Sie sind auf Seite 1von 15

FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

1. ÍNDICE

Pg.
1. INDICE 2

2. OBJECTIVOS 3

3. INTRODUÇÃO TEÓRICA 4

3.1. Comportamento Térmico 4

3.2. Comportamento Higrotérmico 5

4. DESCRIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ELEMENTO CONSTRUTIVO 9

4.1. Pormenor 9

4.2. Especificação das camadas 9

4.3. Propriedades 10

5. SIMULAÇÕES 11

6. ANÁLISE DOS RESULTADOS 13

7. CONCLUSÕES 14

7.1. Dificuldades na realização do trabalho 14

8. BIBLIOGRAFIA 15

9. ANEXOS 16

2/16
FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

2. OBJECTIVOS

Refere-se o presente estudo à análise do comportamento higrotérmico de um elemento de


construção.

A ocorrência de condensações internas nos elementos de construção é um problema


crescente com o aumento de complexidade verificada nos métodos construtivos actuais e
pode provocar redução da durabilidade dos materiais, desconforto para os utilizadores,
danos provisórios ou mesmo permanentes no edifício reduzindo a sua habitabilidade,
funcionalidade e estética.

Neste trabalho, pretende-se então avaliar e analisar a probabilidade de ocorrência de


condensações internas e da sua evaporação numa parede dupla. Para tal, foram efectuadas
simulações com dois programas de cálculo automático: o programa de cálculo Condensa
13788 e o Condensa 2000. O Condensa 13788 foi desenvolvido tendo em vista a avaliação da
probabilidade de ocorrência de condensações internas e da sua evaporação em elementos
de construção seguindo o método de cálculo preconizado pela norma EN13788.

Deste modo, foi necessário determinar as características dos materiais que constituem as
diversas camadas do elemento em estudo, nomeadamente a condutibilidade térmica e
permeabilidade ao vapor de água. O trabalho desenvolve-se então pela constituição e
observação de diversas simulações envolvendo diferentes cenários e assim determinar qual
o comportamento do elemento face à variação de algumas das suas características e/ou
algumas características a que estão sujeitos.

3/16
FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

3. INTRODUÇÃO TEÓRICA

3.1. Comportamento térmico

1) Transmissão de calor através da envolvente dos edifícios

Sempre que se estabelece uma diferença de temperatura, dá-se uma transferência de energia
sob a forma de calor, no sentido da temperatura mais elevada para a mais baixa.
Correntemente, admitem-se três processos distintos de transmissão de calor, que podem
ocorrer em simultâneo:
 Condução: Forma típica de transmissão de calor nos corpos sólidos, que ocorre em
virtude da diferença de temperatura entre dois pontos do corpo.
 Convecção: Forma corrente de transmissão de calor no interior de um fluido, ou entre
este e uma superfície sólida, e que ocorre devido ao movimento do fluido (como é o
caso do ar).
 Radiação: Todos os corpos emitem e recebem radiação, sendo a quantidade de energia
emitida função da sua temperatura absoluta e do estado da sua superfície. Ao contrário
dos restantes mecanismos, a transmissão de calor por radiação não necessita de
qualquer suporte material.

2) Coeficiente de transmissão térmica – K

O Coeficiente de Transmissão Térmica – K de um elemento de faces planas e paralelas


representa a quantidade de calor que o atravessa perpendicularmente, por unidade de
tempo e superfície, quando sujeito a um gradiente de temperatura unitário entre os
ambientes que separa.
O cálculo deste parâmetro pode ser obtido através da seguinte expressão:

1 1 1
= + Σ R j + Rar + , em que:
K hi he

K – Coeficiente de transmissão térmica [W/(m2°C)]


1 1
e - Resistência térmica superficial interior e exterior [m2ºC/W]
hi he
Rj - Resistência térmica da camada j [m2ºC/W]
Rar - Resistência térmica de espaços de ar não ventilados [m2ºC/W]

1 1
A resistência térmica superficial ( , ) traduz o efeito da convecção e da radiação e o
hi he
seu valor varia em função de diversos factores, tais como rugosidade da superfície, posição
da superfície, etc. Contudo, na prática são utilizados valores médios.

