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Impactos das Mudanças Climáticas no

Regime Eólico Brasileiro


Enio Bueno Pereira
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE
Centro De Ciências do Sistema Terrestre - CCST

Mudanças Climáticas e o Setor Elétrico na Área de Atuação da CIER:


subsídios para a construção de uma agenda de trabalho
20 de maio de 2010 – CEPEL, Rio de Janeiro
Aquecimento Global
• Desenvolver a indústria eólica nacional auxilia o país na busca de
objetivos estratégicos:
– Segurança energética
– Desenvolvimento dos setores da indústria e serviços
– Desenvolvimento social - criação de empregos
– Redução das emissões de gases do efeito-estufa

Emissões de Emissões de
SO2 (Tg/ano) NOx (Tg/ano)
Atividades industriais 76 22
Queima de biomassa 2,2 -
Vulcões 9,3 6
Raios 5
Emissões biogenéticas de áreas continentais 1,0 15
Emissões biogenéticas dos oceanos 24 15
Total de emissões antropogênicas 78,2 27
Total de emissões naturais 34,3 21
Total de emissões 112,5 48
Emissões de CO2
Preâmbulo
• Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) – primeiro leilão de energia eólica no
Brasil;

• 441 projetos submetidos à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) – total de 13 GW;


Capacidade atual instalada – 602 MW;
Capacidade de Itaipu – 14 GW;

• Contratados 71 projetos (Nordeste e Sul)

• 1805 MW de potência a ser instalada

• Contratos por de 20 anos (influência


(influência das mudanças climáticas globais?)

Estado MW
Rio Grande do Norte 657
Ceará 542
Bahia 390
Sergipe 30
Rio Grande do Sul 186
Objetivo
• Estudar os impactos das mudanças climáticas sobre os regimes de
vento e potenciais eólicos das regiões nordeste e sul do Brasil
– Estudo de tendências em séries climatológicas de dados de
estações de observação meteorológica (DECEA, INMET,
Marinha)
– Uso de modelos climáticos Globais (GCM) para estudo de
cenários
Trabalhos anteriores
• Breslow e Sailor (2002), utilizando saídas dos Modelos de Circulação Geral
(GCM’s) do Canadian Climate Center e Hadley Center, concluíram que
haverá uma redução de 1,4 a 4,5 % na velocidade dos ventos em
superfície para os EUA para os próximos 100 anos.

• Sailor e Hart (2008), utilizando saídas dos GCM’s padronizadas do IPCC


para os cenários A1B e o A2, constataram que a velocidade dos ventos na
região nordeste dos EUA poderão ter uma redução de 5 a 10 % no verão e
um ligeiro aumento no inverno.

• Eichelberger e colaboradores (2008) empregaram saídas de vento de


modelos GCM em cenários A1 e B1, publicamente disponíveis no World
Climate Research Programme (WCRP) Coupled Model Intercomparison
Project, fase-3 (CMIP3) até 2050, revelando globalmente regiões de
aumento sensível na velocidade do vento com fortes variações com as
estações do ano. Para a América do Sul, os cenários apontam aumento de
vento em regiões ao norte, e centrais, incluindo parte do Brasil, e regiões
de diminuição principalemnte na costa oeste do continente, incluindo parte
da região centro-oeste do Brasil.
Trabalhos anteriores (continuação)

• O relatório Climate Change: Energy Report (2008) da COPPE, mostra a


costa do nordeste brasileiro terá ocorrências de ventos acima de 8,5 m/s
enquanto outras regiões do país, a velocidade do vento diminuirá
significativamente. O balanço dessas variações para as diferentes regiões
mostra que o potencial eólico de 2100 em relação a 2001 terá um
decréscimo de 31% para o cenário A2 e de 60% para o cenário B2.

• Lucena e colaboradores (2010), empregaram prognósticos do modelo


HadCM3, com regionalização de 50 x 50 km feita pelo INPE através do
modelo PRECIS do Hadley Centre, indicando um cenário otimista para o
setor eólico nacional, principalmente no nordeste.

DIVERGÊNCIAS E CONVERGÊNCIAS !
INCERTEZAS!
VALIDAÇÃO DOS MODELOS!
Séries climatológicas de dados
• Séries climatológicas do INMET entre 1960 e 2007
• Algumas séries climatológicas vieram dos Instituto
de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), do Comando
da Aeronáutica, e pelo Banco Nacional de Dados
Oceanográficos BNDO), da Marinha do Brasil.

