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Florianópolis, 2003
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1
Modelo massa/mola ................................................................................................... 2
Giro (whirl) síncrono e giro não síncrono ................................................................ 4
Análise do modelo Jeffcott rotor .............................................................................. 5
Significado físico das soluções ................................................................................ 6
Três formas de reduzir a amplitude do giro síncrono ............................................ 8
Algumas definições sobre amortecimento .............................................................. 8
Efeito de mancais flexíveis ....................................................................................... 9
Instabilidade em rotores.......................................................................................... 15
Efeito da anisotropia dos mancais no amortecimento ......................................... 16
2 - EQUAÇÕES DE ENERGIA DOS ELEMENTOS DE ROTOR .................................. 18
2.1 - Energia cinética do disco ................................................................................ 18
2.1 - Energia de deformação do eixo em flexão .................................................... 20
2.3 - Energia de deformação do eixo devido à uma força axial ........................... 25
2.4 – Mancais ............................................................................................................ 26
2.5 – Equações de movimento do rotor ................................................................. 26
3 – MÉTODO DE RAYLEIGH-RITZ .............................................................................. 28
3.1 – Rotor simétrico................................................................................................ 28
3.1.1 – Diagrama de Campbell para rotores simétricos .................................... 29
3.1.2 – Resposta do rotor a um desbalanceamento .......................................... 36
3.1.3 – Diagrama de Campbell do rotor com uma força axial........................... 41
3.1.4 – Resposta do rotor a uma força assíncrona............................................ 45
3.1.5 – Resposta do rotor a uma força fixa no espaço...................................... 47
3.2 – Rotor assimétrico............................................................................................ 51
3.3 – Efeito dos termos de acoplamento nos mancais ......................................... 55
3.4 – Efeito do amortecimento dos mancais ......................................................... 58
3.5 – Efeito do amortecimento interno ................................................................... 60
3.6 – Efeito do amortecimento, termos de acoplamento e da assimetria nos
mancais..................................................................................................................... 63
4 – MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS .................................................................. 66
4.1 – Energia de deformação - Matriz de rigidez do elemento de rotor ............... 66
4.2 – Energia cinética - Matriz de massa do elemento de rotor ........................... 68
4.3 – Funções de interpolação ................................................................................ 69
4.4 – Matrizes de massa e de Coriolis do disco .................................................... 74
4.5 – Equações do rotor .......................................................................................... 74
4.6 – Propriedades dos modos ............................................................................... 77
4.6 – Técnica de montagem das matrizes globais ................................................ 79
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 80
Introdução à Dinâmica de Rotores 1
1 - INTRODUÇÃO
Modelo massa/mola
O modelo mais simples para análise de vibração de rotores é o modelo
massa/mola, com somente um grau de liberdade, no qual a massa é considerada
rígida, Figura 1.1c. A primeira velocidade crítica de um sistema rotor/mancais pode ser
aproximado por um modelo massa/mola, da forma:
60 k
N1 = rpm (1.1)
2π m
Z
(a) m
Y
KB
KB
(b)
EI EI Y
m
(c) m
t
3
k = 2KB ou 48EI/
Z m
k X
. t
(a) (b)
Z Z
α
X X
(c) (d)
Fig. 1.2 – Combinações dos movimentos em X e Y produzindo órbitas: (b) circular, (c)
eliptica e (d) translacional
4 Introdução à Dinâmica de Rotores
Massa desbalanceadora
Disco rígido
Eixo elástico
Mancal rígido
/2
U
Z Z
φ = Ω
β
V φ
V
X X
β
Ω = φ + β
disco
eixo
(a) (b)
Figura 1.4 – (a) Giro síncrono e (b) giro não síncrono
+ cX
mX + kX = MΩ2d cosΩt
(1.2)
+ cZ + kZ = MΩ2d senΩt
mZ
6 Introdução à Dinâmica de Rotores
Ω2 d
X= cos(Ωt − β)
(k / m − Ω )
2
+ ( cΩ / m )
2 2
Ω2 d
Z= s en(Ωt − β) (1.3)
(k / m − Ω )
2
+ ( cΩ / m )
2 2
cΩ
β = tan−1
(
m k / m − Ω2 )
2 2 Ω2 d
r = X +Z = (1.4)
(k / m − Ω )
2
+ ( cΩ / m )
2 2
β
M
r d
φ
C
O X
pequeno
amortecimento
Amplitude do giro
síncrono r
grande
amortecimento
k Velocidade
m
do eixo Ω
(a)
180°
Ângulo de fase β
grande
amortecimento
90°
Velocidade
do eixo Ω
pequeno
amortecimento
0°
k
m
(b)
Figura 1.6 – Resposta à um desbalanceamento do Jeffcott rotor
8 Introdução à Dinâmica de Rotores
centro do disco.
Introduzindo o coeficiente de amortecimento crítico na eq. (1.3) e após na eq.
