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Eunápolis – BA
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Eunápolis - BA
Eunápolis, 22 de Março de 2011.
À Coordenação do SENAI.
Atenciosamente,
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Glauber Paiva Santos
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FICHA DE CADASTRO
01 – NOME:
Glauber Paiva Santos.
02 – ENDEREÇO:
Rua Jacarandá, 23, Pequi – Eunápolis - Bahia.
03 – TELEFONE:
73-8138-8839
05 – ENDEREÇO DA INSTITUIÇÃO:
Rodovia BA 275, km 24, fazenda Brasilândia, Eunápolis - BA
06 – NOME DO DIRETOR:
Antonio Sergio Alípio
07 – INÍCIO DO ESTÁGIO:
22 de Dezembro de 2010.
08 – TÉRMINO DO ESTÁGIO:
22 de Março de 2011.
09 – NOME DO SUPERVISOR:
Estanislau Victor Zutautas
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AGRADECIMENTOS
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“Andei léguas de sombra
Dentro em meu pensamento.
Floresceu às avessas
Meu ócio com sem-nexo,
E apagaram-se as lâmpadas
Na alcova cambaleante.
Tudo prestes se volve
Um deserto macio
Visto pelo meu tato
Dos veludos da alcova,
Não pela minha vista.
Há um oásis no Incerto
E, como uma suspeita
De luz por não-há-frinchas,
Passa uma caravana.
Esquece-me de súbito
Como é o espaço, e o tempo
Em vez de horizontal
É vertical. A alcova
Desce não se por onde
Até não me encontrar.
Ascende um leve fumo
Das minhas sensações.
Deixo de me incluir
Dentro de mim. Não há
Cá-dentro nem lá-fora.
A noção de mover-me
Esqueceu-se do meu nome.
Na alma meu corpo pesa-me.
Sinto-me um reposteiro
Pendurado na sala
Onde jaz alguém morto.
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Fernando Pessoa
RESUMO
ABSTRACT
This report is the result of the internship took place from 22 December
2010 to 22 March 2011, the company Celulose S. A., drafted with the intention
of presenting a little of what we know and learn in this period. The stage with
total workload of 480 hours, was divided and organized into three stages, which
describe throughout the report, they are: the integration step, rotation and
webtraining areas and the third stage was the regime shift.
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INTRODUÇÃO
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quanto nas horas difíceis, ou seja, acreditamos que essa convivência é uma
das coisas mais interessantes de todo o curso.
Em acordo com a Ângela (analista de recursos humano e responsável
pelo grupo de estagiários), escolhemos a Recuperação e Utilidades, onde
particularmente, tive maior interesse na área de Caldeira de Força e Desmi.
Área na qual estive na terceira etapa, o regime de turno.
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ETAPA DE INTEGRAÇÃO
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acidente e a conhecemos a sua importância para a segurança na fábrica, e por
fim, para fechar com chave de ouro esta primeira etapa tivemos um
treinamento de combate e prevenção a incêndios, chegando a manipular
alguns extintores e apagar alguns pequenos incêndios controlados.
No dia 28/12/2010 iniciamos o estágio visitando o Núcleo Florestal
da Veracel. Situado no município de Eunápolis as margens da BR 101, o
núcleo produz mudas para a silvicultura de eucalipto, além disso são feitas
pesquisas com novos clones. Após o almoço participamos de uma visita a
fábrica, foi feita uma apresentação simplificada de algumas áreas da empresa,
como: Pátio de madeira, digestor, branqueamento, entre outros.
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RODÍZIO ENTRE AS ÁREAS
REGIME DE TURNO
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Dentre os setores da fabrica que disponíveis para estagio, escolhi o
setor da recuperação e utilidades, no qual a área que tive maior afinidade foi a
caldeira de força e a “desmi”. Durante o regime de turno acompanhei o
operador de área, chamado Ayelson, em todas as suas atividades nesta área
especifica, acompanhando a letra C do turno. Com muita paciência, o operador
de área Ayelson, me mostrou dia a dia, a sua rotina, alem de explicar a função
de cada equipamento da caldeira de força e “desmi”, como ele era operador do
turbo gerador, “tampando um buraco” na caldeira de força, também deixou
claro muitas coisas sobre o turbo gerador, me ajudou principalmente a
entender a ligação entre as áreas da recuparaçao e utilidades. Começou
mostrando as linhas de vapor vindas das caldeiras de força e recuperação ate
o prédio do turbo gerador, me mostrou todos os equipamentos e as válvulas de
segurança e a governadora. Explicou o funcionamento da turbina à vapor, e
que ela converte a energia térmica no vapor de alta pressão em energia
mecânica de rotação. A turbina é diretamente acoplada ao gerador, no qual a
energia mecânica é convertida em energia elétrica. Na parte inferior da turbina
ele mostrou as seis conexões de extração de vapor, por essas extrações saem
vapor para o soprador de fuligem, o vapor de média e baixa pressão para todas
as áreas da fábrica. Ao lado das extrações mostrou também o sistema de óleo
que fornece óleo de lubrificação e de controle para a turbina e o gerador. O
óleo lubrifica os mancais da turbina e do gerador, a fim de evitar contato de
metal com metal entre os rotores e os mancais. Também me mostrou cada um
dos compressores, onde o sistema de ar comprimido filtra, comprime e seca o
ar distribuindo para instrumentos e ar de manutenção para toda a fábrica de
maneira uniforme.