4/16
FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

A resistência térmica de uma camada homogénea pode ser obtida da seguinte forma:

ej
Rj = , em que:
λj

Rj – Resistência térmica da camada homogénea j [m2ºC/W]


ej – Espessura da camada homogénea j [m]
λj - Coeficiente de condutibilidade térmica da camada homogénea j [W/(m2°C)]

3) Caracterização do nível de isolamento em função da qualidade térmica da


envolvente

A utilização de materiais de isolamento térmico na composição da envolvente dos edifícios


tornou-se prática corrente desde a entrada em vigor do R.C.C.T.E. No caso das paredes,
estes materiais podem ser aplicados de diferentes formas:

 No espaço de ar de paredes duplas, preenchendo total ou parcialmente esse espaço;


 Pelo interior das alvenarias, fixado directamente ao suporte ou através de uma estrutura
intermédia;
 Pelo exterior das alvenarias, com revestimento exterior delgado aplicado de forma
contínua directamente sobre o isolamento, ou com revestimento exterior descontínuo,
fixado ao suporte através de uma estrutura intermédia.

3.2 Comportamento higrotérmico – Problema das condensações

1) Psicrometria

O ar é composto por diversos gases, incluindo vapor de água. A quantidade de vapor água
no ar não pode exceder um determinado valor, que se designa por Ponto de Saturação,
dependendo este ponto da temperatura e da pressão atmosférica.
A relação entre a massa de vapor de água do ar e a massa de vapor de água correspondente
ao ponto de saturação designa-se por Humidade Relativa do Ar. Correntemente, esta
grandeza também se determina a partir da relação entre a pressão parcial de vapor de água
e a pressão de saturação.

mv P
HR = ≅
mvs Ps

em que:

HR - Humidade relativa do ar - [%]


mv - Massa de vapor de água contida no ar - [kg]
mvs - Massa de vapor de água de saturação - [kg]
P - Pressão parcial de vapor de água no ar -[Pa]
Ps - Pressão de saturação do vapor de água no ar - [Pa]
5/16
FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

2) Condensações superficiais

As condensações superficiais ocorrem quando a temperatura da superfície de um elemento


construtivo (θ) é igual ou inferior à temperatura de ponto de orvalho (ts). Os efeitos mais
comuns deste fenómeno são o aparecimento de gotas de água nas superfícies de alguns
elementos, como por exemplo os vidros, e o desenvolvimento de bolores nos paramentos
interiores de paredes e tectos.

No período de Inverno, devido à transmissão de calor, a face interior dos elementos da


envolvente exterior dos edifícios (paredes) está a uma temperatura (θi) inferior à da
ambiência interior:

θ i = ti −
K
(t i − t e )
hi

em que:

θi - Temperatura da superfície interior do elemento - [°C]


ti - Temperatura da ambiência interior - [°C]
K - Coeficiente de transmissão térmica do elemento - [W/(m2 ºC)]
hi - Condutância térmica superficial interior - [W/(m2 ºC)]
te - Temperatura da ambiência exterior - [°C]

Deste modo, para que não ocorram condensações nestas superfícies é necessário que: θi>ts

Esta condição será tanto mais respeitada quanto menor for o coeficiente de transmissão
térmica (K) do elemento construtivo, ou seja, quanto maior for o seu isolamento, e/ou
quanto maior for a temperatura no ambiente interior (ti).

3) Condensações internas

 Descrição do fenómeno

Os gradientes de temperatura e de pressão parcial de vapor de água a que se encontra


sujeita a envolvente dos edifícios (paredes) originam fluxos de calor e de humidade através
dos elementos que a compõem. As condensações internas (ou intersticiais) geram-se no
interior dos elementos, sempre que as pressões parciais de vapor instaladas num dado
ponto igualam a pressão de saturação. A ocorrência do fenómeno depende das
características higrotérmicas do ar "interior" e "exterior" e da constituição do elemento,
tendo relevância apenas na estação fria.

 Solicitação higrotérmica de Inverno

O fluxo de vapor que atravessa a envolvente dos edifícios depende das condições
climáticas exteriores e interiores. A caracterização do clima exterior é feita pelos institutos
de meteorologia, enquanto que o clima interior é função do tipo de utilização e dos
sistemas de climatização dos edifícios.
6/16
FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

As temperaturas exteriores de projecto podem encontrar-se em bibliografia do LNEC -


Laboratório Nacional de Engenharia Civil e do INMG - Instituto Nacional de
Meteorologia e Geofísica, enquanto que as temperaturas interiores de conforto
normalmente se consideram situadas entre os 18 e os 22 ºC.

