Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
localizar e indicar os detentores dos direitos de médicas, nem os autores, nem a editora ou
autor das fontes do material utilizado. No entanto, qualquer outra pessoa envolvida na preparação
se alguma omissão ocorreu, terão a maior da publicação deste trabalho garantem que a
satisfação de, na primeira oportunidade, reparar as totalidade da informação aqui contida seja exata
falhas ocorridas. ou completa e não se responsabilizam por erros
ou omissões ou por resultados obtidos do uso da
A medicina é uma ciência em permanente informação. Aconselha-se aos leitores confirmá-la
atualização científica. À medida que as novas com outras fontes. Por exemplo, e em particular,
pesquisas e a experiência clínica ampliam nosso recomenda-se aos leitores revisar o prospecto de
conhecimento, modificações são necessárias nas cada fármaco que planejam administrar para
modalidades terapêuticas e nos tratamentos certificar-se de que a informação contida neste
farmacológicos. Os autores desta obra verificaram livro seja correta e não tenha produzido mudanças
toda a informação com fontes confiáveis para nas doses sugeridas ou nas contra-indicações da
assegurar-se de que esta é completa e de acordo sua administração. Esta recomendação tem
com os padrões aceitos no momento da publica especial importância em relação a fármacos
ção. No entanto, em vista da possibilidade de um novos ou de pouco uso.
Estimado leitor
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou
por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web e outros), sem
permissão expressa da Editora.
E quem não estiver inscrito no Programa de Atualização em Cirurgia (PROACI) não poderá realizar
as avaliações, obter certificação e créditos.
PROACI SEMCAD
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
DO CARCINOMA HEPATOCELULAR
LUIZ PEREIRA-LIMA
JOSÉ ARTUR SAMPAIO
FÁBIO LUIZ WAECHTER
RENATA ANDREOLI ROSTIROLLA
LUCAS PEREIRA-LIMA
Luiz Pereira-Lima – Professor titular e chefe do Departamento de Cirurgia da Fundação Facul
dade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre (FFFCMPA)
INTRODUÇÃO
O CHC é responsável por, aproximadamente, 1.250.000 mortes por ano em todo o mundo e é o
tumor maligno primário mais freqüente do fígado.
Diversos fatores têm sido identificados como de risco para o desenvolvimento do CHC, podendo,
estes, ocorrerem em sinergismo. Dentre as condições, a infecção crônica viral e a hepatopatia
36
crônica, isoladas ou sobrepostas, destacam-se como principais, estando presentes em, aproxima
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR
Por muitos anos, o CHC apresentou-se, invariavelmente, como uma lesão avançada, sem chances
de cura, condenando o paciente a poucas semanas de vida. Hoje, através do avanço das técnicas
de diagnóstico por imagem, a pesquisa de novos marcadores tumorais e o aprimoramento técnico-
cirúrgico, em centros especializados, proporcionam sobrevida de até 68% em três anos.1
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
OBJETIVOS
PROACI SEMCAD
EPIDEMIOLOGIA
O CHC é um dos tumores mais comuns em âmbito mundial, com aproximadamente 1.000.000 de
novos casos diagnosticados por ano; porém, sua incidência apresenta uma considerável variação
geográfica.2
Os africanos e orientais representam cerca de dois terços dos pacientes portadores de CHC, com
evidência de associação com cirrose.3 Na Ásia, a incidência dessa neoplasia é de, aproximada
mente, dez a vinte por 100.000 habitantes, em contraste com Estados Unidos, Europa e Austrália,
onde varia de um a três por 100.000 habitantes.
O número de novos casos de CHC vem crescendo nos povos ocidentais, provavelmente
devido ao aumento na prevalência das hepatites B e C, sabidamente associadas ao
desenvolvimento dessa neoplasia.
O CHC afeta, predominantemente, pacientes masculinos entre a quarta e sexta décadas de vida,
também podendo ocorrer na infância, principalmente em regiões em que a hepatite é uma doença
endêmica.4
38
No Brasil, o CHC tem uma distribuição geográfica intermediária quando comparado com as áreas
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR
Em estudo recente, Gonçalves e colaboradores observaram esses aspectos em 287 casos de CHC
provenientes de dezenove centros, distribuídos em oito estados, identificando maior incidência en
tre a quinta e a sexta décadas de vida, com uma relação masculino/feminino de 3,4:1.
LEMBRAR
Um grande número de fatores tem sido associado ao desenvolvimento do CHC. A
cirrose oriunda da contaminação pelos vírus da hepatite B (HBV) e da hepatite C
(HCV) e a hemocromatose apresentam maior risco para o desenvolvimento dessa
neoplasia quando comparadas a outras formas de cirrose. Outros agentes promoto
res do aparecimento do CHC incluem aflotoxina B e o álcool.
HISTÓRIA NATURAL
A causa mais freqüente de morte nos portadores de CHC é a falência hepática decorrente da
metastatização local ou da cirrose preexistente seguida da hemorragia secundária provocada pelo
rompimento tumoral ou de varizes.
39
3. Considerando o caso clínico relatado na atividade 2, responda:
PROACI SEMCAD
A) Qual a sobrevida do paciente?
