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Logística para Importação e Exportação

1. Introdução a Logística Internacional

1.1. Importância da Logística Internacional

Conforme a Council of Logistics Managent (Conselho de Gerenciamento Logístico),


podemos conceituar a logística adotando a seguinte definição:
“Logística: é o processo de planejar, executar e controlar o fluxo e
armazenagem, de forma eficaz e eficiente em termos de tempo, qualidade e
custos, de matérias-primas, materiais em elaboração, produtos acabados e serviços,
cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com objetivo de atender
aos requisitos do consumidor.”
Porém, vemos que a essência moderna de muitas empresas é o marketing e, quando este
permeia toda a organização temos uma empresa filósofa de marketing isto é, aquela que
tem no marketing não apenas uma função organizacional, mas uma abordagem de
negócios que visa criar valor, por meio de inovações de produtos e processos, e satisfazer
as necessidades dos clientes.

Se o marketing é a verdadeira engrenagem de uma empresa, porque possibilita a ela


satisfazer as necessidades dos seus clientes e, com isso, efetivar vendas, nacionais ou
internacionais, que realizam lucros que por sua vez possibilitam a sua sobrevivência no
longo prazo, a logística é a graxa, porque azeita o mecanismo no qual uma empresa
produz algo e o entrega ao seu cliente no local e no momento certo.

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Para que o marketing possa ser efetivado com precisão, entre a necessidade de um
produto e a sua entrega ao cliente, tivemos a logística, que tornou o marketing possível.
Visto que o marketing não é apenas uma função dentro da empresa, mas uma verdadeira
abordagem dos negócios. A logística é a função empresarial que viabiliza o marketing
enquanto maneira de criar e manter clientes atendendo as suas necessidades no
momento certo, no local certo.

Nesse sentido, a logística exerce na atualidade vários papéis fundamentais na


abordagem de marketing de uma empresa. Em primeiro lugar ela está presente em
todos os processos da organização podendo ser tanto um fator de aglutinador de valor
como dispersor deste. Em segundo lugar, ela pode exercer papel estratégico quando
diferencia um produto ou a empresa e, em terceiro lugar, exerce possui papel
fundamental no controle e redução dos custos de colocação dos bens junto aos
clientes podendo ser o fator crítico de sucesso em outro elemento do composto de
marketing: o preço.

A globalização colocou em evidência a gestão estratégica internacional, na qual a


disputa por mercados leva á melhoria dos serviços oferecidos ao cliente, redução dos
custos, aumento da produtividade e maior desenvolvimento tecnológico. A
globalização também colocou os consumidores em contato com outros produtos, além
de levar as empresas á igualdade tecnológica por meio da disseminação do
conhecimento científico em vários setores da sociedade.

Do ponto de vista operacional, a logística é o estudo e a prática da gestão de fluxos de


bens e informações, do estoque e da armazenagem de bens que afetam diretamente os
custos totais da empresa e, portanto as variáveis preço (price) e distribuição (place) do
composto de marketing. A função elementar da logística é agregar valor ao produto ou
serviço fazendo com que ele esteja disponível ao cliente no local certo, no momento certo,
ao custo certo.

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O mesmo conceito se aplica à logística internacional, com a diferença que, no comércio
internacional, tanto na importação quanto na exportação, o fluxo de bens e serviços assim
como do estoque de mercadorias, no armazém do exportador, do importador ou em
trânsito, se dão entre territórios de países diferentes resultando em maior complexidade
gerencial porque países diferentes possuem geografia, cultura, legislação e costumes
comerciais diferentes.

Panorama Brasil no Comércio Exterior

2009
Exportação: USD 153/bilhões (24 posic (01-30). - 1,2% mundo)
Importação: USD 134/bilhões (26 posic. (01-30) – 1,1% mundo)

Áreas Fornecedoras ao Brasil (importação 2009)


- Ásia – 28,3%
- União Européia – 22,9%
- America Latina e Caribe – 17,8%
- Estados Unidos – 15,8%
- África – 6,6%
- Oriente Médio – 2,5%

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- Europa Oriental – 1,6% (Leste Europeu - Rússia, Ucrânia, Bielorrússia , Bulgária
Estónia , Hungria, Lituânia , Letónia ,Moldávia , Roménia , Azerbaijão, Albânia,
Armênia , Géorgia)

