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CONTROLADORES LÓGICOS

PROGRAMÁVEIS
(CLP Altus)

Prof. Liur Jorge Cusinato


(2004)
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1.CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS

Liur Jorge Cusinato

1.1. Introdução.
Este curso tem por objetivo fornecer informações que possibilitem a aplicação de um
Controlador Lógico Programável (CLP) em máquinas e controles de processos. Mas, o que é
um Controlador Lógico Programável ? Como surgiu ?
Mesmo antes da industrialização da eletrônica digital, os projetistas de comando
elaboravam circuitos digitais com contatos programáveis. O programa era armazenado em
plugs multi-pinos e as instruções codificadas por meio de ligações elétricas entre os pinos
destes plugs. Esses programas eram muito limitados, e, sua principal função era a seleção das
operações das máquinas e/ou processos.
Desta forma, além de uma operacionalidade muito baixa, existiam outros problemas:
alto consumo de energia, difícil manutenção, modificações de comandos dificultados e
onerosos com muitas alterações na fiação ocasionando número de horas paradas, além das
dificuldades em manter documentação atualizada dos esquemas de comandos modificados.
Com a industrialização da eletrônica, os custos diminuíram, ao mesmo tempo em que
a flexibilidade aumentou, permitindo a utilização de comandos eletrônicos em larga escala.
O CLP é um dispositivo que possui uma memória programável pelo usuário e realiza
funções de controle, comando e supervisão de processos industriais - com hardware e
software compatíveis com estas aplicações.
É ideal para aplicações em sistemas de controle de relés e contatores, que se utilizam
principalmente de fiação. O CLP facilita possíveis modificações e ampliações do circuito de
controle existente.
1.2. Princípio de funcionamento.
O Controlador Lógico Programável, como todo sistema microprocessado, tem seu
princípio de funcionamento baseado em três passos:
1. Trazer dados da máquina ou processo para o CLP, através das entradas.
2. Processar estes dados de acordo com uma lógica pré-determinada.
3. Transmitir os dados processados para as saídas do CLP.

Para executar estes passos é necessário que o CLP possua obrigatoriamente, as


seguintes partes básicas:
- Fonte de alimentação
- Memória de programa
- Memória de dados
- Unidade central de processamento
- Interface de entradas/saídas (E/S)
Fonte de alimentação: é um dispositivo que converte a voltagem da rede elétrica local,
de corrente alternada para uma voltagem em corrente contínua. O Controlador Lógico
Programável recebe alimentação da rede elétrica local; caso falte energia elétrica, a bateria
mantém o programa do usuário para não perder toda a programação. Quando a energia
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elétrica retorna, o processador entra em operação e reinicia o ciclo de trabalho no programa
do usuário.

Memória de programa: serve para armazenar as instruções do software aplicativo e do


usuário (programas que controlam a máquina ou a operação do processo), que são
continuamente executados pela CPU.

Memória de dados: também conhecida como memória de rascunho. Serve para


armazenar temporariamente os estados das E/S e marcadores para que a CPU possa processá-
los. A cada ciclo de varredura a memória de dados é atualizada.

Unidade central de processamento (CPU): a CPU é o coração do sistema. Ela lê o


sinal das entradas na memória de dados, executa operações aritméticas e lógicas baseadas na
memória de programa, e gera os comandos apropriados para a memória de dados controlar o
estado das saídas.

Interface de entradas/saídas (E/S): o hardware de E/S, freqüentemente chamado de


módulos de E/S, é a interface entre os dispositivos conectados pelo usuário e a memória de
dados. Na entrada, o módulo de entrada aceita as altas tensões de controle que chegam e as
transforma em tensões de nível lógico aceitos pela CPU. O módulo de saída comuta as
tensões de controle fornecidas, necessárias para acionar vários dispositivos conectados.

Programador: o programador é necessário para a introdução do programa de aplicação


na memória. Também pode servir como um dispositivo de monitoração, edição de programa
ou depuração do sistema. Os programadores variam em tamanho e capacidade, pode ser
portátil apenas com funções limitadas de monitoração, ou um programador CRT inteligente
com capacidade gráfica e de monitoração.
O diagrama de blocos a seguir, ilustra a lógica funcional de um CLP.

