Sie sind auf Seite 1von 4

MAP2110 Modelagem e Matemática

1o Semestre de 2007
Notas de Aula 4 - INCOMPLETO - 10/06/2007

1 Espaço Vetorial
Definição 1 Seja K = R ou C
Um conjunto V munido de uma adição e uma multiplicação por escalar:

+: V ×V → V e K×V → V
(~u, ~v ) → ~u + ~v (λ, ~v ) → λ~v
satisfazendo as propriedades
i. ~u + ~v = ~v + ~u, ∀~u, ~v ∈ V ,
ii. (~u + ~v ) + w ~ ∀~u, ~v , w
~ = ~u + (~v + w), ~ ∈V,
iii. Existe ~e ∈ V tal que ~e + ~v = ~v + ~e = ~v , ∀~v ∈ V ,
iv. Para cada ~v ∈ V existe ~op~v ∈ V tal que ~v + ~op~v = ~op~v + v = ~e,
v. α(~u + ~v ) = α~u + α~v , ∀α ∈ V, ∀~u, ~v ∈ V ,
vi. (α + β)~v = α~v + β~v , ∀α, β ∈ V, ∀~v ∈ V ,
vii. α(β~v ) = (αβ)~v , ∀α, β ∈ V, ∀~v ∈ V ,
viii. 1~v = ~v , ∀~v ∈ V ,
é chamado um espaço vetorial sobre K.
Os elementos de V são chamados vetores; o elemento ~e do item iii é chamado
vetor nulo, e usualmente denotado por O;~ o elemento ~op~v do iem iv é chamado
oposto de ~v e é ususlmente denotado por −~v .

Observação 1 Nas Notas de Aula 2 vocês já foram apresentados a alguns


espaços vetoriais. Abaixo estão alguns exercı́cios que apresentam mais exemplos
de espaços vetoriais.

Exercı́cio 1 Mostre que Rn com a adição e a multiplicação por escalar dadas


abaixo é um espaço vetorial sobre R:
Para x = (x1 , x2 , . . . , xn ), y = (y1 , y2 , . . . , yn ) ∈ Rn , λ ∈ R
x + y := (x1 + y1 , x2 + y2 , . . . , xn + yn ),
λx := (λx1 , λx2 , . . . , λxn )

Exercı́cio 2 Mostre que Cn com a adição e a multiplicação por escalar dadas


abaixo é um espaço vetorial sobre C:
Para x = (x1 , x2 , . . . , xn ), y = (y1 , y2 , . . . , yn ) ∈ Cn , λ ∈ C
x + y := (x1 + y1 , x2 + y2 , . . . , xn + yn ),
λx := (λx1 , λx2 , . . . , λxn )

1
Exercı́cio 3 Mostre que o conjunto Pn (R) dos polinômios de grau ≤ n com
coeficientes reais, com a adição e a multiplicação por escalar dadas abaixo, é
um espaço vetorial sobre R:
Para p, q ∈ Pn (R)dadospor
p(x) = a0 + a1 x + · · · + an xn e q(x) = b0 + b1 x + · · · + bn xn e λ ∈ R
p + q é definido por (p + q)(x) := (a0 + b0 ) + (a1 + b1 )x + · · · + (an + bn )xn ,
λp é definido por (λp)(x) := (λa0 ) + (λa1 )x + · · · + (λan )xn

Exercı́cio 4 Mostre que o conjunto Mm×n (R) das matrizes m × n com en-
tradas reais, com a adição e a multiplicação por escalar dadas abaixo, é um
espaço vetorial sobre R:
Para A = [aij ], B = [bij ] ∈ Mm×n (R)
A + B = [aij ] + [bij ] := [aij + bij ]
λA = λ[aij ] := [λaij ]

Exercı́cio 5 Mostre que o conjunto C([0, 1]) das funções contı́nuas definidas em
[0, 1] a valores em R com a adição e a multiplicação por escalar usuais dadas
abaixo, é um espaço vetorial sobre R:
Para f, g ∈ C([0, 1]) e λ ∈ R
f + g é a função definida por (f + g)(x) := f (x) + g(x), ∀x ∈ [0, 1]
λf é a função definida por (λf )(x) := λf (x), ∀x ∈ [0, 1]

Exercı́cio 6 Mostre que se U e V são espaços vetoriais sobre K então W =


U × V com a adição e a multiplicação por escalar definidas abaixo é também
um espaço vetorial sobre K.
Para w1 = (u1 , v1 ), w2 = (u2 , v2 ) ∈ U × V, e λ ∈ K definimos
w1 + w2 = (u1 , v1 ) + (u2 , v2 ) := (u1 + u2 , v1 + v2 )
λw1 = λ(u1 , v1 ) := (λu1 , λv1 )
Observe que a primeira igualdade em cada uma das duas últimas linhas é
notação. Note ainda que aparecem três adições e três multiplicações por es-
calar diferentes: uma em U × V , que está sendo definida, uma existente em U ,
devido ao fato de U ser espaço vetorial, uma existente em V , devido ao fato de
V ser espaço vetorial.
~ ⊂V.
Exercı́cio 7 Seja V um espaço vetorial. Seja U = {O}
Mostre que U com a adição e a multiplicação por escalar herdadas de V é
um espaço vetorrial.