Áreas Destino do Brasil (exportação 2009)


- Ásia – 25,8%
- America Latina e Caribe – 23,3%
- União Européia – 22,2%
- Estados Unidos – 10,3%
- África – 5,7%
- Oriente Médio – 2,2%
- Europa Oriental – 1,6% (Leste Europeu - Rússia, Ucrânia, Bielorrússia , Bulgária
Estónia , Hungria, Lituânia , Letónia ,Moldávia , Roménia , Azerbaijão, Albânia,
Armênia , Géorgia)

1.2. PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES INTERVENIENTES NO COMÉRCIO


EXTERIOR

AS INSTITUIÇÕES INTERVENIENTES NO COMÉRCIO EXTERIOR NO BRASIL

a. Planejamento e Comando Político


i. Câmara de Comércio Exterior – Camex
ii. Conselho Monetário Nacional – CMN
iii. Ministério das Relações Exteriores – MRE

b. Normatização, Execução e Controle


i. Banco Central do Brasil - BACEN
ii. Secretaria de Comércio Exterior – Secex
iii. Secretaria da Receita Federal do Brasil
Controles sobre Importações e Exportações

c. Cambial – pelo BACEN

d. Administrativo – pela SECEX


i. Estabelece normas (controle administrativo)
ii. Cadastramento de importadores
iii. Autorização para importar e para exportar
iv. Exame de similaridade
v. concessão de drawback (isenção e suspensão)

e. Aduaneiro – pela SRF


i. Controle sobre cargas e veículos
ii. Verificações durante o despacho

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1.2.1. Ministério das Relações Exteriores

O Ministério das Relações Exteriores é o órgão político da Administração direta cuja


missão institucional é auxiliar o Presidente da República na formulação da política
exterior do Brasil, assegurar sua execução, manter relações diplomáticas com
governos de Estados estrangeiros, organismos e organizações internacionais e
promover os interesses do Estado e da sociedade brasileiros no exterior.

O MRE possui as seguintes áreas de competência:

1. Política internacional;
2. Relações diplomáticas e serviços consulares;
3. Participação nas negociações comerciais, econômicas, jurídicas, financeiras,
técnicas e culturais com Governos e entidades estrangeiras;
4. Programas de cooperação internacional e de promoção comercial; e
5. Apoio a delegações, comitivas e representações brasileiras em agências e
organismos internacionais e multilaterais.

No trato dos assuntos de sua competência, o MRE possui as seguintes


incumbências:

1. Executar as diretrizes de política exterior estabelecidas pelo Presidente da


República;
2. Propor ao Presidente da República linhas de atuação na condução dos
negócios estrangeiros;
3. Recolher as informações necessárias à formulação e execução da política
exterior do Brasil, tendo em vista os interesses da segurança e do
desenvolvimento nacionais;
4. Contribuir para a formulação e implementação, no plano internacional, de
políticas de interesse para o Estado e a sociedade em colaboração com
organismos da sociedade civil brasileira;
5. Administrar as relações políticas, econômicas, jurídicas, comerciais, culturais,
científicas, técnicas e tecnológicas do Brasil com a sociedade internacional;
6. Negociar e celebrar tratados, acordos e demais atos internacionais;
7. Promover os interesses governamentais, de instituições públicas e privadas, de
empresas e de cidadãos brasileiros no exterior.

1.2.2. A Câmara de Comércio Exterior - Camex

Órgão integrante do Conselho de Governo, tem por objetivo a formulação, adoção,


implementação e a coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio
exterior de bens e serviços, incluindo o turismo.
Dentre as competências definidas pelo Decreto nº 4.732 , de 10 de junho de 2003,
destacam-se:

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• Definir as diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de
comércio exterior visando à inserção competitiva do Brasil na economia
internacional;
• Coordenar e orientar as ações dos órgãos que possuem competências na área de
comércio exterior;
• Definir, no âmbito das atividades de exportação e importação, diretrizes e
orientações sobre normas e procedimentos para os seguintes temas, observados
a reserva legal:
(a) racionalização e simplificação do sistema administrativo,
(b) habilitação e credenciamento de empresas para a prática de comércio
exterior,
(c) nomenclatura de mercadoria,
(d) conceituação de exportação e importação,
(e) classificação e padronização de produtos,
(f) marcação e rotulagem de mercadorias, e
(g) regras de origem e procedência de mercadorias;
• Estabelecer as diretrizes para as negociações de acordos e convênios relativos
ao comércio exterior, de natureza bilateral, regional ou multilateral;
• Orientar a política aduaneira, observada a competência específica do Ministério
da Fazenda;
• Formular diretrizes básicas da política tarifária na importação e exportação;