( )
2
Ω
r ω
= (1.5)
d 2
( ) ( )
2 2
1 − Ω + 2ξ Ω
ω ω
A forma dos modos como o rotor irá vibrar é determinada pela distribuição da
massa e da rigidez ao longo do mesmo, assim como da rigidez dos mancais. Os três
primeiros modos, associados com as três mais baixas freqüências naturais de um eixo
uniforme, muda com o aumento da rigidez dos mancais, Figura 1.8. Note que para
baixa rigidez do mancal (K ≈ 0), os dois primeiros modos causam uma flexão no eixo do
rotor quase desprezível. Nestes dois primeiros modos, o eixo do rotor permanece rígido
(modo de corpo rígido) e percorre uma trajetória cilíndrica no primeiro modo e cônica no
segundo.
10 Introdução à Dinâmica de Rotores
K K
3° modo
2° modo
1° modo
K= 0 Valor intermediário K= ∞
de K
Figura 1.7 – Forma dos modos de vibração em função da rigidez dos mancais
somente do disco.
CB
KB
KB KB
CB CB KB CB
( 2KB ) + ( 2CBΩ )
2 2
1
Ft = mΩ2d (1.7)
( )
2
2 2K B − mΩ2 + ( 2CBΩ )
2
Considere que, se o mancal fosse rígido, a força no mancal fosse dada por :
1
F∞ = mΩ2d (1.8)
2
12 Introdução à Dinâmica de Rotores
1 + ( 2ξΩ / ω)
2
Ft
= (1.9)
F∞
(1+ ( 2ξΩ / ω) ) 2 2
+ ( 2ξΩ / ω)
2
amortecimento é ξ = c / c cr = 2CB = CB .
2 km mω
Observa-se na Figura 1.8 que :
o A transmissibilidade tem o mesmo valor para qualquer amortecimento na
velocidade de rotação Ω* = 2 ω ;
o O amortecimento nos mancais aumenta a força transmitida na altas velocidades
pequeno
3 amortecimento
Ft
F∞ 2 Ω = Ω*
grande
amortecimento
1
1 2 Ω
ω
Através da comparação da Figura 1.8 com a Figura 1.6, pode-se concluir que o
efeito do amortecimento sobre a força transmitida é diferente do efeito do
amortecimento sobre a amplitude de vibração. Enquanto que, o efeito do
amortecimento sobre a amplitude de vibração é favorável ao longo de toda a faixa de
rotações, o efeito do amortecimento sobre a força transmitida é favorável somente para
Ω < 2 ω.
k
m
KB CB CB KB
Figura 1.9 – Modelo Jeffcott rotor modificado incluindo mancais flexíveis e amortecidos
14 Introdução à Dinâmica de Rotores
CB
ξ=
km 6
amortecimento
5
Relação de
4
3
2
1
0
0.01 0.1 1.0 10.0
Relação de 2KB
rigidez k
Figura 1.10 – Amortecimento ótimo dos mancais segundo modelo da Figura 1.9
30 d = deslocamento estático
CB = tirado da Figura 1.10
20
r
d
cr
10
0
2 4 6 8 10
Relação de 2KB
rigidez k
Figura 1.11 – Amortecimento ótimo dos mancais segundo modelo da Figura 1.9
Introdução à Dinâmica de Rotores 15
A Figura 1.11 mostra como a amplitude aumenta com a rigidez dos mancais,
mesmo com a quantidade ótima de amortecimento. Isto porque, aumentando a rigidez
nos mancais, inibe-se o movimento do eixo no mancal, não permitindo assim o
amortecimento operar eficientemente.
Instabilidade em rotores
KXZ > 0
C FX = -KXZZ
KZX < 0
FZ = KZXX X
O φ
Fφ
KXZ CXZ
Z KXX CXX
X
KZX CZX
KZZ CZZ
1
O amortecimento interno é inerente ao material do eixo rotor, enquanto que, o amortecimento externo é
devido aos mancais.
Introdução à Dinâmica de Rotores 17
A'
A'
A
A
A' ω
A A' Ω=ω
(a)
A
A'
A' A
A'
A
ω ω
A' Ω=ω A A' Ω =2 ω
A
(b) (c)
G G G G
ω = ψ z + θ x ' + φ y (2.1)
G G G
onde z , x ' e y são vetores unitários. Os eixos (X, Y, Z) formam o sistema de
coordenadas fixo (ou inercial), os eixos (x’, y’, z’) formam um sistema de coordenadas
intermediário e os eixos (x, y, z) formam o sistema de coordenadas fixo no disco (ou de
referência).