Pode considerar-se que a humidade relativa exterior durante o Inverno é, em média, de


80% a 90%. Por seu lado, a humidade interior resulta do equilíbrio entre a produção de
vapor no local e o caudal de ventilação, podendo definir-se um parâmetro designado por
ω
Higrometria = , que traduz o aumento de vapor de água no interior em relação ao
n ⋅V
exterior. Nas situações correntes a humidade interior pode ser definida da seguinte forma:

ω
U i = U e + 0,825 ×
n ×V
em que:

Ui - Teor de humidade do ar interior - [kg/kg]


Ue - Teor de humidade do ar exterior - [kg/kg]
ω - Produção de vapor no interior - [kg/h]
n - Taxa horária de renovação de ar - [h-1]
V - Volume interior - [m3]

Os edifícios podem ser classificados em função da sua higrometria, de acordo com o


critério do quadro seguinte:

Classe higrometria Higrometria Tipo de Edifícios


Fraca higrometria ≤ 2,5 x 10-3 Kg/m3 Escritórios, Escolas, Ginásios
Edifícios de Habitação não
-3 -3 3
Média higrometria [2,5 x 10 ; 5 x 10 ] Kg/m sobreocupados e
correctamente ventilados
Edifícios de Habitação com
Forte higrometria [5 x 10-3; 7,5 x 10-3] Kg/m3 ventilação deficiente,
Indústrias.
Piscinas, certos locais
Muito Forte higrometria > 7,5 x 10-3 Kg/m3 industriais com grande
produção de vapor

4) Critérios de concepção dos edifícios face ao fenómeno das condensações


internas

Os critérios de concepção das paredes dos edifícios face à difusão de vapor de água são os
seguintes:
 Para edifícios de fraca higrometria não é necessário tomar grandes precauções
relativamente ao problema da difusão de vapor, pois a probabilidade de ocorrência de
condensações internas é pouco significativa;
 Para edifícios de média e forte higrometria, existem regras de concepção em função da

7/16
FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

resistência térmica e da resistência à difusão de vapor de água das diferentes camadas


que as compõem;
 Para edifícios de muito forte higrometria é necessário proceder a um estudo
aprofundado para avaliar os riscos de ocorrência de condensações, recorrendo, para tal,
a modelos de simulação, como por exemplo o programa Condensa 13788 e o Condensa
2000, com que se irão trabalhar a seguir.

8/16
FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

4. DESCRIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ELEMENTO


CONSTRUTIVO EM ESTUDO

O elemento a analisar será uma parede exterior dupla, com isolamento na caixa-de-ar e 1,5
cm de reboco em ambas as faces.
O revestimento exterior da parede consistirá numa demão de primário selante e uma
demão de tinta exterior acrílica. O revestimento interior consistirá numa película livre de
tinta de borracha.

4.1. Pormenor

1 5
2 6
3 7
4 8
EXTERIOR INTERIOR
9

4.2. Especificação das camadas

A parede é constituída pelas seguintes camadas (numeração do exterior para o


interior):

1 – Pintura exterior acrílica


2 – Primário selante
3 – Argamassa de cimento (e =1,5 cm)
4 – Parede de tijolo vazado de 15 (e = 15 cm)
5 – Caixa-de-ar (e = 2 cm)
6 – Isolamento térmico (e = 4 cm)
7 – Parede de tijolo vazado 11 (e = 11 cm)
8 – Argamassa de cimento e cal (e =1.5 cm)
9 – Película livre de tinta de borracha.