• Dados de todos aeroportos, propriedade do localização das estações INMET aprovadas


Departamento de Controle do Tráfego Aéreo (vermelho) e reprovadas (preto) pelo controle
(DECEA) - em negociação de qualidade
Controle de qualidade
• Dados duvidosos são sinalizados e retirados - critérios adaptados da
Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) - The
Meteorological Resource Center.

• Esse processo de controle de qualidade dos dados é operacional no projeto


SONDA – Sistema de Organização Nacional de Dados Ambientais.
<http://sonda.cptec.inpe.br/>

• O controle de qualidade consiste em avaliar as seguintes etapas:


– Continuidade dos dados
– Eventos raros ou fisicamente impossíveis
– Variabilidade em curto prazo
– Variabilidade em longo prazo
Análise das séries históricas - Teste de
Kendall
• Teste de Kendall é o método mais apropriado para analisar mudanças
climáticas em séries climatológicas (não paramétrico)
• O teste consiste em testes estatísticos u(tn) sobre a soma tn do número de
termos da série, relativo a um dado valor xi cujos termos precedentes são
inferiores ao mesmo
• Aplicamos o teste de tendência de Kendall a um nível de confiança de 95%
para todas as séries de dados.
• A tendência é classificada de três formas:

– significativa positiva, u(tn) ≥ 1,96


– significativa negativa -1,96≤ u(tn)
– não significativa -1,96 > u(tn) < 1,96
Estações do Nordeste

Vel. Vento Teste de


Estação UF Tendência período
média (m/s) Kendall

Caravelas BA 3,00 -2,57 decrescente 1961-2007

Macau RN 5,46 -1,63 não significativa 1961-2007

Maceió AL 3,55 -4,41 decrescente 1961-2006

Parnaíba PI 4,35 -3,71 decrescente 1971-2007


Estações do Sul
Vel. Vento Teste de
Estação UF Tendência período
media (m/s) Kendall
Bagé RS 2,89 2,43 crescente 1961-2007

Cruz Alta RS 2,06 -1,35 não significativa 1961-2007

Curitiba PR 2,18 -1,87 não significativa 1960-2007

Florianópolis SC 3,25 -0,47 não significativa 1961-2007

Indaial SC 1,42 -2,88 decrescente 1971-2007

Iratí PR 2,21 -5,62 decrescente 1967-2007

Lagoa Vermelha RS 2,76 1,04 não siginificativa 1961-2006

Passo Fundo RS 3,30 3,10 crescente 1961-2007

Vitória do Palmar RS 3,88 2,18 crescente 1961-2007

São Joaquim SC 2,44 1,10 não siginificativa 1961-2007

São Luiz Gonzaga RS 2,40 5,58 crescente 1961-2007


Exemplos
Resultados inconclusivos

• Necessário uma base maior de dados com um maior número


de estações
• Dados devem ser horários
• Séries muito interrompidas
• Faltam históricos dos equipamentos
• Necessário estudar caso a caso para investigar influências
locas sobre os dados (ex: crescimento urbano, mudança de uso
do solo, troca de equipamentos, etc.)
Modelos CGM
• Foram utilizadas prognósticos empregando o modelo HadCM3 do Hadley
Centre - UK
• Cenário A1B do IPCC
• Resolução global de 2,5o x 3,75o
• Regionalização com modelo Eta para 40 x 40 km sob o território nacional e
38 níveis verticais
• O modelo regional alimentado cada seis horas -condições de contorno do
HadCM3
• Rodadas para os seguintes períodos:
– 1960 a 1990 (período de referência)
– 2010 a 2040
– 2040 a 2070
– 2070 a 2100
• Regionalização do Nec SX6 do CPTEC-INPE
Validação do modelo

Validação do Eta HadCM3


empregando dados
climatológicos

(Colaboração ICEA)

Concordâncias e discordâncias
Variações relativas (%) da densidade de potência eólica com
respeito ao período de referência

2010-2040 2040-2070 2070-2100


Variabilidade
inter-estações
(2100)

Nordeste
Variabilidade
inter-estações
(2100)

Sul
Enio Bueno Pereira
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE
Centro de Ciências do Sistema Terrestre - CCST
enio.pereira@cptec.inpe.br

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