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tecnológicas
Usinas e Destilarias
Presidente Prudente
2007
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques i
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
ÍNDICE
pág.
1 ANÁLISE DA CANA-DE-AÇÚCAR PELO MÉTODO DO DIGESTOR ..................1
1.1 OBJETIVO..........................................................................................................1
1.2 AMOSTRAGEM..................................................................................................1
1.3 PREPARO DO EXTRATO..................................................................................1
1.4 DETERMINAÇÃO AREOMÉTRICA DO BRIX DO EXTRATO............................2
1.4.1 OBJETIVO ...............................................................................................2
1.4.2 MATERIAL ...............................................................................................2
1.4.3 TÉCNICA .................................................................................................2
1.4.4 EXEMPLO ...............................................................................................2
1.5 DETERMINAÇÃO REFRATOMÉTRICA DO BRIX DO EXTRATO.....................6
1.5.1 OBJETIVO ...............................................................................................6
1.5.2 MATERIAL ...............................................................................................6
1.5.3 TÉCNICA .................................................................................................6
1.5.4 EXEMPLO ...............................................................................................6
1.6 CÁLCULO DO BRIX % CANA (B) ....................................................................10
1.6.1 FÓRMULA .............................................................................................10
1.6.2 VALOR...................................................................................................10
1.6.3 EXEMPLO .............................................................................................10
1.7 DETERMINAÇÃO DA POL DO EXTRATO ......................................................12
1.7.1 OBJETIVO .............................................................................................12
1.7.2 MATERIAL .............................................................................................12
1.7.3 REAGENTES.........................................................................................12
1.7.4 PREPARO DOS REAGENTES..............................................................12
1.7.5 TÉCNICA ...............................................................................................13
1.7.6 CÁLCULO ..............................................................................................13
1.7.7 EXEMPLO .............................................................................................13
1.7.8 FÓRMULA .............................................................................................15
1.8 CÁLCULO DA POL % CANA ...........................................................................15
1.8.1 FÓRMULA .............................................................................................15
1.8.2 VALOR...................................................................................................15
1.8.3 EXEMPLO .............................................................................................15
1.9 DETERMINAÇÃO DO TÍTULO DO LICOR ......................................................17
1.9.1 MATERIAL .............................................................................................17
1.9.2 REAGENTES.........................................................................................17
1.9.3 PREPARO DOS REAGENTES..............................................................17
1.9.4 TÉCNICA ...............................................................................................18
1.9.5 CÁLCULO ..............................................................................................18
1.9.6 VALOR...................................................................................................18
1.9.7 EXEMPLO .............................................................................................18
1.10 DETERMINAÇÃO DOS AÇÚCARES REDUTORES DO EXTRATO................19
1.10.1 OBJETIVO .............................................................................................19
1.10.2 MATERIAL .............................................................................................19
1.10.3 REAGENTES .........................................................................................19
1.10.4 TÉCNICA ...............................................................................................20
1.10.5 CÁLCULO ..............................................................................................20
Apostila de análises tecnológicas para Usinas e Destilarias ii
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
1.10.6 EXEMPLO..............................................................................................20
1.11 CÁLCULO DE AR%CANA................................................................................20
1.11.1 FÓRMULA..............................................................................................20
1.11.2 VALOR ...................................................................................................20
1.11.3 EXEMPLO..............................................................................................20
1.12 DETERMINAÇÃO DA FIBRA DA CANA ..........................................................22
1.12.1 OBJETIVO .............................................................................................22
1.12.2 CÁLCULO ..............................................................................................22
1.12.3 VALOR ...................................................................................................22
1.12.4 EXEMPLO..............................................................................................22
1.13 DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DA CANA ....................................................22
1.13.1 OBJETIVO .............................................................................................22
1.13.2 MATERIAL .............................................................................................22
1.13.3 TÉCNICA ...............................................................................................22
1.13.4 VALOR ...................................................................................................22
1.13.5 EXEMPLO..............................................................................................22
1.14 DETERMINAÇÃO DOS AÇÚCARES TOTAIS DO EXTRATO .........................23
1.14.1 OBJETIVO .............................................................................................23
1.14.2 MATERIAL .............................................................................................23
1.14.3 REAGENTES .........................................................................................23
1.14.4 PREPARO DOS REAGENTES..............................................................23
1.14.5 TÉCNICA ...............................................................................................24
1.14.6 CÁLCULO ..............................................................................................24
1.14.7 EXEMPLO..............................................................................................25
1.15 DETERMINAÇÃO DO AT%CANA....................................................................25
1.15.1 OBJETIVO .............................................................................................25
1.15.2 CÁLCULO ..............................................................................................25
1.15.3 VALOR ...................................................................................................25
1.15.4 EXEMPLO..............................................................................................25
2 ANÁLISE DA CANA-DE-AÇÚCAR PELO MÉTODO DA MOENDA DE
LABORATÓRIO. .........................................................................................................27
2.1 OBJETIVO........................................................................................................27
2.2 AMOSTRAGEM................................................................................................27
2.3 EXTRAÇÃO DO CALDO ..................................................................................27
2.4 DETERMINAÇÃO DO BRIX AREOMÉTRICO DO CALDO..............................28
2.4.1 OBJETIVO .............................................................................................28
2.4.2 MATERIAL .............................................................................................28
2.4.3 TÉCNICA ...............................................................................................28
2.4.4 EXEMPLO .............................................................................................28
2.4.5 VALOR...................................................................................................28
2.5 DETERMINAÇÃO DO BRIX REFRATOMÉTRICO DO CALDO.......................29
2.5.1 OBJETIVO .............................................................................................29
2.5.2 MATERIAL .............................................................................................29
2.5.3 TÉCNICA ...............................................................................................29
2.5.4 EXEMPLO .............................................................................................29
2.5.5 VALOR...................................................................................................29
2.6 DETERMINAÇÃO DA POL DO CALDO ...........................................................30
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques iii
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
pág.
Figura 1 Correções do Brix areométrico via gráfico ......................................................5
Figura 2 Correções do Brix refratométrico via gráfico ...................................................9
Figura 3 Determinação gráfica do AR%Cana..............................................................22
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 1
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
1.1 OBJETIVO
As análises da cana-de-açúcar tem por objetivo avaliar a qualidade da matéria
prima para diversos fins, como por exemplo o cálculo de eficiência das moendas e os
rendimentos industriais.
As amostras de cana-de-açúcar desfibrada podem apresentar resultados
inferiores aos valores reais, visto que muitas vezes estas amostras são retiradas na
esteira de cana desfibrada e já sofreram o processo de embebição.
1.2 AMOSTRAGEM
Cana-de-açúcar inteira
Amostrar caminhões, pátios ou campo.
Coletar de 6 a 10 colmos de cada caminhão, do pátio ou de um talhão do
canavial.
Levar ao desintegrador, tipo forrageiro, para obter o material desintegrado.
Homogeneizar e retirar uma amostra para as análises de Pol, Brix, Fibra,
Umidade, ART e AR.
Cana-de-açúcar desfibrada
Retirar, ao longo da largura da esteira de cana desfibrada, várias amostras, as
quais deverão ser homogeneizadas.
Tomar uma porção desta amostra, devidamente homogeneizada, para análises
de Pol, Brix, Fibra, Umidade, ART e AR.