A ordem das rotações é (1) ψ em torno de Z, (2) θ em torno de x’ e (3) φ em
torno de y. A velocidade angular do disco é φ e as componentes do vetor velocidade
G
instantânea ω no sistema de coordenadas de referência é:
Z
z’
ψ
θ
Ω y
φ
Z
θ φ = Ω
z y’
ψ
Y
w
ψ u Y
X X
θ φ
x’ x
TD =
1
2
(
MD u 2 + w )
2 +
1
2
( 2 2
IDz ωz + IDy ωy + IDz ωz
2
) (2.3)
z
dm
x
x r z
TD =
1
2
( ) 1
( ) 1
2 + IDx θ 2 + ψ 2 + IDy Ω ψ θ + IDy Ω2
MD u 2 + w
2 2
(2.4)
1
2 V∫
U= σ ε dV (2.5)
onde, dentro do regime elástico linear, a relação dada pela Lei de Hooke é, σ = E ε :
O campo de deslocamento de um ponto qualquer sobre o eixo é definido como
sendo (ver Figura 2.3):
u = uo
w = wo (2.6)
∂u ∂w
v = vo − x −z
∂y ∂y
∂u
εx = = εx o
∂x
∂w
εz = = εz o (2.7)
∂z
∂v ∂ 2u ∂2w
εy = = εy o − x 2 − z 2
∂y ∂y ∂y
Mx (positivo)
P
θ = ∂w/∂y (positivo)
z
configuração
wo
deformada
y, vo
x
configuração não
deformada
(a)
ψ
Mz (negativo)
P
ψ =–∂u/∂y (negativo)
x
z configuração
uo
deformada
y, vo
configuração não
deformada
(b)
Figura 2.3 – Campo de deslocamentos de um ponto do eixo – (a) Plano zy (b) Plano xy
22 Introdução à Dinâmica de Rotores
∂ 2u ∂2w
σ = E ε = E −x 2 − z 2 (2.8)
∂y ∂y
∂ 2 w Mx ∂θ Mx
= ⇒ =
∂y 2 E Ix ∂y E Ix
(2.9)
∂ 2u M ∂ψ M
=− z ⇒ =− z
∂y 2
E Iz ∂y E Iz
Substituindo as eqs. (2.9) na eq. (2.8), tem-se uma nova expressão de tensão
normal:
Mz M
σy = x −z x (2.10)
Iz Ix
u* = − w sen Ω t + u cos Ω t
(2.11)
w* = w cos Ω t + u sen Ω t
Z
z z
Ωt
P
w*
w
x
X u
u*
∂ 2u * ∂2w *
εy = − x − z (2.12)
∂y 2 ∂y 2
2
∂ 2u * ∂2w *
∫
1
U= E − x − z dV (2.13)
2 ∂y 2 ∂y 2
V
2
∂ 2u * ∂2w *
2
∂ 2u * ∂ 2 w *
∫
1 x2 2 dV
U= E 2 +z 2 + 2 x z 2 2
(2.14)
2 ∂y ∂y ∂ y ∂ y
V
L 2 L 2
∂ 2u * ∂2w *
∫ ∫ ∫ ∫
1 2 2
U = E x dx dz 2 dy + z dx dz dy +
2 ∂y ∂y 2
A 0 A 0
(2.15)
L
∂ u * ∂ w *
∫ ∫
2 2
+ x z dx dz 2 2
dy
∂y ∂y
A 0
As integrais
∫
A
x 2 dx dz = Iz e
∫
A
z2 dx dz = Ix são os momentos inércia de seção
L
∂ 2u* 2 ∂ 2 w * 2
∫
1
U= EI 2 + dy (2.16)
2 ∂y ∂y 2
0
Introdução à Dinâmica de Rotores 25
L
∂ 2u 2 ∂ 2 w 2
∫
1
U= EI + dy (2.17)
2 ∂y 2 ∂y 2
0
Considere que o rotor está submetido a uma força axial Fo. A energia de
deformação devido à esta força é da forma:
∫
Fo
U= ε dV (2.18)
A
V
As deformações são como aquelas obtidas na eq. (2.7), com exceção dos
termos não lineares, que são agora adicionados.
∂u
εx = = εx o
∂x
∂w
εz = = εz o (2.19)
∂z
2 2
∂v ∂ 2u ∂ 2 w 1 ∂u 1 ∂w
εy = = εy o − x 2 − z 2 + +
∂y ∂y ∂y 2 ∂y 2 ∂y
2
1 ∂w
2
∫
F ∂ 2u ∂ 2 w 1 ∂u
U= o − x 2 − z 2 + + dV (2.20)
A ∂y ∂y 2 ∂y 2 ∂y
V
2.4 – Mancais
δW = −k xxu δu − k xz w δu − k zz w δw − k zxu δw
(2.21)
− c xxu δu − c xz w
δu − c zz w
δw − c zxu δw
ou :
δW = Fuu δu + Fw w δu (2.22)
Fu k xx k xz u c xx c xz u
= − − (2.23)
Fw k zx k zz w c zx c zz w
d ∂T ∂T ∂U ∂R
− + + = Fpi (2.24)
dt ∂p i ∂pi ∂pi ∂p i
3 – MÉTODO DE RAYLEIGH-RITZ
p1
u = ( γ1,", γ n ) # (3.1)
p
n
z
L/3 2L/3
y
x
2
Para fins de simplificação, o sistema de coordenadas inercial (X, Y, Z) será substituido por (x, y, z).
Introdução à Dinâmica de Rotores 29
nπy
u(y,t) = sen p1(t)
L
(3.2)
nπy
w(y,t) = sen p2 (t)
L
∂w π πy
θ(y,t) = = cos p1
∂y L L
(3.3)
∂u π πy
ψ(y,t) = − = − cos p2
∂y L L
Introduzindo as eq. (3.2) (3.3) e na eq. (2.4), a energia cinética do disco é dada
por:
1 2
2 2
TD = D
2
M sin 2 πy
L
+ I
π
Dx
L
cos 2 πy
(
L
1
p +
p)2
2
− I
π 2 πy
Dy cos
Ω
L L
p2p1 (3.4)
4
L
∫ ( )
1 π
2 πy 2 2
U= EI sen dy p1 + p2 (3.5)
2 L L
0
30 Introdução à Dinâmica de Rotores
Da aplicação da equação de Lagrange, eq. (2.18), nas eqs. (3.4) e (3.5), temos:
1 − a Ω p 2 + k p1 = 0
mp
(3.6)
2 + a Ω p 1 + k p2 = 0
mp
2 π π
2
2 π
π
2
2 π
3
π π
com: m = MD sin + IDx cos , a = IDy cos , k = EI .