Memória de Programa

Unidade Central de
Processamento Fonte
Programador

Memória de Dados

Interfaces de E/S

Processo ou Máquina
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Dentro da CPU, existe um software armazenado em uma memória permanente


(ROM), chamado Sistema Operacional e que tem a responsabilidade de gerenciar o CLP.
Com a partida, o CLP executará as seguintes tarefas:
1. Transferirá os sinais existentes na interface de entrada para a memória de dados
(RAM).
2. Iniciará a varredura do software aplicativo armazenado na memória de programa
(EPROM ou EEPROM), utilizando os dados armazenados na memória de dados.
Dentro deste ciclo, executará todas as operações que estavam programadas no
software aplicativo, como intertravamentos, habilitação de temporizadores,
armazenagem de dados processados na memória de dados, etc.
3. Concluída a varredura do software aplicativo, o CLP transferirá os dados
processados (resultados de operações lógicas) para a interface de saída. Paralelamente,
novos dados provenientes da interface de entrada irão alimentar a memória de dados.
Desta característica, decorre o cuidado que deve ser tomado quando da programação.

1.3. Análise para especificação de um CLP.


No momento da aquisição de um CLP, para automatização de uma máquina ou
processo, devemos considerar:
1. A viabilidade da utilização considerando os tempos envolvidos no comando do
processo;
2. O tipo de CLP levando-se em conta o elenco de funções necessárias;
3. O número necessário e o tipo de entradas e saídas;
4. O número de passos que ocupará o programa (capacidade de memória);
5. Assistência técnica e treinamento disponível;
6. Estoque de componentes para reposição;

1.4. Partida de equipamentos automatizados com CLPs.


Em geral, concentra-se nos CLPs grande parte da responsabilidade da automação.
Normalmente o CLP é quem controla os acionamentos e movimentos de uma máquina ou
processo automatizado. Na implantação inicial, há necessidade de adotarmos algumas
medidas de segurança, caso contrário poderemos liberá-lo para operar indevidamente,
causando danos ao equipamento em si, bem como a máquina automatizada ou gerando
condições de insegurança aos operadores da máquina.
O roteiro para posta em marcha do CLP, tem por princípio a sua liberação em etapas,
de acordo com o descrito a seguir:
1. Exija a presença de um técnico responsável pela máquina ou processo a ser
automatizado, para o acompanhamento dos testes;
2. Certifique-se da qualidade e dos valores das tensões de trabalho. Conforme
necessidades dos equipamentos;
3. Certifique-se da instalação correta dos diversos tipos de filtros nos pontos onde se
fazem necessários;
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4. Certifique-se dos endereçamentos das entradas, acionando os elementos de


comando correspondentes;
5. Certifique-se dos endereçamentos das saídas, através do programador ou das
ligações elétricas auxiliares;
6. Verifique quais as cargas que podem ser ativadas durante os testes. Desacople as
cargas proibidas.

1.5. As leis da programação.


Para que uma programação seja bem feita, devemos seguir certas leis, constatadas
após vários anos de utilização de CLPs.

1. Aprofundar-se no domínio de todas as funções e instruções do CLP antes de usa-lo;


2. O CLP somente executa aquilo que foi programado a executar;
3. Você não ganha tempo tentando fazer um programa sem analisá-lo em
profundidade;
4. O programa deve ser executado, desde o início até o final, sob orientação de uma
única pessoa;
5. Altere concomitantemente a gravação e a documentação;
6. Não se deixe influenciar pelo fato de que o programa é a última etapa a ser
implantada numa automação. Você deve terminá-lo, primeiro;
7. Não é na última hora que resolveremos ou descontaremos os atrasos ocorridos;
8. Faça os circuitos elétricos do seu programa voltados para o eletricista, utilizando
diagrama de contatos;
9. Não permita que leigos alterem seu programa, as conseqüências podem ser
desastrosas;
10. Mantenha uma cópia atualizada do programa, sempre em seu poder.
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2. PROGRAMAÇÃO MASTERTOOL
(Linguagem de relés e blocos - Programa Ladder)
2.1. Lógica. É a matriz de programação formada por 32 células, dispostas em 4 linhas e 8
colunas. Em cada uma das células podem ser colocadas instruções simbólicas tipicamente
encontradas em diagramas, tais como: contatos abertos ou fechados; bobinas; ligações; relés
de pulso; etc. Ocupando mais de uma célula podem ser colocadas diferentes instruções
representadas por caixas, tais como: temporizadores; contadores, operações matemáticas,
comparação de operandos, conversão analógico-digital; conversão digital-analógico; tabelas;
movimentação de tabelas, etc. Os números dentro de cada célula indicam a ordem de
processamento das células. As duas linhas laterais da lógica representam barras de energia
entre as quais são colocadas as instruções a serem executadas.