Material
Desintegrador tipo forrageiro
Digestor com acessórios
Balança técnica, capacidade de 2,0 kg, sensibilidade de 0,1g
Proveta de 1000mL
Funil de tela de malha fina
Copo de bequer de 500mL
Técnica
Homogeneizar bem o material desintegrado, de preferência sobre plástico, para
evitar a perda de umidade
Retirar uma pequena amostra para o laboratório
Pesar 500g desta amostra, diretamente no copo do digestor
Adicionar 1000mL de água
Acoplar o copo ao digestor, retirar o copo e resfriá-lo por 10 minutos
Desligar o digestor, retirar o copo e resfriá-lo tampado
Filtrar o material em funil de tela fina, sobre um béquer de 500mL
Apostila de análises tecnológicas para Usinas e Destilarias 2
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1.4 DETERMINAÇÃO AREOMÉTRICA DO BRIX DO EXTRATO
1.4.1 OBJETIVO
Tal análise tem como objetivo determinar o teor de sólidos solúveis no extrato, o
qual, por sua vez, nos possibilitará a determinação dos sólidos na cana-de-açúcar.
1.4.2 MATERIAL
Areômetro de Brix, graduado de 10 a 20 oB, com décimos de graus e calibrado a
o
20 C
Termômetro de 0 – 50oC, com graduação de 0,5oC
Proveta de metal lisa, com aproximadamente 40cm de altura
Béquer de 1000mL
Tabela para correção de Brix areométrico à 20oC
1.4.3 TÉCNICA
Encher a proveta com a amostra e deixar em repouso por 5 minutos
aproximadamente, para permitir o desprendimento das bolhas de ar
Imergir cuidadosamente o areômetro até o ponto de afloramento, evitando que a
haste fique molhada acima desse ponto
Aguardar um minuto
Fazer a leitura na escala
Anotar com Brix não corrigido
Se o areômetro possuir termômetro, efetuar também a leitura da temperatura,
caso contrário, introduzir um termômetro na proveta
Aguardar dois minutos e anotar a temperatura
Corrigir em tabela apropriada
1.4.4 EXEMPLO
Brix lido: 20oB
Temperatura de aferição do areômetro: 20oC
Temperatura de leitura: 25oC
Fator de correção: 0,32oC
Brix corrigido: 20,32oB
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 3
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
o
Tabela 1 Correções de Brix areométrico à 20 C
Brix observado (%)
Temperatura 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
o
C SUBTRAIR À % OBSERVADA
0 0,38 0,49 0,65 0,77 0,89 0,99 1,08 1,16 1,24 1,31 1,37
5 0,36 0,47 0,56 0,65 0,73 0,80 0,86 0,91 0,97 1,01 1,05
10 0,32 0,38 0,43 0,48 0,52 0,57 0,60 0,64 0,67 0,70 0,72
11 0,31 0,35 0,40 0,44 0,48 0,51 0,55 0,58 0,60 0,63 0,65
12 0,29 0,32 0,36 0,40 0,43 0,46 0,50 0,52 0,54 0,56 0,58
13 0,26 0,29 0,32 0,35 0,38 0,41 0,44 0,46 0,48 0,49 0,51
14 0,24 0,26 0,29 0,31 0,34 0,36 0,38 0,40 0,41 0,42 0,44
15 0,20 0,22 0,24 0,26 0,28 0,30 0,32 0,33 0,34 0,36 0,36
16 0,17 0,18 0,20 0,22 0,23 0,25 0,26 0,27 0,28 0,28 0,29
17 0,13 0,14 0,15 0,16 0,18 0,19 0,20 0,20 0,21 0,21 0,22
18 0,09 0,10 0,11 0,11 0,12 0,13 0,13 0,14 0,14 0,14 0,15
19 0,05 0,05 0,05 0,05 0,06 0,06 0,07 0,07 0,07 0,07 0,08
ADICIONAR À % OBSERVADA
21 0,04 0,05 0,06 0,06 0,06 0,06 0,07 0,07 0,07 0,07 0,08
22 0,10 0,10 0,11 0,12 0,12 0,13 0,14 0,14 0,15 0,15 0,16
23 0,16 0,16 0,17 0,17 0,19 0,20 0,21 0,21 0,22 0,23 0,24
24 0,21 0,22 0,23 0,24 0,26 0,27 0,28 0,29 0,30 0,31 0,32
25 0,27 0,28 0,30 0,31 0,32 0,34 0,35 0,36 0,38 0,38 0,39
26 0,33 0,34 0,36 0,37 0,40 0,40 0,42 0,44 0,46 0,47 0,47
27 0,40 0,41 0,42 0,44 0,46 0,48 0,50 0,52 0,54 0,54 0,55
28 0,46 0,47 0,49 0,51 0,54 0,56 0,58 0,60 0,61 0,62 0,63
29 0,54 0,55 0,56 0,59 0,61 0,63 0,66 0,68 0,70 0,70 0,71
30 0,61 0,62 0,63 0,66 0,68 0,71 0,73 0,76 0,78 0,78 0,79
35 0,99 1,01 1,02 1,06 1,10 1,13 1,16 1,18 1,20 1,21 1,22
40 1,42 1,45 1,47 1,51 1,54 1,57 1,62 1,62 1,64 1,65 1,65
Temperatura 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
5
0
40
35
30
29
28
27
26
25
24
23
22
21
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
C
Temperatura
Temperatura 0
=-0,6448+0,0118X+0,001X^2 =0,3706+0,0087X-0,0013X^2
0
5
=-0,6232+0,01X+0,001X^2 =0,4911+0,002X-0,0013X^2
5
10
=-0,6136+0,01X+0,0011X^2 =0,6479-0,0113X-0,001X^2
10
15
=-0,7419+0,0179X+0,001X^2 =0,7701-0,0193X-0,001X^2
15
20
=-0,8867+0,0279X+0,0008X^2 =0,8911-0,0291X-0,0008X^2
20
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
Apostila de análises tecnológicas para Usinas e Destilarias
25
=-0,9868+0,0345X+0,0007X^2 =0,9913-0,0356X-0,0007X^2
25
4
30
=-0,9902+0,0343X+0,0008X^2 =1,08-0,041X-0,0006X^2
30
Brix observado (%)
35
=-1,2471+0,0524X+0,0005X^2 =1,159-0,0463X-0,0006X^2
35
Tabela 2 Equações para as correções de Brix areométrico à 20oC
=-1,3415+0,0593X+0,0004X^2 =1,2416-0,0527X-0,0005X^2
40
45
=-1,3301+0,0583X+0,0004X^2 =1,3096-0,0572X-0,0004X^2
45
50
=-1,3449+0,0604X+0,0004X^2 =1,3702-0,0622X-0,0003X^2
50
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 5
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
1,60
Valores à subtrair (<20) ou adicionar (>20)
1,50
1,40
1,30
1,20
1,10
1,00
0,90
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
0ºB 5ºB 10ºB 15ºB 20ºB 25ºB 30ºB 35ºB 40ºB 45ºB 50ºB
1.5.1 OBJETIVO
Tal análise tem como objetivo determinar o teor de sólidos solúveis no extrato, o
qual, por sua vez, nos possibilitará a determinação dos sólidos na cana-de-açúcar.