L L L L L L 2
p1(t) = P1 ert
(3.7)
p2 (t) = P2 ert
onde r = ± j ω(Ω) são as frequências naturais em flexão para cada rotação Ω do rotor.
(
m r2 + k ) −a Ω r P
1 =0 (3.9)
aΩr
( )
m r + k P2
2
Introdução à Dinâmica de Rotores 31
2k a2 2 2 k 2
r4 + + 2Ω r + 2 =0 (3.10)
m m m
2
k a2 2 k a2 2 k2
r12 = − + 2
Ω + + 2
Ω − 2
(3.11)
m 2m m 2m m
onde r2 = ± jω2.
Como exemplo de aplicação, considere a rotor com a configuração mostrada na
Figura 3.1, com os seguintes dados; disco rígido: IDx = 0,1225 kg.m2, IDy = 0,2450 kg.m2,
MD = 7,85 kg; eixo: L = 0,4 m, I = 0,49 10-9 m4, E = 2 10 11
N/m2. Logo, m = 7,7766, a =
3,7782, k = 74578,8.
A Figura 3.2 apresenta a curva de evolução das frequências naturais em função
da rotação do rotor Ω, eqs. (3.11) e (3.12), também chamada de Diagrama de
Campbell.
32 Introdução à Dinâmica de Rotores
60
50
40
Frequencia (Hz)
30
Forward
20 Backward
10
0
0 20 40 60 80 100
Velocidade de rotação (rps)
Figure 3.2 – Diagrama de Campbell para o rotor simétrico
aΩr
P1 = P2 (3.14)
m r2 + k
A solução geral para o movimento de corpo livre do rotor pode então ser obtida
usando a eq. (3.7) e as eqs. (3.15) e (3.16).
p1 = 0
p2 = p20
(3.18)
p 1 = −ω1 p20
p 2 = 0
0 = A1 − B1 − A 2 + B2
p20 = A1 + B1 + A 2 + B2
(3.19)
−ω1 p20 = −ω1 A1 − ω1 B1 + ω2 A 2 + ω2 B2
0 = ω1 A1 − ω1 B1 + ω2 A 2 − ω2 B2
A 2 = B2 = 0
p20 (3.20)
A1 = B1 =
2
34 Introdução à Dinâmica de Rotores
Substituindo a eq. (3.20) na eq. (3.17), a solução geral para as condições dadas
pela eq. (3.18) é:
p1 =
p20
2
(
j e jω1t − j e − jω1t )
(3.21)
p
(
p2 = 20 e jω1t + e − jω1t
2
)
Sabe-se que:
πy πy
u(y,t) = sen p1 = −p20 sen sen ω1t = −R1 sen ω1t
L L
(3.24)
πy πy
w(y,t) = sen p2 = p20 sen cos ω1t = R1 cos ω1t
L L
p1 = p10
p2 = 0
(3.25)
p 1 = 0
p 2 = −ω2 p10
z,w ω1t = 0
backward
Ω
ω1t = 3π/2 Ω ω1t = π/2
x,u Ω R1
Ω ω1t = π
p1 = p10 cos ω2 t
(3.26)
p2 = −p10 sen ω2 t
πy πy
u(y,t) = sen p1 = p10 sen cos ω2 t = R2 cos ω2 t
L L
(3.27)
πy πy
w(y,t) = sen p2 = −p10 sen sen ω2 t = −R2 sen ω2 t
L L
3
A velocidade de rotação do eixo do rotor Ω é positiva segunda a regra da mão direita.
36 Introdução à Dinâmica de Rotores
volta. A Figura 3.4 mostra o sentido do giro do eixo do rotor vibrando na segunda
frequência natural ω2.
Ω ω2t = π/2
L π
u( ,t) = sen p1 + d senΩt = 0,866 p1 + d sen Ωt
3 3
(3.28)
L π
w( ,t) = sen p2 + d cosΩt = 0,866 p2 + d cos Ωt
3 3
Tm =
1
2
(
md u 2 + w
2 ) (3.29)
Tm =
md
2
(0,75 p 12 + 1,732 d Ωcos Ωt p 1 + d2Ω2 cos2 Ωt +
(3.30)
)
0,75 p 22 − 1,732 d Ω sen Ωt p 2 + d2Ω2 sen2 Ωt
desprezados. Logo:
p1 = P1 senΩt
(3.33)
p2 = P2 cosΩt
0,866 md d Ω2
P1 = P2 = (3.35)
k + (a − m) Ω2
Observa-se pela eq. (3.35) que a órbita percorrida pelo eixo do rotor é circular,
P1 = P2. Na velocidade crítica, as amplitudes P1 e P2 teoricamente se tornam infinitas, o
que corresponde a anular o denominador da eq. (3.35).
k
Ωc = (3.36)
m−a
πy 0,866 md d Ω2
u(y,t) = sen senΩt
L k + (a − m) Ω2
(3.37)
πy 0,866 md d Ω2
w(y,t) = sen cosΩt
L k + (a − m) Ω2
deslocamento, R = u2 + w 2 .
