Formas Farmacêuticas Líquidas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIENCIAS DA SAÚDE Dispersão de pequenas gotículas de um
CURSO DE FARMACIA líquido em um outro líquido, com o qual seja
imiscível. Este sistema é estabilizado pela
presença de um tensoativo.
Tecnologia de Formas Farmacêuticas
Líquidas: Emulsões
São sistemas bifásicos no qual um líquido
está disperso noutro líquido na forma de
Processos de obtenção e mecanismos envolvidos nas operações
farmacêuticas pequenas gotículas (USP).

USOS E TIPOS VANTAGENS

• Oral • Permite obter uma diluição conveniente de um óleo

– Aceitação
• Óleo em água num líquido não miscível;

• Tópico • Água em óleo • Permite melhorar a aceitação de produtos lipídicos

administrados por via oral;
– Atraentes
• Na dermatologia, permite obter formulação racional de
caráter não gorduroso;
• Aumentam a adsorção de alguns princípios ativos em
Fatores determinantes:
nível de tubo digestivo ( pequenas gotículas);
1. Emulsionantes;
2. Proporção das fases; • Administração endovenosa de nutrientes lipídicos.
3. Ordem da mistura.

PROPRIEDADES DESEJADAS COMPONENTES DE UMA EMULSÃO

• Gotículas de tamanho reduzido; • FASE AQUAOSA OU HIDRÓFILA: Fármacos,

1. Mecanica de cisalhamento; conservantes, corantes, edulcorantes e
2. Tecnicas – inversão de fases; aromatizantes;
3. Agente emulsionantes

• Lenta agregação das partículas e cremagem do • FASE OLEOSA OU LIPÓFILA: Óleos, essências,
produto; resinas, ceras, gorduras e substâncias lipossolúveis
como vitaminas;
1. Lei de Stokes V= d² (ρ1 - ρ2) g
18η • AGENTES EMULSIVOS OU TENSOATIVOS
• Fácil redispersão quando agitadas;

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Emulsificação
• Pode ser obtida quando se aplica energia
ao sistema, para formar pequenas
gotículas e criar uma barreira física e/ou
eletrostática em torno delas, prevenindo a
sua coalescencia.
Agentes emulsionantes
PROPRIEDADES DOS AGENTES EMULSIVOS

Deve ser compatível com os outros componentes
da fórmula;

Deve ser estável;

Não deve ser tóxico;

Ter capacidade de promover a emulsificação e
manter a estabilidade durante toda a vida de
prateleira do produto;

Não deve possuir ação medicamentosa;

Não deve conferir sabor desagradável quando se
tratar de uma emulsão oral.
ESTABILIDADE DAS EMULSÕES

Estabilidade física do sistema;

Estabilidade química dos componentes;

Estabilidade microbiológica
AGENTES EMULSIVOS (TENSOATIVOS)

Tensoativos → ↓ tensão interfacial (reduzindo a
força repelente entre os líquidos) e diminuem a
atração de cada líquido com suas moléculas, além
de promoverem a sua estabilização;

O tensoativo estará preferencialmente solúvel em
uma das fases e será mais profundamente aderido
numa fase do que na outra;

A fase que o tensoativo for mais solúvel será
geralmente a fase externa da emulsão;

O agente tensoativo circunda as gotículas da fase
interna como uma fina película adsorvente a sua
superfície.
Principais agentes emulsionantes
• Polimeros solúveis em égua
– Ágar, pectina, gomas, CMC, HEC, Pol. vinílicos
• Detergentes e sabões anionicos
– LSS e Ác. Graxos comuns (láurico, esteárico...).
• Tesoativos cationicos
– Amonio quaternários(benzetonio, cetilpiridínio...)
• Sólidos finamente divididos
– Argilas coloidais e hidróxidos metálicos.
• Tensoativos não-ionicos naturais
– Alcoois graxos e colesterol.
• Tensoativos não-ionicos sintéticos
– São ésteres complexos ou étere-ésteres (spans, myrjs, tweens)
ESTABILIDADE DAS EMULSÕES
FATORES DETERMINANTES NA ESTABILIDADE

Poder emulsificante do agente tensoativo;

Condições de preparação: Ordem de adição dos
constituintes, temperatura do sistema, duração e
velocidade de agitação empregada no sistema.

