Sie sind auf Seite 1von 18

1

Em 02-08-10
Prof. Joaquim
Roseli – roseli.rosendo@mte.gov.br
DIREITO TRIBUTÁRIO I
1. CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO:
Hugo de Brito Machado: DIREITO TRIBUTÁRIO é o ramo do direito que se ocupa das relações
entre o fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributarias de qualquer espécie, limitando o
poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder.
Luciano Amaro: define DIREITO TRIBUTÁRIO como sendo a disciplina jurídica dos tributos, com
que se abrange todo conjunto de princípios e normas reguladores da criação, fiscalização e
arrecadação das prestações de natureza tributaria.
Portanto, é o ramo do direito que elenca uma série de normas e princípios voltados para
instituição, fiscalização e arrecadação de tributos.
OBS.: A função do DIREITO TRIBUTÁRIO é de proteger o cidadão contra a ganância
arrecadadora do Estado.

1.2 CONCEITO DE TRIBUTO:


Art. 3°, CTN: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
Tributo é prestação:
a) pecuniária (em dinheiro)
b) compulsória
c) diversa de multa
d) instituído por lei (com previsão em lei)
e) cobrada por lançamento
f) Que não constitua sanção de ato ilícito
g) cobrada por atividade administrativa plenamente vinculada à lei
OBS.: É uma prestação que deve ser paga em moeda (real ou cheque). Não se admitie o tributo
in natura (milho, soja, etc.) nem o tributo in labore. Contudo, pode ser pago em vale postal, e
dependendo da lei em estampilha, papel selado e processo mecânico
Art. 162, CTN - O pagamento é efetuado:
I – em moeda corrente, cheque ou vale postal;
II – nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico.
b) Tributo é OBRIGATÓRIO. Com isso, não é contratual, facultativo nem voluntario.
c) Não é multa.
Tributo - é pago em virtude da ocorrência do fato gerador (prática de ato licito) – por comissão
Multa – é paga em virtude do descumprimento de obrigação (ato ilícito) – por omissão.
2
Multa não e tributo, mas deve estar prevista na lei tributaria (reserva legal)

Art. xxx, §único, CF: Estado democrático de Direito

Art. 5°, CF: Princípio da RESERVA LEGAL LEI = O tributo está na lei, ou seja, só
há tributo se houver lei, por isso o administrador não pode mudar o tributo a seu bel prazer.

TRIBUTAÇÃO relação jurídica:


a) É uma atividade jurídica.
b) Não é uma relação de poder SOBERANIA

LEI JUSTIÇA DIREITO

PACIFICAÇÃO SOCIAL

Princípios tributários aplicáveis à multa


a) Da legalidade
b) Da vedação ao confisco – STF
c) Da irretroatividade tributaria
OBS.: No art. 106, c, do CTN, temos a retroação benéfica:
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I – em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de
penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II – tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que
não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da
sua prática.
d) Depende de lei. Aqui há uma mitigação, posto que existem as seguintes ressalvas:
EXCEÇÕES: Art. 153, §1°, CF: II, IE, IOF, IPI, CIDE (combustível) e ICMS (combustível).
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I – importação de produtos estrangeiros;
II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
3
IV – produtos industrializados;
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei,
alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
Alteração de base de cálculo do tributo por ato infralegal, desde que obedeça a índices oficiais de
correção monetária do período, pois é atualização.
Exemplo: Decreto altera base de cálculo do IPTU, conforme o art. 97, §§1° e 2º, CTN:
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I – a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II – a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e
65;
OBS.: Medida Provisória cria e aumenta imposto, exceto tributos afetos à lei complementar (por
exemplo, no caso de imposto sobre grandes fortunas).
Art. 62, §2°, CF - Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 2º MEDIDA PROVISÓRIA que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os
previstos nos artigos 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro
seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
e) Depende de lançamento (art. 142, CTN)
O lançamento é de índole documental, é ato vinculado e privativo do fisco, podendo haver, em
certos casos, colaboração do contribuinte.
Art. 142, CTN: Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário
pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência
do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da
penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional.

