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Ações inéditas vão contribuir para o aumento da expectativa de vida e para a redução
dos índices de doenças e mortes

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O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (27), em Brasília, a Política Nacional


de Saúde do Homem, que tem por objetivo facilitar e ampliar o acesso da população
masculina aos serviços de saúde. A iniciativa, um dos compromissos de posse do
ministro da Saúde, José Gomes Temporão, é uma resposta à observação de que os
agravos do sexo masculino são um problema de saúde pública. A cada três mortes de
pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as
mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial
mais elevadas. Ao todo serão investidos R$ 613,2 milhões, em oito eixos de ação, entre
eles de comunicação, promoção à saúde, expansão dos serviços, qualificação de
profissionais e investimento na estrutura da rede pública.

³Essa política parte da constatação de que os homens, por uma série de questões
culturais e educacionais, só procuram o serviço de saúde quando perderam sua
capacidade de trabalho. Com isso, perde-se um tempo precioso de diagnóstico precoce
ou de prevenção, já que chegam ao serviço de saúde em situações limite´, disse o
ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
A política tem um plano dividido em nove eixos de ação a serem executados até 2011 e
prevê o aumento de até 570% no valor repassado às unidades de saúde por
procedimentos urológicos e de planejamento familiar, como vasectomia, e a ampliação
em até 20% no número de ultrassonografias de próstata.

Por meio dessa iniciativa, o governo federal quer que, pelo menos, 2,5 milhões de
homens na faixa etária de 20 a 59 anos procurem o serviço de saúde ao menos uma vez
por ano. Além de criar mecanismos para melhorar a assistência oferecida a essa
população, a meta é promover uma mudança cultural.

³Em geral, os homens têm medo de descobrir que estão doentes e acham que nunca vão
adoecer, por isso não se cuidam. Não procuram os serviços de saúde e são menos
sensíveis às políticas. Isso coloca um desafio ao SUS, já que vai exigir do sistema
mudanças estruturais para que o sistema esteja mais sensível, inclusive com o
treinamento de profissionais para que olhem de forma mais atenta a essa população´,
afirmou o ministro.

A nova política coloca o Brasil na vanguarda das ações voltadas para a saúde do
homem. O país será o primeiro da América Latina e o segundo do continente americano
a implementar uma política nacional de atenção integral à saúde do Homem. O primeiro
foi o Canadá. A política está inserida no contexto do Programa ³Mais Saúde: Direito de
Todos´, lançado em 2007 pelo Ministério da Saúde para promover um novo padrão de
desenvolvimento focado no crescimento, bem-estar e melhoria das condições de vida do
cidadão brasileiro.
× ×   ± As ações da Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde do Homem buscam romper os obstáculos que impedem os homens de frequentar
os consultórios médicos. Entre os seus subsídios está uma pesquisa feita com sociedades
médicas brasileiras e conselhos de saúde. Divulgado em 2008, o levantamento ouviu
cerca de 250 especialistas e mostrou que a população masculina não procura o médico
por conta de barreiras culturais, entre outras. ³Eles foram educados para não chorar e
para manter a couraça de que são µmachos¶. Também alegam que são os provedores e
têm medo de que se descubram doenças, mas hoje as mulheres são tão provedoras
quanto eles. Queremos mudar essa cultura para que eles vivam melhor´, diz Alberto
Beltrame, secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.

Na maioria das vezes, os homens recorrem aos serviços de saúde apenas quando a
doença está mais avançada. Assim, em vez de serem atendidos no posto de saúde, perto
de sua casa, eles precisam procurar um especialista, o que gera maior custo para o SUS
e, sobretudo, sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família.

A não-adesão às medidas de saúde integral por parte dos homens leva ao aumento da
incidência de doenças e de mortalidade. Números do Ministério da Saúde mostram que,
do total de mortes na faixa etária de 20 a 59 anos ± população alvo da nova política -,
68% foram de homens. Ou seja, a cada três adultos que morrem no Brasil, dois são
homens, aproximadamente. Os últimos dados de óbitos consideram o ano de 2005.
Além disso, números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam
que, embora a expectativa de vida dos homens tenha aumentado de 63,20 para 68,92
anos de 1991 para 2007, ela ainda se mantém 7,6 anos abaixo da média das mulheres.