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
DIAGNÓSTICO
Cruel e colaboradores demonstraram que pacientes com infecção HBV ou HCV assintomática apre
sentam uma incidência de carcinoma hepatocelular próxima a 8%, contrastando com os índices de
25% em pacientes com hepatite crônica ativa severa ou cirrose.7
O diagnóstico precoce do CHC pode ser difícil, já que a elevação da AFP é variável, podendo
ocorrer em pacientes cirróticos sem neoplasia, e a detecção de lesões menores que dois centíme
tros de diâmetro através da ultra-sonografia apresenta uma sensibilidade limitada.8
Por outro lado, outros estudos referem que o acompanhamento rigoroso de pacientes de alto risco
para o CHC, por meio de ecografia e dosagem sérica da AFP, pode determinar o achado precoce
da lesão no fígado em uma alta proporção de pacientes, possibilitando um melhor prognóstico da
doença.9,10
40
O ultra-som associado à dosagem sérica da AFP mantém-se como método de escolha
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR
Existe, ainda, o interesse em desenvolver alternativas para marcadores séricos do CHC, tanto para
aumentar a sensibilidade quanto à especificidade.
Estudos isoelétricos tentam permitir a identificação de formas variantes da AFP, mais tipicamente
associadas ao CHC. Outro potencial marcador inclui a dosagem sérica da desgamacarboxipro
trombina; entretanto, o papel desse teste alternativo necessita ser mais estudado.
Das características principais do CHC à TC, destaca-se a presença de cápsula peritumoral fibrosa,
mosaico intratumoral e hipervascularidade. Entretanto, esses achados são de difícil visualização
em tumores menores do que dois centímetros de diâmetro.
A RM é útil quando usada para distinguir o CHC de outros nódulos hepáticos, tais como hiperplasia
nodular focal, adenoma e hemangioma cavernoso, além de apresentar maior sensibilidade em
relação à tomografia convencional e menor índice de radiação ionizante.
A angiografia com lipiodol, seguida de TC, representa uma das mais sensíveis modalidades diag
nósticas disponíveis para o CHC (sensibilidade 93-97%). Com essa técnica, tem sido possível
localizar tumores de dois milímetros, proporcionando uma abordagem terapêutica precoce.
A TC é realizada em dez a quatorze dias após a infusão de lipiodol, momento este em que a
substância já foi filtrada dos hepatócitos, permanecendo retida no tumor. Por outro lado, a retenção
do lipiodol pode ser observada em outras circunstâncias não-relacionadas ao CHC, como, por
exemplo, em pacientes cirróticos, em áreas de biópsias prévias e na hiperplasia nodular focal.13
Deve-se citar que a tomografia por emissão de positrons é um método de imagem em desenvol
vimento e que, futuramente, deverá auxiliar na identificação de lesões neoplásicas do fígado.
Objeto de polêmica é a realização de biópsia percutânea. Entende-se que, através dos métodos
diagnósticos discutidos anteriormente, pode-se, com segurança, evitar a biópsia, ou seja, identifi
car o CHC.
PROACI SEMCAD
tos à ressecção, uma vez que a maioria dos pacientes com CHC é cirrótica e que a mortalidade
pós-operatória tem como principal causa a falência hepática.
5. Qual o grupo de pacientes que mais se beneficia com a detecção precoce de tumores
pequenos, por meio de programas de screening no caso de carcinoma hepatocelulares?
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
ESTADIAMENTO
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR
Quadro 1
LEMBRAR
Para essa classificação, os lobos são divididos pela linha de Cantlie.
Os linfonodos regionais são os hilares (isto é, aqueles localizados nos ligamentos hepa
toduodenal e hepático e linfonodos periportais).
43
Os linfonodos regionais também incluem aqueles localizados ao longo da veia cava inferior, da
PROACI SEMCAD
artéria hepática e da veia porta. Qualquer envolvimento de linfonodos além desses serão conside
rados como metátases a distância e classificados como M1.
LEMBRAR
As metástases ocorrem, mais freqüentemente, nos ossos e pulmões.
No Quadro 2, a seguir, encontra-se a classificação por estádios conforme o American Joint Commit
tee on Cancer – AJCC.
Quadro 2
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
44
9. A partir de seu conhecimento, qual a relação entre a classificação apresentada pelo
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
TRATAMENTO
O tratamento de escolha para o CHC permanece, nos dias de hoje, sendo a ablação
cirúrgica, seja por meio de ressecção ou do transplante hepático. Entretanto, essa con
duta é possível apenas em casos selecionados, representando cerca de 10 a 30% da
totalidade dos pacientes.
Para os pacientes portadores dessa neoplasia (CHC) que não são candidatos à cirurgia,
técnicas inovadoras têm sido utilizadas como tratamento primário, como, por exemplo,
métodos de ablação direta do tumor, quimioterapia sistêmica, quimioembolização, radio
terapia, hormonioterapia e imunoterapia.
RESSECÇÃO CIRÚRGICA
A indicação de ressecção do tumor nos pacientes que não apresentam doença hepática crônica
concomitante depende, exclusivamente, do estadiamento (classificação TNM), já que grandes
hepatectomias podem ser realizadas, prolongando a sobrevida e aumentando a qualidade de vida
dos pacientes com tumores sintomáticos.
De fato, o risco operatório está relacionado às características desses tumores, os quais, algumas
vezes, são centrais ou próximos aos grandes vasos como veia cava, veia porta e veias hepáticas,
além de se apresentarem, freqüentemente, hipervascularizados.17,18
45
A ablação cirúrgica dependerá da viabilidade de se alcançar uma margem mínima de
PROACI SEMCAD
segurança, ou seja, um centímetro, podendo variar de segmentectomias a grandes res
secções anatômicas com exclusão vascular total ou ex-situ in vivo, obviamente aumen
tando as taxas de morbimortalidade associadas ao risco cirúrgico e à falência hepática.