FORMAS DE INTERPRETAR A LEI TRIBUTÁRIA:


a) Art. 107 a 110 (Integração da Lei):
b) Art. 111 (Interpretação da Lei): Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha
sobre:
I – suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II – outorga de isenção;
III – dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
4
c) Art. 112 (Interpretação mais benéfica da Lei): A lei tributária que define infrações, ou lhe
comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida
quanto:
I – à capitulação legal do fato;
II – à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus
efeitos;
III – à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV – à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
Dispositivos legais que tratam da matéria tributária:
a) Constituição Federal: - trata do Sistema Tributário Nacional (STN)
Art. 145 a 162, CF: xxxx
Sistema Tributário nacional (STN) = tem a função de dar a competência tributária para instituir
o tributo, e limita o poder de tributar, garantindo a tributação como uma relação jurídica.

b) Código Tributário Nacional:

2. FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO


A Fonte do Direito Tributário = é a lei
Grande maioria da doutrina costuma distinguir as fontes materiais e formais do Direito Tributário.
As fontes materiais são os eventos, os fatos do mundo real que desencadeiam a incidência da
tributação. Seriam, portanto, os fatos geradores da incidência tributária.
De outra sorte, as fontes formais se referem aos veículos que introduzem as regras tributárias no
sistema, delas se extraindo o sentido das normas. São as leis, os tratados e convenções
internacionais, os decretos e as normas complementares que versem sobre as relações jurídicas
tributárias. É a legislação tributária apontada no art.96 do CTN.
Vale aqui abordar a distinção entre lei e legislação tributária.
A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA compreende as espécies acima descritas contidas no art. 96, do
CTN: A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções
internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre
tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
Entretanto a LEI é um instrumento normativo que pode ser analisada no sentido formal e no
sentido material.
No SENTIDO FORMAL, lei é o ato jurídico produzido pelo Poder constitucionalmente competente
para o exercício da função legislativa: o Legislativo.
No SENTIDO MATERIAL, lei é o ato jurídico normativo que contenha uma regra de direito
objetivo. Quando um ato jurídico apresenta o sentido material ou formal da lei, estaremos diante
da lei no sentido amplo. Se, por outro lado, o ato jurídico reunir os aspectos formal e material da
5
lei, estará detectada a lei no sentido restrito, ou seja, a norma jurídica elaborada pelo Poder
competente para legislar, nos termos da Constituição, observado o processo nela estabelecido.
Já a expressão legislação retrata a lei no sentido amplo, comportando a lei em sentido restrito, os
tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares. São também
considerados como integrantes da legislação tributária, as medidas provisórias, os decretos
legislativos e as resoluções do Senado.
A lei ordinária difere da lei complementar pelos aspectos material e formal dessa última. A lei
complementar, no seu aspecto material, disciplina as matérias expressamente apontadas pela
Constituição. Formalmente, exige-se que a lei complementar tenha maioria absoluta (art. 69 da
Constituição) para a sua aprovação.

OBS.: Direito material ≠ direito processual


O Direito formal descreve a maneira de obter tais "direitos", as formas percorríveis, o caminho a
proceder. E esse caminho segue os critérios processuais.
O Direito material é exatamente aquele direito que o cidadão encontra por força do direito
positivo, ou seja,do direito que está na norma.
O Direito formal delineia o meio para obter o fim = Direito material, substantivo, subjetivo etc.
Direito material é usado em contraposição ao Direito formal. Enquanto o direito material
descreve o que se tem direito, o direito formal descreve como obter este direito.
Foi o italiano Carnelutti quem propôs a divisão do ordenamento jurídico em duas partes: O direito
material (direito civil, penal, constitucional), e o direito processual (processual civil, penal e
trabalhista)
As regras de Direito material, são todas aquelas que regulam o convívio social entre pessoas e
entre elas e o Estado, deferindo a eles, direitos e obrigações.
As regras de direito processual regulam a existência de processos judiciais, bem como o modo
destes se iniciarem, se desenvolverem e terminarem.