Introdução à Dinâmica de Rotores 39
60
frequencia = rotacao
50
40
Frequencia (Hz)
30
velocidade
crítica
Forward
20
Backward
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Velocidade de rotação (rps)
Figure 3.5 – Velocidade crítica do rotor
60 1.0E-3
50 1.0E-4
40 1.0E-5
Frequencia (Hz)
Amplitude (m)
30 1.0E-6
20 1.0E-7
Forward
10 1.0E-8
0 1.0E-9
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Velocidade de rotação (rps)
Figure 3.6 – Deslocamento do centro do disco
40 Introdução à Dinâmica de Rotores
Ω
C
P2 cos Ωt
V
k̂
P1 sen Ωt O
X î
JJJG G
O produto vetorial OC ∧ V fornece o sentido do giro, lembrando que:
ˆi ∧ ˆj = k,
ˆ ˆi ∧ kˆ = − ˆj, ˆj ∧ kˆ = ˆi :
0
JJJG G
OC ∧ V = P1 P2 Ω (3.39)
0
Introdução à Dinâmica de Rotores 41
Então, se o produto P1P2 > 0, o giro é forward, e se o produto P1P2 < 0, o giro é
backward. Como P1 = P2, eq. (3.35), conclui-se que, um rotor simétrico excitado com
uma massa desbalanceadora gira sempre em sentido forward.
L
π 2
∫∫
πy π πy
(p1 + p2 ) + sen ( x p1 + z p2 ) +
F
U= o cos
A L L L L
A 0 (3.40)
2 2
1 π πy 1 π πy
cos p1 + cos p2 dxdzdy
2L L 2L L
∫∫
π πy
A primeira integral L cos L ( p1 + p2 ) dxdzdy é nula quando feita sobre
A 0
L
π 2
∫∫
πy
todo o comprimento do rotor. A segunda integral sen ( x p1 + z p2 ) dxdzdy
L L
A 0
θ
z r
X
onde:
x = r sen θ, y = r cos θ, dxdz = dA = r dθ dr
r 2π L
π 2
∫∫∫
πy
sen ( sen θ p1 + cos θ p2 ) r 2 drdθdy (3.41)
L L
0 0 0
2 r L
∫
3
π 2π r πy
L ( − cos θ p1 + sen θ p2 ) 0 3 sen
L
dy (3.42)
0
0
L
1 π 2
πy
2
∫∫
F πy 1π
U= o cos p1 + cos p 2 dxdzdy (3.43)
A 2 L L 2 L L
A 0
2πy
πy 1 + cos2 L , tem-se:
Resolvendo esta integral, e sabendo que cos =
L 2
Fo π2 2
U=
4L
(
p1 + p22 ) (3.44)
2
1 − a Ω p 2 + Fo π + k p1 = 0
mp
2L
(3.45)
2
2 + a Ω p 1 + Fo π + k p2 = 0
mp
2L
F π2
−m P1Ω2 + a P2Ω2 + o + k P1 = 0,866 md d Ω2
2L
(3.47)
F π2
−m P2Ω2 + a P1Ω2 + o + k P2 = 0,866 md d Ω2
2L
0,866 md d Ω2
P1 = P2 = (3.48)
Fo π2
+ k + (a − m) Ω2
2L
44 Introdução à Dinâmica de Rotores
Fo π2
+ k
2L
Ωc = (3.49)
m−a
Assim, a velocidade crítica para um rotor sujeito à uma força axial Fo = 1.000 N
é Ωr = 222,5 rad/s = 35,4 ciclos/s = 35,4 hz, Figura 3.9,
A resposta no tempo de um ponto qualquer ao longo do comprimento do rotor
devido a uma força axial, é também determinada a partir da eq. (3.2) e da eq. (3.46):
πy 0,866 md d Ω2
u(y,t) = sen senΩt
L Fo π2 2
+ k + (a − m) Ω
2L
(3.50)
πy 0,866 md d Ω2
w(y,t) = sen cosΩt
L Fo π2 2
+ k + (a − m) Ω
2L
60 1E-3
50 1E-4
40 1E-5
Frequencia (Hz)
Amplitude (m)
30 1E-6
Forward
20 1E-7
10 1E-8
0 1E-9
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Velocidade de rotação (rps)
Considere agora, o rotor sendo excitado por forças assíncronas do tipo Fo sen
sΩt e Fo cos sΩt atuando no disco do rotor. Este caso pode ocorrer em rotores coaxiais
e as forças assíncronas podem surgir devido ao desbalanceamento de um rotor
secundário, Lalanne et al. (1998).
O trabalho virtual devido à força assíncrona é:
πy
Fp1 = sen Fo sen sΩt = Fsen sΩt
L
(3.52)
πy
Fp2 = sen Fo cos sΩt = Fcos sΩt
L
p1 = P1 sen sΩt
(3.54)
p2 = P2 cos sΩt
F
P1 = P2 = (3.55)
(as − ms ) Ω
2 2
+k
k
Ωc = (3.56)
as − ms2
Considere agora, o rotor sendo excitado por uma força assíncrona do tipo F sen
ωt atuando no disco do rotor principal. Este caso pode acontecer quando o rotor é
acoplado a um rotor secundário que gira a uma velocidade ω e a força excitadora surge
devido à um desbalanceamento no rotor secundário, Figure 3.10, ou excitando o rotor
através de um rolamento colocado numa posição y qualquer ao longo do eixo do rotor.