Com o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas mais apuradas e maior experiência no manejo pós-
operatório de pacientes graves, adquiridos com o advento dos transplantes de múltiplos órgãos,19
alguns grupos têm indicado a ressecção para tumores em estágios mais avançados (isto é,
estágio IVA), tanto com o objetivo curativo quanto com o de proporcionar citorredução para posteri
or tratamento adjuvante, alcançando sobrevida comparável a tumores de estágios iniciais.20
Em recente estudo, Harada e colaboradores randomizaram dois grupos de pacientes com carcino
ma hepatocelular em diferentes estágios de doença, utilizando, no primeiro, apenas a ressecção,
e, no segundo, associando a quimioembolização intra-arterial (QEIA) pré-operatória como forma
de tratamento.
Os resultados evidenciaram que o uso de QEIA provocou redução significativa das lesões, entre
tanto, sem impacto na sobrevida dos pacientes, independentemente do estágio da doença, tam
bém não exercendo influência sobre a taxa de recorrência do tumor.21
A alta taxa de mortalidade se explica, uma vez que o fígado patológico apresenta reserva funcio
nal diminuída; os tumores, em muitos casos, são múltiplos e de difícil identificação; o risco de
sangramento está aumentado devido à hipertensão porta e à coagulopatia existente; e portadores
de cirrose possuem redução da capacidade regenerativa do órgão.
• o paciente;
• o fígado;
• o tumor.
A extensão do comprometimento do fígado pela doença de base deve ser determinada pela men
suração da função hepática, seja por meio da classificação de Child-Pugg ou através de meios
mais complexos, envolvendo a estimativa do fluxo sangüíneo hepático ou a determinação do meta
bolismo do órgão, além de identificar o volume hepático sob visão tomográfica.24
46
A presença de cápsula tumoral, unifocalidade, tamanho menor do que cinco centímetros (Figura 1)
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR
Figura 1 – CHC
Fonte: Arquivo pessoal Dr. Luiz Pereira-Lima
Apesar da ressecção mínima, ou seja, enucleação e wedge resection, apresentar menor probabi
lidade de causar falência hepática, essa técnica está, provavelmente, associada a um maior risco
de doença residual e à recorrência precoce da neoplasia no fígado remanescente.25,26
LEMBRAR
A escolha do tipo de ressecção hepática a ser realizada deverá ser balanceada entre
a necessidade de preservação da função hepática e a possibilidade da remoção tu-
moral de maneira radical.
PROACI SEMCAD
auxílio da RF monopolar, em que a perda sangüínea e a ocorrência de fístulas biliares foram
quase nulas. Em nenhuma dessas séries ficou demonstrada a evolução clínica ou a alteração da
função hepática que representasse insuficiência.
Na técnica aplicada nessas últimas séries,64,65,66,67 a base teórica da necrose por coagulação a
calor, produzida pela RF, é fundamentada na elevação da temperatura tissular, o que ocorre às
custas da emissão de ondas intermitentes de energia através de um condutor monopolar resfriado
continuamente (Cool Tip® Cluster, Radionics, Burlington, MA). Essa energia é dissipada através
de uma placa monopolar.
O controle de temperatura dessa agulha evita que haja coagulação precoce das células em torno
da mesma, retardando o aumento da resistência tecidual e permitindo uma necrose mais uniforme
e extensa da região.
Esses autores34,35,36,37 têm demonstrado que essa desnaturação celular ocorre em um raio de 0,5cm
ao redor da agulha, produzindo massa tissular uniforme e exangue.
Como diferença fundamental, destaca-se o uso de uma manopla com duas agulhas separadas
(Figura 2), transmitindo energia entre elas de maneira bipolar, proporcionando uma área linearmen
te controlada de necrose, sem o risco de dissipação de corrente para tecido a distância, evitando,
assim, lesões de calor.
48
Com a experiência acumulada, os autores verificaram que a necessidade de potências
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR
mais baixas (25W - 50W) torna o procedimento mais seguro e tão eficaz quanto a RF
utilizada de maneira monopolar.
O tecido hepático desnaturado forma uma placa de consistência borrachosa, não sendo possível
distinguir qualquer estrutura vascular ou biliar. Essa placa assegura oclusão dos vasos e canais
biliares da linha de secção, selando, também, os pequenos canais linfáticos da face cruenta.
Na maioria das hepatectomias, as elevações das transaminases são descritas de maneira tem
porária, retornando a níveis normais ao cabo de poucos dias, fato este observado nos casos apre
sentados.
No trabalho em tela, a hipótese dos autores é de que a necrose obtida com o método não seja o
principal responsável pela elevação das transaminases, já que, independente do tamanho da res
secção, a variação das provas de função hepática, no pós-operatório, foi semelhante.
Na presente série, verificou-se uma nítida diminuição dos tempos cirúrgicos ao serem utilizados
dois conjuntos de agulhas. Isso é particularmente interessante, já que, com a técnica de ressecção
hepática através de RF monopolar, não houve diminuição do tempo cirúrgico, com autores referin
do aumento do tempo operatório.58,64,65,66,67
Benefício também importante é obtido pela ausência de utilização de materiais de alto custo no
trans (sangue e hemoderivados, fios, colas, malhas biológicas, etc.) e pós-operatório (centro de
49
tratamento intensivo, cateteres para acesso venoso central, etc.), o que diminui significativamente
PROACI SEMCAD
o custo hospitalar.
Nesse contexto, a ablação de tumores por RF tem permitido que pacientes com baixa reserva funcio
nal tenham suas lesões controladas, possibilitando a espera por um transplante nos pacientes com
neoplasias primárias 59,60,61 ou um aumento de sua sobrevida nos casos de lesões metastáticas.62
Entretanto, apesar do uso adequado da RF para ablação, a recorrência local no sítio de ablação varia
em torno de 40%.63 Esse alto índice de recorrência se dá devido à dificuldade de se obter necrose de
células tumorais em regiões próximas a grandes vasos, assim como de lesões maiores.52,63
LEMBRAR
Índices menores de recorrência, em torno de 5%,64 têm sido obtidos quando a mano
bra de Pringle (oclusão da tríade portal) é associada ao procedimento de ablação, o
que, por sua vez, é muito mal tolerado no pós-operatório dos pacientes hepatopatas
crônicos com baixa reserva funcional.