2.2. Operando %E - Relés de entrada. São utilizados para referenciar os endereços das
entradas dos módulos digitais. Sua quantidade é determinada pelo número de módulos que
compõem o CLP. Normalmente, cada módulo tem 2 octetos (16 pontos ou entradas).

Exemplos de instruções que utilizam as entradas digitais externas: interruptores; botões de


pressão; Chaves de fim de curso; sensores indutivos; sensores capacitivos; sensores
fotoelétricos; sensores infravermelho; sensores de ultrasom; etc.RNA = Relé ou contato

normalmente aberto e RNF = Relé ou contato normalmente fechado.


2.3. Operando %S - Relés de saída. São utilizados para referenciar os endereços das saídas
dos módulos digitais. Sua quantidade é determinada pelo número de módulos que compõem o
barramento do CLP. Normalmente, cada módulo tem 2 octetos (16 pontos ou saídas).
Exemplos de instruções que utilizam as saídas externas: bobinas de contatores e relés; alarmes
lâmpadas, etc. As instruções de bobina simples, bobina liga, bobina desliga, bobina salto,
devem ser representadas somente na última coluna da lógica, ou seja, nas células 29,30,31 e 32.
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2.4. Operandos %A -Relé auxiliar.
Os relés auxiliares são endereços internos virtuais, utilizados para armazenar valores binários
intermediários do processo do programa aplicativo. Normalmente cada modelo de CLP
apresenta uma quantidade fixa de relés auxiliares.

Normalmente os relés auxiliares são utilizados em instruções binárias (contatos e bobinas),


conforme exemplos abaixo:

2.5. Operando %M - Memória. São endereços usados para processamento numérico,


armazenando valores numéricos com sinal (+ ou -). São utilizados em instruções de
temporização, contagem, adição, subtração, multiplicação, divisão, tabela memória, etc.
Podem ser usados em contatos da mesma forma que operandos %E, %S e %A. Ocupam
2 bytes (16 bits).

Valores máximos que podem ser registrados em cada memória:


Î + 32767 no sentido positivo;
Î - 32768 no sentido negativo.
2.6. Operando %KM - Constantes. São operandos usados para definição de valores fixos do
programa aplicativo, podendo assumir valores máximos de +32767 até -32768. São utilizados
nas instruções de temporização, contagem, adição, subtração, multiplicação, divisão, etc.
2.7. TAG (rótulo ou etiqueta).
Um endereço ou operando pode ser identificado pelo seu "Tag". O tag é identificado por um
nome com até 7 caracteres alfanuméricos. O Tag pode ser atribuído à qualquer operando,
exceto constantes %KM e %KD.
2.8. Operando %R - Endereços no barramento.
Estes operandos representam apenas os endereços dos módulos com canais analógicos no
barramento, não armazenando valores nem ocupando espaço de memória. São usados em
algumas instruções que necessitam indicar a posição do módulo analógico no barramento, tais
como : conversão de um sinal analógico em digital e conversão de um sinal digital em
analógico.
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3. EXEMPLOS DE PROGRAMAÇÃO BÁSICA
3.1. Elaborar um software aplicativo que implemente o comando de um motor elétrico,
através de um contator, utilizando as instrução bobina simples sem auto-sustentação,
acionada por 2 botões de pressão:
ESQUEMA ELÉTRICO LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO

3.2. Elaborar um software aplicativo que implemente o comando de um motor elétrico,


através de um contator, utilizando as instruções bobina liga e bobina desliga com auto-
sustentação, acionada por 2 botões de pressão:

3.3. Elaborar um software aplicativo que implemente o funcionamento de uma esteira


transportadora de peça com expulsão automática. Conforme desenho e seqüência de
funcionamento descrita abaixo:
• Ao acionar o botão de pressão de partida “liga”, o motor elétrico que dá rotação à
esteira é ligado. Também neste momento é ligada a eletroválvula EV1 responsável
pelo recuo do pistão pneumático. A peça a ser transportada é colocada na esteira
manualmente.
• Quando é ativado o fim de curso 1 (FC1), é desligado o motor e o recuo do pistão.
Sendo também acionada a eletroválvula EV2 responsável pelo avanço do pistão.
• Quando é ativado o fim de curso 2 (FC2), é desligado o avanço do pistão e ligado o
motor. Também neste momento é ligado o recuo do pistão.
• O botão de pressão “desliga”, quando acionado, deve em qualquer etapa do processo:
desligar o motor; desligar o avanço e ligar o recuo.
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a) Programa ladder da esteira transportadora de peça com expulsão automática, utilizando


bobinas simples:

LÓGICA 000 LÓGICA 001

LÓGICA 002

b) Programa ladder da esteira transportadora de peça com expulsão automática, utilizando


bobinas liga e desliga:

LÓGICA 000 LÓGICA 001

LÓGICA 002

Relação dos endereços e tags utilizados na programação:


START = E 0.0 MOTOR = S 20.0
FC1 = E 0.1 RECUA = S 20.1
FC2 = E 0.2 AVANÇA = S 20.2
STOP = E 0.3
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3.4. Exemplo de programa ladder para demostrar a conexão de 5 contatos RNA (relé
normalmente aberto) em paralelo, tendo em vista que cada lógica contém apenas 4 linhas:

LÓGICA 000 LÓGICA 001

4. Instrução PLS - Relé de pulso.


A instrução relé de pulso gera um pulso de uma varredura em sua saída, ou seja, a cada
energização da entrada, é produzido um pulso na saída durante uma varredura do programa
aplicativo.
O relé auxiliar (%A) declarado serve como memorizador, evitando limitações quanto ao
número de instruções PLS presentes no programa aplicativo.

5. Instrução TEE - Temporizador na energização.


Esta instrução realiza contagem de tempo com a energização das entradas "Libera" e "Ativa".
A instrução TEE possui dois operandos. O primeiro (OPER 1) especifica a memória escolhida
para acumular a contagem de tempo. O segundo operando (OPER 2) indica o tempo máximo
a ser acumulado. A contagem de tempo é feita em décimos de segundos, ou seja, cada unidade
incrementada no OPER 1 corresponde a 0,1 segundo.
Enquanto as entradas “libera e ativa” estiverem simultaneamente energizadas, o OPER 1 é
incrementado a cada décimo de segundo. Quando o OPER 1 for igual ao OPER 2, a saída Q é
energizada e a - Q desenergizada, permanecendo o OPER 1 com o mesmo valor do OPER 2.
Desacionando-se a entrada “libera”, há interrupção da contagem de tempo. Desacionando-se a
entrada “ativa” o valor do OPER 1 é zerado.
O estado lógico da saída "Q" é exatamente o oposto da saída "- Q", mesmo estando a instrução
desativada.

O operando 1 = memória (%M) escolhida.


O operador 2 = tempo (%KM) escolhido.
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6. Instrução CON - Contador simples.
Esta instrução realiza contagem simples, com incremento de uma unidade em cada
incremento. A instrução contador simples possui dois operandos. O primeiro, sempre do tipo
%M, especifica a memória escolhida para contabilizar a contagem. O segundo estabelece o
valor limite de contagem para energização da saída limite superior e pode ser uma constante
%KM ou uma memória %M referenciada em outra parte do programa.
Quando a entrada "Ativa" está energizada, cada transição de ligação na entrada "Incrementa"
aumenta o valor do operando contador (OPER 1) de uma unidade. Se o valor do OPER 1
igualar-se ao OPER 2, a saída limite superior é acionada. O estado lógico da saída "limite
superior" é exatamente o oposto da saída "não limite", mesmo estando a instrução desativada.

O operando 1 é do tipo %M, onde se contabiliza a contagem.


O operando 2 pode ser do tipo %KM ou %M, onde se estabelece o valor limite de contagem.

