A imprensa já foi chamada de "o quarto poder", expressão que traça um
paralelo com os demais poderes da democracia: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Mais do que um elogio, era também um empenho para que os veículos de comunicação primassem pela isenção e pela imparcialidade.
Muitos países, o nosso inclusive, devem aos verdadeiros jornalistas grandes
conquistas em prol da liberdade e da justiça social. Mas, como tudo o que cresce demais acaba virando instrumento de dominação, os mega-jornais e TVs do mundo viraram arautos dos interesses de seus proprietários.
No Brasil, temos grupos que - além influir poderosamente na política nacional
- também difundem idéias sectárias, intolerância e exclusão das minorias.
Nessa rota anti-diversidade, vemos que a manipulação das notícias obedece a
uma lógica perversa, na qual coerência e apego à veracidade são raridades estratégicas.
Assim, fica fácil acusar os indígenas de impedirem o progresso na reserva
Raposa Serra do Sol, por exemplo. Ou de, então, endeusar alguma socialite em sua enésima cirurgia plástica. E, ainda, de achincalhar adversários, denegrir a moral de desafetos, destruir famas, desagregar comunidades, indispor vizinhos e matar a cordialidade.
Subestimar o poder das mídias é brincar com fogo. Mas desconhecer a
dinâmica desse ambiente, aceitando bovinamente a essa tirania, é uma tremenda estupidez.
Cobrar da imprensa o seu verdadeiro papel na sociedade é um ato de
cidadania. Acordar para essa realidade pode ser uma tarefa de titã, mas a recompensa vale a pena. ------------------------------------OBRIGADO !<---------------------------------