Dentro desse paradoxo de reserva hepática funcional limítrofe e melhores índices de sobrevida a
longo prazo obtidos apenas com a ressecção, a hepatectomia, auxiliada pela técnica de RF aqui
descrita (sem clampeamento vascular, dissecção e sangramento mínimos, incisões mínimas e bai
xíssimos índices de complicações pós-operatórias), permite aos autores inferir que essa nova téc
nica possibilita uma ampliação das indicações de ressecção de uma população significativa de
pacientes hepatopatas crônicos ou metastáticos, até então taxados de irressecáveis e candidatos
apenas a tratamentos alternativos.
Se, por um lado, a técnica aqui descrita, além de diversos benefícios gerais, possibilita uma maior
tranqüilidade técnica na realização da ressecção, é válido frisar que o conhecimento da anatomia
hepática e a experiência em ressecções complexas são peças fundamentais no sucesso desse
procedimento, sendo ele reservado a cirurgiões afeitos à cirurgia hepática.
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
50
12. Quais as vantagens na realização de ressecção do tumor com uso de dois conjuntos
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
TRANSPLANTE DE FÍGADO
Por outro lado, com a solidificação dos resultados alentadores obtidos pelo transplante, as indica
ções desse procedimento vêm sofrendo alterações freqüentes.
Isso pode ser comprovado, já que os primeiros estudos relacionados ao TxH denotavam a marcan
te, ou mesmo dominante, população de pacientes com neoplasias aguardando em listas de espe
ra. Entretanto, os resultados iniciais foram catastróficos.
Apesar dos problemas inerentes ao TxH, estudos recentes28,29 demonstraram que, na presença de
cirrose e CHC, o transplante apresentou melhor resultado, com menor taxa de morbimortalidade e
aumento de sobrevida.
Entretanto, é verdadeiro que esses resultados dependem diretamente da classificação TNM. Sel
by e colaboradores relataram sobrevida de 75% em cinco anos para pacientes em estágio I, diame
tralmente diferente para pacientes em estágio IV, nos quais a sobrevida não passou dos 11% no
mesmo período.30
Sem dúvida, o tamanho do CHC que permite aventar o transplante hepático como forma de trata
mento permanece indefinido. A indicação de transplantes para pacientes com tumores menores do
que cinco centímetros está calcada nos resultados semelhantes obtidos com pacientes com tumo
res de achado incidental ou sem neoplasia.31
A abordagem terapêutica ideal para os tumores maiores que cinco centímetros permanece obs
cura. O Mount Sinai Hospital, através de seu protocolo multimodal, o qual inclui quimioembolização
intra e pós-operatória com doxorubicina, revelou ausência de impacto na sobrevida desses paci
entes em quatro anos, sendo que o período de recorrência tumoral foi menor.32
51
Nossa conduta para pacientes comprovadamente portadores de carcinoma hepatocelular é basea
PROACI SEMCAD
da no adequado estadiamento TMN e na avaliação minuciosa da função hepática.
13. Cite os fatores que tem influência direta nos resultados de transplantes de fígados
para paciente com carcinoma hepatocelular.
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
14. Qual a indicação de transplantes de fígado para pacientes com carcinoma hepatoce
lular?
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
TRATAMENTO NÃO-CIRÚRGICO
A alcoolização tumoral tem sido usada em um grande número de pacientes com CHC.
não mais do que três tumores, e que estes não ultrapassem os três centímetros no maior
diâmetro.
Resultados satisfatórios para tratamento de pequenos CHC (de dois a cinco centímetros) têm sido
alcançados em diferentes séries, com índice de sobrevida, em três anos, de 55 a 70%, o que é
significativamente melhor quando comparados a pacientes sem tratamento.34,35
Segundo um estudo de coorte realizado por Castells e colaboradores comparando a injeção percu
tânea de etanol com a ressecção cirúrgica como modalidades terapêuticas para tumores menores
do que quatro centímetros, ficou evidenciado que a taxa de recorrência, em dois anos, foi maior no
grupo tratado com alcoolização, principalmente nos tumores de três a quatro centímetros. Por outro
lado, não houve diferença na taxa de sobrevida em um a quatro anos entre os grupos.36
Geralmente, são necessárias múltiplas sessões de injeção percutânea de etanol para alcançar o
efeito desejado, exceto naqueles pacientes submetidos à anestesia geral, em que o volume de
etanol injetado poder ser maior, possibilitando, em casos selecionados, a necrose de tumores
maiores do que três centímetros.
A alcoolização percutânea é considerada opção segura de tratamento, com baixas taxas de morbi
dade e mortalidade (1,7 e 0,1%, respectivamente).
Quimioembolização
A quimioembolização tumoral é uma alternativa para o tratamento do CHC em que o efeito dos
agentes quimioterápicos (cisplatina, doxorrubicina ou mitomicina) injetados diretamente no tu
mor são potencializados pela isquemia provocada após a embolização do ramo arterial que nu
tre a lesão.
53
Essa técnica é realizada através da injeção direta no tumor, por um cateter arterial, de
PROACI SEMCAD
um agente citotóxico associado ao lipiodol, o qual é seletivo para células tumorais, au
mentando a concentração dessa emulsão no tumor e retardando sua excreção.