Direito processual: serve para efetivar um pretenso direito que não está sendo cumprido
Exemplo: A (locador) faz um contrato de locação com B (locatário)
O locador tem o direito material de receber o pagamento da locação bem como o locatário tem
o direito de usufruir do objeto locado. A obrigação do locador é deixar o locatário usufruir do que
locou, assim como o locatário tem a obrigação de pagar por essa locação. Caso não ocorra o
pagamento entra o direito processual (na justiça)

Coisa Julgada “FORMAL” (esgotaram-se os meios – aspecto processual)


Coisa julgada formal é aquela que ocorre internamente no processo, significa que foram
esgotados todos os meios recursais ou ainda que transcorreu o prazo para recurso, é aquela
que surte efeito apenas no aspecto processual.
6
A coisa julgada formal trata-se da imutabilidade da sentença apenas no tocante ao aspecto
processual, não envolve questão de direito material.
Coisa Julgada “MATERIAL” (atrelada ao pedido, ao direito do autor/réu)
Coisa julgada material é a imutabilidade dos efeitos da sentença que envolve diretamente o
direito material do autor, é aquela que reflete sobre questões do direito em si, não tem
aspecto processual, trata e interfere diretamente no mérito da questão.

Resumo de processo legislativo


O art. 59 da CF diz quais são os atos normativos do processo legislativo:
Art. 59,CF: O processo legislativo compreende a elaboração de:
I – emendas à Constituição;
II – leis complementares;
III – leis ordinárias;
IV – leis delegadas;
V – medidas provisórias;
VI – decretos legislativos;
VII – resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e
consolidação das leis.
OBS.: São atos normativos primários porque emanam da Constituição
Competência do Congresso Nacional- Art. 48,CF:
Competência exclusiva do Congresso Nacional- Art. 49,CF:
Competência da Câmara - Art. 50,CF:

OBS.: Direito Público ≠ direito privado


Direito público: quando trata de interesse público. Dessa forma, o poder público está NE relação
jurídica. Aplica-se a supremacia do interesse público predominando em relação ao interesse
privado.
Direito privado: Ambos (sujeito ativo e passivo) concorrem em condições de igualdade

Em 09-08-10 (morte da Bel)


Art. 118, CTN (princípio non oet – o dinheiro não tem cheiro):A definição legal do fato gerador
é interpretada abstraindo-se:
I – da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou
terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II – dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
7
3. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS - Art. 5°, CTN combinado com o art. 145, CF
As Espécies tributárias são: impostos, taxas e contribuição de melhoria, contribuições sociais e
empréstimo compulsório.
OBS.: O tributarista Roque Carrara divide os serviços públicos em serviços universais (uti
universis), devem sempre ser financiados por impostos, e em serviços singulares (utisingulis),
podem ser financiados por taxas.
1) IMPOSTO – é um tributo não-vinculado, pois não há uma contraprestação, pois serve para
financiar os serviços universais (que não se pode mensurar o que cada contribuinte deve
usufruir: educação, saúde, segurança pública, serviço de justiça...). Ao contrário dos serviços
singulares (em que se pode mensurar o que cada contribuinte deve usufruir: coleta de lixo, )
podem ser financiadas por taxa.
Art. 16, CTN: Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Os IMPOSTOS são de competência privativa dos entes.
Os TRIBUTOS podem ser
a) Fiscal – criado para arrecadar recursos a pessoa jurídica de direito público interno, para que
possa cobrir seus gastos. O tributo que tenha como objetivo preponderante a arrecadação. Ou
seja, aquela exação que é instituída com o fim maior de prover o Estado dos meios necessários
ao desempenho de suas atividades de atender ao bem comum, às necessidades coletivas.
Exemplo: Imposto de Renda.

b) Extrafiscal – se refere à intenção estatal de interferir no domínio econômico, alterando


alíquotas, a depender das diretrizes instituídas pelas políticas econômica e fiscal cuja função
prioritária do imposto não é arrecadar, por exemplo, o ITR cuja função é desestimular a
manutenção de terras improdutivas para que a terra possa cumprir sua função social.
Assim, quando há uma necessidade de se conter uma eventual evasão de divisas, o Governo
ajusta as alíquotas de importação, aumentando-as, inibindo, desta forma, o desequilíbrio da
balança comercial.
De outra sorte, quando a intenção é incentivar a produção de uma determinada atividade
industrial, a União pode intervir na economia, reduzindo a alíquota do IPI referente àquele
segmento.

b) Parafiscal - são tributos incluídos na espécie tributária chamada contribuição especial no


interesse de categorias econômicas ou profissionais. Sua arrecadação é destinada ao custeio de
atividade paraestatal, ou seja, atividade exercida por entidades privadas, mas com conotação
social ou de interesse público.
8
Exemplo: a atividade desenvolvida pelo SESC, SENAC, SESI, SENAI, SEST, SENAT e
SEBRAE.