7. Instrução SOM - Adição.


Esta instrução realiza a soma aritmética de operandos quando a entrada "habilita" estiver
energizada. Os valores dos operandos especificados nas duas primeiras células são somados e
o resultado é indicado na terceira célula.
Se o resultado da operação for maior ou menor do que a possibilidade de armazenagem no
operando 3 (+ 32767 ou – 32768), a saída "Estouro" é energizada, e neste caso o OPER 3
registra o máximo ou mínimo valor possível.
Se a entrada habilita é desligada, todas as saídas são desacionadas e o OPER 3 não é alterado.

OPER 1 e OPER 2 podem ser do tipo %M ou %KM


OPER 3 somente do tipo %M

8. Instrução SUB - Subtração.


Esta instrução realiza a subtração aritmética entre operandos quando a entrada "habilita"
estiver energizada, o valor do OPER 2 é subtraído do valor do OPER 1. O resultado é
armazenado no OPER 3.
De acordo com o resultado da subtração, uma das três saídas será energizada. Estas saídas
podem ser usadas para comparações. Se o OPER 3 ultrapassar o maior ou menor valor
possível de armazenar (16 bits = Word ), o respectivo valor limite é considerado como
resultado.
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Se a entrada habilita é desligada, todas as saídas são desacionadas e o OPER 3 permanece


inalterado.

OPER 1 e OPER 2 podem ser do tipo %M ou %KM


OPER 3 somente do tipo %M

9. Instrução MUL - Multiplicação.


Esta instrução realiza a multiplicação aritmética de operandos quando a entrada "habilita"
estiver energizada. Caso o resultado exceda o valor máximo armazenável em uma memória, o
resultado final é este valor e a saída "Estouro" é energizada.
Se a entrada habilita é desacionada, todas as saídas são desacionadas e o OPER 3 permanece
inalterado.

OPER 1 e OPER 2 podem ser do tipo %M ou %KM


OPER 3 somente do tipo %M

10. Instrução DIV - Divisão.


Esta instrução realiza a divisão aritmética de operandos. Quando a entrada "habilita" estiver
energizada, ocorre a divisão do valor do OPER 1 pelo OPER 2, sendo o resultado indicado no
OPER 3 e o resto da operação no OPER 4.
Se o valor do OPER 2 for zero, a saída divisão por zero é acionada e no OPER 3 é colocado o
valor máximo ou mínimo armazenável no operando, conforme o sinal do OPER 1. Neste caso,
o OPER 4 indicará zero.
As saídas da instrução somente são energizadas se a entrada "habilita" estiver acionada.
Quando a entrada "habilita" for desacionada os OPER 3 e OPER 4 permanecerão inalterados.
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11. Instrução CAB - Carrega Bloco.
Esta instrução permite a carga de até 255 valores constantes em um bloco de operandos ou em
tabelas.
A tabela memória (TM) a ser carregada é especificado no OPER 1, o número de linhas da
tabela a ser carregada é indicada por uma %KM no OPER 2. No OPER 3 deve ser registrado
os valores constantes pertencentes a tabela memória.
A saída sucesso é sempre acionada quando a instrução for corretamente executada. Se a saída
índice destino inválido for acionada nenhuma carga de constantes ocorreu.
Principais aplicações de tabelas:
- Seqüenciamento;
- Armazenamento de valores;
- Decodificação numérica;
- Acionamentos mais complexos.

CAB
Habilita Sucesso
OPER 1

OPER 2

OPER 3 Índice destino inválido

OPER 1 - indica a tabela memória (TM) escolhida, por exemplo: TM0 ou TM1;
OPER 2 - número de linhas da tabela (%KM), por exemplo uma tabela com 4 linhas apresenta
Km = + 4;
OPER 3 - valores constantes a serem carregados na tabela ou bloco.
Sintaxe da instrução:

OPERANDO 1 OPERANDO 2 OPERANDO 3


%E Valores constantes
%S a serem carregados
%A %KM na tabela memória
%M escolhida
%TM

Verificar no manual do CLP instruções e utilizações complementares da instrução CAB.

