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Nos últimos anos, a mídia tem apresentado número crescente de casos de intoxicação
alimentar que, antes de indicar que pioraram os cuidados na fabricação e manuseio de
alimentos, indicam uma melhora nos sistemas de saúde, identificando e notificando
casos.
E você, já teve intoxicação alimentar? Por favor, antes de responder “não”, utilize alguns
minutos para lembrar de casos em que você teve sintomas como diarréia, vômitos, que
são característicos de intoxicação alimentar. Em alguns casos, os sintomas são tão
intensos que exigem a internação para cuidados médicos os quais, se não aplicados a
tempo, podem levar à morte. Para quem produz alimentos, o respeito ao consumidor é o
primeiro objetivo, mas somados a evitar danos à imagem da empresa e perdas
decorrentes, é um motivador para empresas planejar e implementar sistemas de gestão
da segurança dos alimentos.
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• Aumentar a exportação de alimentos, preparando o setor produtivo brasileiro para
atender às exigências dos países importadores, em termos de segurança dos
alimentos;
• Aumentar a competitividade nas empresas.
O histórico da aplicação de sistemas de segurança alimentar iniciou, já nos anos 50, com
a indústria de alimentos adaptando as Boas Práticas (BP) da indústria farmacêutica,
dando um grande passo para melhorar e dinamizar a produção de alimentos seguros e
de qualidade. Com as Boas Práticas de Fabricação (BPF), começou-se a controlar,
segundo normas estabelecidas, a água, as contaminações cruzadas, as pragas, a higiene
e o comportamento do manipulador, a higienização das superfícies, o fluxo do processo e
outros itens. Observou-se um esforço, que ainda hoje continua em muitas indústrias,
para controles e adequação da estrutura de fabricação de alimentos.
Com relação a controles de processo, derivando do sistema FMEA (failure, mode, effect
analisys) foi criado o HACCP (Hazard Analisys and Critical Control Points), em português
o APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle). Este sistema teve como
primeira aplicação de seus princípios na fabricação da alimentação para astronautas da
NASA, já que a possibilidade de intoxicação seria danosa à saúde e aos custos
“astronômicos” de insucesso das missões espaciais.
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foram as orientações do Codex Alimentarius (CAC/RCP/ 97) e as normas holandesa e
dinamarquesa de HACCP. Para atender clientes em certificação de sistemas de qualidade,
no Brasil foram elaboradas as Normas NBR 14900 – Sistema de Gestão da APPCC e NBR
14991 – Qualificação de Auditores em APPCC. Está em elaboração pelo Comitê Técnico
da ISO a norma 22000 sobre APPCC, prevendo-se sua finalização em 2004.
O SENAI realiza cursos e consultorias para a implantação das ferramentas para produção
de alimentos seguros (Boas Práticas e o Sistema APPCC) para as indústrias de alimentos,
atuando nos segmentos de panificação, pescado, carne, laticínios, sucos, vegetais,
bebidas alcoólicas, bebidas não alcoólicas, serviços de alimentação, restaurantes
comerciais e industriais, lanchonetes e fast-food.
Conceitos:
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pragas, a higiene e o comportamento do manipulador, a higienização das superfícies, o
fluxo do processo e outros itens.
APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) - Este sistema orienta sobre
como levantar os perigos (biológicos, químicos e físicos) significativos que podem ocorrer
na produção de um determinado alimento em uma determinada linha de processamento,
e controlá-los, nos Pontos Críticos de Controle (PCC), durante a produção. Assim, é um
sistema dinâmico, e quando aplicado corretamente, o alimento produzido já tem a
garantia de não ter os perigos considerados, já que foram controlados no processo.
Mais informações:
SENAI-RJ, Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas
Rua Nilo Peçanha, 85, Vassouras RJ, CEP 27.700-000
Tel: 24 2471 1004 Fax: 24 2471 2780
E-mail: alimento@alimentos.senai.br