Já caldeira de força, nos primeiros dias, fizemos um reconhecimento de
todos os equipamentos e os e os princípios de funcionamento dos mesmos.
Depois de conhecer todos os equipamentos, Ayelson me propôs que fizesse
um estudo aprofundado, juntando as informações que ele havia me passado
com o conhecimento prévio que eu havia adquirido no Webtrening. Segue no
próximo parágrafo parte deste estudo, o qual me ajudou a fixar as muitas
informações que obtive.
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A caldeira de força foi projetada para a VERACEL CELULOSE S.A. Os
principais combustíveis da caldeira são combustíveis sólidos de madeira a
seguir: Cavacos de eucalipto, casca de eucalipto e finos do processo de
peneiramento realizado no manuseio de madeira. O óleo combustível pesado
será usado na partida e como combustível auxiliar. Ela é equipada com um
queimador de partida e dois queimadores de carga. Para garantir o limite de
emissão de partículas na chaminé, a caldeira é equipada com um precipitador
eletrostático, no qual, compreende uma câmara com três campos elétricos. A
cinza vinda dos funis dos segundo e terceiro passos é transferida para o
transportador de cinzas de fundo e a cinza vinda do precipitador eletrostático é
transferida pneumaticamente para o silo de cinzas.
Para encontrar os limites de emissão de gás de combustão a caldeira é
equipada com um sistema de ar para juste de emissão de Nox. O sistema de ar
reduz a temperatura de combustão e reduz óxidos do nitrogênio (NOx).
O material grosseiro do fundo da fornalha é removido por cinzeiros e
calhas de diversas partes da grelha e é transportado para um container
localizado abaixo do duto gás de combustão.
A mistura de combustível sólido é estocada dentro do silo de
combustível localizado no lado frontal da caldeira. Os combustíveis devem ser
misturados homogeneamente antes de entrarem no silo. O silo de combustível
é equipado com um braço de arraste e alimentadores de rosca a qual
descarrega o combustível para as calhas de combustível. A alimentação de
combustível está localizada sobre a parede frontal da fornalha (alimentação de
combustível sobre o leito).
O ar de combustão para a fornalha é dividido em ar primário (ar de
fluidização), ar secundário e terciário (superior) e ar de queima de óleo. Isso é
feito para criar ótimas condições para a combustão e para obter temperaturas
de combustão baixas suficientes que minimizem as emissões de NOx. Os
sistemas de ar primário e secundário possuem ventiladores de tiragem forçada
(ar de combustão), dutos, dispositivo(s) de medição de fluxo de ar e bocais. O
ar é aquecido com gás de combustão no aquecedor de ar/gás. O ar de
combustão para os queimadores é coletado do sistema de ar superior após ter
sido aquecido no aquecedor de ar / gás de combustão.
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A finalidade do sistema de alimentação de água é aquecer e estocar a
quantidade de água de alimentação necessária para a caldeira, e transferir a
água de alimentação para a caldeira quando a mesma está em operação.
A finalidade do sistema de condensado é coletar o condensado vindo
dos pré-aquecedores de ar tipo serpentina de vapor e retornar o mesmo para o
sistema de retorno de condensado que será novamente usado como água de
alimentação.
A finalidade dos equipamentos de circulação de água da caldeira é:
aquecer e vaporizar água sobre as superfícies aquecidas da caldeira na
capacidade requerida. Operar na circulação água-vapor da caldeira como um
separador entre a geração de vapor e o super-aquecedor (balão) e recuperar o
calor residual do gás de combustão no economizador.
A finalidade do economizador é recuperar a energia térmica do gás de
combustão. O principio da operação é o contrafluxo. O economizador é
instalado no terceiro passo. O economizador é fabricado de tubos lisos.
Água de alimentação vinda da válvula de controle de alimentação de
água é alimentada dentro do economizador. A água flui para cima, isto é,
contrafluxo para o gás de queima, através do economizador.
Do economizador, a água de alimentação é enviada para o balão da
caldeira. O tamanho da fornalha é determinado pelos combustíveis de projeto e
a eficiência de vaporização requerida. O calor liberado na fornalha é
efetivamente transferido por meio de transferência de calor por radiação para a
parede de tubos da caldeira.
Usa-se uma quantidade suficiente de tubos de circulação e tubos de
coleta superiores para garantir a circulação de água na região de geração de
vapor (paredes da fornalha) A águas é circulada pelas secções de geração de
vapor pelo princípio de circulação natural.
Dos downcomers (2 peças) soldados no fundo do balão, a água é
introduzida no nível das seções mais baixas do segundo passo e a fornalha.
