Sie sind auf Seite 1von 3

Conceitos Fundamentais de Redes ATM

Alexandre Leite Ventura, Daniel Mantovani Fernandes, Gustavo Vaz,


Milton Aparecido Soares Junior, Naiana Cristina Rodrigues

Departamento de Estatística Matemática Aplicada e Computação


Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Resumo

Este artigo aborda resumidamente os conceitos fundamentais da tecnologia de redes ATM. Criado através do
levantamento bibliográfico de literatura do assunto, ele trata desde a estrutura das células ATM, que são as
unidades básicas de comunicação, até a visão geral do modelo de referência e da interligação dispositivos e redes
nesta arquitetura. Por fim, aborda as tendências da tecnologia ATM.

Abstract

This article approaches briefly the basic concepts of ATM network technology. Created through a survey of
subject literature, it treats since the structure of ATM cells, witch are the basic communication units, until the
general vision of the reference model and the interconnection of devices and networks in this architecture.
Finally, it approaches the trends of ATM technology.

1. Introdução A interface NNI (Network-Node Interface) descreve a


interconexão de dispositivos de rede dentro de uma
A tecnologia ATM (Asynchronous Transfer Mode) foi rede de um único provedor (carrier). A PNNI (Private
a resposta às necessidades crescentes de tráfego Network-Node Interface) especifica um protocolo
multimídia, como voz, vídeo, imagens, dados, etc., através do qual comutadores ATM, que são partes de
surgidos na década de 90. O conceito básico envolvido uma rede ATM privada, podem se comunicar. A
é a adoção de pequenos pacotes de dados de tamanho especificação da PNNI define duas configurações
fixo denominados de células, que podem ser possíveis: private network-node interface, operando
comutados através de hardware, em alta velocidade. entre dois comutadores; ou a private network-network
interface, operando entre dois grupos de comutadores,
O ATM é amplamente utilizado dentro do sistema de ou redes ATM. Quando uma NNI interconecta redes
telefonia, com freqüência para mover pacotes IP. Por públicas ATM, esta é chamada B-ICI (Broadband
ser utilizado principalmente pelas operadoras para Inter-Carrier Interface) [3].
transporte interno, muitas vezes os usuários não perce-
bem sua existência [1]. Várias soluções para backbo- Caso uma rede ATM se conecte com outra rede públi-
nes comerciais de alta velocidade baseadas em comu- ca ou privada, tal como Frame-Relay ou SMDS, é ne-
tadores ATM encontram-se operacionais no mercado cessário uma conversão entre elas. Processos IWF, de-
[2]. finidos pela especificação da interface B-ICI, realizam
esta conversão [3].
Uma rede ATM consiste de um conjunto de
comutadores (switches) ATM interconectados por A Figura 1 dá uma visão geral das interfaces de cone-
ligações ATM ponto a ponto. Quando uma rede ATM xão entre equipamentos e redes ATM.
é projetada, vários tipos de conexões são previstas
entre um ou mais subsistemas ATM que envolvem
redes locais, redes particulares ou ainda, redes
públicas [3].

2. Interfaces ATM

Padronizada pelo ATM Forum a UNI (User-Network


Interface), conecta uma rede ATM a um equipamento,
o qual pode ser um comutador ou host. Existem dois
tipos de UNI: pública e privada. A UNI pública
conecta um dispositivo ATM privado a uma rede
ATM pública. A UNI privada conecta usuários ATM
a um comutador ATM [3]. Figura 1. Interfaces de um ambiente ATM
3. Célula virtuais. Conexões ATM são pré-estabelecidas usando
funções de gerenciamento ou são estabelecidas
A unidade básica de informação ATM é uma célula de dinamicamente sob demanda usando sinalização.
tamanho fixo constituída por 53 octetos, ou bytes, Conexões pré-estabelecidas são referenciadas como
como mostra a Figura 2. Os 5 primeiros bytes contém PVCs (Permanent Virtual Circuits) e conexões
informação do cabeçalho, como identificador de estabelecidas dinamicamente como SVCs (Switched
conexão, enquanto os 48 bytes restantes contém os Virtual Circuits) [5].
dados, ou payload [4]. Os dados contidos no payload
são livres de formatação e caso não sejam Uma célula ATM é roteada usando os valores VPI e
completamente utilizados são preenchidos com VCI do cabeçalho. O campo VPI em conjunto com o
caracteres espúrios. Pelo motivo do switch ATM não campo VCI formam o rótulo da conexão utilizado
ter que detectar o tamanho da unidade de dado, a pelos comutadores para encaminhar as células ao
comutação pode ser realizada eficientemente. O destino. Os dois identificadores juntamente com o
tamanho pequeno da célula é também apropriado para enlace (caminho) físico por onde a célula chega
transferências de dados em tempo real, como voz e identificam unicamente conexões em cada comutador
vídeo. ATM [5].