9/16
FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

4.3. Propriedades

As características dos materiais que compõem a parede são as seguintes:

Camada Espessura λ µ
[m] [W/m.ºC]
Pintura exterior acrílica 0,00004 3,000 1,48 × 10 4
Primário selante 0,00003 3,000 1,70 × 10 4
Argamassa de cimento 0,01500 1,150 26,5
Tijolo Vazado 15 0,15000 0,484* 24
Caixa-de-ar 0,03000 0,025 1
Poliestireno Extrudido 0,03000 0,035 105
Isolamento Térmico
Lã de Rocha 0,03000 0,040 1,2
*
Tijolo Vazado 11 0,11000 0,524 32,7
Argamassa de cimento e cal 0,01500 1,150 25
Película livre de tinta de borracha 0,00067 3,000 8,66 × 10 3

* - Valores determinados indirectamente

10/16
FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

5. SIMULAÇÕES

Nas simulações realizadas no programa Condensa 13788, foram introduzidas modificações


nos seguintes factores:

 Temperatura interior
 Humidade relativa interior
 Tipo de isolamento térmico
 Zona (temperatura e humidade relativa exterior)

Simulação n.º 1
Zona Porto
Temperatura interior (ºC) 22
Humidade relativa interior (%) 70
Isolante Sem Isolante
Espessura do isolante (m) -
A análise efectuada não revelou quaisquer condensações
Observação
internas no elemento construtivo em estudo.

Simulação n.º 2
Zona Porto
Temperatura interior (ºC) 22
Humidade relativa interior (%) 70
Isolante Poliestireno Extrudido
Espessura do isolante (m) 0,03
A análise efectuada não revelou quaisquer condensações
Observação
internas no elemento construtivo em estudo.

Simulação n.º 3
Zona Porto
Temperatura interior (ºC) 22
Humidade relativa interior (%) 70
Isolante Lã de Rocha
Espessura do isolante (m) 0,03
A análise efectuada não revelou quaisquer condensações
Observação
internas no elemento construtivo em estudo.

11/16
FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

Simulação n.º 4
Zona Porto
Temperatura interior (ºC) 28
Humidade relativa interior (%) 70
Isolante Lã de Rocha
Espessura do isolante (m) 0,03
A análise efectuada revelou condensações internas mas
prevê-se que seja possível a sua evaporação por
completo durante os meses de verão:
Observação - Poderão existir riscos de degradação dos materiais de
construção;
- A performance térmica do elemento construtivo
poderá ser afectada.

Simulação n.º 5
Zona Porto
Temperatura interior (ºC) 22
Humidade relativa interior (%) 95
Isolante Lã de Rocha
Espessura do isolante (m) 0,03
A análise efectuada revelou condensações internas no
elemento de construção em análise, não existindo a
possibilidade da sua secagem durante os meses de verão.
Observação
Deverá alterar as características do elemento de
construção para que seja possível utilizá-lo sob as
condições climatéricas escolhidas.

Simulação n.º 6
Zona Bragança
Temperatura interior (ºC) 22
Humidade relativa interior (%) 70
Isolante Sem Isolante Térmico
Espessura do isolante (m) -
A análise efectuada revelou condensações internas mas
prevê-se que seja possível a sua evaporação por
completo durante os meses de verão:
Observação - Poderão existir riscos de degradação dos materiais de
construção;
- A performance térmica do elemento construtivo
poderá ser afectada.

12/16
FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

6. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Analisando as primeiras 3 simulações podemos concluir que os elementos duplos possuem


um bom desempenho higrotérmico, sendo este melhorado com a presença de material
isolante na caixa-de-ar. Neste seguimento podemos ainda concluir que, com a mesma
espessura de isolamento, o desempenho poderá variar de acordo com as características do
material isolante que utilizarmos.

A quarta simulação permite-nos concluir que a subida da temperatura interior para 28 ºC


provoca a existência de condensações, sendo estas no entanto eliminadas no decorrer do
ciclo anual de secagem.
É importante referir que em espaços em que a temperatura interior seja muito elevada (tais
como casas de máquinas, entre outros) deverá levar-se em conta que o desempenho deste
tipo de elementos pode não ser satisfatório.
Em habitações correntes, não será de esperar temperaturas tão altas, pois estas afastam-se
muito de temperaturas confortáveis.

Na simulação 5, o aumento da humidade relativa interior provocou condensações internas


e superficiais graves, na medida em que não se eliminariam pelo ciclo anual de secagem.
Em condições de humidade relativa interior normal, a parede em causa apresentou na
simulação 3 um óptimo desempenho, não estando sujeita a condensações. Assim, o
aumento da humidade relativa interior constitui um factor muito decisivo para a ocorrência
de condensações internas e superficiais.
Não será de esperar encontrar humidades relativas tão altas, com excepção de casas de
banho, mas sempre de uma forma periódica, estando previsto para esses casos ventilação,
para repor a humidade relativa em valores mais baixos.
É no entanto clara a importância da ventilação em casos como os retratados na simulação
5.