12. Instrução MOT - Movimentação de tabelas.


Esta instrução permite duas operações: transferir o valor de uma posição (linha) de tabela para
um operando simples, por exemplo uma memória %M, ou transferir um operando simples
para uma posição de tabela.
No OPER 1 é especificado o endereço da tabela (%TM) de origem a ser considerada pela
instrução MOT.
O OPER 2 especifica o número da linha (%KM) da tabela memória declarada no operando 1,
para ser transferida para o OPER 3 (%M).
O OPER 3 (%M) especifica, normalmente uma outra instrução do programa, para onde o
conteúdo da posição de tabela deve ser transferido (%M).
A saída índice de origem inválido é acionada quando no OPER 1 referenciar uma tabela não
especificada ou se o OPER 2 for negativo ou maior que o número de linhas da tabela
declarada.
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A saída índice destino inválido é acionada quando o operando 3 referenciar um operando
não declarado no programa.

MOT
Habilita Sucesso
OPER 1
Índice origem inválido
OPER 2

OPER 3 Índice destino inválido

OPER 1 - tabela origem do tipo %TM


OPER 2 - índice da tabela (linha) ou memória apontadora do tipo %KM
OPER 3 - tabela destino do tipo %M
Verificar no manual do CLP instruções e utilizações complementares da instrução MOT.

13. Instrução MOV - Movimentação de operandos simples.


Esta instrução move o conteúdo declarado no operando origem (OPER 1), para o operando
destino (OPER 2).
Se a movimentação do conteúdo de origem for realizada corretamente para o destino, a saída
sucesso é acionada.

MOV
Habilita
OPER 1 Sucesso

OPER 2

OPER 1 - operando origem


OPER 2 - operando destino

Sintaxe da instrução:

OPERANDO 1 OPERANDO 2
%E %E
%S %S
%A %A
%M %M
%D %D
%KM -

Verificar no manual do CLP instruções e utilizações complementares da instrução MOV.

14. Instrução MOP - Movimentação de partes (subdivisões) de operandos.


Esta instrução move conteúdos de partes de operandos simples ( palavras , octetos, nibbles e
pontos ) quando a entrada “habilita” é energizada. Não é realizada a conversão entre tipos de
operandos, apenas a movimentação de valores.
O operando que ocupa a primeira célula da instrução ( OPER1 ) é o operando origem, cujo
valor é movimentado para o operando destino especificado na segunda célula ( OPER 2 ). O
tipo de subdivisão deve ser o mesmo do segundo .
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OPER 1 - operando origem


OPER 2 - operando destino

Sintaxe da instrução:

OPERANDO 1 OPERANDO 2
%E %E
%S %S
%A %A
%M %M
%D %D
%KM
%KD -

Verificar no manual do CLP instruções e utilizações complementares da instrução MOP.

15. Conversão Analógica - Digital.


Esta instrução converte os valores lidos de um módulo de entrada analógica para valores
numéricos armazenados em operandos. É possível efetuar a leitura de 1 a 8 canais analógicos,
alterando-se apenas o endereço do OPER 1 (%R). O módulo A/D deve estar especificado na
declaração inicial do barramento, realizada no MasterTool. Os valores do OPER 1
convertidos para o OPER 2, são colocados em operandos do tipo memória (%M).

OPER 1 - endereço do módulo no barramento % R 4.0 canal 1 % R 4.4 canal 5


% R 4.1 canal 2 % R 4.5 canal 6
% R 4.2 canal 3 % R 4.6 canal 7
% R 4.3 canal 4 % R 4.7 canal 8

OPER 2 - primeiro operando a receber o valor convertido.

Verificar no manual do CLP instruções e utilizações complementares da instrução A/D.


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16. Instrução CAR - Carrega operandos
A instrução carrega operando realiza a carga do valor do operando especificado em
registrador especial interno do CLP, para subsequente uso das instruções de comparação de
operandos maior, menor e igual.
A saída sucesso é acionada se a carga for realizada corretamente.

OPER - operando a ser carregado

Sintaxe da instrução:
OPERANDO
%E
%S
%A
%M
%D
%KM
%KD
Verificar no manual do CLP instruções e utilizações complementares da instrução CAR.

17. Instruções de comparação de operandos - Igual, maior e menor.


As instruções maior, menor e igual realizam comparações do operando especificado com o
valor previamente carregado na instrução CAR, fornecendo o resultado da comparação em
suas saídas. Por exemplo, a instrução maior energiza a sua saída se o valor do seu operando
for maior que o valor do operando da última instrução CAR ativa. As instruções menor e igual
operam de forma idêntica, mudando apenas o tipo de comparação. Verificar no manual do
CLP instruções e utilizações complementares da instruções de comparação.