Entre os downcomers há um coletor cruzado para a distribuição de água para
as paredes do segundo passo. Os tubos da parede do segundo passo formam
uma parte da assim chamada seção de geração. Os tubos da circulação baixa
vindos da parte baixa dos downcomers alimentam a água para os coletores de
distribuição nas paredes da fornalha.
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Os tubos da parede da fornalha formam uma parte da assim chamada
seção de geração. O fundo da fornalha forma uma grelha de combustão
fluidizada a qual, também e totalmente refrigerada com água (excluindo as
calhas sob as vigas) e opera como parte do circuito de geração de vapor.
Dos coletores de cada seção da parede a mistura água/vapor é
retornada para o balão pelos tubos de circulação superiores.
A fornalha é equipada com bocais de inspeção para monitorar os
queimadores, grelha e a fornalha. Para manutenção e reparos da fornalha e as
superfícies de transferência de calor a caldeira é equipada com portas de
acesso firmemente fechadas.
A finalidade da seção do super-aquecedor é de gerar uma temperatura
do vapor de 490°C após os super-aquecedores. O super-aquecedor é dividido
em três estágios. O primeiro e o terceiro estágios são super-aquecedores do
tipo convectivo e o segundo estágio é um super-aquecedor do tipo radiante. Do
balão o vapor saturado flui através de tubos conectados para o coletor de
distribuição do super-aquecedor primário. A seção do super-aquecedor
primário está localizada no segundo passo. O fluxo de vapor nos tubos do
super-aquecedor primário flui contrafluxo com o gás de combustão. O vapor
vindo do coletor do super-aquecedor primário é introduzido ao primeiro estágio
do desuperaquecedor. A finalidade do desuperaquecedor é manter constante a
temperatura do vapor após a caldeira. A água de pulverização é retirada da
linha de água de alimentação antes do economizador ou utiliza condensado
proveniente do condensador dolezal. O desuperaquecedor de vapor é
chamado de desuperaquecedor pulverizador, onde a água é injetada no vapor.
O desuperaquecedor pulverizador consiste de uma câmara de pulverização,
um bico pulverizador e um tubo venturi interno. O super-aquecedor secundário
vertical está localizado na parte superior da fornalha. Ele é do tipo de super-
aquecedor radiante que opera sob o princípio de fluxo paralelo. O vapor do
coletor do super-aquecedor secundário é introduzido no coletor distribuidor do
super-aquecedor terciário após passar através do segundo estágio do
desuperaquecedor. A seção do super-aquecedor terciário está localizada atrás
do arco do nariz entre a fornalha e o segundo passo antes do super-aquecedor
A finalidade do sistema de gás de combustão é enviar os gases da
caldeira para a chaminé, passando pelo precipitador eletrostático para
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eliminação das partículas, e para purgar a caldeira antes de começar a
combustão.
A finalidade do ventilador dos gases de combustão é enviar os gases da
caldeira ao precipitador eletrostático, o qual retira a poeira originada na
combustão dos resíduos sólidos de madeira.
Com a maior facilidade de acesso a “desmi” tivemos um contato maior
nesta área. Aprendemos que a função do sistema de água desmineralizada é
produzir água desmineralizada para ser usada nas caldeiras. A água, vindo do
sistema de tratamento de água bruta, é tratada primeiro usando os filtros de
areia, mediazur, filtros de membrana, membranas (RO) de osmose reversa e
leito misto de resinas. O processo de tratamento de água começa pelos filtros
de areia que removem os sólidos grosseiros, vindo do fluxo de água da planta
de tratamento de água bruta. Os filtros de areia contêm areia de diferentes
asperezas, a fim de remover partículas de diferentes tamanhos. Cloreto férrico
não estava sendo injetado na entrada do filtro de areia, para auxiliar na
formação de flocos e melhorar a filtração.
Saindo dos filtros de areia passam pelo mediazur que são filtros de
multicamadas, que contêm areia e antracito. Esse filtro retira partículas de
menor tamanho que passaram pelos filtros de areia. Em seguida a água recebe
uma dosagem de metabissulfito de sódio (NaSO3) a fim de remover o cloro da
água. Em seguida a água vai para bomba do filtro de cartucho com a finalidade
de manter a pressão ideal para a água permear pelos filtros de cartucho. Esses
filtros removem sólidos contidos na água, antes de serem levados para o banco
de osmose reversa.
Nesses filtros acompanhei as lavagem química dos elementos filtrantes,
e a troca desses elementos, varias vezes fiz a conferência da pressão
diferencial para verificar a eficiência dos filtros e a abertura dos filtros para
verificar as condições dos elementos filtrantes. Ao sair dos filtros de cartucho
seguem para as bombas pressurizadoras da RO com a finalidade de manter a
vazão nos bancos da Osmose Reversa. Os bancos da osmose reversa
removem os minerais da água, que flui para os leitos mistos. A água, que
passa pelas membranas, apresenta um teor mineral reduzido, chamado
permeado. A água que não passa pela membrana apresenta um teor mineral
maior, chamado concentrado.
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