 × c  ± O investimento previsto no Plano de Ações decorrente da política


será de R$ 613,2 milhões até 2011. Desse total, R$ 105,6 milhões serão para aumentar o
valor de repasse de oito procedimentos (veja abaixo), ampliar o número de
ultrassonografias de próstata e de cirurgias para doenças do trato genital masculino entre
2009 e 2011.

 


  
- R$ 455 milhões para capacitação e treinamento de profissionais de saúde. Desse total,
R$ 91 milhões serão exclusivos para o atendimento da população masculina.

- R$ 105,6 milhões para aumentar o número de vasectomias, ultrassonografia de


próstata e de cirurgias para doenças do trato genital masculino entre 2009 e 2011

- R$ 27 milhões para compra de insumos e equipamentos e contratação de recursos


humanos entre 2009 e 2011
- R$ 17,6 milhões para ações de comunicação e educativas para incentivar os homens a
procurar os serviços de saúde entre 2009 e 2011

- R$ 8 milhões divididos entre todos os estados e o DF para que eles preparem um Plano
de Ação entre 2009 e 2011

O governo vai aumentar em 148% (de R$ 123,18 para R$ 306,47) o valor de repasse
para a vasectomia realizada em ambulatório e em 20% o da feita por meio de internação
(de R$ 255,39 para R$ 306,47). A proposta é igualar o valor das duas para incentivar o
aumento desses procedimentos feitos em ambulatórios, para que passe de 35 mil, em
2008, para 50 mil, em 2010. Em média, 69,57% deles ainda são feitos por meio da
internação (veja quadro ao final do texto), mas esse espaço deveria ser utilizado para
cirurgias mais complexas. ³A vasectomia é simples, rápida e segura e pode ser feita em
ambulatório com tranquilidade´, afirma Beltrame. Com essas medidas, o governo quer
incentivar a participação dos homens no planejamento familiar.

Outros procedimentos cujos valores serão aumentados (e equiparados) serão os de


postectomia ambulatorial (passa de R$ 32,68 para 219,12 ± aumento de 570%) e
hospitalar (passa de R$ 109,56 para R$ 219,12 ± 100%), também visando a incentivar a
sua realização em ambulatório. Também conhecida como circuncisão, a postectomia
consiste na retirada da pele do prepúcio que encobre a glande do pênis e é indicada para
portadores de fimose (dificuldade ou mesmo impossibilidade de expor a glande). Além
disso, essa cirurgia facilita a higiene e está relacionada à prevenção do tumor do pênis e
à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

A prostatectomia suprapúbica, realizada por meio da abertura abdominal e apenas na


modalidade hospitalar (internação) passará de R$ 811,06 para R$ 1.001,7 (23%). Ela
consiste na remoção parcial (central) da próstata, demanda de dois a três dias de
internação e é a opção mais segura para homens cuja próstata tenha peso estimado
superior a 80 gramas. Essa operação melhora o fluxo urinário ou mesmo dispensa o uso
de sonda vesical de demora (quando o paciente carrega um frasco onde é depositada a
urina). Diante disso, a revisão do valor dessa cirurgia busca reduzir as longas filas de
portadores de sonda vesical, melhorando a sua qualidade de vida.

A prostatovesiculectomia radical, por sua vez, passará de R$ 832,05 para R$ 1.088,4


(30%). Indicada para o tratamento do câncer de próstata, ela consiste na remoção total
da próstata, vesículas seminais ou outras estruturas prévias e reconstrução da bexiga e
da uretra. O aumento no valor do procedimento busca atender a necessidade do
tratamento desse câncer e incentivar uma melhor remuneração do serviço profissional.

Já o valor da orquiectomia subcapsular bilateral aumentará de R$ 385,22 para R$


433,62 (12,5%). Voltada para o tratamento do paciente portador do câncer metastático
de próstata (quando a neoplasia passa para outras partes do organismo), ela consiste na
retirada dos testículos e busca reduzir a produção de testosterona, já que este hormônio
³alimenta´ o tumor. Por último, o valor da biópsia de próstata ²utilizada para
diagnóstico mais precoce do câncer de próstata para possibilitar o seu tratamento ²
passará de R$ 46,19 para R$ 92,38 (100%).

 c - Destaca-se também a ampliação em 20% ao ano no número de


ultrassonografias de próstata para prevenção e diagnóstico de tumores malignos. A meta
é que eles passem de 78 mil, em 2008, para 110 mil, em 2010. Para isso, nos próximos
dois anos, o governo federal investirá R$ 4,4 milhões, além das ações para incentivar os
homens a procurar os serviços de saúde.

