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Newton de Góes HortaConjuntos, MatemáticaMatemática, Técnico104 Comentários

Este artigo e o a ser publicado ± Parte II ± se propõem a apresentar as principais propriedades


da Teoria dos Conjuntos, que tem sua origem nos trabalhos do Matemático russo Georg
Ferdinand Ludwig Phillipp Cantor, nascido em S. Petersburgo (1845-1918), e são decorrência
de três axiomas ou noções primitivas ± noções cuja verdade é de si evidente:

a) c  

A noção de conjunto em Matemática é praticamente a mesma utilizada na linguagem


cotidiana: agrupamento, classe, coleção. Por exemplo:

*? Conjunto das letras maiúsculas do alfabeto;


*? Conjunto dos números inteiros pares;
*? Conjunto dos dias da semana;
*? Conjunto dos Presidentes da República do Brasil.

b) m  

Cada membro ou objeto que entra na formação do conjunto. Assim:

*? , I, C, H, E são elementos do primeiro conjunto acima;


*? ´, 4, 6 são elementos do segundo;
*? Sábado, Domingo do terceiro; e
*? FHC, Lula do último.

c)         

Por exemplo,  é um elemento do conjunto das letras maiúsculas do alfabeto, ou seja, 


pertence àquele conjunto. Enquanto que v não pertence.

Como se vê são conceitos intuitivos e que se supõe sejam entendidos (evidentes) por todos.

   

Conjunto: Representado, de forma geral, por uma letra maiúscula A, B, C, «


Elemento: Por uma letra minúscula a, b, c, x, y, z, «

Pertinência: Sejam A um conjunto e x um elemento. Se x é um elemento de A (ou x pertence


a A) indicamos por:

Caso contrário, ou seja, se x não é um elemento de A (ou x não pertence a A) escrevemos:

   
 c  

a) m   m  

Quando o conjunto é representado por uma listagem ou enumeração de seus elementos.


Devem ser escritos entre chaves e separados por vírgula ou ponto-e-vírgula.

Exemplos:

*? Conjunto dos nomes de meus filhos: {Larissa, Júnior, Thiago, Juliana, Fabiana};
*? Conjunto dos meses com menos de 31 dias: {fevereiro, abril, junho, setembro,
novembro};
*? Conjunto dos números pares inteiros maiores do que 8 e menores do que ´´: {10; 1´;
14; 16; 18; ´0}.

Observações:

1.? Na representação por extensão cada elemento deve ser escrito apenas uma vez;
´.? É uma boa prática adotar a separação dos elementos em conjuntos numéricos como
sendo o ponto-e-vírgula, para evitar confusões com as casas decimais: {´;3;4} e
{´,3;4};
3.? Esta representação pode, também, ser adotada para conjuntos infinitos em que se
evidencia a lei de formação de seus elementos e colocando-se reticências no final: {´,
4, 6, 8, 10, «};
4.? Representação semelhante pode ser adotada para conjuntos finitos com um grande
número de elementos: {0, 1, ´, 3, «, 100}.

b)     m   

Representação em que o conjunto é descrito por uma propriedade característica comum a


todos os seus elementos. Simbolicamente:

A = {x | x tem a Propriedade P}

e lê-se: A é o conjunto dos elementos x tal que (|) x tem a propriedade P.


Exemplos:

*? A = {x | x é um time de futebol do Campeonato Brasileiro de ´006};


*? B = {x | x é um número inteiro par e 8 < x < ´´}. Último exemplo do item a) acima;
*? C = {x | x é um deputado federal eleito em ´006}.

c)  m  

Um conjunto pode ser representado por meio de uma linha fechada e não entrelaçada, como
mostrado na figura abaixo. Os pontos dentro da linha fechada indicam os elementos do
conjunto.

c     c   

Embora o conceito intuitivo de conjunto nos remeta à idéia de pluralidade (coleção de


objetos), devemos considerar a existência de conjunto com apenas um elemento, chamados de
˜    , e o conjunto sem qualquer elemento, chamado de ˜  
 (Ø).