• Estabelecer diretrizes e medidas dirigidas à simplificação e racionalização do


comércio exterior, bem como para investigações relativas às práticas desleais de
comércio exterior;
• Fixar diretrizes para a política de financiamento das exportações de bens e de
serviços, bem como para a cobertura dos riscos de operações a prazo, inclusive
as relativas ao seguro de crédito às exportações;
• Fixar diretrizes e coordenar as políticas de promoção de mercadorias e de
serviços no exterior e de informação comercial;
• Opinar sobre política de frete e transporte internacionais, portuários,
aeroportuários e de fronteiras, visando à sua adaptação aos objetivos da política
de comércio exterior e ao aprimoramento da concorrência;
• Orientar políticas de incentivo à melhoria dos serviços portuários, aeroportuários,
de transporte e de turismo, com vistas ao incremento das exportações e da
prestação desses serviços a usuários oriundos do exterior;
• Fixar alíquotas de imposto de exportação, alíquotas de imposto de importação,
direitos antidumping e compensatórios, provisórios ou definitivos, salvaguardas, e
eventuais suspensões (por meio de Resoluções Camex).
Ressalte-se que os atos expedidos pela Camex devem considerar, ainda, os
compromissos internacionais firmados pelo País, em particular junto à Organização

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Mundial de Comércio (OMC), ao Mercosul e à Associação Latino-Americana de
Integração (Aladi).

1.2.3. Secretaria do Comércio Exterior (SECEX)

Competências

a) Formular propostas de políticas e programas de comércio exterior e estabelecer


normas necessárias à sua implementação Comércio Internacional
b) Propor medidas, no âmbito das políticas fiscal e cambial, de financiamento, de
recuperação de créditos à exportação, de seguro, de transporte e fretes e de
promoção comercial

c) Propor diretrizes que articulem o emprego do instrumento aduaneiro com os


objetivos gerais de política de comércio exterior, bem como propor alíquotas para
o imposto de importação, e suas alterações

d) Participar das negociações em acordos ou convênios internacionais relacionados


com o comércio exterior

e) Implementar os mecanismos de defesa comercial

f) Apoiar o exportador submetido à investigação de defesa comercial no exterior

1.2.4. Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX)

a) Elaborar, acompanhar e avaliar estudos sobre a evolução da comercialização de


produtos e mercados estratégicos para o comércio exterior brasileiro, com base
nos parâmetros de competitividade setorial e disponibilidades mundiais.

b) Executar programas governamentais na área de comércio exterior.

c) Autorizar operações de importação e exportação e emitir documentos, inclusive


quando exigidos por acordos bilaterais e multilaterais assinados pelo BRASIL.

d) Regulamentar os procedimentos operacionais das atividades relativas ao


comércio exterior.

e) Administrar o Sistema Integrado de Comércio Exterior – SISCOMEX, no âmbito da


secretaria.

f) Coletar, analisar, sistematizar e disseminar dados e informações estatísticas de


comércio exterior

1.2.5. Departamento de negociações internacionais (DEINT)

a) Negociar e promover estudos e iniciativas internas destinados ao apoio,


informação e orientação da participação brasileira em negociações de comércio
exterior.

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b) Desenvolver atividades de comércio exterior, junto a organismos e participar de
acordos internacionais.

c) Coordenar, no âmbito interno, os trabalhos de preparação da participação


brasileira nas negociações tarifárias em acordos internacionais e opinar sobre a
extensão e retirada de concessões

1.2.6. Departamento de Defesa Comercial (DECOM)

a) Examinar a procedência e o mérito de petições de abertura de investigações de


Dumping, de subsídio e de salvaguarda, com vistas à defesa da produção
domestica.

b) Propor a abertura e conduzir investigações para aplicação de medidas


antidumping, compensatória e de salvaguarda.

c) Recomendar a aplicação das medidas de defesa comercial previstas nos


correspondentes Acordos da OMC Comércio Internacional.

d) Acompanhar as discussões relativas Às normas e à aplicação dos Acordos de


defesa comercial junto à OMC.

e) Participar em negociações internacionais relativas à defesa comercial.

f) Acompanhar as investigações de defesa comercial abertas por terceiros países


contra exportações brasileiras e prestas assistência À defesa do exportador, em
articulação com outros órgãos governamentais.