Após a concentração desejada do fármaco no tumor ser alcançada, injeta-se, pela mes
ma via, partículas de gelfoam ou microesferas de metal que obstruem o fluxo arterial
principal que irriga o tumor, levando a uma isquemia seletiva e contribuindo para a morte
celular. A quimioembolização pode ser repetida em intervalos regulares de seis a doze
semanas.38
Essa modalidade terapêutica tem sido considerada efetiva para pacientes com tumores localiza
dos mas considerados irressecáveis, seja pelo tamanho da lesão, pela localização no fígado ou
pelo grau de função hepática comprometida (cirrose).
Os pacientes com diagnóstico de trombose da veia porta devem ser selecionados com
maior rigor, uma vez que apresentam maior chance de infarto extenso do fígado após o
procedimento.
A extensão da necrose tumoral observada depende do tamanho da lesão. Lesões maiores do que
cinco centímetros de diâmetro, mesmo diminuindo de tamanho, raramente apresentam uma necro
se completa.
Embora não se tenha um limite definido para o uso dessa modalidade terapêutica, alguns auto
res sugerem que tumores maiores do que doze centímetros apresentam um prognóstico signifi
cativamente pior.39
LEMBRAR
A quimioembolização também é utilizada como tratamento neo-adjuvante às ressec
ções e ao transplante hepático, diminuindo a massa tumoral e controlando o cresci
mento da neoplasia no período em que os pacientes aguardam na lista de espera de
doadores.40
• dor abdominal,
• náusea,
• aumento das transaminases, as quais retornam aos níveis normais em, aproximadamente, duas
semanas.
Quimioterapia
A utilização da quimioterapia sistêmica para o tratamento de pacientes com CHC é muito limitada.
Vários protocolos de quimioterapia, estudados através de grandes séries, ofereceram uma sobrevi-
da média de apenas quatorze semanas e sobrevida, em um ano, de apenas 14%.46
No entanto, o resultado da infusão seletiva de fármacos antiblásticos no fígado parece ser inferior
à quimioembolização, uma vez que a última assegura concentrações maiores do fármaco ao nível
do tumor.47
Estudos recentes têm demonstrado que a quimioterapia sistêmica, quando utilizada como trata
mento adjuvante ao transplante hepático, está associada a um baixo índice de recorrência do
tumor no enxerto e a um melhor índice de sobrevida quando comparada aos controles históricos.48
Radioterapia
Mesmo que a radioterapia tenha sido documentada por alguns autores,49 sua eficácia ainda não foi
comprovada nos pacientes portadores de CHC.
Crioterapia
PROACI SEMCAD
necessitando o auxílio da ultra-sonografia transoperatória para a identificação precisa do tumor.
Para considerar efetiva a crioterapia, a área congelada deve atingir uma margem de
tecido normal de, no mínimo, um centímetro.50
Os melhores resultados são encontrados em tumores solitários e menores do que seis centí
metros.50 A maior série, que estudou 87 pacientes com CHC tratados com crioterapia, demonstrou
uma sobrevida em um, três e cinco anos de 60,5%, 32% e 20% respectivamente.51 No entanto, são
necessários estudos controlados para melhor avaliar a segurança e eficácia desse método.
• febre;
• aumento transitório das transaminases;
• atelectasias basais;
• derrame pleural;
• hipoglicemia transitória;
• prejuízo da função renal.
• abscessos subfrênicos;
• biliomas.
Hormonioterapia e imunoterapia
Dessas duas, acredita-se que a mais promissora seja a imunoterapia. Todos os esforços estão
direcionados para a descoberta de um imunomodulador efetivo, que mudaria definitivamente o
curso do tratamento dos CHC inoperáveis e disseminados.52
15. Por que pacientes com diagnóstico de trombose da veia porta apresentam maior
chance de infarto extenso do fígado após o procedimento de quimioembolização?
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
56
16. Complete o quadro a seguir com informações sobre tratamentos não-cirúrgicos de
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
REFERÊNCIAS
1
Lencioni R, Bartolozzi C, Caramella D, Paolicchi A, Carrai M, Maltini G et al. Treatment of small hepatocel
lular carcinoma with percutaneous ethanol injection: analisys of prognostic factors in 105 Western patients.
Cancer. 1995; Nov 15;76(10):1737-46.
2
Venook AP, Warren RS. Current management of hepatocellular carcinoma. GI Cancer 1995;1:15-24.
57
3
Sherlock S, Dooley J. Hepatic tumors in disease of the Liver and Biliary System.1997; Tenth edition. Bla
PROACI SEMCAD
ckwell Science, London UK pg 531-59.
4
Hodgson HJF. Primary hepatocellular carcinoma in surgery of the Liver and Biliary Tract by L.H. Blungart
Second Edition 1994; Churchill Livingstone New York USA, 1341-7.
5
Gonçalves CS, Pereira FE, Gayotto LC. Hepatocellular carcinoma in Brazil: report of a national survey
(Florianopolis,SC,1995). Rev Inst Med Trop Sao Paulo. 1997; May-Jun;39(3):165-70.
6
Livraghi T, Bolondi L, Buscarini L, Cottone M, Mazziotti A, Morabito A et al. No treatment resection and
ethanol injection in hepatocellular carcinoma: a retrospective analysis of survival in 391 patients with cirrho
sis. Italian Cooperative HCC Study Group. J Hepatol. 1995; May;22(5):522-6.
7
Curley AS, Izzo F, Gallipoli A, de Bellis M, Cremona F, Parisi V. Identification and screening of 416 patients
with chronic hepatitis at high risk to develop hepatocellular cancer. Ann Surg. 1995; Sep;222(3):375-80;
discussion 380-3.