O conjunto vazio é obtido quando descrevemos um conjunto onde a propriedade P é


logicamente falsa.

Exemplos de Conjuntos Unitários:

*? Conjunto dos meses do ano com menos de 30 dias: {fevereiro};


*? Conjunto dos números inteiros maiores do que 10 e menores do que 1´: {11};
*? Conjunto das vogais da palavra blog: {o}.

Exemplos de Conjuntos azios:

*? {x | x > 0 e x < 0} = Ø;
*? Conjunto dos meses com mais de 31 dias;
*? {x | x´ = -1 e x é um número real} = Ø.


c    

É o conjunto ao qual pertencem todos os elementos envolvidos em um determinado assunto


ou estudo, e é simbolizado pela letra U.

Assim, se procuramos determinar as soluções reais de uma equação do segundo grau, nosso
conjunto Universo U é R (conjunto dos números reais); se estamos interessados em
determinar os deputados federais envolvidos com o mensalão, nesse caso o universo U tem
como elementos todos os deputados federais da atual legislatura.

Portanto, é essencial, que ao descrever um conjunto através de uma propriedade P, fixemos o


conjunto universo em que estamos trabalhando, escrevendo:

   c  

Dois conjuntos A e B são iguais quando todo elemento de A pertence a B e, reciprocamente,


todo elemento de B pertence a A:

Observações:

1.? A título de ilustração: O A invertido na expressão acima significa ³para todo´;


´.? {a, b, c, d} = {d, b, a, c}. O que demonstra que a noção de ordem não interfere na
igualdade de conjuntos;
3.? É evidente que para A ser diferente de B é suficiente que um elemento de A não
pertença a B ou vice-versa: A = {a, b, c} é diferente de B = {a, b, c, d}.


Y!  

Um conjunto A é um subconjunto de (está contido em) B se, e sómente se, todo elemento x
pertencente a A também pertence a B:

onde a notação significa ³A é subconjunto de B´ ou


³A está contido em B´ ou ³A é parte de B´. A leitura da notação no sentido inverso é feita
como ³B contém A´. Observe que a abertura do sinal de inclusão fica sempre direcionado
para o conjunto ³maior´. Na forma de diagrama é representado como:

Exemplos:

*? {1; ´; 3} C {1; ´; 3; 4; 5; 6}
*? Ø C {a, b};
*? {a, b} C {a, b};
*? {a, b, c} ¢ {a, c, d, e}, onde ¢ significa ³não está contido´, uma vez que o elemento b
do primeiro conjunto não pertence ao segundo.

Observe que na definição de igualdade de conjuntos está explícito que todo elemento de A é
elemento de B e vice-versa, ou seja, que A está contido em B e B está contido em A. Assim,
para provarmos que dois conjuntos são iguais devemos provar que:

     

Sejam D, E e F três conjuntos quaisquer. Então valem as seguintes propriedades:

1.? Ø C D: O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto;


´.? D C D: Todo conjunto é subconjunto de si próprio (propriedade Reflexiva);
3.? D C E eE C D => D = E: veja acima (propriedade Anti-Simétrica);
4.? D C E eE C F => D C F: Se um conjunto é subconjunto de um outro e este é
subconjunto de um terceiro, então o primeiro é subconjunto do terceiro (propriedade
Transitiva).

Com exceção da primeira propriedade, a demonstração das demais é bastante intuitiva e


imediata. amos, portanto, provar a primeira:
Partimos da tese de que se o conjunto vazio não é um subconjunto de D, então é necessário
que pelo menos um elemento desse conjunto não esteja contido no conjunto D. Como o
conjunto vazio não possui nenhum elemento, a sentença Ø ¢ D é sempre falsa. Logo, o
conjunto vazio está contido em D é sempre verdadeira.

c   

Chama-se Conjunto das Partes de um conjunto E ± P(E) ± o conjunto formado por todos os
subconjuntos de E:

Exemplos:

*? Se A = {a, b, c}, então P(A) = {Ø, {a}, {b}, {c}. {a.b}, {a.c}. {b,c}, {a,b,c}}
*? Se B = {a, b}, então P(B) = {Ø, {a}, {b}, {a,b}};
*? Se C = {a}, então P(C) = {Ø, {a}}.