A simulação 6 é especialmente importante no sentido em que mostra que a mesma solução


construtiva não possui o mesmo desempenho em diferentes regiões do país.
Deste modo, cada solução construtiva deverá ser adaptada à região em que é implementada
de forma a garantir que o desempenho é o esperado.
Em Bragança, para obter desempenhos idênticos aos do Porto, deveríamos colocar
isolamento térmico no interior da caixa-de-ar.

A simulação 7, efectuada no Condensa 2000 apresenta resultados análogos aos do


Condensa 13788, com a excepção da análise de condensação/evaporação, presente nos
gráficos do Condensa 13788, sendo os resultados do Condensa 13788 mais severos do que
os do Condensa 2000.
A análise dos resultados nos gráficos não é tão exacta.

13/16
FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

7. CONCLUSÕES

Para que a avaliação, ou estudo das soluções construtivas dos edifícios sejam mais
completas e rigorosas, deveremos proceder a uma análise mais contextualizada de cada
solução construtiva, atendendo assim às características do meio em que será implementada.
Devemos dar especial atenção a factores como: ventilação; exposição do local onde a
parede será construída., tipo de utilização do edifício e a possível presença de equipamentos
que influenciem o estudo.

Neste trabalho ficam claras as vantagens da utilização de soluções construtivas de parede


dupla, sendo que se trata de uma solução muito corrente na construção portuguesa.
É evidente a melhoria ao nível do comportamento do elemento construtivo, quando se
insere uma camada de isolamento térmico na caixa-de-ar.
Podemos notar também que a ocorrência de condensações predominou na caixa-de-ar dos
elementos estudados, acorrendo em alguns casos também nos panos (tanto interior como
exterior).

Será importante referir que a existência de condensações internas nos elementos


construtivos é pejorativa, principalmente ao nível da resistência dos materiais e da
consequente deterioração destes. No entanto, é aceitável que em algumas situações possam
ocorrer condensações no interior dos elementos construtivos, desde que estas possam ser
eliminadas no decorrer de um ciclo anual, por processos naturais de secagem e
redistribuição de humidades.

Numa análise conjunta ao desempenho dos dois programas, verifica-se que o Condensa
13788 é bastante mais completo do que o Condensa 2000. O primeiro calcula não só o risco
de ocorrência de condensações, bem como a possibilidade de evaporação das mesmas
durante os meses de verão.

7.1. Dificuldades na realização do trabalho

Grande parte das dificuldades na realização do trabalho esteve na nova versão do programa
Condensa 13788. Passo a enunciar:

 A introdução dos dados na interface do programa foi penosa, tendo que reiniciar o
programa inúmeras vezes, perdendo a informação das sessões anteriores;
 As caixas de selecção não funcionam no caso de voltarmos para o separador anterior,
sendo a única solução reiniciar o programa e reiniciar todo o processo de introdução de
dados;
 Dificuldade na introdução das condições interiores devido a erro do programa;
 As temperaturas exteriores presentes na base de dados são muito elevadas, sendo
preciso a alteração da configuração regional do sistema operativo Windows (trocar as
unidades para o sistema “inglês, estados unidos”) para que os valores se apresentem
correctos.
 O quadro dos resultados apresenta sempre a mesma informação, não verificando
nenhuma das soluções introduzidas, sendo necessária a análise dos gráficos e da tabela
dos resultados para fazer a conclusão.
 A não existência de “ajuda”, ou manuais.

14/16
FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

8. BIBLIOGRAFIA

Freitas, Vasco Peixoto; Pinto, Paulo da Silva


 NIT 002 – Permeabilidade ao Vapor de Materiais de Construção, LFC, 1998

Patologia e Reabilitação de Edifícios


 Programa e Conteúdos da Disciplina

15/16
FEUP Patologia e Reabilitação de Edifícios

ANEXOS

16/16

Das könnte Ihnen auch gefallen