8
Sherman M, Peltekian KM, Lee C. Screening for hepatocellular carcinoma in chronic carries of hepatitis B
virus: incidence and precedence of hepatocellular carcinoma in a North America urban population. Hepato
logy. 1995; Aug;22(2):432-8.
9
Zoli M, Magalotti D, Bianchi G, Gueli C, Marchesini G, Pisi E. Efficacy of a surveillance program for early
detection of hepatocellular carcinoma. Cancer. 1996; Sep 1;78(5):977-85.
10
Stillwagon GB, Order SE, Guse C, Leibel SA, Asbell SO, Klein JL et al. Prognostic factor in unresectable
hepatocellular cancer: Radiation Therapy Oncology Group Study 83-01. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1991;
Jan;20(1):65-71.
11
Takayasu K, Furukawa H, Wakao F, Muramatsu Y, Abe H, Terauchi T et al. CT diagnosis of early hepatoce
llular carcinoma: sensitivity, findings, and CT-pathologic correlation. AJR Am J Roentgenol. 1995;
Apr;164(4):885-90.
12
Murakami T, Kim T, Oi H, Nakamura H, Igarashi H, Matsushita M et al. Detectability of hypervascular hepa
tocellular carcinoma by arterial phase images of MR and spiral CT. Acta Radiol. 1995; Jul;36(4):372-6.
13
De Santis M, Romagnoli R, Cristani A, Cioni G, Casolo A, Vici FF et al. MRI of small hepatocellular carcino
ma: comparison with US, CT, DSA, Lipiodol-CT. J Comput Assist Tomogr. 1992; Mar-Apr;16(2):189-97.
14
John TG, Garden OJ. Needle tract seeding of primary and secondary liver carcinoma after percutaneous
liver biopsy. HPB Surg. 1993;6(3):199-203; discussion 203-4. Review.
15
Khakoo SI, Grellier LF, Soni PN, Battacharya S, Dusheiko GM. Etiology,screening and treatment of hepato
cellular carcinoma. Med Clin North Am. 1996; Sep;80(5):1121-45. Review.
16
Liu CL, Fan ST. Nonresection therapies for hepatocellular carcinoma. Am J Surg. 1997; Apr;173(4):358-65.
Review.
17
Bismuth H, Chiche L, Castaing D. Surgical treatment of hepatocellular carcinoma in noncirrhotic liver: expe
rience with 68 liver resections. World J Surg. 1995; Jan-Feb;19(1):35-41.
18
Suenaga M, Nakao A, Harada A, Nonami T, Okada Y, Sugiura H, et al. Hepatic resection for hepatocellular
carcinoma. World J Surg. 1992; Jan-Feb;16(1):97-104; discussion 104-5.
19
Pereira-Lima L, Waechter FL, Sampaio JA. Utilización de las hepatectomias centrales en las cirugías hepa
tobiliares. Prens Méd Argent, 1998;85:463-70.
58
20
Shimada M, Takenaka K, Kawahara N, Kajiyama K, Yamamoto K, Shirabe K et al. Surgical treatment strate
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR
21
Harada T, Matsuo K, Inoue T, Tamesue S, Nakamura H. Is preoperative hepatic arterial chemoembolization
safe and effective for hepatocellular carcinoma? Ann Surg. 1996; Jul;224(1):4-9.
22
Nagasue N, Yukaya H, Ogawa Y, Kohno H, Nakamura T. Human Liver regeneration after major hepatic
resection: a study of normal livers and livers with chronic hepatitis and cirrhosis. Ann Surg. 1987
Jul;206(1):30-9.
23
Jansen PL, Chamuleau RA, van Leeuwen DJ, Schipper HG, Busemann-Sokole E, van der Heyde MN. Liver
regeneration and restoration of liver function after partial hepatectomy in patients with liver tumors. Scand J
Gastroenterol. 1990; Feb;25(2):112-8.
24
MacIntosh EL, Minuk GY. Hepatic resection in patients with cirrhosis and hepatocellular carcinoma. Surg
Gynecol Obstet. 1992; Mar;174(3):245-54. Review.
25
Makuuchi M, Hasegawa H, Yamazaki S. Ultrasonically guided subsegmentectomy. Surg Gynecol Obstet.
1985;Oct;161(4):346-50.
26
Kawasaki S, Makuuchi M, Miyagawa S, Kakazu T, Hayashi K, Kasai H et al. Results of hepatic resection for
hepatocellular carcinoma. World J Surg. 1995; Jan-Feb;19(1):31-4.
27
Iwatsuki S, Gordon RD, Shaw BW Jr, Starzl TE. Role of liver transplantation in cancer therapy. Ann Surg.
1985; Oct;202(4):401-7.
28
Bismuth H, Chiche L, Adam R, Castaing D, Diamond T, Dennison A. Liver resection versus transplantation
for hepatocellular carcinoma in cirrhotic patients. Ann Surg. 1993; Aug;218(2):145-51.
29
Tan KC, Rela M, Ryder SD, Rizzi PM, Karani J, Portmann B et al. Experience of orthotopic liver transplanta
tion and hepatic resection for hepatocellular carcinoma of less than 8 cm in patients with cirrhosis. Br J Surg.
1995; Feb;82(2):253-6.
30
Selby R, Kadry Z, Carr B, Tzakis A, Madariaga JR, Iwatsuki S. Liver transplantation for hepatocellular
carcinoma. World J Surg. 1995; Jan-Feb;19(1):53-8.
31
Mazzaferro V, Regalia E, Doci R, Andreola S, Pulvirenti A, Bozzetti F et al. Liver transplantation for the
treatment of small hepatocellular carcinoma in patients with cirrhosis. N Engl J Med. 1996; Mar 14;334(11):693
9.