1.2.7. Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio


Exterior (DEPLA)

a) Propor e acompanhar a execução das políticas e dos programas de comércio


exterior.

b) Formular propostas de planejamento da ação governamental, em matéria de


comércio exterior.

c) Desenvolver estudos de mercados e produtos estratégicos para expansão das


exportações brasileiras.

d) Planejar e executar programas de capacitação em comércio exterior dirigidos às


pequenas e medias empresas.

e) Planejar a execução e manutenção de Programas de Desenvolvimento da Cultura


Exportadora.

f) Acompanhar, em fóruns e comitês internacionais, os assuntos relacionados com o


desenvolvimento do comércio internacional e do comércio de eletrônicos.

g) Elaborar e editar o material técnico para orientação da atividade exportadora.

h) Coletar, analisar, sistematizar e disseminar dados e informações estatísticas de


comércio exterior.

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i) Planejar ações orientadas para a logística de comércio exterior.
exterior

j) Desenvolver estudos relacionados com a utilização dos regimes aduaneiros


especiais e atípicos.

k) Propor diretrizes para a política de crédito e financiamento as exportações.

l) Desenvolver e acompanhar, em coordenação com os demais órgãos envolvidos, a


política do Seguro de Crédito á Exportação.
Exportação

m) Acompanhar os assuntos do Comitê de Avaliação de Créditos


Crédito ao Exterior.

n) Prestar apoio técnico e administrativo ao Conselho Nacional das Zonas de


Processamento de Exportação

1.2.8. Banco Central do BR (BACEN)

Promoção da estabilidade do poder de compra da moeda brasileira, por meio da busca


permanente dos seguintes objetivos:
objetivos

i. Zelar pela adequada liquidez da economia.


economia
ii. Manter as reservas internacionais do País em nível adequado.
adequado
iii. Estimular a formação de poupança em níveis adequados às necessidades de
investimento do País

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1.3. - PRINCIPAIS ACORDOS INTERNACIONAIS

ORGANIZAÇÕES E ORGANISMOS INTERNACIONAIS RELACIONADOS AO


COMÉRCIO

1.3.1. Organizações Internacionais reguladores do Comércio Internacional.

WTO – World Trade Organization (Organização


(Organização Mundial do Comércio - OMC)

A Organização Mundial do Comércio (OMC)) é uma organização internacional que


trata das regras sobre o comércio entre as nações. Os membros da OMC negociam e
assinam acordos que depois são ratificados pelo parlamento de cada nação e passam
a regular o comércio internacional.
internacion

Principais funções

a) Administração do sistema multilateral com 151 membros.


membros
b) Gerenciar os acordos, principalmente sobre bens, serviços e direitos de
propriedade intelectual.
intelectual
c) Resolver diferenças intelectuais (solução de controvérsias).
controvérsias)
d) Servir de foro para negociações.
negociações
e) Supervisionar as políticas comerciais nacionais (mecanismo de exame das
políticas comerciais).
f) Cooperar com o BM e FMI em adoção de política econômica

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UNCTAD – Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento
– 1964

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD)


foi estabelecida em 1964, em Genebra, Suíça, atendendo às reclamações do países
subdesenvolvidos, que entendiam que as negociações realizadas no GATT não
abordavam os produtos por eles exportados, os produtos primários. A UNCTAD é
Órgão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), mas suas
decisões não são obrigatórias. Ela tem sido utilizada pelos países subdesenvolvidos
como um grupo de pressão.

Função:
a) Atua como foro de deliberações intergovernamentais e apóia a participação
dos países em negociações internacionais.
b) Promove investigação e reúne informações subsidiando as deliberações.
c) Oferecem assistência técnica adaptada as necessidades específicas dos
países em desenvolvimento

WCO – World Customs Organization (OMA- Organização Mundial de Aduanas) –


1996

A Organização Mundial de Aduanas (OMA) concebeu normas destinadas a assegurar


e a facilitar o fluxo crescente do comércio internacional. Essas normas figuram na
Estrutura Normativa da OMA para a Segurança e a Facilitação do Comércio
Internacional (Estrutura Normativa da OMA).