2) TAXAS – é um tributo vinculado a um agir estatal. As taxas são abordadas no art. 77 a 80,
CTN.
Art. 145, II, CF: taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição;
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
Art. 78. Considera-se PODER DE POLÍCIA a atividade da administração pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade
e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado
pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e,
tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I – utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
II – específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de
utilidade ou de necessidade públicas;
III – divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
Art. 80. Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito
das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios aquelas que,
segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito
Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, competem a cada uma dessas
pessoas de direito público.

SÍNTESE DO ASSUNTO: ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS


Art. 5°, CTN: Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Art. 145, CF: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:
I – impostos;
9
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
OBS.: O Art. 5°, CTN e o art. 145, CF demonstram a TEORIA TRIPARTITE, TRIPARTIDA ou
TRICOTÔMICA, visto que elenca apenas três espécies de tributos. São eles: impostos, taxas e
contribuição de melhoria.
Ocorre que, atualmente, não vige mais no Brasil a TEORIA TRICOTÔMICA, pois, com o passar
do tempo apareceram figuras que receberam da doutrina e do STF tratamento tributário. Tal
incremento deu respaldo ao advento da TEORIA PENTAPARTITE, PENTAPARTIDA ou
QUINQUIPARTITE, em que se incluem: contribuições sociais, empréstimo compulsório.
CTN e CF: impostos, taxas e contribuição de melhoria
DOUTRINA e STF: contribuições sociais, empréstimo compulsório conforme o art. 148, CF: A
União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra
externa ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,
observado o disposto no artigo 150, III, b.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

OS IMPOSTOS
Art. 16, CTN: Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
OBS.: O imposto é o tributo não-vinculado à atividade estatal. Tal gravame, ligando-se à
atividade do particular (eu ajo, eu pago), visa custear as despesas públicas gerais do Estado
(saúde, segurança púbica, iluminação pública).
Os impostos são tratados, no plano da distribuição das competências, no texto constitucional.
IMPOSTOS ≠ TAXAS

As TAXAS podem ser: taxas de polícia e taxas de serviço.


a) Taxas de polícia: são exemplo o (alvará de licenciamento, em atividade de evento público
deve haver uma fiscalização do CREA, dos bombeiros, ou seja, as taxas de polícia estão sempre
ligadas a uma fiscalização do poder público).
Qual o fato gerador? Exercício regular do poder de polícia.
O que fundamenta o exercício regular do poder de polícia? É fundamentado pelo princípio da
supremacia do interesse público.

b) e taxas de serviço: tem previsão legal no art. 145, II, CF, e art. 77, CTN
10
Qual o fato gerador? A prestação de serviços. Os serviços públicos devem ser específicos e
divisíveis (é quando se pode mensurar o que cada tomador do serviço usufrui desse serviço).
O Art. 79, CTN: Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I – utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
II – específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de
utilidade ou de necessidade públicas;
III – divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
A SÚMULA n°670 DO STF considerou a taxa de iluminação pública ilegal. Mas como os
municípios perderam muito dinheiro e apelaram para o art. 149-A, da CF (incluído pela EC
39/2002).
SÚMULA n°670 DO STF: Iluminação Pública – Taxa = O serviço de iluminação pública não
pode ser remunerado mediante taxa.
Art. 149-A, da CF: Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos artigos 146,
III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no artigo 195, § 6º, relativamente às contribuições a
que alude o dispositivo.
Verificar a RE/STF n°185.050 que trata da questão da taxa de iluminação pública para
contribuição de iluminação pública.
A utilização do serviço pode ser efetiva ou potencial:
a) efetiva: quando o serviço é efetivamente utilizado: emissão de passaporte – nesse caso a taxa
deve ser cobrada.
b) potencial: a taxa só deve ser cobrada se a utilização do serviço for compulsória (obrigatória):
taxa de esgoto.