32
Goldstein RM, Baker J, Testa G, Jennings LW, Brooks BK, Levy MF et al. Total hepatectomy and liver
transplantation for hepatocellular carcinoma. A single center experience with 72 patients. Presented at the
23rd Annual Meeting of the American Society of Transplant Surgeons. 1997; May 14-16; Chicago, IL, USA.
33
Liu CL, Fan ST. Nonresectional therapies for hepatocellular carcinoma. Am J Surg. 1997 Apr;173(4):358-65.
Review.
34
Ebara M, Kita K, Yoshikawa M, Sugiera N, Fukuda H, Ohto M, Kondo F et al. Therapeutic effect of percuta
neous ethanol injection for patients with small hepatocellular carcinoma. In: Tobe T, Kameda H, Okudaira,
Ohto M, Endo Y, Mito M et al., eds. Primary Liver Cancer in Japan. Tokyo: Springer-Verlag; 1992;291-300.
35
Isobe H, Sakai H, Imari Y, Ikeda M, Shiomichi S, Nawata H. Intratumoral ethanol injection therapy for
solitary minute hepatocellular carcinoma. A study of 37 patients. J Clin Gastroenterol. 1994
Mar;18(2):122-6.
59
36
Castells A, Bruix J, Bru C, Fuster J, Vilana R, Navasa M, et al. Treatment of small hepatocellular carcinoma
PROACI SEMCAD
in cirrhotic patients: a cohort study comparing surgical resection and percutaneous ethanol injection. Hepa
tology. 1993; Nov;18(5):1121-6.
37
Sugiura N, Takara K, Ohto M, Okuda K, Hirooka N. Treatment of small hepatocellular carcinoma by
percutaneous injection of ethanol into tumor with real-time ultrasound monitor. ACTA Hepatol Jpn.
1993;24:920-1.
38
Kasugai H, Kojima J, Tatsuta M, Okuda S, Sasaki Y, Imaoka S et al. Treatment of hepatocellular carcinoma
by transcatheter arterial embolization combined with intra-arterial infusion of a mixture of cisplatin and ethi
odized oil. Gastroenterology. 1989; Oct;97(4):965-71.
39
Ngan H, Lai CL, Fan ST, Lai EC, Yuen WK, Tsowk. Treatment of inoperable hepatocellular carcinoma by
transcatheter arterial chemoembolization using an emulsion of cisplatin in iodized oil end gelfoam. Clin
Radiol. 1993;47:315-20.
40
Yu YQ, Xu DB, Zhou XD, Lu JZ, Tang ZY, Mack P. Experience with liver resection after hepatic arterial
chemoembolization for hepatocellular carcinoma. Cancer. 1993; Jan 1;71(1):62-5.
41
Bismuth H, Morino M, Sherlock D, Castaing D, Miglietta C, Cauquil P et al. Primary treatment of hepatocel
lular carcinoma by arterial chemoembolization. Am J Surg. 1992; Apr;163(4):387-94.
42
Nakamura H, Hashimoto T, Oi H, Sawada S. Transcatheter oily chemoembolization of hepatocellular carci
noma. Radiology. 1989; Mar;170(3 Pt 1):783-6.
43
A comparison of lipiodol chemoembolization and conservative treatment for unresectable hepatocellular
carcinoma. Groupe d’Etude et de traitement du carcinome hepatocellulaire. N Engl J Med. 1995; May
11;332(19):1256-61.
44
Yoshioka H, Sato M, Sonomura T, Terada M, Kishi K, Yoshikawa A. Factors associated with survival exce
eding 5 years after transcatheter arterial embolization for hepatocellular carcinoma. Semin Oncol. 1997;
Apr;24(2 Suppl 6):S6-29-S6-37.
45
Farinati F, Maria N, Marafin C, Herszenyi L, Del Prato S, Rinaldi M et al. Unresectable hepatocellular carci
noma in cirrhosis: survival, prognostic factors, and unexpected side effects of transcatheter chemoemboli
zation. Dig Dis Sci. 1996; Dec;41(12):2332-9.
46
Farmer DG, Rosove MH, Shaked A, Busuttil RW. Current treatment modalities for hepatocellular carcinoma.
Ann Surg. 1994; Mar;219(3):236-47. Review.
47
Patt YZ, Claghorn L, Charnsangavej C, Soski M, Cleary K, Mavligit GM. Hepatocellular carcinoma: A retros
pective analysis of treatments to manage disease confined to the liver. Cancer. 1988; May 1;61(9):1884-8.
Review.
48
Olthoff KM, Rosove MH, Shackleton CR, Imagawa DK, Farmer DG, Northcross P et al. Adjuvant chemothe
rapy improves survival after liver transplantation for hepatocellular carcinoma. Ann Surg. 1995 Jun;221(6):734
41; discussion 731-43. Review. Erratum in: Ann Surg 1996; Nov;224(5):686.
49
Matsuzaki Y, Osuga T, Saito Y, Chuganji Y, Tanaka N, Shoda J et al. A new, effective, and safe therapeutic
option using proton irradiation for hepatocellular carcinoma. Gastroenterology. 1994; Apr;106(4):1032-41.
50
Cuschieri A, Crosthwaite G, Shimi S, Pitrabissa A, Joypaul V, Tair I et al. Hepatic cryotherapy for liver
tumors. Development and clinical evaluation of a high-efficiency insulated multineedle probe system for
open and laparoscopic use. Surg Endosc. 1995; May;9(5):483-9.
