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Índice
Índice . . . . . . . . . 2
Objectivos . . . . . . . . 3
Introdução . . . . . . . . 4
Ciclo de Joule . . . . . . 5
Enunciado do Trabalho . . . . . . 6
a.1) . . . . . . . . 7
a.2) . . . . . . . . 9
a.3) . . . . . . . . 11
a.4) . . . . . . . . 13
b.1) . . . . . . . . 14
Conclusão . . . . . . . . 15
Bibliografia . . . . . . . . 16
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Objectivos:
No terceiro trabalho de avaliação contínua da unidade curricular de
Termodinâmica Aplicada, foi realizada uma análise sucinta à central da
Tapada do Outeiro, particularmente a dois componentes do seu ciclo a gás,
a câmara de combustão e a turbina. Esta central possui um ciclo
combinado, ou seja, funciona através da combinação de um ciclo
termodinâmico a vapor, com um ciclo de funcionamento a gás para produzir
o efeito desejado, ou seja, a produção de energia eléctrica.
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Introdução:
O ciclo a gás é constituído por 3 elementos fundamentais:
Compressor, Câmara de Combustão e a Turbina. Este ciclo inicia-se com
uma admissão de ar a pressão e temperatura ambiente. Este ar é absorvido
pelo compressor, componente cuja função será aumentar a pressão do ar
(também há aumento de temperatura) de modo a que este esteja nas
condições ideias para que, na etapa seguinte do ciclo, na Câmara de
Combustão, exista a mistura desse ar pressurizado com um determinado
combustível (que no caso da central da Tapada do Outeiro é gás natural
proveniente da Argélia) e exista a combustão destes dois elementos. A
mistura, primeiro estado do fluído de trabalho, pode ser de dois tipos, ou
uma mistura rica ou uma mistura pobre. No caso de uma mistura pobre, a
quantidade de ar
fornecida à câmara
será superior à
quantidade
estequiométrica,
isto é, a quantidade
mínima necessária
para que a
combustão seja
completa. Por outro
lado, numa mistura
rica a quantidade de
Fig. 1 – Esquema de uma Turbina a Gás
ar fornecida rá
inferior à taxa estequiométrica. A relação entre a taxa estequiométrica e a
taxa de ar fornecida à câmara de combustão é medida através do excesso
de ar (e%). Após a combustão, o fluído de trabalho encontra-se sob a
forma de gases de combustão e vai ser conduzido à turbina.
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Os gases exaustão que abandonam a turbina serão enviados para
fora deste sistema, apesar de certas centrais possuírem meios de
aproveitamento destes gases, tal como acontece na central da Tapada do
Outeiro que possui um sistema de recuperação de energia térmica
proveniente destes gases que irá depois ser utilizado no ciclo a vapor,
fornecendo alguma energia ainda presente nos gases ao fluido de trabalho
do ciclo a vapor, a água.
Ciclo de Joule:
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Enunciado do Trabalho
CENTRAL DA TAPADA DO OUTEIRO (990 MW) DA TURBOGÁS
a) Turbina a gás:
a.2) Tomando como base de cálculo 1 kmol de metano (constituinte essencial do gás
natural) com PCS = 42,01 MJ/m3 (referido a uma temperatura de 14°C) – considerando a
câmara de combustão adiabática, com uma perda de carga a que corresponde uma redução
de 10% da pressão dos fumos à saída relativamente à pressão do ar à entrada, e assumindo
uma combustão completa – determinar a percentagem de excesso de ar, com que se
trabalha.
a.4) Comparar este rendimento global com o rendimento de um ciclo de Joule ( Arstandard
reversível) e de um ciclo de Carnot associáveis ao funcionamento da turbina a gás.
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Resolução dos exercícios
a.1)
λ – Índice adiabático
Rp – Razão de pressão
.
.
√15
2.1678
2
2 2.1678 25 273.15
2 646.34 !
1
)2 * )1 + 2 * 1 2 * 1 646.34 * 25 273.15
"#$%&' (
)2 * )1 +2 * 1 2 * 1 400 273.15 * 25 273.15
0.9285 92.9%
7
Rendimento Isentrópico da Turbina:
Dados do enunciado:
λ – Índice adiabatico
Rp – Razão de pressão
Conclusões:
Em relação ao rendimento Isentrópico do compressor, onde
obtivémos um valor de 92.9%, podemos afirmar que se aproxima bastante
do valor ideal.