As administrações aduaneiras têm poderes importantes que não existem em outros


serviços públicos – elas têm:

a) A autoridade de inspecionar carregamentos e mercadorias entrando ou saindo


de um país.

b) As aduanas também têm a autoridade para recusar a entrada ou a saída de


carregamentos e mercadorias, e para acelerar a entrada dessas cargas.

c) As administrações aduaneiras exigem informações sobre as mercadorias


importadas e, freqüentemente, também as exigem para as mercadorias
exportadas.

d) Elas podem exigir, se a legislação nacional o permite, que as informações lhe


sejam enviadas antecipadamente e por via eletrônica.

e) Graças à sua autoridade e perícia sem paralelo as aduanas podem e devem


desempenhar um papel central na segurança e na facilitação do comércio
mundial.

f) No entanto, uma abordagem integrada é necessária para otimizar a segurança


da cadeia logística internacional e, ao mesmo tempo, assegurar melhorias

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contínuas na facilitação do fluxo de comércio. Por isso as aduanas devem ser
incentivadas a elaborar acordos de cooperação com outros organismos
governamentais.

1.3.2. PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONOMICA

O processo de integração econômica é um conjunto de medidas que tem como


objetivo promover a aproximação e a união entre as economias de dois ou mais
países. Geralmente essas medidas começam com reduções tarifárias aplicadas ao
comércio entre os países que fazem parte do processo de integração; o segundo
passo é reduzir as restrições não-tarifárias, ou seja, barreiras que limitam o
intercâmbio.

Modelos de integração econômica

a) Zona de Preferências Tarifárias

A Zona de Preferências Tarifárias, etapa mais incipiente de integração econômica,


consiste na adoção recíproca, entre dois ou mais países, de níveis tarifários
preferenciais.

Ou seja: as tarifas incidentes sobre o comércio entre os países membros do grupo são
inferiores às tarifas cobradas de países não-membros.

À diferença entre as tarifas acordadas e aquelas aplicadas ao comércio com terceiros


mercados dá-se o nome de margem de preferência. Arranjos dessa natureza
constituem, em geral, etapas preliminares na negociação de Zonas de Livre Comércio.
Exemplos significativos de Zonas de Preferências Tarifárias são muitos dos acordos
celebrados no marco da ALADI, Associação Latino Americana de Integração.

b) Área / Zona de Livre Comércio

Este modelo de integração econômica consiste na eliminação de barreiras tarifárias e


não-tarifárias incidentes sobre o comércio entre os países envolvidos.

Um exemplo deste modelo é o NAFTA – North American Free Trade Agreement


(Acordo de Livre Comércio da América do Norte), formado entre Estados Unidos,
México e Canadá, cujo objetivo é a eliminação de alíquotas de importação no
intercâmbio de produtos.

i. É um espaço na qual os membros comercializam suas mercadorias


ii. Adota a margem de preferência tarifária, isto é, margem de desconto
iii. Elimina ou reduz Direitos Aduaneiros (Impostos) e as restrições comerciais

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c) União Aduaneira

Esta modalidade consiste em uma Zona de Livre Comércio, dotada também de uma
Tarifa Externa Comum. No caso, aplica-se uma mesma tarifa para os produtos
importados provenientes de países não pertencentes ao grupo. A história nos diz que
esta forma de integração tornou-se conhecida já no século XIX, pela Zollverein, que
culminou na união do Reino da Prússia a outros Estados alemães menores, antes da
unificação de 1871.

O Mercosul tornou-se, a partir de 1º de janeiro de 1995, o melhor exemplo de uma UA


latino-americana.

d) Mercado Comum

Um quarto modelo ou etapa de integração é o chamado Mercado Comum, que tem a


União Européia como principal modelo. A maior diferença entre o Mercado Comum e a
União Aduaneira é que esta última regula apenas a livre circulação de mercadorias,
enquanto o Mercado Comum prevê também a livre circulação dos demais fatores
produtivos. A expressão "fatores produtivos" compreende dois grandes elementos:
capital e trabalho. Da liberalização desses fatores decorre, por um lado, a livre
circulação de pessoas (trabalhadores ou empresas) e, por outro, a livre circulação de
capitais (investimentos, remessas de lucro, etc.).

e) União Econômica

A União Econômica e Monetária (UEM) constitui a etapa ou modelo mais avançado e


complexo de um processo de integração. Ela está associada, em primeiro lugar, à
existência de uma moeda única e uma política comum em matéria monetária
conduzida por um Banco Central comunitário. A grande diferença em relação ao
Mercado Comum está, além da moeda única, na existência de uma política
macroeconômica, não mais "coordenada", mas "comum".