Em cada comutador, para algumas células, os valores


dos campos VPI e VCI são alterados. Para outras,
somente os valores VPI são alterados. Duas diferentes
conexões no mesmo enlace físico podem ter o mesmo
valor VPI. Duas células em enlaces físicos diferentes
Figura 2. Estrutura básica da célula ATM
podem ter o mesmo valor VPI e VCI. Em redes ATM,
há distinção entre VP (Virtual Path) e VC (Virtual
O Figura 3 identifica a estrutura do cabeçalho da
Channel). Dentro de um caminho físico, um certo
célula ATM para uma interface UNI que foi
número de caminhos virtuais (VPs) podem existir. O
recentemente adotada pela interface PNNI. A primeira
número de VPs depende do número de bits alocados
parte, GFC (Generic Flow Control) ainda sem uso,
para o valor VPI. Usando o valor VPI, cada caminho
será provavelmente definida em termos de Wireless
virtual (VP) é identificado. Dentro de um VP, certo
ATM. Originalmente este campo foi designado para
número de canais virtuais (VCs) podem existir. O
controlar o tráfego, no sentido de limitar fluxo de
número de VCs depende do número de bits alocados
dados durante períodos de congestionamento. No caso
para o valor VCI. Um circuito virtual só pode ser
PNNI este campo não existe e os 4 bits são
completamente identificado com [5].
acrescentados ao campo VPI. Os próximos campos
VPI (Virtual Path Identifier) e VCI (Virtual Channel
Identifier) representam o endereço local de uma dada
conexão, o que significa dizer que este endereço muda
conforme a célula trafega na rede. No caso
UNI/PNNI, ao todo são 24/28 bits o que nos leva a
mais de 16/268 milhões de sessões, respectivamente.
O próximo campo, PTI (Payload Type Indicator)
possui 3 bits. O primeiro deles indica se a célula é de
usuário (0) e portanto, deve prosseguir seu caminho
destino, ou se a célula é de controle (1) terminando
seu movimento no comutador. O segundo bit chamado
CI (Congestion Indicator) é utilizado em um
mecanismo de controle EFCI. O terceiro e último bit é
utilizado em esquemas de controle de
congestionamento tal como PLD (Packet Level
Discard) utilizado em sistemas de Qualidade de
Serviço assim como o próximo bit CLP (Cell Loss Figura 3. Cabeçalho UNI de uma célula ATM
Priority). O último campo do cabeçalho, HEC
(Header Error Check), é um mecanismo padrão de Em redes ATM, dois tipos de conexões podem existir:
verificação de erro [3].
- VPC (Virtual Path Connection): concatenação de
4. Conexões ATM VPs para fornecer conexão entre dois pontos finais
para transferência de células ATM e
A tecnologia ATM é orientada à conexão e requer que
conexões fim-a-fim sejam estabelecidas antes do - VCC (Virtual Channel Connection): concatenação de
tráfego de informações começar a fluir. Assim, células VCs para fornecer conexão entre dois pontos finais
são transmitidas através de conexões com circuitos para transferência de células ATM.
A integridade de uma seqüência de células é individualmente e as remonta na outra extremidade.
assegurada dentro de uma mesma VCC. No Essa é a camada AAL (ATM Adaptation Layer) [1].
estabelecimento de uma VCC, parâmetros de tráfego
de usuário são negociados entre o usuário e a rede, e a Ao contrário dos modelos de referência
rede monitora esses parâmetros pela duração da bidimensionais, o modelo ATM é, como mostra a
conexão [5]. Figura 4, um modelo tridimensional. O plano do
usuário trata do transporte de dados, do fluxo de
Mecanismos foram definidos para permitir a troca de controle, da correção de erros e de outras funções do
informações entre as entidades ATM nos níveis VP e usuário. Por outro lado, o plano de controle se
VC. Informações de operações são trocadas entre relaciona ao gerenciamento das conexões. As funções
entidades ATM através de células OAM (Operation, de gerenciamento de camadas e de planos estão
Administration and Maintenance). Células OAM são relacionadas ao gerenciamento de recursos e à
identificadas pelo uso de um VCI específico ou pelo coordenação entre as camadas [1].
indicador de tipo de payload [5].
6. O futuro da tecnologia ATM
5. Modelo de referência
Alguns autores afirmam que a tecnologia ATM segue
O ATM tem seu próprio modelo de referência, uma trajetória descendente [1]. Entretanto, existe uma
diferente do OSI e também do modelo TCP/IP. Esse tendência em afirmar que o futuro das redes estará em
modelo é mostrado na Figura 4. Ele consiste em três Fast/Gigabit Ethernet para LANs e ATM para MAN e
camadas, a camada física, a camada ATM e a camada WAN. Redes locais usarão a tecnologia Ethernet e
de adaptação ATM, além do que os usuários aplicações IP e estarão conectadas a um backbone
desejarem colocar sobre elas [1]. ATM particular ou público [3].