60
51
Zhou XD, Yu YQ, Tang ZY, Yang BH, Ma ZC, Lu JZ et al. An 18-year study of cryosurgery in the treatment of
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR
52
Haemmerich D, Chachati L, Wright AS, Mahvi DM, Lee FT Jr, Webster JG. Hepatic radiofrequency ablation
with internally cooled probes: Effect of coolant temperature on lesion size. IEEE Trans Biomed Eng. 2003;
Apr;50(4):493-500.
53
Bismuth H, Castaing D, Garden OJ. Major hepatic resection under total vascular exclusion. Ann Surg. 1989;
Jul;210(1):13-9.
54
Brancatisano R, Isla A, Habib N. Is radical hepatic surgery safe? Am J Surg. 1998; Feb;175(2):161-3.
55
Fong Y, Cohen AM, Fortner JG, Enker WE, Tumbull AD, Coit DG et al. Liver resection for colorectal metas
tases. J Clin Oncol. 1997; Mar;15(3):938-46.
56
Hansen PD, Isla AM, Habib NA. Liver resection using total vascular exclusion, scalpel divion of the paren
chyma, and a simple compression technique for hemostasis and biliary control. J Gastrointest Surg. 1999;
Sep-Oct;3(5):537-42.
57
Nuzzo G, Giuliante F, Giovannini I, Tebala GD, de Cosmo G. Hepatic resections in normothermic ischaemia.
Surgery. 1996; Nov;120(5):852-8.
58
Weber JC, Navarra G, Jiao LR, Nicholls JP, Jensen SL, Habib NA. New technique for liver resection using
heat coagulative necrosis. Ann Surg. 2002 Nov;236(5):560-3.
59
Livraghi T, Solbiati L, Meloni F, Ierace T, Goldberg SN, Gazelle GS. Percutaneous radiofrequency ablation of
liver metastases in potential candidates for resection: the “test-of-time approach”. Cancer. 2003; Jun
15;97(12):3027-35.
60
de Baere T, Risse O, Kuoch V, Dromain C, Sengel C, Smayra T et al. Adverse events during radiofrequency
treatment of 582 hepatic tumors. AJR Am J Roentgenol. 2003; Sep;181(3):695-700.
61
Livraghi T, Goldberg SN, Lazzaroni S, Meloni F, Solbiati L, Gazelle GS. Small hepatocelular carcinoma:
treatment with radiofrequency ablation versus ethanol injection. Radiology. 1999; Mar;210(3):655-61.
62
Solbiati L, Livraghi T, Goldberg SN, Ierace T, Meloni F, Dellanoce M et al. Percutaneous radio-frequency
ablation of hepatic metastases from colorectal cancer: long-term results in 117 patients. Radiology. 2001;
Oct;221(1):159-66.
63
Curley SA, Izzo F, Ellis LM, Nicolas Vauthey J, Vallone P. Radiofrequency ablation of hepatocellular cancer
in 110 patients with cirrhosis. Ann Surg. 2000; Sep;232(3):381-91.
64
Navarra G, Spalding D, Zacharoulis D, Nicholls JP, Kirby S, Costa I, Habib NA. Bloodless hepatectomy
technique. HIPB. 2002;4(2):95-7.
65
Zacharoulis D, Asopa V, Navarra G, Nicholls JP, Jensen SL, Habib NA. Hepatectomy using intraoperative
ultrasound-guided radiofrequency ablation. Int Surg. 2003; Apr-Jun;88(2):80-2.
66
Stella M, Percivale A, Pasqualini M, Profeti A, Gandolfo N, Serafini G et al. Radiofrequency-assisted liver
ressection. J Gastrointest Surg. 2003; Sep-Oct;7(6):797-801.
67
Lupo L, Gallerani A, Aquilino F, Di Palma G, De Fazio M, Guglielmi A et al. Anatomical hepatic resection
using radiofrequency thermoablation in the treatment of primary or secondary liver tumors. Tumori. 2003;
Jul-Aug;89(4 Suppl):105-6. Italian.
Reservados todos os direitos de publicação à
ARTMED/PANAMERICANA EDITORA LTDA.
Avenida Jerônimo de Ornelas, 670 – Bairro Santana
90040-340 – Porto Alegre, RS
Fone (51) 3025-2550. Fax (51) 3025-2555
E-mail: info@semcad.com.br
consultas@semcad.com.br
http://www.semcad.com.br
Diretores acadêmicos:
Guilherme Pinto Bravo Neto
Professor Adjunto do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Diretor de Publicações do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
CDU 616-089.1/.888.81
Diretoria
BIÊNIO 2004/2005
Presidente Tesoureiro-geral
Roberto Saad Jr. Pedro Éder Portari Filho
1º Vice-presidente Tesoureiro-adjunto
Ronaldo Antonio Reis Vianna Salles Savino Gasparini Neto
2º Vice-presidente Diretor de Publicações
Luiz Arnaldo Szutan Guilherme Pinto Bravo Neto
Vice-presidente do Núcleo Central Diretor de Biblioteca e Museu
Dayse Coutinho Valente Ciríaco Cristóvão Tavares Atherino
2º Vice-presidente do Núcleo Central Diretor de Patrimônio e Sede
Fernando César David Silva Flávio Tavares Rothfuchs
Vice-presidente Setor I Diretor de Defesa Profissional
Geraldo Roger Normando Jr. Átila Varela Velho
Vice-presidente Setor II Ex-presidente do exercício 2002/2003
Francisco Ney Lemos José Wazen da Rocha
Vice-presidente Setor III
Jorge Pinho Filho
Vice-presidente Setor IV
Mário Ribeiro Conselho de Seleção
Vice-presidente Setor V
Luiz Alberto Mendonça de Freitas MEMBROS EFETIVOS
www.cbc.org.br
publicacao@cbc.org.br ou cbc@cbc.org.br