1.3.3. Blocos e Tratados de Acordos Econômicos

Tratados e acordos comerciais são acertos firmados entre nações em que se


estabelecem objetivos e período de vigência

O objetivo poderia ser o aumento de comércio entre países, mediante reduções de


tarifas alfandegárias. As partes estabelecem:
 Os produtos beneficiados, mediante listas
 As quantidades a serem negociadas
 Os valores globais do acordo e o prazo de duração

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Os Tratados ou Acordos se caracterizam por:

• Acordos bilaterais: acordo firmando entre dois países


• Multilaterais: acordos firmados com mais de dois países
• Acordo ou tratados de natureza monetária: estabelece uma série de
medidas monetária, como obrigatoriedade de paridades fixas
• Acordo comercial: versa sobre tarifas comerciais

Sob as condições:

• Acordo ou Tratado: Cláusula De Nação Mais Favorecida. EX:


 Nação A firma acordo com nação B, com CNMF, assim, se A assinar
acordo com outra Nação (C), todos os benefícios concedidos a C serão
extensivos a B
• Incondicional: quando as vantagens são estendidas automaticamente
• Condicional: quando as vantagens são estendidas desde que haja concessão
recíproca

União Européia – 1992

Caracteriza-se pela União Monetária e Econômica, além de instituição da política


exterior e de segurança comum.

A União Européia (UE) foi oficializada no ano de 1992, através do Tratado de


Maastricht. Este bloco é formado pelos seguintes países: Alemanha, França, Reino
Unido, Irlanda, Holanda (Países Baixos), Bélgica, Dinamarca, Itália, Espanha,
Portugal, Luxemburgo, Grécia, Áustria, Finlândia e Suécia. Este bloco possui uma
moeda única que é o EURO, um sistema financeiro e bancário comum. Os cidadãos
dos países membros são também cidadãos da União Européia e, portanto, podem
circular e estabelecer residência livremente pelos países da União Européia.

A União Européia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao


crime e de imigração em comum. A UE possui os seguintes órgãos: Comissão
Européia, Parlamento Europeu e Conselho de Ministros.

NAFTA - 1994

Fazem parte do NAFTA ( Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ) os seguintes


países: Estados Unidos, México e Canadá. Começou a funcionar no início de 1994 e
oferece aos países membros vantagens no acesso aos mercados dos países.
Estabeleceu o fim das barreiras alfandegárias, regras comerciais em comum, proteção
comercial e padrões e leis financeiras. Não é uma zona livre de comércio, porém
reduziu tarifas de aproximadamente 20 mil produtos.

APEC - 1989

A Apec ( Associação de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico ) foi fundada


em 1989. Constituía-se, inicialmente, por países asiáticos (Japão, Taiwan, Coréia do

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Sul, Malásia, etc ) e por países da Oceania (Austrália e Nova Zelândia). Atualmente é
um bloco bastante heterogêneo, tendo como integrantes inclusive países americanos
(Estados Unidos, Canadá, México e Chile). A Apec estabeleceu a meta de unificar
totalmente seu mercado no ano de 2020.

ALCA - 1994

Em 1994, na cidade de Miami, EUA, iniciaram-se as negociações para a criação da


ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), que reunirá 34 países, ou seja, todas
as nações do continente americano, exceto Cuba. Desde então reuniões
denominadas Encontros das Américas passaram a ser realizados anualmente.

O encontro de 1977 ficou marcado pelo impasse na data para a implementação da


ALCA: os EUA queriam que fosse ainda no século XX ; já os países do MERCOSUL
querem esperar até 2005. Os EUA querem a extinção de todos os acordos existentes (
Nafta, MERCOSUL, Pacto Andino, etc ) assim que ALCA estiver criada, já os outro
querem sua manutenção.

