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Igreja Batista Missionária em Jabaquara - Rua Taciba, 100. São Paulo, SP. CEP 04351-070.

Pastor Márcio Luiz Floriano

CASAMENTO NO RELIGIOSO ?
Nós os Batistas com toda a razão não comemoramos o Natal de Jesus em 25 de Dezembro pois sabemos
que se trata de uma celebração católica de origem pagã. Também deixamos de cantar certos corinhos porque
nos foram “roubados” e estão sendo divulgados pela mídia como sendo católicos. Fazemos bem em não adotar
práticas e festas do catolicismo e evitar fazer coisas pelas quais venhamos a ser confundidos com qualquer
outra denominação. Entretanto, é deprimente constatar a grande semelhança entre nossas “cerimônias de
casamento” e as que são feitas pela chamada Igreja Católica Apostólica Romana. Parece que estamos “coando
mosquitos e engolindo camelos”.
Tentaremos identificar e analisar os vários motivos que nos têm levado a esta situação vexatória.
Em primeiro lugar, atribuo esta nossa “falta de personalidade” ao fato da Bíblia registrar a ocorrência
de tantos casamentos, mas não determinar como devem ser celebradas as bodas, enfatizando assim o
Matrimônio e não a cerimônia de casamento (Hebreus 13:4). Da mesma forma que Jesus deixou em aberto de
quanto em quanto tempo devemos tomar a Ceia, também deixou Seu Povo à vontade para realizar a cerimônia
de casamento conforme os costumes e a cultura de cada país.
No caso dos brasileiros, nossos costumes foram moldados pela Igreja Católica Romana por razões
históricas. É fato conhecido que os padres já estavam aqui desde o Descobrimento e que fomos colonizados
pelos portugueses, povo notadamente carola. Além do mais, os reis de Portugal, através de um regime chamado
padroado, receberam do Papa a incumbência de promover a organização da Igreja Católica em todo o Brasil.
Só a partir da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, quando ocorreu a separação entre o
Estado e a Igreja, é que foi instituído o casamento civil, com cartórios e juizes de paz. Até apenas 112 anos
atrás, a religião católica era a religião oficial e por isso toda a população brasileira devia ser batizada, casar-se
de acordo com o rito católico, confessar-se, comungar etc pois os “sacramentos” eram considerados
obrigatórios. Após este período de pouco mais de um século, em que viveram apenas três gerações, o povo
brasileiro continua habituado a realizar e assistir casamentos do jeito católico.
Ainda hoje muitos brasileiros, principalmente os que moram no interior, acreditam que o “casamento no
religioso” é válido, crença equivocada a que os padres por interesse não fazem nenhum esforço de denunciar,
pois lhes traz poder e prestígio. Notamos que os nossos irmãos também fazem confusão a este respeito pois
chamam de “casamento”, “casamento na igreja”, “casamento no religioso” aos cultos que realizamos.
Afinal, os pastores realizam Casamento? A sociedade brasileira não concede aos pastores este poder,
sendo os Juizes de Paz os únicos legitimamente revestidos de autoridade para representá-la neste ato. De alguns
anos para cá, o pastor pode solicitar autorização ao Juiz de Paz para representá-lo (mas não substituí-lo!),
devendo depois encaminhar toda a documentação ao Cartório. Como tal prática contribui para reforçar o
equivoco de que religiosos (pastores, padres, pais de santo, chefes de terreiros de umbanda etc) ministram
casamento, consideramos tal prática perniciosa e portanto a evitamos.
O que é afinal o “Casamento” realizado em nossas igrejas? Trata-se única e exclusivamente de um culto
em que manifestamos nossa gratidão, invocamos as bênçãos de Deus sobre a nova família, aconselhamos ao
casal, relembramos a seriedade do passo que tomaram e falamos da importância da Família e do Matrimônio
para a Sociedade e a Obra de Deus. Trata-se de um culto especial sem dúvida, mas é apenas e tão somente um
culto. Normalmente, casa-se no Cartório diante do Juiz de Paz e depois o Pastor pede as bênçãos de Deus no
templo da Igreja em culto. O casamento pode ser feito num Cartório (o jeito mais barato!), num templo, na casa
dos pais de um dos noivos, num salão de festas, num jardim, à sombra de uma árvore, à beira mar... mas sempre
terá que contar com a presença da autoridade legitimamente constituída, o que em alguns lugares vem a ser os
anciãos do povo, o chefe da tribo, os lideres da comunidade, os pais dos noivos ou até mesmo um Capitão de
