosmogenia e a cosmolog ia, a vida e a morte, o


nascimento da natureza, a visão total do m undo e da existência estabelecendo normas
éticas que irão comandar as sociedades e os homens, e assim determi nando uma conduta
nobre diante de todas as forças que se forma m contra o bem da humanidade, a força que
con d uz a sustentação do planeta vivo .

Neste processo tão poderoso, aquele que for i niciado em seu Cu lto esta rá agregando a si
uma permissão pa ra obtenção de u m poder m uito maior perante 0/ódimmare, assi m
existi ndo a necessidade por parte dos Sacerdotes conhecedores plenos da extensão deste
mesmo poder avaliarem o candidato com m u ita clareza e assim perm itindo ou não esta
i niciação.

Nem todos estão habil itados a ca rregarem em seu Oí, esta força que l iga o ser com o
sagrado. Seus Sacerdotes, apoiados nos con hecimentos m i lenares, carregados por uma
cultura de tradições em botânica , mi nera logia, zoolog ia conseg uem u n i r os elementos da
natureza à energia vital d e cada i nd ivíd u o procurando o equilíb ri o entre as forças
espirituais e materiais de cada u m , esta união da ciência com o m undo espiritual precisa
de mentes sãs.
A Conduta dos Fil hos de Ifá
Fica assim m u ito claro que para estes fil hos a conduta é de suma im portância, e que
haverá a necessidade de m u ito domínio de suas emoções onde a h u mildade, a
paciência, o car ter, a dig nidade, a sabedoria, devera m ser superiores a q ualquer tipo
de vaidade, prepotência, a rrog ncia, ambição, sendo estas últimas características q u e
poderão ser usadas i ndevidamente a fim de obter proveito próprio m a s que s e m dúvida
serão cobradas pela lei u niversa l de ação e reação.

Quando se fala q ue o àriâà castiga, é uma inverdade, pois na realidade a maior parte d o
sofrimento é fruto d o desequilíbrio entre a emoção e a razão h u manas, e conforme a s
atitudes tomadas perante seus semelhantes a s forças q u e irão reag ir em s u a vida ta nto
poderão ser positivas como negativas, conquanto serão um fruto do seu bom ou mau Oí,
a resposta daquilo que você é.

Em nosso m u ndo Ocidental achamos que o va lor do homem está na obtenção somente de
bens materiais, e para o consumo destas necessidades não se mede esforços nem os
meios de a lcan çá-los, mesmo que muitas vezes as formas usadas sejam totalmente
i ncom patíveis com as Leis Superiores. Não há respeito nem pela natureza, nem com seus
semelhantes.

Na África, no enta nto existe em seu povo a Consciência Plena dos com p romissos q u e
existem entre a s forças d a natureza e os homens, e q u e o verdadeiro bem n ã o está e m
usar estes poderes d e u ma forma i nconseqüente, explica ndo-se assim sua sim ples forma
de vida, os verdadeiros valores do homem não estão em sua conta bancária, mas em seu
,/gdà, no uso da sabedoria adquirida não somente para o bem de si próprio mas para
manter o equilíbrio do pla neta .

A terra é a sustentação da vida, todo o mu ndo físico está sobre ela, carros, asfa ltos,
prédios , plantação ou q ua lq uer outra coisa, isto tudo faz parte da il usão do homem, sua
maior riq ueza está na natureza, sem ar ele não vive, sem terra ele não anda, sem fogo ele
não tem progresso, e sem água ele não nasce.

O ser h umano vive obcecado dentro de suas ilusões, por isto ele adoece, trapaceia, chora,
e ri , deixando-se levar por valores q ue não são dele mas da condição de uma sociedade, a
sua origem pura está perd ida em meio a tudo isto e o deseq u i l íbrio se i nsta la em seu Oí,
gera ndo a i nveja, a a nsiedade, a i m paciência, a depressão, ele é u m ser desconectado de
seu Eu i nterior (,lgdà), sem isto não consegue ouvir sua própria consciência e chegar
verdadeira mente a Deus.