Em 23-08-10
TAXA x TARIFA PÚBLICA
RE 209.365-3/SP
a) Serviços públicos propriamente estatais – em cuja prestação o Estado sem vale do
exercício de soberania, visualizada sob o ponto de vista interno e externo. Esses serviços são
indelegáveis, porque somente o Estado pode prestá-los. São remunerados, por isso mesmo,
mediante taxas.
11
b) Serviços públicos essenciais ao interesse público – são os serviços prestados ao
interesse da comunidade. São remunerados mediante taxas, e porque as atem remuneradas são
essenciais do interesse público à comunidade, ou à coletividade, a taxa incide sobre a utilização
efetiva ou potencial do serviço.
Ex.: coleta de lixo, sérvio de sepultamento....

c) Serviços públicos não essenciais – e que, quando não utilizados disso não resulta dano ou
prejuízo para a comunidade ou para o interesse público. Esses sérvios são, em regra, delegados,
pois podem ser concedidos e podem ser remunerados mediante preço público.
Ex.: serviço telefônico, serviço postal....

RELAÇÃO DO PRESTADOR E TOMADOR DE SERVIÇOS


TAXA PREÇO PÚBLICO
Regime de direito público Regime de direito privado
Vínculo obrigacional e legal Vínculo contratual
Sujeito ativo: poder público Sujeito ativo: poder público ou privado
Utilização efetiva ou potencial Utilização
Receita derivada – (quando o Estado invade o Receita originária – (quando o Estado utiliza a
patrimônio de terceiros) própria renda para auferir renda)

Obs.: O contribuinte somente está obrigado a pagar uma taxa em razão da utilização potencial
quando o serviço que ensejar a cobrança da taxa for de utilização obrigatória. Caso contrário, se
o serviço não for de utilização obrigatória, a obrigação da taxa somente ocorrerá se houver uma
efetiva utilização do serviço. Em ambos os casos, o serviço deverá estar ao serviço do
contribuinte.

3) CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (art. 145, III, CF; art.81 e 82, CTN)


CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: é decorrente de obras públicas, enquanto os IMPOSTOS são
tributos não-vinculados, porque não existe uma contraprestação específica do Estado. Já as
TAXAS e a CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA são tributos vinculados a uma atividade estatal
específica.
- É um tributo vinculado por haver uma contraprestação estatal especifica relativa ao contribuinte.
É de competência comum (União/Estado/DF/Município) = Quem faz a obra e quem poderá
cobrar.
3.1) Nexo causal
Obra pública – valorização imobiliária
O princípio da vedação ao enriquecimento sem causa.
Os requisitos estão previstos no CTN
12
- Existência de melhoria em imóvel determinado e nexo causal entre a melhoria havida e a
realização da obra.
Ex.: Julgamento do RE 116.147 – Requisitos entendidos pelo STF
- Deve haver execução para posterior cobrança
- O melhoramento deve afetar uma área limitada e determinada;
- Valor da contribuição não pode exceder o beneficio, fruto do melhoramento (limite individual);
Ex.: Valia R$ 10.000,00 e passou a valer R$ 15.000,00 (R$ 5.000,00 é o valor da melhoria).
- Deve-se dar ao proprietário oportunidade de se manifestar sobre a imposição.
- A Contribuição não deve exceder o custo da obra.

4. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
OBS.: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA é o poder político e indelegável de instituição dos tributos
(art. 7° e SS, CTN). Quanto aos IMPOSTOS, a competência na CF é privativa.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA como o poder juridicamente limitado que determina a incidência,
a base de cálculo e a alíquota, o sujeito passivo da obrigação, formas de lançamento e cobrança
e provê os meios de arrecadação e fiscalização.
É atribuída constitucionalmente à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
Portanto, a Constituição Federal não cria tributos: ela atribui competência para que os entes
públicos os instituam. Caberá a essas pessoas políticas instituir os tributos da sua respectiva
competência, mediante regra geral por meio de LEI ORDINÁRIA, ressalvadas as hipóteses
reservadas a lei complementar (empréstimos compulsórios e os chamados impostos e
contribuições residuais).
A competência para a instituição de tributos pode ser privativa, comum, residual, e, ainda,
especial ou extraordinária e cumulativa.
a) A COMPETÊNCIA PRIVATIVA dos entes delegados pela CF que determina quem pode criar
os tipos de impostos autorizados por lei, e diz respeito aos IMPOSTOS.
Como a Constituição Federal aponta quais são os impostos que cada uma das pessoas políticas
de direito público pode instituir, conforme se verifica nos art. 153 (privativa da União), 155
(privativa dos Estados e do Distrito Federal) e 156 (privativa dos Municípios), denomina-se essa
competência como privativa; somente o ente dotado de uma dada competência poderá instituir o
respectivo imposto.
a.1) Art. 153, CF impostos federais UNIÃO
a.2) Art. 155, CF impostos estaduais ESTADO e DF
a.3) Art. 156, CF impostos municipais MUNICÍPIO e DF
O art. 153, da CF, aponta que somente a UNIÃO poderá instituir os impostos sobre:
1) importação de produtos estrangeiros (II),
2) exportação de produtos nacionais ou nacionalizados (IE),
13
3) a renda ou proventos de qualquer natureza (IR),
4) produtos industrializados (IPI),
5) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores imobiliários (IOF),
6) a propriedade territorial rural (ITR), e
7) grandes fortunas (IGF).
Aos ESTADOS e ao DISTRITO FEDERAL, conforme o art. 155 da CF, compete a instituição dos
impostos sobre:
1) transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITD),
2) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), e
3) a propriedade de veículos automotores (IPVA).
Já o art. 156 da Constituição Federal estabelece que compete aos Municípios instituir impostos
sobre:
1) a propriedade predial e territorial urbana (IPTU),
2) a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
por acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição (ITIV ou ITBI), e, ainda,
3) serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II (CF), definidos em lei
complementar (ISS).
OBS.: Algumas funções dessa competência podem ser delegadas; o CTN, entretanto, veda que
a chamada COMPETÊNCIA PLENA (a que inclui o ato de legislar, instituindo o tributo) seja
delegada – art. 7º. Embora, classicamente, a doutrina relacione a competência privativa aos
impostos, não há como negar que a competência para instituir empréstimos compulsórios (art.
148, CF) também é privativa da União.

b) Competência Cumulativa, no caso do DF – institui tanto os impostos estaduais quanto os


impostos municipais.
DF = impostos estaduais + impostos municipais É a competência tributaria cumulativa
ou múltipla.
Verifica-se a ocorrência da competência cumulativa (ou múltipla) abordada na Constituição
Federal:
Art 147, CTN: Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território
não for dividido em Municípios,cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal
cabem os impostos municipais.
OBS.: OS TERRITORIOS FEDERAIS TEM COMPETENCIA TRIBUTÁRIA? O s entes federados
são: União, Estado, Municípios e DF, conforme o art. 18, da CF, que determina os entes políticos.
14
Por isso, nos territórios federais os tributos federais e estaduais são cobrados pela União, e se
o território for dividido em municípios os impostos serão cobrados pelos municípios.
Assim, a COMPETÊNCIA CUMULATIVA se refere à União, no tocante aos impostos estaduais
de eventuais Territórios, e ainda, aos impostos municipais dos Territórios, caso esses não sejam
divididos em Municípios. Refere-se, ainda, ao Distrito Federal, quanto aos impostos municipais, já
que aquele não pode se dividir em Municípios (art. 32, CF). Atualmente, apenas o Distrito Federal
exerce a competência cumulativa, já que, hoje, não existem Territórios Federais.
OBS.: Nada impede que o Brasil volte a ter Territórios Federais (art. 18, parágrafos 2.º e 3.º, da
CF), fato que justifica o estudo da primeira parte do art.147, da CF.