A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é de que 49.530 homens tenham


câncer de próstata em 2009. Esse número representa 52,43 casos da doença a cada 100
mil homens. Ainda de acordo com o Inca, a taxa de mortalidade por câncer de próstata
passou de 6,31 para 13,93, de 1979 para 2006 - aumento de 120%. Como esse tumor
geralmente apresenta uma evolução muito lenta, o ministério pretende evitar os óbitos
por meio do diagnóstico e tratamento precoce da doença.

 ± O Ministério da Saúde também quer ampliar em 10% ao ano o número


de cirurgias para patologias e cânceres do trato genital masculino, passando de 100 mil,
em 2008, para 110 mil, em 2009, e 121 mil até 2010. Com um investimento de R$ 73,6
milhões em dois anos, essa iniciativa ampliará o acesso ao tratamento, por exemplo, do
câncer de pênis, um tumor relacionado com as baixas condições sócio-econômicas e
com a má higiene íntima. No Brasil, este câncer representa cerca de 2% de todas as
neoplasias que atingem o homem, sendo mais frequente nas regiões Norte e Nordeste.
Ao menos mil pênis são amputados por ano no Brasil em razão dessa doença, segundo
levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Do total de recursos, R$ 455 milhões serão destinados às ações de qualificação de


profissionais de saúde. Dentro disso, R$ 91 milhões serão específicos para o
atendimento da população masculina de 20 a 59 anos, considerando a parcela de
homens a receber assistência nos serviços de saúde.

Dentro desse projeto, o ministério capacitará 32 mil médicos das equipes de saúde da
família (ESF) e elaborará uma estratégia para inserir a saúde do homem nos conteúdos
de educação a distância do Telessaúde. Esse treinamento será planejado e realizado por
cada estado. Outro foco será o treinamento de pessoas de nível de escolaridade médio
em áreas técnicas estratégicas para saúde.
Outro eixo de ações do governo federal será a campanha de prevenção e orientação para
a população masculina, com investimento de R$ 10 milhões nos próximos dois anos.
Esse eixo inclui a Semana de Promoção da Saúde do Homem, a ser realizada sempre no
mês de agosto. Além disso, o MS vai distribuir 26,1 milhões de cartilhas sobre
prevenção, diagnóstico, tratamento de câncer e promoção de hábitos saudáveis.
Também serão enviadas para os estados 6,52 milhões de cartilhas, até 2011, sobre
direitos sexuais e reprodutivos e métodos anticoncepcionais para homens. ³Depois de
tudo isso, vamos investir na avaliação do impacto dessa política nos municípios para
definir as novas linhas de ação´, informa o secretário Beltrame.

AUMENTO NO VALOR DOS PROCEDIMENTOS


Valor NOVO
No. Descrição 2008 Valor
2009
1 POSTECTOMIA HOSPITALAR 109,56 219,12
POSTECTOMIA
2 32,68 219,12
AMBULATORIAL
PROSTATECTOMIA
3 811,06 1001,7
SUPRAPUBICA
4 PROSTATOVESICULECTOMIA 832,05 1088,4
ORQUIEQTOMIA
5 385,22 433,62
SUBCAPSULAR BILATERAL
VASECTOMIA
6 123,82 306,47
AMBULATORIAL
7 VASECTOMIA HOSPITALAR 255,39 306,47
8 BIOPSIA DE PROSTATA 46,19 92,38
Vasectomias no Brasil, SUS.
Número de Procedimentos Ambulatorial e Hospitalar - 2007 e 2008

Modalidade 2007 2008


Ambulatorial 14.055 8. 518
Hospitalar 23.814 26.242
Total 37.869 34.760
Fonte: CGSOS / DRAC/ SAS/MS, agosto de 2009

Postectomias no Brasil, SUS.


Números de Procedimentos Hospitalar e Ambulatorial - 2008

Modalidade 2008
Hospitalar 32.085
Ambulatorial 5.478
Total 37.563
Fonte: CGSOS / DRAC/ SAS/MS, agosto de 2009

Prostatovesiculectomia Radical no Brasil, SUS.


Números de Procedimento Hospitalar - 2008

Modalidade 2008
Hospitalar 1.513
Total 1.513
Fonte: CGSOS / DRAC/ SAS/MS, agosto de 2009

Orquiectomia Subcapsular Bilateral no Brasil, SUS.