Observações:

1.? Enfatizo, apesar de colocado na própria definição, que os elementos de P(E) são
conjuntos;
´.? Assim, deve-se ter atenção quanto ao emprego dos símbolos pertence (não pertence) e
contido (não contido);
3.? No primeiro exemplo acima: {a} pertence a P(A) e {{a}} é um subconjunto de P(A);
4.? Se definirmos n(E) como sendo o número de elementos do conjunto E, então n(P(E))
= ´n(E). A propriedade é válida para conjuntos finitos;
5.? eja nos exemplos: n(A) = 3 e n(P(A)) = 8 = ´3, n(B) = ´ e n(P(B)) = 4 = ´´ e n(C) =
1 e n(P(C)) = ´ = ´1.

A demonstração do item 5. é feita pelo Princípio da Indução Finita e será feita oportunamente.

Por enquanto é só. Aguardem o próximo artigo. Enquanto isto dê a sua opinião nos
comentários, ela é muito importante.

    

Consideremos os dois conjuntos:

A = {b, l, o, g, i, e} e B = {b, v, i, l, c, h, e}

Podemos pensar num novo conjunto C, constituído por aqueles elementos que pertencem a
A  que pertencem a B. No exemplo em questão esse novo conjunto é:

C = {b, l, o, g, v, i, c, h, e}
Repare que o conjunto C foi formado a partir dos conjuntos A e B, onde os elementos
repetidos (os que estão em A e em B) foram escritos apenas uma vez, e dizemos que se trata
da reunião (ou união) do conjunto A com o conjunto B. A reunião (ou união) de A e de B (ou
de A com B) é usualmente representada por A U B. Com esta notação tem-se:

A U B = {b, l, o, g, v, i, c, h, e}

Esse exemplo sugere-nos a seguinte definição geral para a reunião de conjuntos.

 "  #. Dados dois conjuntos quaisquer A e B, chama-se  ou  de A e B o


conjunto formado pelos elementos que pertencem a pelo menos um desses conjuntos
(podendo, evidentemente, pertencer aos dois), isto é, o conjunto formado pelos elementos que
pertencem a A  a B. Em símbolos:

m  :

*? {1; ´} U {3; 4} = {1; ´; 3; 4}


*? {n, e, w, t, o, n} U {h, o, r, t, a} = {a, e, h, n, o, r, t, w}

A definição 1 nos diz que um elemento x pertencer a A U B é equivalente a dizer que uma das
proposições ³x pertence A´ ou ³x pertence a B´ é verdadeira. Desse fato decorre que:

   

Sejam A, B e C três conjuntos quaisquer. Então são verdadeiras as seguintes propriedades:

1.? Idempotência: A U A = A -> A união de um conjunto qualquer A com ele mesmo é


igual a A;
´.? Comutativa: A U B = B U A;
3.? Elemento Neutro: Ø U A = A U Ø = A -> O conjunto Ø é o elemento neutro da união
de conjuntos;
4.? Associativa: (A U B) U C = A U (B U C).

         :

Da definição da união de conjuntos temos:

Como A U B é o conjunto dos elementos de U (universo) que, ou pertencem a A, ou


pertencem a B e B U A é o conjunto dos elementos de U que, ou pertencem a B, ou pertencem
a A, e as proposições p v q (p ou q) e q v p (q ou p) têm o mesmo valor lógico, concluí-se que
a propriedade é verdadeira.