1.5.2 MATERIAL
Espátula de plástico
Pisseta com água destilada
Lenços de papel, fino e absorvente
Refratômetro com controle de temperatura, ou com tabela para correção à 20oC
Termômetro de 0 a 50oC
1.5.3 TÉCNICA
Limpar os prismas do refratômetro com água destilada e enxugar com papel
absorvente
Com auxílio de uma espátula de plástico, agitar a amostra com movimentos
circulares
Colocar algumas gotas da amostra sobre o prisma do aparelho
Não utilizar bastão de vidro e não tocar os prismas
Esperar alguns segundos para que a temperatura da amostra atinja a temperatura
dos prismas
Anotar a leitura como brix refratométrico não corrigido
Anotar a temperatura dos prismas
Corrigir com auxílio de tabelas
1.5.4 EXEMPLO
Brix lido = 20oB
Temperatura de aferição do refratômetro = 20oC
Temperatura de leitura = 25oC
Fator de correção = 0,38
Brix corrigido = 20,38oB
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 7
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
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18
17
16
15
14
13
12
11
10
C
Temperatura
Temperatura 0
=-0,689+0,0095X+0,0013X^2 =0,8202-0,0227X-0,0009X^2
0
5
=-0,8367+0,0208X+0,0011X^2 =0,8736-0,0233X-0,001X^2
5
10
=-0,8214+0,0178X+0,0012X^2 =0,9832-0,0312X-0,0009X^2
10
15
=-1,0327+0,0342X+0,0009X^2 =1,0445-0,0354X-0,0008X^2
15
20
=-1,129+0,0413X+0,00076X^2 =1,1383-0,0432X-0,0007X^2
20
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Apostila de análises tecnológicas para Usinas e Destilarias
25
=-1,0175+0,0323X+0,0009X^2 =1,1964-0,0471X-0,0006X^2
25
30
=-1,2774+0,0534X+0,0005X^2 =1,2679-0,0531X-0,0005X^2
30
Brix observado (%)
35
=-1,4057+0,0626X+0,0004X^2 =1,355-0,0629X-0,0002X^2
35
Tabela 4 Equações para as correções de Brix refratométrico à 20oC
=-1,4057+0,0626X+0,0004X^2 =1,3819-0,0636X-0,0003X^2
40
45
=-1,3609+0,0599X+0,0004X^2 =1,3978-0,0637X-0,0003X^2
45
50
=-1,3609+0,0599X+0,0004X^2 =1,423-0,0651X-0,0003X^2
50
8
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 9
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
0,80
Valores à subtrair (<20) ou acrescentar
0,70
0,60
0,50
(>20)
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Temperatura (ºC)
0ºB 5ºB 10ºB 15ºB 20ºB 25ºB 30ºB 35ºB 40ºB 45ºB 50ºB
1.6.1 FÓRMULA
B = b * (3 − 0,01* F )
B = Brix % cana
b = Brix do extrato
F = Fibra da cana-de-açúcar
1.6.2 VALOR
O valor do Brix % cana deve estar acima de 15,5 no início da safra e no decorrer da mesma
para que a cana-de-açúcar seja considerada madura.
1.6.3 EXEMPLO
Brix do extrato = 6,0
Fibra da cana = 13,0
B = 6,0 * (3 − 0,01 * 13)
B = 17,22oB
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 11
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Tabela 5 Obtenção do Brix %Cana em função do brix do extrato (b) e fibra da cana (F)
FIBRA DA CANA (F)
B
9,0 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15,0
3,50 10,19 10,17 10,15 10,13 10,12 10,10 10,08 10,06 10,05 10,03 10,01 9,99 9,98
3,60 10,48 10,46 10,44 10,42 10,40 10,39 10,37 10,35 10,33 10,31 10,30 10,28 10,26
3,70 10,77 10,75 10,73 10,71 10,69 10,67 10,66 10,64 10,62 10,60 10,58 10,56 10,55
3,80 11,06 11,04 11,02 11,00 10,98 10,96 10,94 10,93 10,91 10,89 10,87 10,85 10,83
3,90 11,35 11,33 11,31 11,29 11,27 11,25 11,23 11,21 11,19 11,17 11,15 11,13 11,12
4,00 11,64 11,62 11,60 11,58 11,56 11,54 11,52 11,50 11,48 11,46 11,44 11,42 11,40
4,10 11,93 11,91 11,89 11,87 11,85 11,83 11,81 11,79 11,77 11,75 11,73 11,71 11,69
4,20 12,22 12,20 12,18 12,16 12,14 12,12 12,10 12,08 12,05 12,03 12,01 11,99 11,97
4,30 12,51 12,49 12,47 12,45 12,43 12,41 12,38 12,36 12,34 12,32 12,30 12,28 12,26
4,40 12,80 12,78 12,76 12,74 12,72 12,69 12,67 12,65 12,63 12,61 12,58 12,56 12,54
4,50 13,10 13,07 13,05 13,03 13,01 12,98 12,96 12,94 12,92 12,89 12,87 12,85 12,83
4,60 13,39 13,36 13,34 13,32 13,29 13,27 13,25 13,23 13,20 13,18 13,16 13,13 13,11
4,70 13,68 13,65 13,63 13,61 13,58 13,56 13,54 13,51 13,49 13,47 13,44 13,42 13,40
4,80 13,97 13,94 13,92 13,90 13,87 13,85 13,82 13,80 13,78 13,75 13,73 13,70 13,68
4,90 14,26 14,23 14,21 14,19 14,16 14,14 14,11 14,09 14,06 14,04 14,01 13,99 13,97
5,00 14,55 14,53 14,50 14,48 14,45 14,43 14,40 14,38 14,35 14,33 14,30 14,28 14,25
5,10 14,84 14,82 14,79 14,76 14,74 14,71 14,69 14,66 14,64 14,61 14,59 14,56 14,54
5,20 15,13 15,11 15,08 15,05 15,03 15,00 14,98 14,95 14,92 14,90 14,87 14,85 14,82
5,30 15,42 15,40 15,37 15,34 15,32 15,29 15,26 15,24 15,21 15,18 15,16 15,13 15,11
5,40 15,71 15,69 15,66 15,63 15,61 15,58 15,55 15,53 15,50 15,47 15,44 15,42 15,39
5,50 16,01 15,98 15,95 15,92 15,90 15,87 15,84 15,81 15,79 15,76 15,73 15,70 15,68
5,60 16,30 16,27 16,24 16,21 16,18 16,16 16,13 16,10 16,07 16,04 16,02 15,99 15,96
5,70 16,59 16,56 16,53 16,50 16,47 16,44 16,42 16,39 16,36 16,33 16,30 16,27 16,25
5,80 16,88 16,85 16,82 16,79 16,76 16,73 16,70 16,68 16,65 16,62 16,59 16,56 16,53
5,90 17,17 17,14 17,11 17,08 17,05 17,02 16,99 16,96 16,93 16,90 16,87 16,84 16,82
6,00 17,46 17,43 17,40 17,37 17,34 17,31 17,28 17,25 17,22 17,19 17,16 17,13 17,10
6,10 17,75 17,72 17,69 17,66 17,63 17,60 17,57 17,54 17,51 17,48 17,45 17,42 17,39
6,20 18,04 18,01 17,98 17,95 17,92 17,89 17,86 17,83 17,79 17,76 17,73 17,70 17,67
6,30 18,33 18,30 18,27 18,24 18,21 18,18 18,14 18,11 18,08 18,05 18,02 17,99 17,96
6,40 18,62 18,59 18,56 18,53 18,50 18,46 18,43 18,40 18,37 18,34 18,30 18,27 18,24
6,50 18,92 18,88 18,85 18,82 18,79 18,75 18,72 18,69 18,66 18,62 18,59 18,56 18,53
6,60 19,21 19,17 19,14 19,11 19,07 19,04 19,01 18,98 18,94 18,91 18,88 18,84 18,81
6,70 19,50 19,46 19,43 19,40 19,36 19,33 19,30 19,26 19,23 19,20 19,16 19,13 19,10
6,80 19,79 19,75 19,72 19,69 19,65 19,62 19,58 19,55 19,52 19,48 19,45 19,41 19,38
6,90 20,08 20,04 20,01 19,98 19,94 19,91 19,87 19,84 19,80 19,77 19,73 19,70 19,67
7,00 20,37 20,34 20,30 20,27 20,23 20,20 20,16 20,13 20,09 20,06 20,02 19,99 19,95
Apostila de análises tecnológicas para Usinas e Destilarias 12
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
1.7 DETERMINAÇÃO DA POL DO EXTRATO
1.7.1 OBJETIVO
O objetivo desta análise é determinar o teor de sacarose aparente no extrato e calcular o teor do
mesmo na cana-de-açúcar.