Rotor
ω
secundário
x z
L/3 2L/3
Ω
Rotor y
principal
δW = Fo sen ωt δu (3.57)
πy
Fp1 = sen Fo sen ωt
L (3.58)
Fp2 = 0
1 − a Ω p 2 + k p1 = F sen ωt
mp
(3.59)
2 + a Ω p 1 + k p2 = 0
mp
p1 = P1 sen ωt
(3.60)
p2 = P2 cos ωt
P =
( k − mω ) 2
F
(k − mω ) − (aΩω)
1 2
2 2
(3.61)
− ( aΩω)
P2 = F
( k − mω )
2
− ( aΩω)
2 2
Pela eq. (3.61), observa-se que a trajetória do eixo do rotor não é mais circular,
mas sim elíptica, P1 ≠ P2. Na velocidade crítica, as amplitudes P1 e P2 se tornam
infinitas, logo da eq. (3.59):
Introdução à Dinâmica de Rotores 49
( k − mω )
2
− ( aΩω) = 0
2 2
(3.62)
ou :
4 2k a2 2 2 k 2
ω − + 2Ω ω + 2 =0 (3.63)
m m m
2
k a2 2 k a2 2 k2
ω12 = + 2
Ω − + 2
Ω − 2
m 2m m 2m m
(3.64)
2
k a2 2 k a2 2 k2
ω22 = + 2
Ω + + 2
Ω − 2
m 2m m 2m m
u(y,t) = sen
πy k − mω2 ( F sen ωt
)
(
L k − mω2 2 − ( aΩω)2
) (3.65)
πy − ( aΩω)
w(y,t) = sen Fcos ωt
( )
2
L k − mω2 − ( aΩω)
2
50 Introdução à Dinâmica de Rotores
1E-4
1E-5
Amplitude (m)
1E-6
Backward Forward
15,59
1E-7
0 10 20 30 40 50 60
Frequencia (Hz)
PP ( 2
1 2 = k − mω )
− ( aΩω ) (3.66)
ou:
2
1 2 = −k + mω
PP (3.67)
Introdução à Dinâmica de Rotores 51
z
L/3 2L/3
y
Kxx
Kxx
x kzz kzz
π0 π0 π0 π0
δW = −k xx u0 + sen p1 δ u0 + sen p1 − k zz w 0 + sen p2 δ w 0 + sen p2
L L L L
πL πL πL πL
− k xx u0 + sen p1 δ u0 + sen p1 − k zz w 0 + sen p2 δ w 0 + sen p2
L L L L
(3.68)
Fp1 = −5 105 p1
(3.70)
Fp2 = −10 105 p2
1 − a Ω p 2 + k p1 = −5 105 p1
mp
(3.71)
2 + a Ω p 1 + k p2 = −10 105 p2
mp
ou:
1 − a Ω p 2 + k1 p1 = 0
mp
(3.72)
2 + a Ω p 1 + k 2 p2 = 0
mp
A solução para a eq. (3.72) é também da forma apresentada pela eq. (3.7), que
quando substituída na eq. (3.72) fornece a seguinte equação matricial:
(
m r 2 + k1 ) −a Ω r
P1 = 0 (3.73)
aΩr
( )
m r 2 + k 2 P2
Introdução à Dinâmica de Rotores 53
k k a2 k k
r 4 + 1 + 2 + 2 Ω2 r 2 + 1 2 = 0 (3.74)
m m m m m
2
k k a2 2 k1 k 2 a2 2 k1 k 2
r12 = − 1 + 2 + 2
Ω + + + 2
Ω − (3.75)
2m 2m 2m 2m 2m 2m mm
2
k k a2 2 k1 k 2 a2 k k
r22 = − 1 + 2 + 2
Ω − + + 2
Ω2 − 1 2 (3.76)
2m 2m 2m 2m 2m 2m mm
onde r2 = ± jω2.
Considerando o mesmo exemplo da Figura 3.1, onde m = 7,7766, a = 3,7782, k
= 74578,8 e com a introdução das rigidezes dos mancais, k1 = 574578,8 e k2 =
1074578,8.
A Figura 3.13 apresenta o Diagrama de Campbell para o rotor assimétrico.
No caso de um rotor assimétrico ser excitado por uma massa desbalanceadora,
as equações de movimento são da forma:
P =
(k − (m + a ) Ω ) 0,866 m d Ω
2
2
d
2
1
(k − mΩ )(k − mΩ ) − a Ω
1
2
2
2 2 4
(3.78)
P =
(k − (m + a ) Ω ) 0,866 m d Ω
1
2
d
2
2
(k − mΩ )(k − mΩ ) − a Ω
1
2
2
2 2 4
100
90
80
Frequencia (Hz)
70
60
Forward
50
Backward
40
30
20
0 20 40 60 80 100
Velocidade de rotação (rps)
PP (
1 2 = k1 − ( m + a ) Ω
2
)(
k 2 − (m + a ) Ω2 ) (3.79)
k1
Ω< Forward
m+a
k1 k2
<Ω< Backward (3.79)
m+a m+a
k2
Ω< Forward
m+a
As eqs. (3.79) podem ser melhor interpretadas pela observação da Figura 3.14.