QUADRO DOS IMPOSTOS


MUNICIPAIS ESTADUAIS FEDERAI
IPTU IPVA II, IE, IOF, IPI
ISS ICMS IR
(LC 116/2003)
ITBA (ITVI) ITCMD ITR
IGF
D IEG
F Impostos Residuais
c) A COMPETÊNCIA COMUM diz respeito às taxas e a contribuição de melhoria, porque a CF
designa que todos os entes devem legislar sobre essa matéria tributaria desde que o ente
desenvolva tal atividade estatal. A COMPETÊNCIA COMUM a todos as esferas de governo
(federal, estadual e municipal, e ainda o DF) se refere às taxas e às contribuições de melhoria.
Acontecidos os requisitos para a incidência, sempre relacionados a uma determinada atuação da
máquina estatal, poderá cada um dos entes instituí-los. Assim, ocorrida uma prestação de certos
serviços públicos ou o exercício regular do poder de polícia (para o caso das taxas), ou uma
realização de obras públicas que tenham valorizado imóveis de particulares (para o caso das
contribuições de melhoria), atendidos os demais requisitos estabelecidos em lei, qualquer uma
das pessoas jurídicas de direito público poderá instituir as citadas exações.

d) A COMPETÊNCIA RESIDUAL é aquela que se refere à liberalidade que a Constituição


conferiu à União de instituir outros impostos, desde que não sejam cumulativos e não possuam a
mesma base de cálculo e o mesmo fato gerador de outros já previstos. É a determinação do art.
154, I, da CF. Devemos fixar que, no geral, os tributos são instituídos por lei ordinária de cada
pessoa de direito público; o mesmo não ocorre com o chamado imposto residual: só poderá ser
instituído mediante lei complementar.
Art. 154, I, CF: A União poderá instituir:
I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição – imposto residual
15
OBS.: É o exemplo do IR como Imposto residual – IR.
- É um imposto federal (competência da União);
- Deve ser estabelecido por Lei Complementar;
- Competência residual remanescente
Condições: respeitar o princípio da não cumulatividade e o IR não poderá conter o fato gerador
ou a base de cálculo de outro imposto.
Atenção: aqui se inclui, também, a competência que a União tem para instituir outras
contribuições sociais visando manter e expandir a seguridade social (art. 195, parágrafo 4.º, CF).

e) Há ainda a chamada COMPETÊNCIA ESPECIAL ou EXTRAORDINÁRIA que confere à


União o poder de instituir impostos, na iminência ou no caso de guerra externa, compreendidos
ou não na sua competência (art.154, II). Diferentemente do que ocorre com a hipótese do inciso I
do mesmo artigo (competência residual), os impostos extraordinários ou de guerra, poderão ser
instituídos mediante lei ordinária. Observar que cessadas as causas da sua instituição, o imposto
em análise deverá ser suprimido gradativamente.
Lembremo-nos que essas classificações são elaboradas pelos doutrinadores, sendo, por esse
motivo, possível encontrarmos algumas divergências. Por exemplo: há quem considere que a
competência do art. 154, II, da CF, é apenas extraordinária.
Art. 154, II, CF: A União poderá instituir:
II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não
em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas
de sua criação. – imposto extraordinário de guerra
OBS.: É o exemplo do imposto extraordinário de guerra – IEG.
- É um imposto federa (União);
- Deve ser estabelecido por Lei Ordinária;
- Competência extraordinária
DETALHES: Refere-se apenas à guerra externa iminente ou eclodida.
Exceções às anterioridades anual e nonagésima, em razão da exigência imediata.
OBS.: “... O IEG poderá estar compreendido ou não no campo de competência da União”. Para o
IEG, qualquer fato é gerador. Assim, poderá a União instituir o ICMS extraordinário federal.
Conclusão: è possível que tenhamos invasão de competência, ocorrendo uma bitributação
constitucional admitida – mais de um ente tributante que cobra um ou mais tributos sobre o
mesmo fato gerador. Isto é uma anomalia (resalva)
A COMPETÊNCIA ESPECIAL seria uma outra, qual seja, a de instituir empréstimos
compulsórios (art. 148, CF) e contribuições sociais ou especiais (art. 149, CF), justificando-se tal
classificação pelo fato de existirem diversas polêmicas acerca da natureza tributária dos dois
tributos.
16
Note-se que as competências residual e extraordinária acabam sendo também uma “espécie”
de competência privativa, já que apenas a União poderá exercê-las.