1.7.2 MATERIAL
Tubo polarimétrico de 200mm
Béquer de plástico de 250mL
Funil de haste curta de 100mm de diâmetro
Proveta de vidro de 250mL
Papel de filtro de 250mm de diâmetro
Bastonete de vidro ou plástico
Sacarímetro, peso normal 26,0g
1.7.3 REAGENTES
Mistura clarificante
Solução de ácido acético a 20%
Hidróxido de cálcio - Este produto químico deve ter especificações mínimas de reagente p.a.
("pro análise"), com pureza maior ou igual a 95%.
Auxiliar de filtração - Este produto não interfere nas reações de clarificação, e então a sua
especificação não é crítica para a mistura. Os seguintes produtos podem ser utilizados: Celite nuclear
545, Celite Hyflo Supercel, Perfiltro 443, Fluitec M10 e M30
1.7.5 TÉCNICA
Tomar cerca de 200mL da amostra, em copo de 250mL, adicionar no mínimo 6g da mistura
clarificante;
Filtrar em papel de filtro sobre proveta;
Desprezar os primeiros 20mL do filtrado;
Com o filtrado límpido, lavar o tubo de polarização várias vezes;
Encher o tubo, evitando a retenção de bolhas de ar;
Efetuar a leitura e anotar (L)
Em caso de sacarímetro automático, a leitura aparece automaticamente no visor do aparelho
Correção por usar clarificante
a base de alumínio
1.7.6 CÁLCULO
0,26 * (1,00621 x L + 0,05117)
POL EXTRATO =
d
d = densidade, obtida em tabelas de brix x densidade
1.7.7 EXEMPLO
Brix ( do extrato) = 17,6 -Æ em tabelas Æ d = 1,0723
0,26 * (1,00621 x 70 + 0,05117)
L = 70 Æ POL EXTRATO = = 17,09%
1,0723
Apostila de análises tecnológicas para Usinas e Destilarias 14
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
Tabela 6 Conversão de Brix refratométrico (20 C) em densidade à 20oC.
o
1.7.8 FÓRMULA
A densidade à 20oC pode ser calculada usando a seguinte fórmula:
Dens. = 1,0000492 + 0,0038500955 * Brix + 1,3898784 *10 −5 * Brix 2 + 3,5486967 *10 −8 * Brix 3
1.8.1 FÓRMULA
POL % CANA = POL EXTRATO * (3 − 0,01* F )
F = Fibra % cana
1.8.2 VALOR
Acima de 12,5 no início da safra e acima de 13,4 no decorrer da safra, para que a cana-de-
açúcar seja considerada madura.
1.8.3 EXEMPLO
Pol do extrato = 6,2%
F = 13,3%
Pol % cana = 4,2 * (3 – 0,01*13,3)
Pol % cana = 12,04%
Apostila de análises tecnológicas para Usinas e Destilarias 16
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
Tabela 7 Pol na cana através do Pol no caldo extraído no digestor e do teor de Fibra na cana.
POL % FIBRA % CANA
CE 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 12,5 13,0 13,5 14,0
3,5 10,15 10,13 10,12 10,10 10,08 10,06 10,05 10,03 10,01
3,6 10,44 10,42 10,40 10,39 10,37 10,35 10,33 10,31 10,30
3,7 10,73 10,71 10,69 10,67 10,66 10,64 10,62 10,60 10,58
3,8 11,02 11,00 10,98 10,96 10,94 10,93 10,91 10,89 10,87
3,9 11,31 11,29 11,27 11,25 11,23 11,21 11,19 11,17 11,15
4,0 11,60 11,58 11,56 11,54 11,52 11,50 11,48 11,46 11,44
4,1 11,89 11,87 11,85 11,83 11,81 11,79 11,77 11,75 11,73
4,2 12,18 12,16 12,14 12,12 12,10 12,08 12,05 12,03 12,01
4,3 12,47 12,45 12,43 12,41 12,38 12,36 12,34 12,32 12,30
4,4 12,76 12,74 12,72 12,69 12,67 12,65 12,63 12,61 12,58
4,5 13,05 13,03 13,01 12,98 12,96 12,94 12,92 12,89 12,87
4,6 13,34 13,32 13,29 13,27 13,25 13,23 13,20 13,18 13,16
4,7 13,63 13,61 13,58 13,56 13,54 13,51 13,49 13,47 13,44
4,8 13,92 13,90 13,87 13,85 13,82 13,80 13,78 13,75 13,73
4,9 14,21 14,19 14,16 14,14 14,11 14,09 14,06 14,04 14,01
5,0 14,50 14,48 14,45 14,43 14,40 14,38 14,35 14,33 14,30
5,1 14,79 14,76 14,74 14,71 14,69 14,66 14,64 14,61 14,59
5,2 15,08 15,05 15,03 15,00 14,98 14,95 14,92 14,90 14,87
5,3 15,37 15,34 15,32 15,29 15,26 15,24 15,21 15,18 15,16
5,4 15,66 15,63 15,61 15,58 15,55 15,53 15,50 15,47 15,44
5,5 15,95 15,92 15,90 15,87 15,84 15,81 15,79 15,76 15,73
5,6 16,24 16,21 16,18 16,16 16,13 16,10 16,07 16,04 16,02
5,7 16,53 16,50 16,47 16,44 16,42 16,39 16,36 16,33 16,30
5,8 16,82 16,79 16,76 16,73 16,70 16,68 16,65 16,62 16,59
5,9 17,11 17,08 17,05 17,02 16,99 16,96 16,93 16,90 16,87
6,0 17,40 17,37 17,34 17,31 17,28 17,25 17,22 17,19 17,16
6,1 17,69 17,66 17,63 17,60 17,57 17,54 17,51 17,48 17,45
6,2 17,98 17,95 17,92 17,89 17,86 17,83 17,79 17,76 17,73
6,3 18,27 18,24 18,21 18,18 18,14 18,11 18,08 18,05 18,02
6,4 18,56 18,53 18,50 18,46 18,43 18,40 18,37 18,34 18,30
6,5 18,85 18,82 18,79 18,75 18,72 18,69 18,66 18,62 18,59
6,6 19,14 19,11 19,07 19,04 19,01 18,98 18,94 18,91 18,88
6,7 19,43 19,40 19,36 19,33 19,30 19,26 19,23 19,20 19,16
6,8 19,72 19,69 19,65 19,62 19,58 19,55 19,52 19,48 19,45
6,9 20,01 19,98 19,94 19,91 19,87 19,84 19,80 19,77 19,73
7,0 20,30 20,27 20,23 20,20 20,16 20,13 20,09 20,06 20,02
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 17
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
O objetivo deste procedimento é determinar o quanto de glucose reage com 1mL do licor
1.9.1 MATERIAL
1.9.2 REAGENTES
Solução de Soxhlet A
Solução de Soxhlet B
Azul de metileno à 1%
Solução de glucose à 0,5%
Solução de Soxhlet A
Em um bequer de 1000mL, pesar 69g de sulfato de cobre penta hidratado
Dissolver com água destilada, transferindo quantitativamente para um balão volumétrico com
água destilada
Solução de Soxhlet B
Em um bequer de 500mL, pesar 346g de tartarato duplo de sódio e potássio
Adicionar cerca de 300mL de água destilada e dissolver por agitação com um bastonete e levar
ao aquecimento
Pesar em outro bequer de 500mL, 100g de hidróxido de sódio e dissolver com água destilada,