Agente antimicrobiano.
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FENÔMENOS QUE CONTRIBUEM PARA A FENÔMENOS QUE CONTRIBUEM PARA A

INSTABILIDADE DE UMA EMULSÃO INSTABILIDADE DE UMA EMULSÃO

CREMAGEM:
COALESCENCIA:

 Associação das vesículas dispersas migrando para a parte
superior ou inferior da emulsão;
 Pode ou não conduzir a coalescência;
 Isto ocorre quando há uma diminuição entre as forças de
repulsão entre as gotículas;
 Processo reversível;
 Perda de aspecto homogêneo e possibilidade de doses
sub-terapêuticas.
 É a fusão das gotículas em gotas maiores até a separação
total e definitiva das fases, de modo que a preparação não
pode ser reemulsionada pela simples agitação do produto.
Na coalescencia, a barreira formada pelo(s)
agente(s) emulsionante(s) é quebrada ou
destruída

FENÔMENOS QUE CONTRIBUEM PARA A

INSTABILIDADE DE UMA EMULSÃO
COALESCÊNCIA E SEPARAÇÃO DE FASES:

COALESCÊNCIA E SEPARAÇÃO DE FASES:

 Fenômeno caracterizado pelo surgimento de vesículas

dispersas de maior diâmetro que as de origem;
 Processo irreversível;
 Conduz a separação das
duas fases e formação de
duas camadas distintas.

INVERSÃO DE FASES: ETAPAS DE PREPARAÇÃO

 Transformação de uma emulsão A/O em O/A e vice-versa;
 Isso pode ocorrer quando a fração volúmica da fase
dispersa é próxima da fase dispersante.
Escolha do tensoativo ( EHL adequado);
Incorporação de adjuvantes nas fases oleosas e
aquosas;

Incorporação das fases oleosa e aquosa(controle

da temperatura);

Homogeneização (Ex: moinho coloidal);

Esquema de inversão de fases de uma emulsão A/O em O/A

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Valores de EHL requeridos para algumas

Escolha do tensoativo ( EHL adequado); matérias-primas

Tensoativo EHL Componente a/o o/a

Span 85 1,8 Ácido láurico - 15-16
Span 65 2,1 Ácido oléico - 17
Monoestearato de glicerila 3,8 Ácido esteárico 6 15
Span 60 4,7 Álcool cetílico - 15
Span 20 8,6 Alcool laurílico - 14
Tween 85 11 Lanolina anidra 8 10
Tween 60 14,9 Óleo mineral 5 12
Myrj 49 15 Óleo de oliva 6 14
Tween 20 16,7 Cera de abelha 4 12

ADJUVANTES FUNÇÃO EXEMPLOS

Formação do veículo
Alcool cetoestearílico,
FASE OLEOSA Oleos/ceras (sintetico ou Óleo de coco babassu
naturais)

Agua, propilenoglicol
FASE AQUOSA Formação do veículo

ANTIOXIDANTE Evitar oxidação BHT, BHA

Evitar crescimento de Hidroxibenzoatos de

CONSERVANTES
microorganismos alquilo
Reduz a tensão
TENSOATIVO Tweens, Spans
interfacial
(EMULSIFICANTE) Gomas, LSS

Sacarina, vermelho
CORRETOR DE ponceaux, essencia de
Adoçante, corante,
PROPRIEDADES laranja
aromatizante
ORGANOLÉPTICAS

PROCESSOS DE TRATAMENTO DE ÁGUA

PROCESSOS DE TRATAMENTO DE ÁGUA
OSMOSE REVERSA

Tanque de Água purificada

Analisadores
“on line” para
TOC

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PROCESSOS DE EMULSIFICAÇÃO
Emulsificadores
Emulsificadores

Turbo-mixer

Emulsificador de 3 fases

Emulsificadores Emulsificador

Emulsificador de 3 fases

Moinho coloidal

Sala de Preparação
e estocagem de
produtos

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LINHA AUTOMÁTICA DE ENVASE DE LÍQUIDOS

Homogeinizador
instalado no fundo
do tanque
Linha de embalagem de líquidos Paletizador

Alimentador Encartuchadeira
Enchedora e de tampas
Tampadora

Encaixotadora
Desembaladora
Rotuladeira

Sopradora

Despaletizador

CONTROLE DE QUALIDADE CONTROLE DE QUALIDADE

• Aspecto: ((cor, odor, sabor, limpidez)

pH Teor

Densidade Viscosidade
Viscosímetro
Volume médio Análise microbiológica
- Contagem de microrganismos
Separação de fases viáveis totais;
Centrifugação phmetro - Pesquisa e identificação de
patógenos

Anal. Microbiológica.