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a.2)
Massas molares:
M(O)= 16 kg/kmol
M(C)= 12 kg/kmol
M(H)= 1 kg/kmol
M(N)= 28 kg/kmol
M(ar)= 29 kg/kmol
P=1 atm
T= 14 = 287.15 K
R=8.31451 J/K.mol
7 /5 7 /8 7
/5 6
/5
8 8 5
7 /8 101 325 0.016042
ρ
0.680 9:/73
5 8.31451 287.15
42,01 MJ/m3
/+< 61,78 8A/9:
0,68 9:/73
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Equação Estequiométrica
CH4 + 2 (0,21 O2 + 0,79 N2) -> 1 CO2 + 2 H2O + 7,52 N2
Cálculo do excesso de ar
6 * 6 35,89 * 2 .4,76
B% C 100% C 100% 277%
6 2.4,76
Conclusão
Nesta câmara de combustão, a taxa de ar que entra vinda do compressor é
277% superior à taxa estequiométrica, quantidade mínima necessária para
que a combustão seja completa. Desta forma, podemos concluir dizendo
que a esta câmara de combustão é fornecida uma mistura pobre.
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a.3)
DE6 592
ṁ
ṁ
/+< 61.7
ṁ 9.59 9:/
ṁ'F'GH 630 9:/ (Valor retirado da Brochura da MPS, valor de flow de Gases
de Combustão)
Cálculos de Trabalho:
K4LIM#&G ṁ'F'GH )3 * )4
K4LIM#&G 630 1612.74 * 907.85
K4LIM#&G 444080.7 9A/
K(FNOI%$$FI 239790.804 9A/
9A
KL'#H 204289.896
KL'#H 204.3 8K
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Cálculo Rendimento Ciclo:
Q#&QFL' RSTUV
Fórmula rendimento ciclo: "
"
Q#& Q#&
Conclusões:
O valor que se obteve de potência útil produzida é de 204,3 MW. Este
valor corresponde à potência produzida pela turbina menos a potência que
alimenta o compressor, ao qual ainda se retira o valor das perdas que é de
0.4% (perdas mecânicas).
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a.4)
"^HFMGH 0.3422
0.635
"[FLH% 0.5387
_ 298
"(GI&F' 1 *
"(GI&F' 1 *
"(GI&F' 0.798
` 1433
"^HFMGH 0.3422
0.428
"(GI&F' 0.798
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b.1)
a) )2 * )1
a) 373.38 * 907.85
a) *534.47 9A/9:
9A
aJ a) ṁ
aJ *534.47 630
aJ * 336716
aJ *337 8K
Conclusões:
O significado deste valor é importante na análise deste ciclo
combinado da central da Tapada do Outeiro. Este é o valor de potência
térmica que o recuperador de calor instalado nesta central (HRSG)
consegue aproveitar através da extracção de calor dos fumos provenientes
do ciclo a gás, aproveitando este mesmo calor para ser fornecido à água no
ciclo a vapor acoplado ao ciclo a gás da central. O facto de este cálculo ter
dado um valor negativo para a potência térmica dos fumos tem a ver com a
utilização que é dada a estes mesmo fumos, já que existe uma extracção de
calor dos mesmos, o que por convenção irá dar uma potência térmica de
valor negativo.
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Conclusão:
Apesar dos rendimentos individuais da turbina e do compressor,
serem até plausivelmente elevados, muito próximos do ideal, é de referir
que o rendimento geral da turbina não corresponde directamente aos
rendimentos individuais dos componentes, pois parte da energia fornecida
ao sistema, acaba por vir a perder-se por dissipação de calor no sistema,
perdas de pressão e até atritos devido a movimentos da turbina,
compressor e acessórios, que também está relacionado com as limitações
dos materiais do sistema. Poderia ser melhorado o rendimento geral da
turbina, se fossem utilizados componentes mais eficazes, no que diz
respeito ao compressor e turbina, componentes que não perdessem energia
em forma de calor, o que já ajudava a atingir temperaturas mais ideias
associadas ao melhor rendimento dos ditos, e também diminuir quedas de
pressão nas tubagens, possivelmente, usando menos uniões, e reduzir
atritos na transmissão de potência ao compressor e acessórios.
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Bibliografia
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