mantendo-se o bequer em banho de água fria corrente
Transferir, quantitativamente, as soluções dos dois bequeres para um balão volumétrico de
1000mL
Resfriar e completar o volume com água destilada
1.9.4 TÉCNICA
Transferir, com pipeta volumétrica, para o erlenmeyer de 500mL, volumes iguais das soluções
A e B, de acordo com o total de análises a serem efetuadas no dia
Pipetar 10mL do licor (A + B), para erlenmeyer de 500mL e adicionar 150 a 200mL de água
destilada
Colocar 3-4 pérolas de vidro, areia grossa ou pedra pomes, para evitar a ebulição tumultuosa
Aquecer e deixar em ebulição por 30 segundos, aproximadamente
Transferir a solução de glucose 0,5%, e titular até a obtenção de uma cor vermelha escura
Deixar em ebulição por mais 1 a 2 minutos e adicionar 2 a 3 gotas de azul de metileno à 1%
Esperar 20 segundos, aproximadamente, e completar a titulação deixando cair gota a gota o
extrato de cana, até aparecer a cor vermelha escura
Anotar o volume gasto na bureta (Vp)
Repetir as operações, adicionando antes de iniciar o aquecimento um volume de amostra
próximo do anotado na titulação anterior (V – 1)
Aquecer e deixar em ebulição por 2 minutos
Adicionar 2 a 3 gotas de azul de metileno, esperar 20 segundos e completar a titulação até a
obtenção da cor vermelha intensa
Repetir as determinações a frio de 3 vezes
Tirar a média das determinações
1.9.5 CÁLCULO
Título = 0,0005.V
1.9.6 VALOR
1.9.7 EXEMPLO
Vp = 9,64
T = 0,0005 . 9,64
T = 0,00482
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 19
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
1.10.1 OBJETIVO
Determinar os açúcares, glicose e frutose do extrato e consequentemente cálcular o conteúdo
dos mesmos na cana-de-açúcar.
1.10.2 MATERIAL
Bureta de Mohr de 50mL
Tela de ferro galvanizado, com centro de amianto, medindo 20x20cm
Tripé de ferro
Suporte para bureta com haste de ferro
Pinça de Mohr
Bico de gás
Pérolas de vidro
Erlenmeyer de 500mL
Pipetas volumétricas de 10, 20, 25 e 50mL
Balões volumétricos de 100 – 200mL
1.10.3 REAGENTES
Solução de Soxhlet A
Solução de Soxhlet B
Azul de metileno à 1%
Solução de Soxhlet B
Em um bequer de 500mL, pesar 346g de tartarato duplo de sódio e potássio
Adicionar cerca de 300mL de água destilada e dissolver por agitação com um bastonete e levar
ao aquecimento
Pesar em outro bequer de 500mL, 100g de hidróxido de sódio e dissolver com água destilada,
mantendo-se o bequer em banho de água fria corrente
Transferir, quantitativamente, as soluções dos dois bequeres para um balão volumétrico de
1000mL
Resfriar e completar o volume com água destilada
1.10.5 CÁLCULO
100 *10 * T
AR =
d *V
AR = açúcares redutores do extrato
T = Título do licor de Soxhlet
V = Volume de caldo consumido na titulação de 10mL do licor
1.10.6 EXEMPLO
Brix = 18,0 Æ Tabela de brix x densidade Æ densidade = 1,074
Título = 0,005
V = 13,0
100 *10 * 0,005
AR = = 0,36%
1,074 *13,0
1.11.1 FÓRMULA
AR%CANA = A Re xtrato * (3 − 0,01* F )
F = Fibra da cana
1.11.2 VALOR
Menor que 1,5 no início da safra e menor que 1,0 no decorrer da safra, para que a cana seja
considerada madura
1.11.3 EXEMPLO
Arextrato = 0,36
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 21
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
F= 14%
AR%CANA = 0,36 * (3 − 0,01*14) = 1,03
3,00
2,75
2,50
2,25
2,00
AR % Cana
1,75
1,50
1,25
1,00
0,75
0,50
0,25
-
01
04
08
12
16
20
24
28
32
36
40
44
48
52
56
60
64
68
72
76
80
84
88
92
96
00
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
1,
AR no caldo extraído(%)
7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 17,0
1.12.1 OBJETIVO
A determinação da fibra da cana tem diversas utilidades como: determinar o balanço de material
da unidade industrial, avaliar a matéria prima com relação a esta variável, avaliar o funcionamento do
setor de extração.
1.12.2 CÁLCULO
100 − ( U + 3 * b )
F =
1 − 0,01* b
F = fibra % cana
U = umidade da cana
b = brix do extrato
1.12.3 VALOR
As canas cultivadas no Brasil possuem em média o teor de 12,5% de fibra, com o valores
variando de 9,0 a 15,0.
1.12.4 EXEMPLO
U = 74%
b = 5,0%
100 − ( 74 + 3 * 5)
F = = 11,58%
1 − 0,01* 5
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 21
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
1.13.1 OBJETIVO
A determinação da umidade da cana-de-açúcar tem diversas utilidades como:
determinar o estado de conservação da matéria-prima, bem como permitir subsídios
para controle da moagem industrial.
1.13.2 MATERIAL
- Cesto de tela fina, capacidade de aproximadamente 200g;
- Balança técnica, capacidade de 500g;
- Estufa de 150oC, com controle de temperatura de 0,5oC
1.13.3 TÉCNICA
Pesar 100g de cana-de-açúcar desintegrada e perfeitamente homogeneizada,
diretamente num cesto de tela fina, previamente tarado.
Levar à estufa e secar a 100 – 105oC, até peso constante;
Pesar o cesto e anotar o valor;
A perda de peso da amostra representa diretamente a umidade da cana-de-açúcar.
1.13.4 VALOR
1.13.5 EXEMPLO
P inicial = 100g
P final = 26g
U = 100 – 26 = 74%.
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 23
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
1.14.1 OBJETIVO
Avaliar o estado da matéria-prima, bem como auxiliar no procedimento para a
determinação do rendimento geral e processo de extração em destilarias de álcool.