navio. Adão e Eva casaram-se ao ar livre e Deus em pessoa foi a autoridade presente. Lembremos que toda as
autoridades humanas genuinamente constituídas têm o reconhecimento de Deus (Romanos 13:1-7).
Se a cerimônia que realizamos é apenas e tão somente um culto, então ela deve parecer-se com os cultos
normais, distinguindo-se mais pelo conteúdo do que pela forma e enquadrando-se nos princípios bíblicos de
ordem, decência e valor para a vida espiritual (I Corintios 14:40 e 26b), além da simplicidade e singeleza
sempre tão apreciadas em tudo (Atos 2:46b; II Corintios 1:12). Sendo assim, porque deveremos ornamentar o
salão com flores, aguardar e assistir a majestosa “entrada da noiva” (mas ela já não casou no cartório?) com
“vestido de noiva” (mas ela já não casou no cartório?), ao som da Marcha Nupcial de Mendelssohn, da “Ave
Maria” de Gounod , da “Ave Maria” de Schubert, ou de alguma outra música mundana romântica de sua
preferência, ouvir o casal fazer um juramento (prática proibida em Mateus 5:34-37 e Tiago 5:12), assistir a
troca das alianças e ouvir o pastor chamá-los de “nubentes” como se já não fossem casados, todos assim
fazendo de conta emocionados que é ali na hora do culto que eles estão de fato se casando?
Se tais coisas não se coadunam com os princípios bíblicos, como então se explica tamanha impostura?
Só há uma explicação: temos agido assim por fraqueza nossa em querer agradar mais aos nossos familiares e
amigos incrédulos do que a Deus, ao contrário do exemplo dos apóstolos registrado em Atos 5:29. Nos
esquecemos do alerta encontrado em Romanos 14:5b e 22b.
O medo das críticas e boicotes dos parentes, aliado a falta de uma reflexão mais cuidadosa daquilo que
estamos fazendo, são as causas de incorrermos em tamanho deslize.
Realizar “o sonho de entrar na igreja de branco, com véu e grinalda” que muitas de nossas irmãs ou
suas mamães acalentam tem custado o sacrifício do nosso testemunho. Isto só vai acabar quando houver uma
conscientização do Povo de Deus efetuada através dos pastores, mediante ensino e atitude firme da parte deles.
Caberá aos crentes esclarecidos, em especial à mães, renunciar a esta “bagagem” dos tempos de incrédulo e
passar aos filhos e filhas os conceitos sadios e bíblicos.
Como Pastor de Jabaquara, pretendo dar minha modesta contribuição para ajudar a acabar com essas
lamentáveis ocorrências.
Oferecer este estudo é mais uma atitude que tomo como parte de um antigo projeto meu de ir aos
poucos “descatolizando os casamentos” realizados em nossa igreja, no que para minha alegria venho
alcançando êxito. Entendo que já é hora de me posicionar mais firmemente a respeito deste assunto, porém
como estou consciente de que posso melindrar a algum irmão quero deixar bem claro que não pretendo impor
esta minha maneira de ver as coisas a ninguém, mas peço que reflitam sem preconceito no que digo acima e que
sabendo qual a minha posição nesta questão, não me convidem para pregar em cultos por motivo de casamento
caso queiram “manter a tradição” de imitar aos católicos, como se esta religião idólatra e pagã pudesse nos
servir de referência ou modelo para fazermos alguma coisa (Mateus 15:3).
Entendo que como Pastor, carrego grande responsabilidade e por isso é claro que não levarei em conta
apenas a forma do culto para que eu decida aceitar ou não um convite de pregar. Aceito esta honra caso parta
de irmãos de nossa igreja, irmãos de outras das nossas igrejas ou de irmãos ainda não batizados ( mediante
testemunhos e evidências de conversões genuínas, algumas vezes até casando para regularizar sua situação e
poderem ser batizados), mas desde que sejam irmãos que demonstrem forte espirito de obediência à Deus, pois
de nada adiantaria pedir as bênçãos do Senhor para crentes desobedientes e nem dar bons conselhos na
pregação aos que se mantêm rebeldes e alienados. Afinal, não há nada de mágico, nada que possamos fazer
para obrigar Deus a abençoar a vida de alguém!
Espero no Senhor que daqui a algum tempo não tenhamos mais que agüentar ouvir um casal de irmãos
dizer que “foi o pastor Fulano quem fez o nosso casamento” e que também não mais precisemos ficar
constrangidos por notar que a única diferença entre nossos cultos por casamento e os realizados pelos católicos
está na ausência da batina!

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