ALADI – Associação Latino America de Integração – 1980

Criada em 12 de agosto de 1980 pelo Tratado de Montevidéu, a ALADI objetivou criar


um mercado comum latino-americano, a longo prazo e de maneira gradual, mediante a
concessão de preferências tarifárias e acordos regionais e de alcance parcial.
A ALADI substituiu a ALALC, a antiga Associação Latino-Americana de Livre
Comércio, que foi criada em 1960.
A ALADI congrega uma população de 449,7 milhões de habitantes, formando um PIB
de US$ 1,760,4 trilhão, gerando exportações no valor de US$ 362,3 bilhões e
importações que alcançam os US$ 365,5 bilhões.
Cuba é o mais recente país-membro da ALADI.
São Países-Membros da ALADI: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba,
Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Comunidade Andina ou Grupo Andino – 1969

A Comunidade Andina de Nações (em espanhol, Comunidad Andina de Naciones,


abreviado CAN) é um bloco econômico sul-americano formado pela Bolívia, Colômbia,
Equador, Peru e Venezuela (Chile deixou o bloco em 1977). O bloco foi chamado
Pacto Andino até 1996 e surgiu em 1969 com o Acordo de Cartagena. A cidade-sede
da secretaria é Lima, no Peru

Em 8 de Dezembro de 2004, os países membros da Comunidade Andina assinaram a


Declaração de Cuzco, que lançou as bases da União de Nações Sul-Americanas,
entidade que unirá a Comunidade Andina ao Mercosul, em uma zona de livre comércio
continental.

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MERCOSUL

O MERCOSUL é um processo de integração econômica entre Argentina, Brasil,


Paraguai e Uruguai, iniciado com a assinatura do Tratado de Assunção (26/03/1991),
que tem como objetivo a conformação de um mercado comum com:

• livre circulação de bens, serviços, trabalhadores e capital, por meio, entre


outros, da redução das barreiras tarifárias e não-tarifárias e de medidas de
efeito equivalente
• política comercial uniforme comum em relação a terceiros países/blocos, com a
adoção de uma tarifa externa comum
• coordenação das políticas macroeconômicas e harmonização das políticas
alfandegária, tributária, fiscal, cambial, monetária, de investimentos, de
comércio exterior, de serviços, de transportes, de comunicações, agrícola,
industrial, trabalhista, entre outras
• harmonização dos códigos legislativos dos países-membros nas áreas
definidas como pertinentes ao processo de integração

SGP - Sistema Geral de Preferências

Os países desenvolvidos, membros da OCDE - Organização de Cooperação e


Desenvolvimento Econômico, por meio de acordo aprovado em outubro de 1970 pela
Junta de Comércio e Desenvolvimento da UNCTAD (United Nations Conference on
Trade and Development), estabeleceram o Sistema Geral de Preferências (SGP),
mediante o qual concedem redução parcial ou total do imposto de importação
incidente sobre determinados produtos, quando originários e procedentes de países
em desenvolvimento.

A administração do SGP, no Brasil, é exercida pela Secretaria de Comércio Exterior do


Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC, por meio do
Departamento de Negociações Internacionais - DEINT.

Objetivo

 Concessão de preferências tarifárias sobre determinados produtos originários e


procedentes de países em desenvolvimento
 Acordo unilateral, pois o país desenvolvido escolhe uma lista de produtos e
oferece preferências tarifárias, mas pode revogá-lo a qualquer momento
 Possuem um certificado de origem ou formulário “A”
 No BR quem toma conta é a secretaria de Comércio Exterior do Ministério do
Desenvolvimento da Indústria e do Comércio, através do Deint (Departamento
Estadual de Infra-estrutura e Transporte)

SGPC - Sistema Global de Preferências Comerciais entre Países em


Desenvolvimento

•SGPC (pobre x pobre – facilita)

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O SGPC foi criado com o objetivo de funcionar como uma instância para o intercâmbio
de concessões comerciais entre os membros, e pretende ser um instrumento para a
promoção do comércio entre os membros do Grupo.

Onde países menos desenvolvidos, segundo a classificação da ONU, terão


tratamento privilegiado do ponto de vista comercial e tarifário, não se exigindo
reciprocidade de benefícios.

 Participação exclusiva dos países em desenvolvimento


 Pretende ser um instrumento para a promoção do comércio entre os
membros, desenvolvimento das indústrias e aumento de empregos
 No BR quem toma conta é a secretaria de Comércio Exterior do MDIC, através
do Deint

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