1.14.2 MATERIAL
Bureta de Mohr de 50mL
Tela de ferro galvanizado, com centro de amianto, medindo 20x20cm
Tripé de ferro
Suporte para bureta com haste de ferro
Pinça de Mohr
Bico de gás
Pérolas de vidro
Erlenmeyer de 500mL
Pipetas volumétricas de 10, 20, 25 e 50mL
Balões volumétricos de 100 – 200mL
1.14.3 REAGENTES
Solução de Soxhlet A
Solução de Soxhlet B
Azul de metileno à 1%
Solução de ácido clorídrico d = 1,1029
Solução de Soxhlet B
Em um bequer de 500mL, pesar 346g de tartarato duplo de sódio e potássio
Adicionar cerca de 300mL de água destilada e dissolver por agitação com um
bastonete e levar ao aquecimento
Pesar em outro bequer de 500mL, 100g de hidróxido de sódio e dissolver com
água destilada, mantendo-se o bequer em banho de água fria corrente
Transferir, quantitativamente, as soluções dos dois bequeres para um balão
volumétrico de 1000mL
Resfriar e completar o volume com água destilada
1.14.5 TÉCNICA
Pesar 50g do extrato em balão de 100mL e levar ao banho-maria até a temperatura
de 65oC;
Retirar do banho-maria e adicionar 10mL da solução de ácido clorídrico (d=1,1029),
agitar com movimentos rotativos e deixar em repouso por 30 minutos;
Resfriar à temperatura ambiente e completar o volume com água destilada e agitar;
Transferir 10mL dessa solução para balão de 100mL;
Neutralizar com solução de hidróxido de sódio 50%, com auxílio de papel indicador;
Completar o volume;
Agitar e encher a bureta;
Transferir, com pipeta volumétrica, para o erlenmeyer de 500mL, volumes iguais
das soluções A e B, de acordo com o total de análises a serem efetuadas no dia;
Pipetar 10mL do licor (A + B), para erlenmeyer de 500mL e adicionar 150 a 200mL
de água destilada;
Colocar 3-4 pérolas de vidro, areia grossa ou pedra pomes, para evitar a ebulição
tumultuosa;
Aquecer e deixar em ebulição por 30 segundos, aproximadamente;
Titular a amostra até a obtenção de uma cor vermelha escura;
Deixar em ebulição por mais 1 a 2 minutos e adicionar 2 a 3 gotas de azul de
metileno à 1%;
Esperar 20 segundos, aproximadamente, e completar a titulação deixando cair gota
a gota o extrato de cana, até aparecer a cor vermelha escura;
Anotar o volume gasto na bureta;
Repetir as operações, adicionando antes de iniciar o aquecimento um volume de
amostra próximo do anotado na titulação anterior (V – 1);
Aquecer e deixar em ebulição por 2 minutos;
Adicionar 2 a 3 gotas de azul de metileno, esperar 20 segundos e completar a
titulação até a obtenção da cor vermelha intensa;
Repetir as determinações a frio de 3 a 5 vezes;
Tirar a média das determinações;
1.14.6 CÁLCULO
2000 * T
AT %CE =
Vgasto
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 25
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
1.14.7 EXEMPLO
2000 * 0,0058
T = 0,0058; Vgasto = 3,0 AT %CE = = 3,87%
3,0
1.15 DETERMINAÇÃO DO AT%CANA
1.15.1 OBJETIVO
A determinação dos açúcares totais cana tem diversas utilidades como: determinar
o balanço de material da unidade industrial, avaliar a matéria prima e avaliar o
funcionamento do setor de extração.
1.15.2 CÁLCULO
1.15.3 VALOR
1.15.4 EXEMPLO
F = 13,5%
AT%CE = 3,87%
AT %CANA = 3,87 * (3 − 0,01*13,5) = 11,09%
Apostila de análises tecnológicas para Usinas e Destilarias 26
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
2.1 OBJETIVO
Estas análises tem por objetivo determinar a maturação ou não dos talhões, para
que os mesmos passam ser queimados e cortados ou não.
2.2 AMOSTRAGEM
Devem ser sorteados de 6 a 10 colmos em cada talhão, enfeixados e etiquetados,
a seguir devem ser enviados ao laboratório o mais rápido possível.
Material
Moenda de laboratório;
Recipiente para o caldo extraído;
Algodão hidrófilo;
Funil de tela.
Técnica
Após identificados os feixes, as canas devem ser passadas pela moenda de
laboratório, sendo recolhido o caldo.
Este caldo deverá sofrer uma filtragem em algodão hidrófilo, com o objetivo de
eliminar partículas grosseiras, que possam eventualmente atrapalhar nas análises.
Apostila de análises tecnológicas para Usinas e Destilarias 28
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
2.4.1 OBJETIVO
Tal análise tem como objetivo determinar o teor de sólidos solúveis no caldo da
cana-de-açúcar.
2.4.2 MATERIAL
Areômetro de Brix, graduado de 10 a 20 oB, com décimos de graus e calibrado a
o
20 C
Termômetro de 0 – 50oC, com graduação de 0,5oC
Proveta de metal lisa, com aproximadamente 40cm de altura
Béquer de 1000mL
Tabela para correção de Brix areométrico à 20oC
2.4.3 TÉCNICA
Encher a proveta com a amostra e deixar em repouso por 5 minutos
aproximadamente, para permitir o desprendimento das bolhas de ar
Imergir cuidadosamente o areômetro até o ponto de afloramento, evitando que a
haste fique molhada acima desse ponto
Aguardar um minuto
Fazer a leitura na escala
Anotar com Brix não corrigido
Se o areômetro possuir termômetro, efetuar também a leitura da temperatura, caso
contrário, introduzir um termômetro na proveta
Aguardar dois minutos e anotar a temperatura
Corrigir em tabela apropriada
2.4.4 EXEMPLO
Brix lido: 20oB
Temperatura de aferição do areômetro: 20oC
Temperatura de leitura: 25oC
Fator de correção: 0,32oC
Brix corrigido: 20,32oB
2.4.5 VALOR
2.5.1 OBJETIVO
Tal análise tem como objetivo determinar o teor de sólidos solúveis no caldo da
cana-de-açúcar.
2.5.2 MATERIAL
Espátula de plástico
Pisseta com água destilada
Lenços de papel, fino e absorvente
Refratômetro com controle de temperatura, ou com tabela para correção à 20oC
Termômetro de 0 a 50oC
2.5.3 TÉCNICA
Limpar os prismas do refratômetro com água destilada e enxugar com papel
absorvente
Com auxílio de uma espátula de plástico, agitar a amostra com movimentos
circulares
Colocar algumas gotas da amostra sobre o prisma do aparelho
Não utilizar bastão de vidro e não tocar os prismas
Esperar alguns segundos para que a temperatura da amostra atinja a temperatura
dos prismas
Anotar a leitura como brix refratométrico não corrigido
Anotar a temperatura dos prismas
Corrigir com auxílio de tabelas
2.5.4 EXEMPLO
Brix lido = 20oB
Temperatura de aferição do refratômetro = 20oC
Temperatura de leitura = 25oC
Fator de correção = 0,38
Brix corrigido = 20,38oB
2.5.5 VALOR
2.6.1 OBJETIVO
O objetivo desta análise é determinar o teor de sacarose aparente no cado da
cana-de-açúcar.
2.6.2 MATERIAL
Tubo polarimétrico de 200mm
Béquer de plástico de 250mL
Funil de haste curta de 100mm de diâmetro
Proveta de vidro de 250mL
Papel de filtro de 250mm de diâmetro
Bastonete de vidro ou plástico
Sacarímetro, peso normal 26,0g
2.6.3 REAGENTES
Mistura clarificante
Solução de ácido acético a 20%
2.6.5 TÉCNICA
Tomar cerca de 200mL da amostra, em copo de 250mL, adicionar no mínimo 6g da
mistura clarificante;
Filtrar em papel de filtro sobre proveta;
Desprezar os primeiros 20mL do filtrado;
Com o filtrado límpido, lavar o tubo de polarização várias vezes;
Encher o tubo, evitando a retenção de bolhas de ar;
Efetuar a leitura e anotar (L)
Em caso de sacarímetro automático, a leitura aparece automaticamente no visor do
aparelho Correção por usar clarificante
a base de alumínio
2.6.6 CÁLCULO
0,26 * (1,00621 x L + 0,05117)
POL EXTRATO =
d
d = densidade, obtida em tabelas de brix x densidade
2.6.7 EXEMPLO
Brix = 17,6 -Æ em tabelas Æ d = 1,0723
0,26 * 70
L = 70 Æ POL CALDO = = 16,97%
1,0723
2.6.8 VALOR
Acima de 14,4 no início da safra e acima de 15,3 no decorrer da safra, para que a
cana-de-açúcar seja considerada madura
Apostila de análises tecnológicas para Usinas e Destilarias 32
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
2.7.1 OBJETIVO
Determinar os açúcares, glicose e frutose do caldo da cana-de-açúcar.