P2
P1 P2 P1
P2 P2
+ P2 - P2 - +
P1 P1 P1 P1
0 k1 ω1 k2 ω2
m+a m+a
1 − a Ω p 2 + k1 p1 + k12 p2 = 0
mp
(3.75)
2 + a Ω p 1 + k1 p2 + k 21 p1 = 0
mp
onde k1 = k + 10 105, k12 = 8 104 e k21 = - 8 104. Para fins de simplificação de notação,
será considerado k = k1.
A solução para a eq. (3.75) é também da forma apresentada pela eq. (3.7), que
quando substituída na eq. (3.75) fornece a seguinte equação matricial:
( )
m r 2 + k −a Ω r + k12
P1
P = 0 (3.76)
a Ω r + k
21 (2
mr +k
) 2
k a2 aΩ k 2 − k12k 21
r 4 + 2 + 2 Ω2 r 2 + 2 ( k 21 − k12 ) r + =0 (3.77)
m m m m2
a1 1 0 0 0 0 0 0 "
a a a1 1 0 0 0 0 "
3 2
H = a5 a 4 a3 a2 a1 1 0 0 " (3.79)
a7 a 6 a5 a4 a3 a2 a1 1 "
# # # # # # # # %
H1 = det [H1 ] = a1
a1 1
H2 = det [H2 ] = det = a1 a2 − a3 (3.80)
a3 a2
Hn = det [Hn ]
a1 = 0
k a2 2
a2 = 2 + Ω
m m2
aΩ (3.81)
a3 = 2 ( k 21 − k12 )
m
k 2 − k12k 21
a4 =
m2
H1 = 0
aΩ
H2 = − (k 21 − k12 )
m2
a2Ω2 (3.82)
H3 = − 4 ( k 21 − k12 )
2
H4 =−
(k 2
)
− k12k 21 a2Ω2 ( k 21 − k12 )
2
m6
Considere um rotor com amortecimento nos mancais do tipo Cxx = Czz = 102
N/m/s e Cxz = 0 e Czx = 0 (ver Figura 1.13).
Substituindo as derivadas no tempo das eqs. (3.2) na eq. (2.22), a expressão
que fornece o trabalho virtual devido ao amortecimento viscoso nos mancais é:
π0 π0 π0 π0
δW = −Cxx u0 + sen p 1 δ u0 + sen p1 − Czz w 0 + sen p 2 δ w 0 + sen p2
L L L L
πL πL πL πL
− Cxx u0 + sen p 1 δ u0 + sen p1 − Czz w 0 + sen p 2 δ w 0 + sen p2
L L L L
(3.83)
Fp1 = −2 102 p 1
(3.85)
Fp2 = −2 102 p 2
1 − a Ω p 2 + k p1 = −2 102 p 1
mp
(3.86)
2 + a Ω p 1 + k p2 = −2 102 p 2
mp
ou :
1 − a Ω p 2 + c p 1 + k p1 = 0
mp
(3.87)
2 + a Ω p 1 + c p 2 + k p2 = 0
mp
onde c = 2 102.
A solução para a eq. (3.87) é também da forma apresentada pela eq. (3.7), que
quando substituída na eq. (3.87) fornece a seguinte equação matricial:
(
m r2 + c r + k ) −a Ω r
P1 = 0 (3.88)
aΩr ( )
m r 2 + c r + k P2
4 c 3 c2 k a2 2 2 ck k2
r + 2 r + 2 +2 + 2 Ω r + 2 2 r + 2 = 0 (3.89)
m m m m m m
60 Introdução à Dinâmica de Rotores
c
a1 = 2
m
c2 k a2
a2 = 2 + 2 + 2 Ω 2
m m m
(3.90)
ck
a3 = 2 2
m
2
k
a4 = 2
m
c
H1 = 2
m
c c2 k a2 2 ck
H2 = 2 2 + 2 + 2Ω −2 2
mm m m m
(3.91)
c c2 k a2 c k c k 2 c 2 k 2
H3 = 2 2 + 2 + 2 Ω2 2 2 − 2 2 − 2 2
mm m m m m m m
c c2 k a2 2 c k k 2
H4 = 2 + 2 + Ω 2 2 2
m m2 m m2 m m
σ = E ε + η E ε (3.93)
U=
E
2V∫ ( )
ε 2 + η ε ε dV (3.94)
∂ 2u * ∂2w*
ε = − x −z (3.95)
∂y 2 ∂y 2
onde u * e w
* são as velocidades de um ponto arbitrário da seção transversal do eixo
nas direções x e z do sistema de referência, respectivamente. Considerando a eq.