Definição 2 Um subconjunto U de um espaço vetorial V é dito um subespaço


vetorial de V se U com a adição e a multiplicação por escalar herdadas de V
torna-se um espaço vetorial.

Exercı́cio 8 Prove o seguinte teorema:


Teorema: Um subconjunto S ⊂ V não vazio é um subespaço vetorial de V se,
e somente se, é fechado para a adição (isto é, ~u +~v ∈ S, ∀~u, ~v ∈ S), e é fechado
para a multiplicação por escalar (isto é, λ~u ∈ S, ∀~u ∈ S, ∀λ ∈ R).

Definição 3 Seja V um espaço vetorial.

2
i. Um subconjunto {v1 , v2 , . . . , vn } ⊂ V é dito linearmente independente se a
única solução a1 , a2 , . . . , an ∈ K da equação
~
a1 v1 + a2 v2 + · · · + an vn = O
é a solução trivial a1 = a2 = · · · = an = 0.

ii. Seja Λ um conjunto não vazio.


Um subconjunto A = {vλ |λ ∈ Λ} ⊂ V é dito linearmente independente se
cada subconjunto finito não vazio de A é linearmente independente, isto
é, se para quaisquer λ1 , . . . , λn ∈ Λ, a única solução a1 , a2 , . . . , an ∈ K da
equação
a1 vλ1 + a2 vλ2 + · · · + an vλn = O ~
é a solução trivial a1 = a2 = · · · = an = 0.

Exercı́cio 9 Seja V um espaço vetorial.


Seja U = {u1 , . . . , uk } ⊂ V um subconjunto linearmente independente.
Mostre que qualquer subconjunto de U não vazio é também linearmente
independente.

Definição 4 Seja V um espaço vetorial.

i. Um subconjunto {v1 , v2 , . . . , vn } ⊂ V é dito gerador de V se para cada


v ∈ V existem a1 , a2 , . . . , an ∈ K tais que
v = a1 v1 + a2 v2 + · · · + an vn .
ii. Seja Λ um conjunto não vazio.
Um subconjunto A = {vλ |λ ∈ Λ} ⊂ V é dito gerador de V se para
cada v ∈ V existe um subconjunto finito não vazio {vλ1 , . . . , vλm } de V e
existem a1 , a2 , . . . , am ∈ K tais que
v = a1 vλ1 + a2 vλ2 + · · · + am vλm .

~
Definição 5 Seja V um espaço vetorial, V 6= {O}.
Um subconjunto B de V é dito uma base de V se é gerador de V e é linear-
mente independente.

Exercı́cio 10 Seja V = R4 .
Seja C = {e1 , e2 , e3 , e4 } ⊂ R4 onde e1 = (1, 0, 0, 0), e2 = (0, 1, 0, 0), e3 =
(0, 0, 1, 0) e e4 = (0, 0, 0, 1).

(a) Mostre que C é linearmente independente.


(b) Mostre que C é gerador de V = R4 .
(c) Conclua que C é uma base de V = R4 .

Exercı́cio 11 Seja V = R4 .
Seja C = {v1 , v2 , v3 , v4 } ⊂ R4 onde v1 = (1, 2, 3, 4), v2 = (0, 1, 2, 3), v3 =
(0, 0, 1, 2) e v4 = (0, 0, 0, 1).

3
(a) Mostre que C é linearmente independente.
(b) Mostre que C é gerador de V = R4 .
(c) Conclua que C é uma base de V = R4 .

Proposição 1 Seja V um espaço vetorial e {v1 , . . . , vn } ⊂ V .


São equivalentes:

i. {v1 , . . . , vn } é uma base de V .


ii. {v1 , . . . , vn } é maximal linearmente independente.

iii. {v1 , . . . , vn } é minimal gerador de V .

Proposição 2 Seja V um espaço vetorial e sejam B = {v1 , . . . , vn } ⊂ V e


C = {w1 , . . . , wm } ⊂ V duas bases de V .
Então m = n.

Definição 6 Seja V um espaço vetorial.


~ dizemos que V tem dimensão zero e escrevemos dim V = 0.
Se V = {O}
Se V tem uma base finita {v1 , . . . , vn } dizemos que V tem dimensão n e
escrevemos dim V = n.
~ e V não tem base finita dizemos que V tem dimensão infinita
Se V 6= {O}
e escrevemos dim V = ∞.

Exercı́cio 12 Ache duas bases diferentes de V = M2×3 (R). Justifique.

Exercı́cio 13 Ache duas bases diferentes de V = P4 (R). Justifique.

Exercı́cio 14 Ache duas bases diferentes de V = C4 como espaço vetorial


sobre C. Justifique.

Exercı́cio 15 Ache duas bases diferentes de V = P(R) = espaço vetorial dos


polinômios a coeficientes reais. Justifique.
~ tem uma base.
Teorema 1 Todo espaço vetorial V 6= {O}

Observação 2 Não provaremos este teorema nesta disciplina, mas o usaremos


sempre que necessário.

Exercı́cio 16 Tente achar uma base de V = C([0, 1]).

2 Espaços Vetoriais Euclidianos

Das könnte Ihnen auch gefallen