As instruções maior, menor e igual realizam comparações com o operando carregado na


instrução CAR .
Sintaxe da instrução:
OPERANDO
%E
%S
%A
%M
%D
%KM
%KD
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18. Exercícios de Laboratório
18.1. Elaborar um software aplicativo que implemente um relógio com indicação de horas,
minutos e segundos. O programa deve possibilitar o acerto da hora e do minuto atual, os quais
podem ser visualizados no monitor.

18.2. Elaborar um software aplicativo de um dispositivo de furação. Conforme desenho e


seqüência de funcionamento descrita abaixo:
• Para habilitar o acionamento da máquina, a broca deve estar recuada (EV3 ligada) e o
fim de curso 1(FC1) ativado.
• Ao acionar o botão de pressão de partida “liga”, o motor elétrico que dá rotação à
broca é ligado. Também neste momento é desligado o recuo (EV3) e ligado o avanço
rápido (EV1).
• Quando é ativado o fim de curso 2 (FC2), é desligado o avanço rápido (EV1) e ligado
o avanço lento (EV2), para iniciar a furação.
• Quando é ativado o fim de curso 3 (FC3), final da furação, é desligado o avanço
lento (EV2) e ligado o recuo (EV3).
• No recuo, quando ativar o fim de curso 1 (FC1), desliga o motor e permanece ligado
apenas o recuo (EV3), deixando a máquina parada na condição de partida.

Observações:
1. O botão de pressão “desliga”, quando acionado, deve em qualquer etapa do processo
da máquina: desligar o motor; desligar o avanço rápido; desligar o avanço lento e ligar o
recuo.
2. Acrescentar no programa uma instrução para a contagem de peças já furadas. Prever
um botão de pressão, para quando necessário, resetar a contagem.
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18.3. Elaborar um software aplicativo de uma fresadora, na qual a peça é colocada


manualmente. Conforme desenho e seqüência de funcionamento descrita abaixo:
• Para habilitar o acionamento do motor elétrico da fresa, a peça deve estar colocada
corretamente na mesa da fresa com o sensor • de posicionamento atuado e a eletro-
válvula EV3 (cilindro B) reponsável pelo recuo da mesa também acionada.
• Ao acionar o botão de pressão “liga” a eletro-válvula EV2 “fixa peça” (cilindro A) é
imediatamente acionada. Somente após 1 segundo o motor elétrico da fresa entra em
funcionamento.
• Depois de 3 segundos, da partida do motor, a eletro-válvula EV3 (cilindro B)
reponsável pelo recuo da mesa é desacionada e a eletro-válvula EV4 “avança”
(cilindro B) é acionada, posicionando a fresa junto ao fim de curso 1 (FC1) para o
início da fresagem.
• O tempo de fresagem é de 15 segundos. Após, a eletro-válvula avança é desligada e o
cilindro B recua. Somente após 1 segundo o motor elétrico da fresa é desligado.
• Logo após a eletro-válvula do cilindro A responsável por soltar a peça é acionada e a
mesma é retirada manualmente.
• Em qualquer momento que for acionado o botão de pressão de emergência (desliga),
deve imediatamente desligar o motor, logo após recuar a mesa da fresa e finalmente
por último soltar a peça. Sempre que necessário devem ser previstos outros
dispositivos de segurança para a execução deste processo.
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18.4. Elaborar um software aplicativo de um transportador de peças com contagem e


separação de caixas pequenas e grandes . Conforme desenho e condições a seguir:
• Velocidade da esteira: 5m/min;
• Comprimento da caixa grande: 0,8 m;
• Comprimento da caixa pequena: 0,2 m;
• Tempo de acionamento do pistão: 0,5 m;
• Prever a contagem separadamente das caixas pequenas e grandes.
• Quando a esteira atingir um total de 10 peças pequenas transportadas a mesma deve
ser desligada, aguardando um novo comando de reinicio.

18.5. Elaborar um programa aplicativo de duas esteiras iguais (A e B) transportadoras de


peças com expulsão automática. Quando as duas esteiras atingirem juntas um total de 10
peças transportadas as mesmas devem ser desligadas e os pistões recuados, aguardando um
novo comando de reinicio.

