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IEC – Pontifícia Universidade Católica PUC – Design de Interação

Turma 04
Disciplina: Fundamentos de Design de Interação
Professores: Karine e Leandro
Aluna: Daniele Aparecida Santos Cipriano

NVDA – leitor de telas para Windows Open Source

O NVDA – Non Visual Desktop Access é um leitor de telas para Windows, open
source. O NVDA foi desenvolvido por Mick Curran, estudante de Ciência da
Computação, em 2006, em linguagem de programação Python e sob a licença GPL
(Licença Pública Geral GNU, da Fundação para o Software Livre, GNU/Linux).

O NVDA utiliza o sintetizador de voz Espeak (sistema artificial que simula a voz
humana). O leitor tem como base os seguintes princípios para desenvolvimento: ser
gratuito para facilitar o acesso a quaisquer pessoas sem custos adicionais; abertura do
código permitindo o desenvolvimento, aperfeiçoamento, distribuição e adaptação a
necessidades específicas do software; aberto a experimentação para identificação de
limitações ou inovações; “design” do projeto de fácil entendimento, flexibilidade,
potência em arquitetura que permite implementar soluções para software proprietários.

Para utilizar o NVDA são necessários um computador com sistema operacional


Windows (existem comunidades que mantém versões de atualização do software que
acompanham os updates do sistema) e fones de ouvido ou caixas de som, teclado.

Os usuários do NVDA são basicamente portadores de deficiência visual e baixa visão.


O primeiro contato dos usuários com o leitor de telas é mediado por um instrutor que
os orienta durante a execução de tarefas básicas, assim como o ensino de informática.
O sintetizador de voz tem a opção de vários idiomas. Leitura de telas e ícones (através
dos textos que os representam) é realizada através da vocalização das letras no
idioma ativo do sistema. O leitor de telas utiliza a descrição de teclas de atalho para
auxiliar o usuário na realização das tarefas básicas do sistema, contudo reconhece
também a movimentação do mouse sobre a tela. Tem opções para conexão na
Internet e navegação de sites, contudo ainda não realiza a leitura de imagens.

A interação na etapa de aprendizagem do software ocorre em ambiente escolar com o


acompanhamento de um professor, geralmente em tele centros ou escolas
especializadas para inclusão social. Na maioria das vezes para evitar ruído externo os
alunos são orientados a utilizar fones de ouvido e terminais individuais com teclados e
mouse.

Uma vez ambientado com o software o usuário está apto a utilizar o software em seu
computador pessoal. Para os portadores de baixa visão o NVDA possui a opção de
ajuste da tela para maior contraste.

O NVDA possibilita que o portador de deficiência visual e baixa visão tenham a


liberdade para realizar a maioria das atividades que um usuário comum realiza durante
a interação com o sistema operacional Windows. Destas atividades vão desde acessar
o Menu iniciar, Windows Explorer, criar pastas, abrir, criar e excluir documentos,
acessar programas, maximizar, minimizar e fechar janelas, utilizar editores de texto,
programas de cálculo, acesso a internet, download e upload de arquivos, identificação
de ícones e elementos do tema da área de trabalho, etc. De forma autônoma na
maioria das vezes. Assim como a maioria dos leitores de telas uma das principais
limitações é a falta de identificação de imagens. Por não serem um arquivo textual
essas são descritas como telas em branco ou possivelmente imagens, mas não
possuem descrição.

Ação: digitando um texto em Microsoft Word 2007 e salvando o


Documento.

A tarefa observada seguiu os seguintes passos – para ser objetivo, optou-se pelo
sistema operacional estar previamente iniciado:
Acessar o Menu iniciar do Windows 7;
Acessar o Microsoft Office Word 2007;
Digitar um texto, com opções de correção;
Salvar o texto na área de trabalho.

Uma vez estando clara a meta que é digitar o texto, a ação e decomposta em etapas
para melhor ser realizada através da formalização das intenções. O primeiro desafio
trata-se de reconhecer pela leitura do sintetizador de voz os lables que representam os
ícones do Menu Iniciar, e na sequencia do editor de texto Microsoft Office Word 2007,
para executar a ação o usuário deve acionar a tecla enter ou um click do mouse. Um
feedback sonoro indica a mudança de estado do sistema, ele é reforçado com a leitura
do sintetizador do estado atual do sistema, permitindo ao usuário perceber que está
pronto para o próximo passo: digitar o texto. À medida que o usuário digita os
caracteres, esses são ditados pelo NVDA informando qual foi o último digitado. Para
saber qual é o teor da frase digitada o usuário deve mover o cursor sobre a área do
editor: o sintetizador realiza a leitura do texto na íntegra. Para apagar a letra digitada,
pressiona-se a tecla Backspace e o sistema repete a letra deletada. Essa ação é
repetida até a obtenção do texto final. Ao avaliar o resultado e tendo por satisfatório o
formato do texto reavaliam-se novas metas: é o momento de salvar o texto digitado.
Novamente utilizando teclas de atalho que o leitor informa durante a interação, é
possível acessar o menu arquivo (ALT) e com a tecla de atalho S, abrir a janela de
salvar, movendo o mouse é possível identificar os nomes que o sintetizador identifica
com avisos sonoros onde se deseja salvar o arquivo, nesse caso área de trabalho, e
onde digitar o nome do arquivo, será identificado como Doc1. Ao clicar no nome
sugerido pelo programa, o leitor informa: ”Doc1 selecionado”, mudança de estado. Ao
digitar a primeira letra do nome que deseja o sistema informa novamente “Doc1 de
selecionado, letra X”, informando uma segunda mudança de estado e na sequencia é
ditado todo caracter digitado. Uma vez finalizado é possível avaliar se estiver correto o
nome movendo o mouse, o sistema envia novo aviso sonoro. Movendo novamente o
mouse é possível identificar o lable de o botão salvar e ao clicar o documento é salvo.
Para confirmar o salvamento do documento o NVDA dispara um aviso sonoro com o
nome do editor de texto Microsoft Word 2007 e do documento Salvo.

Conclusão
A tecnologia assistiva nos permite observar camadas diferentes da experiência do
usuário com interfaces digitais, contudo os sete passos da interação observados por
Norman se fazem presentes e válidos. Através dela é importante observar que o
modelo mental é reconstruído passo a passo com a exploração da tela pelo usuário e
descrição da mesma pelo leitor NVDA. Dispositivos de entrada como mouse e teclado
passam a ser ferramentas exploratórias na navegação. A relação textual de semântica
e sintaxe são ampliadas para com a tarefa realizada. A audição envolvida muitas
vezes em interfaces digitais somente em relação a feedback, nessa experiência é
parte ativa de todo o processo de interação, que inicia com o convite ao usuário para a
interação com o sistema. Os desafios para o desenvolvimento dos leitores de telas são
muitos e a curva de aprendizagem ainda é alta, apesar disso, o NVDA tem surgido
como uma proposta inovadora que tem no cerne de seu projeto o design pensado para
as necessidades dos usuários portadores de deficiência visual e baixa visão.

Referências Bibliográficas
NORMAN, Donald. O Design do Dia-a-dia. Rio de Janeiro: Rocco, 2006. NORMAN,
Donald.
http://www.bengalalegal.com/nvda.php Acesso em: 09.maio.2010
http://www.nvda-project.org/ Acesso em: 09.maio.2010
http://www.kulgan.net/mick/synaesthesia.shtml Acesso em: 10.maio.2010
http://espeak.sourceforge.net/ Acesso em: 11.maio.2010
http://www.bengalalegal.com/presencapedagogica.php Acesso em: 07.maio.2010

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