Números de Procedimento Hospitalar - 2008

Modalidade 2008
Hospitalar 2.764
Total 2.764
Fonte: CGSOS / DRAC/ SAS/MS, agosto de 2009

Eixos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem


Eixo Ações Investimento
2009/2010
I ± Implantação da Envio de R$ 8 milhões em dois anos para o R$ 8 milhões
Política Nacional de conjunto de 26 estados e o DF, além de 26
Atenção Integral à municípios (a serem selecionados), para a
Saúde do Homem elaboração do Plano de Ação 2009-2011. O
objetivo é estruturar a atenção à população
masculina brasileira.
Eixo II ± Promoção de A meta deste eixo é aumentar o número de R$ 17,6 milhões
Saúde homens que procuram os serviços de saúde
da atenção primária por meio da
sensibilização da população e da capacitação
dos serviços de saúde. Este eixo será
realizado em conjunto com os eixos III - de
Informação e Comunicação ± e VI, de
capacitação de profissionais.
Eixo III ± Informação A) Realização da Semana de Promoção da
e Comunicação Saúde do Homem, por meio de campanha
nacional a ser realizada sempre no mês de
agosto.

B) Distribuição de 26,1 milhões de cartilhas


para estados e municípios sobre prevenção,
diagnóstico, tratamento de câncer e
promoção de hábitos saudáveis.
C) Também serão enviadas para os estados
6,52 milhões de cartilhas, até 2011, sobre
direitos sexuais e reprodutivos e métodos
anticoncepcionais para adolescentes, adultos
e profissionais de saúde da atenção básica.
Eixo IV ± A) Articulação com diversas áreas do Valores a serem
Participação, relações governo com o setor privado e sociedade definidos
institucionais e para efetivar a atenção integral à saúde do
controle social homem. Inicialmente, será elaborado um
projeto sobre saúde da população masculina
com o SESI, com apoio das Confederações
Sindicais, que inclua, no mínimo, 50
empresas com mais de mil trabalhadores até
o fim de 2010.
B) Parceria para incorporar a saúde do
homem ao projeto de saúde de uma das
Forças Armadas ± inicialmente com o
Exército ± até 2010.
C) Elaboração de estudos para promoção da
saúde para grupos específicos da população
masculina, até o fim de 2011.
D) Inclusão da saúde do homem no Programa
Nacional de Saúde Escolar (PNSE).

Eixo V ± Implantação A) Aumentar o valor de repasse de R$ 105,6 milhões


e expansão do sistema procedimentos urológicos e de vasectomia.
de atenção à saúde do
homem
B) Ampliação em 20% ao ano no número
de ultrassonografias de próstata para
prevenção e diagnóstico de tumores
malignos, passando de 78 mil, em 2008, para
110 mil, em 2010.

C) Ampliação em 10% ao ano no número


de cirurgias para patologias e cânceres do
trato genital masculino, passando de 100 mil,
em 2008, para 110 mil, em 2009, e 121 mil
até 2010.
Eixo VI ± A) Qualificação de 32 mil equipes da R$ 455 milhões
Qualificação de Estratégia Saúde da Família (ESF), até o fim
profissionais de saúde de 2011, começando pelos municípios eleitos
(a serem selecionados).

B) Elaboração de um projeto para inserir a


saúde do homem nos conteúdos de educação
a distância do Telessaúde para diagnóstico de
patologias e câncer do trato genital
masculino, até o final de 2011.
C) Qualificação de profissionais de nível
médio em áreas técnicas estratégicas para a
saúde.
Eixo VII ± Insumos, Elaboração de uma lista de recursos R$ 27 milhões
equipamentos e humanos, equipamentos e insumos
recursos humanos necessários para atender a população
masculina. Aquisição de preservativos para
serem distribuídos por meio do Programa
Nacional DST/Aids.
Eixo VIII ± Sistemas Analise dos sistemas de informação Valores a serem
de informação existentes para coletar os indicadores definidos
atualmente utilizados para monitorar a saúde
da população masculina. Estudo e utilização
desses indicadores para a tomada de decisões
e correção de trajetória.
Eixo IX ± Avaliação Elaboração e análise dos indicadores que Valores a serem
do projeto piloto permitam aos gestores monitorar as ações e definidos
serviços e avaliar seu impacto, redefinindo,
caso necessário, estratégias e atividades.
Total R$ 613,2 milhões

 

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