Quanto mais nos aprofundamos consegu i ndo entender a grandeza da sa bedoria divina,
.e

mais distantes estaremos das ba nal idades, uma vez que a riqueza já está codificada
dentro de nossa a lma, é uma orça sutíl que nossa sens i b i l idade g rotesca não consegue
perceber, e como resultado não temos paz, felicidade e prosperidade.

Antes de qualq uer com p romisso com Ifá, esta pessoa deve esta r i nformada e preparada
para assum i r esta conduta .

A lealdade com o pri ncípio Divino, estará acima de tudo.

A Transformação dos fi lhos Iniciados em Ifá:


No momento da i niciação o destino vivido por esta pessoa até então, estará sendo l i m po,
enterrado, dela serão tiradas todas as forças contrárias, e haverá uma m uda nça no trajeto
até então vivenciado, fazendo com que seu Oí encontre o destino do momento de sua
concepção, apagando as i m perfeições conseqüentes de sua vida refletida pela sociedade
onde nasceu, cresceu e vive para reencontrar a sua origem perfeita .

Mas para que esta força de fato venha adentrar em seu Oí e passe a fazer parte de sua
existência estes novos fi l hos deverão procurar além de cum prir leis, entender, estudar o
sentido desta fi losofia para que a magia desta i niciação prevaleça neste Oí, sendo ela
i n dependente de seu Ori�à Guardião.

Ifá, é u m culto trad icional considerado a fonte de todas as outras formas de adoração, é
um livro de orientação, u m roteiro, que trata você como i ndivíduo ú nico e através d o q ua l
receberá suas regras d e cond uta pessoa is Ewos, ( leis) de acordo com s u a origem
a ncestral , leis estas que irão levá-lo a obtenção da realização de sua fel i cidade de acordo
com sua própria história e m issão .

Aq ui n ã o pode haver a a l imentação de sonhos que n ã o fazem parte de seu destino, m a s a


leitu ra daquilo que você sem pre foi, desde os primórdios e a busca de seu aprimoramento
através das sol uções apresentadas nos jogos divi natórios de Ifá . Assim em nada se parece
a qualquer rel igião, associações ou fraternidades que existem, onde todos são tratados
como massa i ndependendo da inteligência, e onde seu Eu Interior não é respeitado.

O aprend izado correto da forma de sua cultuação req uer um g ra u elevado no domínio de
seu comportamento já cheio de vícios de personalidade este é o verdadeiro Àse, o nascer
novamente com a maturidade e a consciência adquirida e poder reformular sua vida de
forma a satisfazer sua vida.

Ritual de Iniciação em Ifá:

Pri meiro o ca ndidato será apresentado ao sacerdote, que jogará e ntão o Opele-Ifá, e
através dele terá a visão plena das con dições necessárias para que este Oí possa receber
esta i niciação. Jamais esta ava l iação será feita através do jogo de búzios como é de
costume aqui no Brasil .

Uma vez aceito, esta preparação será feita com u m mês d e a ntecedencia, q ua ndo então o
sacerdote i rá para a floresta sagrada à procura das sementes tam bém sagradas, o Ikin, e
então passadas por rituais que somente os Bàbáláwó podem executar.
Estas sementes são dotadas de três ou mais ol hos ( 3 . 0 olho, Iwa Yi, o olho do caráter), e
serão escolh idas para cada pessoa de acordo com os Odú que caíram d u ra nte o jogo, não
podemos esq uecer que Ifá
traduz a sua i n d ividual idade.
Dura nte o ritual i niciático,
enquanto estão sendo
batidas as sementes de ikin,
o sacerdote estará recita ndo
os versos (Itan) dos 16 Odú
pri ncipais, mais Odú-Ifá
Oâeturá, que representa a
criação da d iversidade no
Un iverso, e assim a visão dos
i n úmeros ca m i nhos
traduzidos pelos Odú, da ndo
a àrúnmilà o nome de
Eleripin (A Semente da
Criação) .
Estas sementes rezadas
i ndividualmente será o Ibá-Ikin-Ifá, elemento que fará a l igação de seu f/_dà com sua
origem Divina o qual estará relacionado aos pri meiros 16 Odú, os Óriâà primordia is, e a
m ultiplicação destes. A sua matriz de origem estará sendo i nvocada para dar sentido a sua
vida aqui na terra .