Outras predições a respeito são que os preços de equi-


pamentos ATM começarão a ser mais competitivos,
incluindo interfaces para desktop do tipo OC-3 e OC-
12, de custo elevado atualmente; plataformas baseadas
em chaveamento irão integrar ATM switching e LAN
switching que permitirá que protocolos, ex. PNNI, se-
jam usados mais intensivamente na interconexão de
redes; as funções ATM switching, LAN switching e
Voice switching serão disponibilizadas em um único
sistema multimídia integrado de rede substituindo os
tradicionais sistemas independentes [3].
Figura 4. O modelo de referência ATM Referências bibliográficas
A camada física trata do meio físico: voltagens, [1] TANENBAUM, A.S. Computer Networks. 4ª. ed.
sincronização de bits e uma séria de outras questões. Prentice Hall. 2002.
O ATM não prescreve um determinado conjunto de
regras, mas, em vez disso, afirma que as células ATM [2] OLIVEIRA, M; FRANKILN, M; SÁ, A. e VI-
podem ser enviadas sozinhas por meio de um fio de DAL, M. Introdução a Gerência de Redes ATM. XVI
cobre ou de fibra óptica, mas também podem ser Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores. Rio
reunidas na carga útil de outros sistemas de de Janeiro. 1998.
operadoras. Em outras palavras, o ATM foi projetado
para ser independente do meio de transmissão [1]. [3] MACEDO G.G.F; BRAGA, N.C.N.C. e ALVES
JUNIOR, N. Tutorial de Redes ATM. I Workshop do
A camada ATM lida com células e com o transporte Rio de Janeiro em Redes de Alta Velocidade. 1999.
de células. Ela define o layout de uma célula e revela
o significado dos campos do cabeçalho. Ela também [4] CISCO SYSTEMS, INC. Guide to ATM
lida com o estabelecimento e a libertação de circuitos Technology for the Catalyst 8540 MSR, Catalyst 8510
virtuais. O controle de congestionamento também está MSR, and LightStream 1010 ATM Switch Routers.
localizado nessa camada [1]. 2000
Como em geral a maioria das aplicações não trabalha [5] TEIXEIRA JUNIOR, J.H; MORAES, L.F.M;
diretamente com células (embora algumas possam TEIXEIRA, S.Q.R. Uma Proposta para
fazê-lo), foi definida uma camada acima da camada Gerenciamento de Conexões em Redes ATM.
ATM cuja finalidade é permitir aos usuários enviarem Workshop de Gerência de Redes e Serviços de
pacotes maiores que uma célula. A interface ATM Telecomunicações. Gramado. 2000
segmenta esses pacotes, transmite as células

Das könnte Ihnen auch gefallen