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Em 1981 com a Lei Complementar Federal nº 40 foi criada a primeira Lei Orgânica do
Ministério Público que definiu um estatuto para o Ministério Público Nacional com atribuições,
garantias e vedações.
Em 1985 com a Lei nº 7347, a Lei de Ação CivilPública, foi dada ao Ministério Público a
iniciativa na promoção de ações para a proteção de interesses difusos e coletivos.
De acordo com a Constituição Federal em seu Art. 127: "O Ministério Público é
instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da
ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis". É,
portanto uma instituição que trata da proteção dos interesses coletivos da sociedade,
assegurando o funcionamento de todo um sistema econômico, social e jurídico.
Assim, o Promotor de Justiça enfrenta todo o tipo de ameaça, não pela outra parte,
mas muitas vezes políticas, culturais, uma vez que não mede esforços para defender a
sociedade.
Quando se fala sobre a defesa dos direitos dos cidadãos significa que o Promotor de
Justiça deve utilizar todos os meios legais necessários para resolver a violação dos direitos,
porventura produzida, concorrendo para isso todas as instituições criadas para tal.
Apesar disso, a profissão de promotor de justiça ainda é mal conhecida, devido a vários
equívocos, principalmente no que diz respeito à terminologia entre promotor e procurador.
Além disso, existe uma confusão na própria figura do promotor. Quando falamos em
promotor, imaginamos de antemão o promotor criminal que processa os criminosos, e acaba-se
esquecendo o promotor cível que tem grande importância no que se refere a defesa de
interesses do meio ambiente, consumidor,etc.
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b) como parte do Poder Judiciário, pelo fato agir constantemente junto a esse Poder.
Este evento normalmente gera uma grande confusão por parte da população, pois
muitos imaginam o Ministério Público integrado ao Judiciário. Provavelmente este erro
possa decorrer também do fato de na Constituição de 1967, o Ministério Público estar
realmente dentro do Poder Judiciário.
c) sendo sua tarefa de caráter administrativo, poderia ser colocado como parte do
Executivo.
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Segundo a Constituição em seu Art. 127, parágrafo 1º: "São princípios institucionais do
Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional."
A indivisibilidade seus membros podem ser substituídos, sem que isto cause alguma
alteração nos processos em que oficiam. Isto se deve ao fato de que uma das partes da relação
processual, não é o promotor, por exemplo, mas sim um representante do Ministério
Público.Deve se deixar claro que esta substituição não será de forma aleatória, mas de acordo
com o que dispor a lei.
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Ao Ministério Público existem tanto garantias para a instituição quanto para seus
magistrados, ambas prevista pela Constituição Federal.
Determina a Constituição Federal em seu Art. 127, § 2º: "Ao Ministério Público é
assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo ser observado o disposto no Art.
169, propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares,
provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e
os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento".
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De acordo, com o que determina o Art. 128, § 5º, inciso I, da Constituição Federal, os
membros do Ministério Público, possuem as seguintes garantias: vitaliciedade, inamovibilidade e
irredutibilidade de subsídio. Como pode ser observado, a Constituição de 1988, proporcionou
aos membros do Ministério Público, as mesmas garantias dos magistrados do Poder Judiciário.
A vitaliciedade significa que o membro do Ministério Público não pode perder o cargo,
senão por sentença judiciária. Vale ressaltar que esta garantia só é atribuída após dois anos de
estágio probatório, ficando neste período equiparado ao funcionário público, ou seja, com
estabilidade, e podendo, portanto ser demitido por procedimento administrativo.
b) exercer advocacia;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
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Em 20 de maio de 1993, foi sancionada a Lei Complementar nº 75, que dispõe sobre a
criação do Estatuto do Ministério Público, a chamada LOMPU (Lei Orgânica do Ministério Público
da União) e em 26 de novembro de 1993 foi sancionada a Lei Complementar nº 34, que criou o
primeiro estatuto estadual do Ministério Público no Estado de São Paulo.
Também não foi previsto pela CF, a criação de um Ministério Público junto ao Tribunal
de Contas, porém com base no que dispõe o art. 130 da CF, o Supremo Tribunal Federal
determinou a existência de Ministério Público especial, integrado a organização administrativa
do Tribunal de Contas. Este Ministério, não possui, portanto a mesma autonomia administrativa
dos demais Ministérios Públicos.
Tomando com base, a Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de São Paulo, fazem
parte do Ministério Público Estadual:
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II ƛ nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição,
casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade;
III ƛ nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em
que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte."
Portanto, no que diz respeito ao processo civil, o Ministério Público pode ser:
a) autor quando propõe ação civil pública. Nesta situação os órgãos do Ministério
Público não prestam depoimento pessoal, não podem dispor, não podem confessar, não
adiantam despesas e não recebem e nem são condenados em honorários advocatícios
(CPC, arts. 19, §2º e 27).
Nos casos que as ações civis públicas, forem propostas, por qualquer outro legitimado
que não seja o Ministério Público (União, Estados, Municípios, autarquia, empresa pública,
fundação, sociedade de economia mista, ou por associações que estejam dentro dos dispostos
do Art. 5º, incisos I e II da Lei de Ação Civil Pública) e sobrevier desistência infundada ou
abandono da ação por associação legitimada, poderá o Ministério Público assumir a ação (Lei de
Ação Civil Pública, Art. 5º, § 3º).
Um detalhe importante que o Ministério Público deve observar é que a Lei de Ação Civil
Pública estipula que as ações nela previstas deverão ser propostas no foro local onde ocorrer o
dano, dando ao juízo competência funcional para processar e julgar a causa (art. 2°). No caso
da Ação Popular, esta obedecerá ao procedimento ordinário, segundo os trâmites dispostos no
Código de Processo Civil (art. 7°, Lei n° 4.717/65).
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Ainda se discute hoje, o fato do Ministério Público, por livre conveniência deixar de agir,
nos casos em que deveria tê-lo feito, pois foi previsto pelo legislador a sua ação.
Outro fato é no que diz respeito à execução da sentença. Segundo o Art. 15 da Lei de
Ação Civil Pública, se decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da sentença
condenatória, sem que a associação autora lhe promova a execução, o Ministério Público é
obrigado a fazê-la, sendo esta iniciativa facultada aos demais legitimados (disposto no Art. 5º,
caput e incisos I e II, da Lei de Ação Civil Pública).
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Existem diversas promotorias, dentro do Ministério Público. No caso das ações cíveis,
aquelas não pertencerem a uma das promotorias especializadas, serão encaminhadas à
promotoria de justiça cível. Vale ressaltar que o promotor cível pode propor qualquer ação em
defesa de fundação, conforme o disposto no Art. 66 do Código Civil de 2002: "Velará pelas
fundações o Ministério Público do Estado onde situadas."
Também pode agir como interveniente por um interesse público determinados, nos
casos de sucessão requerer o início ou andamento de inventário e partilha de bens e
arrolamentos, quando houver interesse de incapazes, e as providências sobre a efetiva
arrecadação, aplicação e destino dos bens das mesmas pessoas, bem como a prestação de
contas ou oficiar nos pedidos de alienação, locação ou oneração de bens de incapazes (Art. 60,
incisos X e XIII da Lei Orgânica do Ministério Público do Amazonas).
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Apud, MAZZILI, Hugo Nigro, Introdução ao Ministério Público, São Paulo:Saraiva, 1997, p. 27
SANTOS, Moacyr Amaral, Primeiras Linhas de Direito Processual Civil, São Paulo: Editora
28/05/2011 ƛ 14H43MIN.
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