2.7.2 MATERIAL
Bureta de Mohr de 50mL
Tela de ferro galvanizado, com centro de amianto, medindo 20x20cm
Tripé de ferro
Suporte para bureta com haste de ferro
Pinça de Mohr
Bico de gás
Pérolas de vidro
Erlenmeyer de 500mL
Pipetas volumétricas de 10, 20, 25 e 50mL
Balões volumétricos de 100 – 200mL
2.7.3 REAGENTES
Solução de Soxhlet A
Solução de Soxhlet B
Azul de metileno à 1%
Solução de Soxhlet B
Em um bequer de 500mL, pesar 346g de tartarato duplo de sódio e potássio
Adicionar cerca de 300mL de água destilada e dissolver por agitação com um
bastonete e levar ao aquecimento
Pesar em outro bequer de 500mL, 100g de hidróxido de sódio e dissolver com
água destilada, mantendo-se o bequer em banho de água fria corrente
Transferir, quantitativamente, as soluções dos dois bequeres para um balão
volumétrico de 1000mL
Resfriar e completar o volume com água destilada
2.7.4 TÉCNICA
Transferir, com pipeta volumétrica, para o erlenmeyer de 500mL, volumes iguais
das soluções A e B, de acordo com o total de análises a serem efetuadas no dia
Pipetar 10mL do licor (A + B), para erlenmeyer de 500mL e adicionar 150 a 200mL
de água destilada
Colocar 3-4 pérolas de vidro, areia grossa ou pedra pomes, para evitar a ebulição
tumultuosa
Aquecer e deixar em ebulição por 30 segundos, aproximadamente
Colocar a amostra previamente coada na bureta, e titular até a obtenção de uma
cor vermelha escura
Deixar em ebulição por mais 1 a 2 minutos e adicionar 2 a 3 gotas de azul de
metileno à 1%
Esperar 20 segundos, aproximadamente, e completar a titulação deixando cair gota
a gota o extrato de cana, até aparecer a cor vermelha escura
Anotar o volume gasto na bureta
Repetir as operações, adicionando antes de iniciar o aquecimento um volume de
amostra próximo do anotado na titulação anterior (V – 1)
Aquecer e deixar em ebulição por 2 minutos
Adicionar 2 a 3 gotas de azul de metileno, esperar 20 segundos e completar a
titulação até a obtenção da cor vermelha intensa
Repetir as determinações a frio de 3 a 5 vezes
Tirar a média das determinações
2.7.5 CÁLCULO
100 *10 * T
AR =
d *V
AR = açúcares redutores do caldo
T = Título do licor de Soxhlet
V = Volume de caldo consumido na titulação de 10mL do licor
2.7.6 EXEMPLO
Brix = 18,0 Æ Tabela de brix x densidade Æ densidade = 1,074
Título = 0,005
V = 13,0
100 *10 * 0,005
AR = = 0,36%
1,074 *13,0
2.7.7 VALOR
Abaixo de 1,5% no início da safra e abaixo de 1,0% no decorrer da safra, para que
a cana-de-açúcar seja considerada madura.
Apostila de análises tecnológicas para Usinas e Destilarias 34
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
2.8.1 FÓRMULA
Pol
Pu = *100
Brix
2.8.2 VALOR
Acima de 80,0%, no início da safra, e acima de 85,0%, no decorrer da safra, para
que a cana-de-açúcar seja considerada madura.
2.8.3 EXEMPLO
Pol = 15,2%
Brix = 18,4%
15,2
Pu = *100 = 82,6%
18,4
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 35
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
Brix ≥ 18,0%
Pol ≥ 14,4%
AR ≤ 1,5% No caldo da cana
Pu ≥ 80,0%
Brix ≥ 18,0%
Pol ≥ 15,3%
AR ≤ 1,0% No caldo da cana
Pu ≥ 85,0%
Apostila de análises tecnológicas para Usinas e Destilarias 36
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
3.1 OBJETIVO
As análises, que utilizam a prensa hidráulica como extrator, têm como objetivo o
pagamento da matéria-prima pelo cálculo do ATR, e balanço de material (como o cálculo
de extração nas moendas, em algumas unidades industriais).
3.2 AMOSTRAGEM
A cana-de-açúcar deverá ser amostrada diretamente na carroceria dos caminhões,
quando colhida manualmente, pela sonda amostradora, sendo que esta tem
possibilidade de realizar a amostragem em três níveis, de acordo com o sorteio prévio.
A amostragem na carga deverá feita retirando-se a amostra por sonda amostradora
mecânica horizontal ou oblíqua, sendo proibida a coincidência nos alinhamentos vertical
e horizontal. Em cargas de cana colhida mecanicamente e picada, a amostra deverá ser
retirada, no mínimo, em um ponto qualquer da carga, em torno de sua altura e
comprimento médios. Os veículos com uma ou mais carretas, estas poderão ser
consideradas, quando necessário, cargas separadas, para fins de amostragem.
O peso de cada amostra não poderá ser inferior a 10kg (dez quilogramas), o
material a ser analisado resultará da mistura íntima de três amostras simples, sendo
uma da frente, outra do meio e outra da traseira da carga, preparadas em aparelhos
desintegradores, homogeneizadas para posterior análises.
Técnica
Deve-se desintegrar, aproximadamente 30kg de cana-de-açúcar amostrada.
Homogeneizar a cana-de-açúcar desintegrada e pesar 500g em balança semi-
analítica;
Esta amostra deverá ser prensada à 250kgf/cm2, durante 1 minutos, em prensa
hidráulica automática;
Obtêm-se assim o caldo extraído e o bolo úmido.
3.4.1 OBJETIVO
Tal análise tem como objetivo determinar o teor de sólidos solúveis no caldo
extraído, o qual, por sua vez, nos possibilitará a determinação dos sólidos na cana-de-
açúcar.
3.4.2 MATERIAL
Espátula de plástico
Pisseta com água destilada
Lenços de papel, fino e absorvente
Refratômetro com controle de temperatura, ou com tabela para correção à 20oC
Termômetro de 0 a 50oC
3.4.3 TÉCNICA
Limpar os prismas do refratômetro, com água destilada e enxugar com papel
absorvente;
Com auxílio de uma espátula de plástico, colocar a amostra em agitação ;
Adicionar algumas gotas da amostra sobre o prisma do aparelho;
Pressionar o botão de leitura (com correção de temperatura);
Anotar o valor de Brix (ou anotar a leitura e a temperatura e posteriormente realizar
a correção);
Apostila de análises tecnológicas para Usinas e Destilarias 40
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
3.5.1 OBJETIVO
Medir o teor de fibra real com secagem do bolo ou bagaço úmido(PBU) da prensa
hidraulica após a extração do caldo.
3.5.2 MATERIAL
Estufa elétrica com circulação forçada de ar;
Cesto de tela de filtro rotativo, medindo 240 x 160 x 80 mm, com furos de 0,5 mm
de diâmetro;
Balança eletrônica.
3.5.3 TÉCNICA
Após a pesagem do bolo úmido (PBU), transferí-lo para um cesto tarado, sem
perda de material;
Desfazer o bolo úmido no próprio cesto, colocá-lo na estufa e deixá-lo secar até
peso constante, à uma temperatura de 105ºC;
Retirar o cesto e pesar.