Esteira A Esteira B
START( liga motor e recuo, desliga avança) E0.0 E0.4
STOP ( desliga motor e avança, liga recuo ) E0.1 E0.5
FC1 ( desliga motor e recuo, liga avança ) E0.2 E0.6
FC2 ( liga motor e recua, desliga avança e incrementa a contagem ) E0.3 E0.7
MOTOR DA ESTEIRA S20.0 S20.3
RECUO DO PISTÃO S20.1 S20.4
AVANÇO DO PISTÃO S20.2 S20.5
CONTAGEM DAS PEÇAS TRANSPORTADAS M0 M1
RESULTADO DA SOMA DAS PEÇAS TRANSPORTADAS M3
RELÉ AUXILIAR ( desliga os dois motores e os dois pistões A0.0
avança , liga os dois pistões recua e zera todos os contadores ) .
Obs: Quando necessário acrescente outras instruções.
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18.6. Elaborar um programa aplicativo de duas esteiras iguais (A e B) transportadoras de


peças com contagem e separação de caixas pequenas(desejadas) e caixas grandes (refugadas),
conforme desenho anexo do projeto número 4. Quando as duas esteiras atingirem juntas um
total de 20 caixas pequenas separadas as esteiras A e B devem ser imediatamente desligadas e
o processo habilitado para uma nova reinicialização. Prever a contagem dos lotes de caixas
pequenas ( 20 caixas ), como também dos lotes de caixas grandes ( 20 caixas ).

Esteira A Esteira B
START ( liga motor) E0.0 E0.1
STOP ( desliga motor ) E0.2 E0.3
SENSOR E0.4 E0.5
MOTOR S20.0 S20.1
PISTÃO DE EXPULSÃO ( retorno por mola ) S20.2 S20.3
TEMPORIZADOR ( de 4 segundos) M0 M1
TEMPORIZADOR ( de 0,5 segundos ) M2 M3
CONTADOR DE CAIXAS PEQUENAS M4 M5
CONTADOR DE CAIXAS GRANDES M6 M7
EMERGÊNCIA E0.6
CONTADOR DO TOTAL DE 20 CAIXAS PEQUENAS M8
CONTADOR DO TOTAL DE 20 CAIXAS GRANDES M9
CONTADOR DOS LOTES DE CAIXAS PEQUENAS M10
CONTADOR DOS LOTES DE CAIXAS GRANDES M11
OBS: Acrescente outras instruções necessárias.
18.7. Elaborar um software aplicativo que implemente o funcionamento automático dos
semáforos de uma avenida principal com os cruzamentos de duas ruas transversais, conforme
desenho anexo. O programa deve prever a melhor racionalização possível no fluxo de
veículos. Na programação devem ser utilizadas as instruções CAB, MOT, MOV, e outras
necessárias.
18.8. Elaborar um software aplicativo que implemente o funcionamento automático dos
semáforos no cruzamento de duas avenidas, conforme desenho anexo. O programa deve
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prever a melhor racionalização possível no fluxo de veículos e pedestres. Na programação
devem ser utilizadas as instruções CAB, MOT, MOV, e outras necessárias.

Exercício 7 Exercício 8

18.9. Elaborar um software aplicativo que implemente o controle automático do sistema de


fornecimento de água de um prédio. Conforme modelo anexo.
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18.10. Elaborar um software aplicativo que implemente o acionamento automático de um


forno elétrico resistivo , conforme as condições de funcionamento abaixo:
• A temperatura de trabalho deve ficar compreendida entre 330 °C e 380 °C.
• A resistência elétrica n° 1 deve ser acionada para temperaturas compreendidas entre
0 °C e 380 °C.
• A resistência elétrica n° 2 deve ser acionada para temperaturas compreendidas entre
200°C e 380 °C.
• Para temperaturas superiores a 380 °C as resistência elétricas n° 1 e n° 2 devem ser
imediatamente desligadas e uma lâmpada vermelha acionada indicando
ultrapassagem de temperatura de trabalho.
• Prever uma lâmpada branca para indicar que o forno esta ligado, uma amarela para
desligado e uma verde como indicação de temperatura normal de trabalho.

18.11. Elaborar um software aplicativo que implemente o acionamento automático da esteira


transportadora de peças, com contagem e separação das caixas pequena e grandes. Conforme
desenho a seguir. A esteira encontra-se no Laboratório de Máquinas Elétricas.

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