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Aristóteles tido como aluno rebelde de Platão, vai novamente contra as teorias
platônicas. Enquanto, Platão afirmava que a arte não serve para estar no currículo de
formação do sujeito ideal. Para Platão, a arte é apenas mimese da vida, e que não
acrescia nada de novo no homem. Aristóteles toma a direção contrária, defendendo a
mimese. Além de Aristóteles recusas a argumentação da dualidade ontológica
(sensível/inteligível), associa o prazer à imitação artística da natureza. Ele também não
pensa em expulsar os artistas da Polis, ao contrario, desenvolve para as artes virtudes
benéficas. Na Poética, Aristóteles diz que o imitar é algo congênito no homem. E se
diferencia dos outros viventes porque de todos, ele é o maior imitador, e somente por
imitação aprendemos as nossas primeiras noções. Para ele a mimese, é a porta de
entrada para a arte, além de ser uma forma de educar, conhecer. Imitar é algo definido
como um ato legítimo é uma tendência natural.
1
Trabalho elaborado para disciplina de Estética e Filosofia da Arte, ministrada pelo
prof. Dr. Gerson Luis Trombetta. A referida atividade valerá como atividade
discente.
2
Acadêmico do VI nível de Filosofia LP, da Universidade de Passo Fundo.
Fernando.bocha@hotmail.com
vida, ao mesmo tempo uma identificação do que esta sendo apresentado. Por isso a
tragédia tem que ser boa, tem que demonstrar que aquilo que esta sendo mostrado lá,
pode vir a ser vivenciado por qualquer um que esteja na platéia, mas sabendo que aquilo
é uma tragédia é uma imitação. E quando chega o final cada expectador pode sentir a
sensação de alívio, isto que é o prazer da catarse.
A catarse é algo que clareia, é o sol que ilumina para que possamos enxergar,
porque isso? No sentido de que se a capacidade da catarse funcionar, após ter assistido
uma tragédia e aqui o raciocínio vai mais além, um filme, uma música. O expectador,
enquanto acontece ele está fora de si no sentido de que está vivenciado aquilo que esta
sendo apresentado. Sai de si e ao voltar está tão impressionado, chocado, entusiasmado
com o que viu que pode julgar de outra forma o que virá a se passar daí para frente.
Porem, não somente, nesse sentido, mas o fato é que o ciclo de sair de si enquanto
expectador e ao final votar a si, isso é catarse que devemos exercitar, pois não somente
é uma função da arte (teatro, música, filme, poesia), mostrar a sua capacidade de
catarse se nós “público expectador” não formos capazes de perceber e fazer a catarse
funcionar.