    

Seja A o conjunto dos eleitores que votaram em Lula para Presidente e B o conjunto dos
eleitores que votaram em Arlete para Governadora do DF, no primeiro turno das eleições de
´006. É certo supor que houve eleitores que votaram simultaneamente nos dois candidatos no
primeiro turno. Assim somos levados a definir um novo conjunto, cujos elementos são
aqueles que pertencem ao conjunto A ao conjunto B. Esse novo conjunto nos leva à seguinte
definição geral.

 "  $. Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Chamaremos intersecção de A e de B (ou


de A com B) a um novo conjunto, assim definido:

m  :

Da definição de intersecção resulta que:

Os fatos acima nos diz que A intersecção B é um subconjunto de A e de B, ou seja:

      

Sejam A, B e C três conjuntos quaisquer. Então são verdadeiras as seguintes propriedades:

1. Idempotência:

´. Comutativa:

3. Elemento Neutro ± O conjunto universo U é o elemento neutro da intersecção de conjuntos:


4. Associativa:

         :

O conjunto do primeiro membro da igualdade é constituído pelos elementos x pertencentes a


U tais que (por definição):

onde na segunda passagem foi utilizada, novamente, a definição de intersecção entre os


conjuntos B e C. Tendo em vista que a proposição p ^ (q ^ r) tem o mesmo valor lógico da
proposição (p ^ q) ^ r vem que esse conjunto é constituído por elementos de U tais que:

Assim, fica demonstrado que o primeiro conjunto da igualdade está contido no segundo. Para
concluir a demonstração, isto é, provar que o segundo conjunto está contido no primeiro, é só
seguir o caminho inverso

Quando dois conjuntos quaisquer A e B não têm elemento comum, dizemos que A e B são
˜   . Em outras palavras, dois conjuntos são disjuntos quando a intersecção
entre eles é igual ao conjunto vazio.

         

Sejam A, B e C três conjuntos quaisquer, então valem as seguintes propriedades que inter-
relacionam a união e intersecção de conjuntos:

Note que a propriedade 3 é a distributiva da união em relação à intersecção e a 4 a distributiva


da intersecção em relação à união.


"   

Seja A o conjunto dos eleitores que votaram em Lula para Presidente e B o conjunto dos
eleitores que votaram em Arlete para Governadora do DF, no primeiro turno das eleições de
´006. É certo pensar que teve eleitores que votaram em Lula mas não votaram em Arlete. Isto
nos leva ao conjunto dos elementos de A que não são elementos de B.

 "  %. Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Chamaremos a diferença entre A e B o


conjunto dos elementos de A que não pertencem a B.

m  :

*? {a, b, c} ± {a, c, d, e, f} = {b}


*? {a, b} ± {e, f, g, h, i} = {a, b}
*? {a, b} ± {a, b, c, d, e} = Ø

Antes de prosseguirmos apresento, a título de ilustração, um diagrama de Euler-enn com os


conceitos até aqui tratados, onde a diferença corresponde à parte branca de A, a intersecção à
parte cinza claro e a união à essas duas partes mais a cinza escuro.

Note que as propriedades 1. e ´. acima podem ser facilmente visualizadas nesse diagrama.


c      &

 "  '. Dados os conjuntos A e B quaisquer,      &, chama-se


complementar de B em relação a A o conjunto A ± B, e indicamos como:

m  :

*? A = {a, b, c, d, e, f} e B = {a, b} => complementar: A ± B = {c, d, e, f}


*? A = B = {1} => complementar: A ± B = Ø

Observe que nos exemplos acima a condição para que o complementar de B em relação a A
esteja definido é cumprida (B contido em A).

   c    

Sendo B e C subconjuntos de A, valem as propriedades a seguir:

amos demonstrar apenas a primeira parte da propriedade 1. As demais deixo como


exercício, me colocando à disposição para sanar eventuais dúvidas.

Da definição de intersecção de conjuntos e do complementar temos que:

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