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Não é raro afirmarem o ³fim´ de alguma mídia pelo surgimento de outra
mais avançada. Mas, atualmente, muito se fala sobre convergência de midias e
tecnologias. A TV ao decorrer de sua história se apropriou, naturalmente, de
outras mídias, como a forma de transmissão (do rádio), o videotape, a película
entre outros culminando na TV Digital. A TVD é um dos exemplos de tal
convergência, possuindo caracteristicas de internet, TV, loja, banco e até
mesmo telefone. Nesse artigo lançarei um olhar para o futuro e tentarei expor
algumas das particularidade, dificuldade e possibilidade da ainda criança, TV
Digital.

   

Interatividade, TV Digital, Audiência, convergência, Internet.





Com o avanço das novas tecnologias, as mídias tradicionais viram seu


domínio, mais uma vez, ameaçado. Assim foi quando declarou -se ±
precocemente e inexatamente - o fim do rádio frente à televisão, o fim do
cinema frente o videoplayer, o fim da mídia impressa frente os e -books. Agora,
com a internet, muito se discuti sobre o quanto essa influi nas mídias
tradicionais, e a qual ponto uma substitui a s outras. Nesse artigo proponho uma
análise, não de um hipotético e apocalíptico µfim¶ das mídias tradicionais, mas
da convergência das novas tecnologias com as mídias tradicionais ± o quanto
tais tecnologias ajudam a dar poder de escolha e voz as audiências?
Obrigatório hoje é a utilização de apoio virtual para a programação da
televisão e do rádio, ou de ferramentas da web para a interatividade.
Atualmente grandes emissoras de TV possuem portais (G1.com.br, R7.com) na
internet com variado conteúdo e cada um de seus programas uma página de
apoio com informações sobre os mesmos. As grandes rádios também possuem
suas páginas (virgula.com.br, novabrasilfm.com.br), inclusive com transmissão,
em streaming, de sua programação. Não é raro programas utilizarem
ferramentas como e-mail e o twitter como um canal de comunicação, em tempo
real, com a audiência. Cada vez mais comum é a utilização dessas ferramentas
para se produzir conteúdo, especialmente em programas ao vivo, onde se tem
a oportunidade de ³dar voz ao público ´. Programas como Big Brother e A
Fazenda utilizam-se da internet para interagir com o público, fazer votações,
dar notícias dos participantes, vender produtos relacionados. Rádios como a
Jovem pan utiliza-se do twitter em programas como o pânico, onde os ouvintes
enviam perguntas para os convidados do dia.
Mas, repito, até onde essa interatividade - proporcionada, no caso, pela
internet - da realmente poder de escolha e voz as audiências? Se são os
agentes da TV que escolhem o que irá ou não ao ar, quais perguntas serão
feitas, quais opiniões irão aparecer, quais sugestões serão acatadas. Num
panorama de restringida e duvidosa interatividade, uma esperança, pensadas
por teóricos da televisão, seria a da futura convergência internet e TV,
resultando na TV Digital. Tais teóricos, como Cosette Castro, acreditam que a
TV Digital possibilitará a interação da audiência na esfera da produção
interferindo no conteúdo e criando sua própria grade de programação.

A TVD ainda traz embutida possibilidades sonhadas por autores, como


até a substituição dessa pelo computador: ³o aparelho substitua em boa parte o
computador, já que permite baixar diferentes conteúdos, como musicas, jogos,
programas de software, jornais e filmes.´(CASTRO, 2005. p.302). Outras
possibilidades, como a de participação ativa em programas, exemplo os de
auditório, ou a de dizer µse¶ e µporquê¶ gostou da programação, culminando no
conceito de audiência-sujeito ± o público participando ativamente do fazer
televisivo. Isto põe um fim no conceito de massa, ou de audiência passiva.
Cada vez mais, se estudam a recepção como forma de aprimorar o conteúdo e,
com a TV Digital, o feedback seria imediato. Países onde ela já foi instalada
possuem possibilidades como voto eletrônico, serviços como previsão do
tempo e trânsito, além de c   e c 
(compras e serviços
bancários pela televisão).

Mas, por enquanto, no Brasil a TV Digital ainda engatinha e os serviços


de interatividade ainda são um futuro incerto. No país, um dos problemas que
apareceram será o do analfabetismo digital da população. Enquanto nem todos
têm acesso a internet ± o que facilitaria a identificação e utilização da interface
da TVD ± a grande maioria dos lares brasileiros, até mesmo os mais carentes,
possuem uma televisão. A TV Digital, virtualmente, dialogaria com todo esse
publico múltiplo. Virtualmente porque não sabemos, ainda, se s erá mesmo uma
tecnologia disponível para todas as classes sociais, econômicas e culturais.
Por isso é importante o pensar, além da lingu agem televisiva, como essa
possível interatividade será apresentada para o publico, sua interface.

Outra mudança prevista pelos teóricos é, também, no âmbito da


linguagem. Com a TVD e a interatividade, novas possibilidades de expressão
culminarão em novos formatos e linguagens. Um deles é a do ³documentario
interativo digital´:

³uma possibilidade que vai além do uso não-linear,


oferece a possibilidade de estabelecer a multilinearidade,
já que os vários conteúdos disponíveis de forma linear
(paralelos ou transversais) poderão ser acionados de
acordo com a vontade do público. As interrupções
permitirão um desvio por outro caminho, sugerindo um
parênteses àquele trajeto linear original, sempre com a
capacidade de retorno ao percurso anteriormente
seguido, como ocorre no uso do hipertexto em
internet.´(CASTRO. 2005. p.314).

A TV digital não vem como uma nova TV, mas sim como uma
convergências de tecnologias, um hibrido de TV e internet principalmente.
Atualmente no Brasil temos um aparelho de TV capaz de acessar a internet , e
com isso um pouco da experiencia futura da TVD pode ser experimentada hoje.
Como, por exemplo, a TV LG LE5500 , possui tecnologia sem fio e cone cta-se a
internet, possibilitand o acessar conteúdos como o do Uol e Terra TV, vídeos do
3outube, ver fotos do Picassa e até utilizar os serviços de telefonia VoIP do
skype.

Apesar da visão engessada de unidirec ionalidade e verticalidade da TV -


principalmente pela herança da corrente behaviorista de causa e efeito ± a
criação de conteúdos interativos para a TV digital deve contemplar as
audiências, ou seja, pensar na recepção primeiramente. Qual linguagem
utilizar, qual melhor interface, levando em conta sempre as audiências,
lembrando o analfabetismo digital da grande maioria dos cidadães do pais. Só
assim, poderia se dizer em interação real com o público.

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