Obs.: O tempo de secagem para cada estufa deve ser determinado com ensaios
iniciais até peso constante. O teste inicial é feito com secagem por 3 horas, pesagem e
secagem por mais 1 hora e isto deve continuar até que não se obtenha variações no
peso do material seco, ou esta não seja significativa.
3.5.4 CÁLCULO
PBS = (Peso do cesto + bolo seco) - (Peso do cesto), onde:
PBS =Peso do bolo seco, em gramas
(100 * PBS ) − (PBU * B )
Fibra % cana = , onde:
5 * (100 − B )
B = Brix do caldo extraído;
PBU = Peso do bolo úmido.
3.5.5 VALOR
Como valor médio, tem-se 12,5%, no entanto varia de 9,0% até 15,0%.
3.5.6 EXEMPLO
Peso do cesto (g) ................................... 164,3
Peso do cesto + bolo seco(g) ...................... 241,5
Peso do bolo úmido (g)............................. 142,4
Brix do caldo (%) .................................... 19,8
3.6.1 MATERIAL
Balança eletrônica
3.6.2 TÉCNICA
Pesar o bolo úmido proviniente da prensagem da cana desfibrada e anotar como
PBU.
3.6.3 CÁLCULO
F = 0,152 * PBU – 8,367
3.6.4 VALOR
Como valor médio tem-se 12,5%, no entanto varia de 9,0% até 15,0%.
3.6.5 EXEMPLO
PBU = 127,5g
F = 0,152 * 127,5 – 8,367 = 11,01%.
3.7.1 OBJETIVO
O objetivo desta análise é determinar o teor de sacarose aparente no caldo
extraído.
3.7.2 MATERIAL
Tubo polarimétrico de 200mm
Béquer de plástico de 250mL
Funil de haste curta de 100mm de diâmetro
Proveta de vidro de 250mL
Papel de filtro de 250mm de diâmetro
Bastonete de vidro ou plástico
Sacarímetro, peso normal 26,0g
3.7.3 REAGENTES
Mistura clarificante
Solução de ácido acético a 20%
3.7.4.1 Especificações:
Cloreto de alumínio hexahidratado - Este produto químico deve ter
especificações mínimas de reagente p.a.('pro análise"), com pureza maior ou igual a
90%.
3.7.5 TÉCNICA
Tomar cerca de 200mL da amostra, em copo de 250mL, adicionar no mínimo 6g da
mistura clarificante;
Filtrar em papel de filtro sobre proveta;
Desprezar os primeiros 20mL do filtrado;
Com o filtrado límpido, lavar o tubo de polarização várias vezes;
Encher o tubo, evitando a retenção de bolhas de ar;
Efetuar a leitura e anotar (L)
Em caso de sacarímetro automático, a leitura aparece automaticamente no visor do
aparelho Correção por usar clarificante
a base de alumínio
3.7.6 CÁLCULO
0,26 * (1,00621 x L + 0,05117)
POL C.EXTR. =
d
d = densidade, obtida em tabelas de brix x densidade
ou,
POL C.EXTR. = (1,00621 x L + 0,05117) x (0,2605 - 0,0009882 x brix)
3.7.7 EXEMPLO
Brix = 17,6 -Æ em tabelas Æ d = 1,0723
L = 70
0,26 * (1,00621 x 70 + 0,05117)
POL C.EXTR. = = 17,09%
1,0723
ou
POL C.EXTR. = (1,00621 x 70 + 0,05117) x (0,2605 - 0,0009882 x 17,6) = 17,14%
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 43
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
3.8.1 FÓRMULAS
POL%CANA = POL C.EXTR. x (1 - 0,01F) x C;
C = 1,0794 - 0,000874 x PBU, ou C = 1,0313 - 0,00575 x F;
F = fibra da cana.
3.8.2 VALOR
Geralmente no transcorrer da safra tem-se valores acima de 12,5%.
3.8.3 EXEMPLO
F = 13,0%
POL C.EXTR. = 12,8%
C = 1,0313 - 0,00575 x 12,8 = 0.9577
POL%CANA = 12.8. x (1 - 0,01*13) x 0.9577 = 10.66%
Caldeira multitubular 42 m2
Caldeira B & W 28 m2
Caldeira Stirling 28 m2
Aquecedores 5 m2
Decantadores contínuos 4000 L t-1 h-1
Decantadores contínuos 3,6-5 m2 t-1 h-1
Filtros prensas 6 m2
Filtros rotativos (Oliver) 1500/24 horas 0,5 m2
Evaporadores de triplico efeito 22 m2
Evaporadores quádruplo efeito 26 m2
Evaporadores quíntuplo efeito 30 m2
Bomba de ar seco 90 m2
Cozedores (vácuos) 14 HL
Cristalizadores de primeira sem refrigeração 16 HL
Cristalizadores de segunda com refrigeração 25 HL
TURBINAS DE AÇÚCAR: 850 a 1250 RPM
30”x18” 3,7 t cana-1 h-1
36”x18” 5,0 t cana-1 h-1
40”x20” 7,0 t cana-1 h-1
40”x24” 9,2 t cana-1 h-1
42”x24” 9,7 t cana-1 h-1
48”x24” 13,2 t cana-1 h-1
GASTOS DE VAPOR
5 BALANÇO DE MASSA
DADOS CONSIDERADOS
POL%CANA 12%
FIBRA%CANA 14,00%
BRIX%BAGAÇO 4,20%
POL%BAGAÇO 3,10%
EMBEBIÇÃO%FIBRA 200%
UMIDADE%BAGAÇO 50%
POL%TORTA 2,0%
TORTA%CANA 4%
BAGACILHO%CANA 0,7%
6 BALANÇO DE SACAROSE
1. SACAROSE NA CANA
3. SACAROSE NO BAGAÇO
4. SACAROSE NO BAGACILHO
8. SACAROSE NA TORTA
9 SACAROSE NO LODO
7 BALANÇO DE SÓLIDOS
1. SÓLIDOS NA CANA-DE-AÇÚCAR
Pol %cana 12
....... Sol.c = TCH *1000 * =170 *1000 * = 25500 kg
Pureza da cana 80
2. SÓLIDOS NO BAGAÇO
4. SÓLIDOS NO BAGACILHO
....... Sol cal = TCH * Consumo de cal por Tonelada de cana =170 *3 = 510 kg
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 49
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
....... Sol.cc = Sol.c.m − Sol. cal + Sol.rf = 23288,62 + 510 + 2295 = 26093 kg
1. PESO DE CNA
....... PC = 170000 kg
2. PESO DE FIBRA
FIBRA%CANA 14
....... PF = PC* =170000 * = 23800 kg
100 100
4. PESO DE BAGAÇO
....... PCM = TCH *1000 + P. A.E. − PB = 170 *1000 + 47600 − 52022,76 =166577,24 kg
6. PESO DE BAGACILHO
Bagacilho%cana
....... Pbagacilho = TCH *1000 * =1190 kg
100
Autor: Prof. Dr. Tadeu Alcides Marques 51
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
Re torno do filtro
PCrf = TCH *1000 * = 25500 kg
100
Torta%cana 4
Pt = TCH * 1000 * =170000 * = 6800 kg
100 100
Apostila de análises tecnológicas para Usinas e Destilarias 52
Ciência e Tecnologia de Alimentos - Tecnologia do açúcar e do álcool
Torta %cana 4
Pal = TCH * 1000 * =170000 * = 6800 kg
100 100