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I NS S : p r o r r o ga ç ã o n ã o im p e de n o v o c o n c u r s o 26/05/2011
De acordo com a Assessoria de C omunicação Social do Ministério da Previdência, nada impede que
outra seleção seja realizada, sendo restringida apenas a convocação dos aprovados enquanto durar a
validade da seleção anterior. O INSS ainda pode recorrer da decisão.
A assessoria da Previdência informou que até a última quarta-feira, dia 25, o INSS ainda não havia sido
notificado da decisão. Somente após ser notificada é que a autarquia irá informar como deverá
proceder.
Segundo a assessoria, não há vagas para serem preenchidas no concurso de 2008 pelos aprovados que
ainda não foram chamados, uma vez que a autarquia já convocou todos os aprovados dentro do número
de vagas oferecidas (2 mil, sendo 1.400 para técnico e 600 para analista) e também os excedentes até o
limite de 50% da oferta inicial, como a lei permite (700 técnicos e 300 analistas).
C onforme explicou o ministério, caso haja a prorrogação, só poderão ser chamados mais candidatos
daquela seleção em caso de vacância, em função, por exemplo, de exoneração ou posse de servidor em
outro cargo. O único efeito sobre o novo concurso será o fato de que a nomeação dos aprovados só
poderá ocorrer após o término da validade da seleção anterior.
Já o defensor público Raimundo C oelho informou que a Defensoria Pública da União (DPU), autora da
ação por meio da qual foi determinada a prorrogação, já tomou conhecimento da sentença e lutará pelo
seu cumprimento. O defensor afirmou que o INSS certamente recorrerá da decisão e que, a partir daí, a
defensoria trabalhará junto ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) para que se dê preferência
à tramitação desse processo, em razão da grande expectativa social em torno dele.
O defensor Raimundo C oelho ressaltou que essa é uma demanda que atende ao interesse da sociedade
e do próprio INSS, que, de acordo com ele, economizará milhões ao aproveitar os candidatos já
aprovados. "E poderá prestar um serviço de qualidade ao povo, como exige a C onstituição", completou.
C om uma carência estimada de mais de 10 mil servidores (com possibilidade de mais de 7 mil
aposentadorias), o INSS possui uma grande necessidade de recomposição do seu quadro, sobretudo em
função da expansão da rede de atendimento da autarquia, que prevê a criação de 720 agências até
2014.
P r é -a c o r do g a r a n te c o nc ur s o a ind a e s te a no
A data de divulgação do edital e a oferta do concurso não foram informados. A p revisão inicial era de
que fossem oferecidas este ano 2 mil das 10 mil vagas solicitadas pelo INSS para preenchimento até
2014 (8 mil de técnico e 2 mil de analista).
Uma reunião, ainda não agendada, entre Garibaldi Filho e a ministra Miriam Belchior, do Planejamento,
deve selar em definitivo o acordo, incluindo a seleção entre as exceções que têm sido feitas ao
adiamento de concursos e nomeações no Executivo federal anunciado no início do ano, em função do
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27/5/2011 Folha Dirigida
corte de mais de R$50 bilhões no Orçamento da União para 2011. O encontro chegou a estar previsto
para a primeira quinzena de maio, mas teve que ser adiado.
P r o r r o ga ç ã o j á ha v ia s ido s u s p e n s a
A prorrogação da validade do concurso do INSS por outros dois anos já havia sido determinada
anteriormente em liminar concedida pela Justiça Federal do Sergipe (JF-SE). A liminar, no entanto, foi
suspensa pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) em atenção ao pedido feito pela autarquia.
No despacho em que suspendeu os efeitos da liminar concedida pela JF-SE, o desembargador federal
Francisco C avalcanti afirmou que "a prorrogação de concurso é ato que integra o juízo de
discricionariedade da Administração, não cabendo ao Poder Judiciário invadi-lo, a não ser que haja
alguma ilegalidade".
O magistrado acrescentou ainda que no seu entendimento, a ilegalidade nesse caso foi sanada na ação,
por meio da qual se manteve o prazo de validade estabelecido no edital do concurso.
C onsultado pela FOLHA DIRIGIDA, o professor de Direito Administrativo Ricardo Neiva, do curso Unijur,
de Brasília, especializado na área jurídica, afirmou que não há direito subjetivo à prorrogação do
concurso público por mais dois anos, concordando que, nesse caso, a prorrogação é ato discricionário do
INSS, ou seja, a decisão de efetuá-la ou não cabe à autarquia. O especialista destacou que esse é o
posicionamento tradicional e predominante do Poder Judiciário, havendo inúmeros precedentes nesse
sentido.
Ricardo Neiva observou ainda que há jurisprudência no sentido de que o candidato aprovado dentro do
número de vagas do edital possui direito subjetivo à nomeação. "Entretanto, parece que esse não é o
caso do INSS. Afinal, já foram preenchidas mais do que as 2 mil vagas oferecidas no concurso. Logo,
entendemos que a prorrogação do concurso é mesmo ato discricionário", disse ele.
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