E.u-Ifá

A i l usão nos ca usa impressões de q ue a lgo


visto de perto pareçam simétricas, e qua ndo
vistas à d istancia terão um novo foco, assi m
vice e verça . Pa rtindo deste princípio tudo
depende do modo como se "olha", assim a
j ustiça, ou a inj ustiça , o bem e o mau, assim
como é i m porta nte as pessoas terem em conta
que mu itas vezes aquilo que lhes faz bem
hoje, com o tempo pode não ser, da mesma
forma q ue aquilo que hoje é ru i m , amanhã
poderá ser muito bom.

· �i Para a cultura Yorubá, E2u é o j u stiçeiro


Divi no, aquele que olha tudo, q u e leva a
" 1
0/ódunmare os anseios do homem e o trás de
· • volta em forma de benefício, Àse ou não.

Tudo o que existe tem sua polaridade, e E2u


será aquele q ue nos dará a pista d e qual o
cam i n ho tomar, ele traduz a l i nguagem densa
de nossa crosta terrestre para chegar no
d ivino, gerando cam i n hos ( Odú) , porta nto ele
é a pri meira semente geradora .
Quando você conversa com a natureza e isto
lhe trás benefício é q ue traduziu o seu
E�u
código mental para a energia p u ra, trazendo
de volta em forma de prazer interior.

Se o Ikin-Ifá é a mente, >ara cada i nciciado


será então pla ntado um E�u,pois ele é quem
vai transormar os dese os i n teriores no seu
m u ndo pa upável, a mente é a razão, e o
E�u
gerador, aquele q ue faz conceber, nascer,
criar e tornar possível os frutos desta razão .

Ele será plantado em uma pedra na qual os


sacerdotes invocarão u m espírito, e daí por
diante você deverá criar uma afinidade de tal
forma que tudo o que faça possa com ele
dialogar, em todos os momentos, todos os
dias e horas, se não fisicamente,
menta l mente, criar uma sim biose . Forças são
energias vivas q ue não podem ficar paradas,
se você não tem este contato, com o tem po se
vão, e aí você perderá novamente este elo de
l igação, e só l h e restará uma pedra.

Ikin-Ifá e E�u-Ifá
Por concl usão, quando o in iciado recebe estes elementos sagrados o seu eq u i l íbrio
espiritua l será completo, representando a u nidade entre aquilo que se pensa e a q u i lo que
se faz.

Aquele que v ve somente dentro da razão concentra na parte central do seu corpo esta
energia, e viverá sempre tenso, dores de cabeça, mau humorado, é um ser nervoso.

Quando ao contrário a pessoa se agita m uito mais do que faz, serão aq ueles que não
sabem nem o que fazem, nem para onde i r, e vivem se debatendo de um lado para o
outro sem sentido ou objetivos .

O equ i l íbrio está em pensar, e fazer. O Oí cria objetivos, os pés correrão o m undo, e as
mãos farão o que precisa .

A manutenção deste enorme bem recebido terá que ser cum prido, sob mu itas forma s : Ao
se levantar de manhã, em jej u m sem falar com ninguém deverá orar para eles . Todas as
sextas-feiras fará sua oferanda d a seman a . A cada 30 d ias, sua oferenda de m ês. E a cada
ano será feita festa em sua homenagem. Todos os preceitos, oferendas ou q ua lquer coisa
q ue fará sempre será sob a orientação de um Bàbáláwó, nenhum outro g ra u hierarquico
dentro de nossa rel igião está apto para dar orientação sob a conduta e procedimento para
os fi lhos de Ifá. É bom que se diga que na África, Bàbáláwó não são possuídos pelos
leguns, e este u m título é usado no Brasil indiscri m inadamente por pessoas que não
con hecem a profund idade de seus reais fundamentos.

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