A (in)delegabilidade da competência tributária


A matéria sobre a possibilidade, ou não, da competência tributária ser delegada está disciplinada
no art. 7.º do CTN. O citado dispositivo veda, na primeira parte do seu caput, a delegação de
competência tributária, cabendo a cada ente tributante instituir os tributos que a Constituição
Federal lhe atribuiu. Aqui a referência é à dita competência tributária plena, qual seja, a
competência para mediante o exercício da atividade legislativa, instituir os tributos pela
Constituição autorizados.
Não se confunda aqui a indelegabilidade da competência tributária com a delegação de certas
funções relativas à arrecadação, fiscalização ou execução de leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária. É a ressalva contida no mesmo art. 7.º, observando-se um
pequeno detalhe: a delegação dessas funções só está autorizada pelo CTN de uma pessoa
jurídica de direito público para outra; é, portanto, entre pessoas de direito público.
É exatamente o que acontece com muitas das chamadas contribuições sociais: a União,
exercendo a sua competência plena indelegável, institui a contribuição mediante lei (atividade
legislativa que não pode ser delegada), e, a seguir, delega ao INSS (que é uma autarquia federal,
portanto, uma outra pessoa jurídica de direito público) as funções de fiscalização, arrecadação,
etc.
A terceira situação contida no art. 7º, está no 3.º parágrafo. Diz respeito apenas à função de
arrecadar praticada, atualmente, pelos bancos, casa lotéricas, correios, etc, ou seja, por pessoas
jurídicas de direito privado.
OBS.: Uma observação importante para a resolução de questões de prova: a disposição do
parágrafo 3.º é uma atribuição autorizada pelo CTN, mas que, segundo o próprio texto legal, não
constitui delegação de competência. É, dessa forma, apenas uma autorização legal para que
pessoas jurídicas de direito privado possam arrecadar tributos.
OBS.: Outra observação: não se confunda, ainda, a competência tributária plena (indelegável)
com a capacidade ativa. A capacidade ativa é o atributo que uma pessoa tem de figurar no pólo
ativo de uma relação jurídica, como numa ação judicial de execução fiscal. Essa pode ser
delegada. É o que ocorre, por exemplo, com autarquias do Governo Federal e contribuições para
a seguridade social a elas atreladas, autorizadas pelo art. 195 da CF/88. Assim, quando a União
delega ao INSS as funções relativas à fiscalização e arrecadação de certas contribuições sociais,
neste instante, é a capacidade ativa que está sendo transferida para a autarquia.

Em xx-08-10
17
Sistema Tributário Nacional
Art. 145 a 162, CF: xxxx
Conjunto de normas – competência tributária – serve para garantir a autonomia do Estado.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA = o poder, atribuído pela CF, observada as normas gerais de
direito tributário compreendendo a competência legislativa, administrativa e judicante.
- A aptidão para criar, in abstrato, tributo.
O Princípio da discriminação de renda limita o exercício da competência tributária.
Elege os fatos econômicos sobre os quais recai essa tributação, distribuindo esse fato
econômico.

Faltam aulas dos dias:


- 23, 27 e 30 de agosto
- 3 de setembro

CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA: quem pode criar os tributos


A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA pode ser exercida de duas formas:
1 - Ente político
2 - Ente não político = parafiscalidade

Prova Final – Tributário – Conteúdo ↔ Ler Doutrina

→ Conceito

1. Competência Tributaria

- Conceito

- Espécies de competência

· Comum – art. 145, CF/88

· Privativa – arts. 605,153,154 e 155 CF/88

· Extraordinária – art. 154, II CF/88

· Residual – art. 154, I CF/88

· Cumulativa – art. 147 CF/88

2. Espécies de tributos

· Impostos – contribuições de melhoria

· Taxas
18
· Contribuições sociais

· CIDE Art. 149 CF/88

· Contribuição de iluminação publica

· Empréstimos compulsórios – art. 148 CF/88

3. Limitações ao poder de tributar – arts. 150, 152 CF/88

· Imunidades

· Conceito

· Recíproca

· Religiosa

· Cultural

· Partidos políticos

· Entidades sem fins lucrativos

4. Assistência Social

5. Princípios

Legalidade

Anterioridade

Isonomia

Irretroatividade

6. Repartição de Receitas → Arts. 157 e 160 CF/88

7. Impostos

Federais

Estaduais

Municipais

Das könnte Ihnen auch gefallen