(2.11), estas velocidade são:
= u cosΩt − w
u* senΩt − Ω u senΩt − Ω w cosΩt
(3.96)
= u senΩt + w cosΩt + Ω u cosΩt − Ω w s enΩt
w*
2
∂ 2u * ∂2w *
∫
1
U= E −x − z dV
2 ∂y 2 ∂y 2
V
(3.97)
∂ 2u * * ∂ 2u * ∂2w *
∫
1 ∂2w
+ ηE − x 2
− z − x − z dV
2 ∂y ∂y 2 ∂y 2 ∂y 2
V
L L
∂ 2u 2 ∂ 2 w 2 ∂ 2u ∂ 2u ∂ 2 w ∂ 2 w
∫ ∫
1 1
U= EI + 2 dy + η E I 2 2 + 2 dy
2 2
2 ∂y ∂y 2 ∂y ∂y ∂y ∂y
0 0
(3.98)
L
∂ u∂ w ∂ w ∂ u
∫
2 2 2 2
1
+ ηEI −Ω 2 2
+ Ω 2 2
dy
2
0
∂y ∂y ∂y ∂y
4
L
∫ ( )
1 π 2 πy 2 2
U= EI sen dy p1 + p2 +
2 L L
0
4
L
∫
1 π 2 πy
+ ηEI sen dy ( p1 p 1 + p2 p 2 ) (3.99)
2 L L
0
4
L
∫
1 π 2 πy
+ ηEI sen dy ( −Ω p1 p2 + Ω p2 p1 )
2 L L
0
1 − a Ω p 2 + η k p 1 + k p1 = 0
mp
(3.100)
2 + a Ω p 1 + η k p 2 + k p2 = 0
mp
(
m r2 + η k r + k ) −a Ω r
P1 = 0
(3.101)
aΩr ( )
m r 2 + η k r + k P2
k 3 2 k2 k a2 Ω 2 2 k2 k2
r 4 + 2η r + η 2 + 2 + r + 2η r + =0 (3.102)
m m m m2 m2 m2
1 − a Ω p 2 + c p 1 + k1 p1 + k12 p2 = 0
mp
(3.104)
2 + a Ω p 1 + c p 2 + k 2 p2 + k 21 p1 = 0
mp
64 Introdução à Dinâmica de Rotores
Supondo a solução da eq. (3.104) ser da forma dada pela eq. (3.7), tem-se:
(
m r 2 + c r + k1
) −a Ω r + k12 P
1 =0 (3.105)
a Ω r −k
21 ( )
m r 2 + c r + k 2 P2
(3.106)
2c
a1 =
m
k k c 2 a2Ω2
a2 = 1 + 2 + 2 +
m m m m2
(3.107)
ck ck a ( k 21 − k12 ) Ω
a3 = 21 + 22 +
m m m2
k k −k k
a4 = 1 2 2 21 12
m
2c
H1 =
m
ck ck 2c 3 a ( k 21 − k12 ) Ω 2c 2 2
H2 = 21 + 22 + 3 − + 3a Ω
m m m m2 m
(3.108)
ck1 ck 2 a ( k 21 − k12 ) Ω 4c 2 ( k1k 2 − k 21k12 )
H3 = 2 + 2 + H2 −
m m m2 m4
k k −k k
H4 = 1 2 2 21 12 H3
m
U=
∑
i=1
Ui
T=
∑
i=1
Ti (4.1)
R=
∑
i=1
Ri
∫
1
U= σ {ε} dV (4.2)
2
V
∫
1
{ε} {σ} dV
t
U= (4.3)
2
V
v = N(y) δ (4.4)
∂v
ε= = B(y) δ (4.5)
∂y
σ=Eε (4.6)
∫
1
(B δ ) D (B δ ) dV
t
U= (4.7)
2
V
ou:
∫
1 t
U= δ Bt D B dV δ (4.8)
2
V
68 Introdução à Dinâmica de Rotores
1 t
U= δ kδ (4.9)
2
∫
1
T= ρ V 2 dV (4.10)
2
V
dδ
V = N(y) = N ( y ) δ (4.11)
dt
( )
t
Substituindo a eq. (4.11) na eq. (4.10), e considerando que V 2 = N δ N δ ,
temos:
∫
1
( )
t
T= ρ N δ N δ dV (4.12)
2
V
ou:
Introdução à Dinâmica de Rotores 69
∫
1
T = δ ρ N N dV δ
t
(4.13)
2
V
1 t
T= δ mδ (4.14)
2
z
y w
1 2
y
x w1 E, ρ, S, I, L θ2
θ1 w2
w(y) = a1 + a2 y + a3 y 2 + a4 y 3 (4.15)
∂
θ(y) = w(y) = a2 + 2a3 y + 3a 4 y2 (4.16)
∂y
Resolvendo a sistema, obtem-se a eq. (4.15) em função dos gdls nos nós:
w1
3y
2
2y 3
2y y 3y 2y 2 3
y y θ
2 3 2 3
w(y) = 1 − 2 + 3 ; y − + 2; 2 − 3 ; − + 1 (4.17)
L L L L L L L L w 2
θ2
∂2w
ε = −x (4.18)
∂y2
w1
3y2 2y3
2y2 y3 3y2 2y3 y2 y3 θ1
ε(y) = − x 1 − 2 + 3 ; y − + 2; 2 − 3 ; − + (4.19)
L L L L L L L L w 2
θ2
t
w1 12 6L −12 6L w1
2 2
1 EI θ1 6L 4L −6L 2L θ1
U= (4.20)
2 L3 w 2 −12 −6L 12 −6L
w 2
θ2 2 2 θ2
6L 2L −6L 4L
12 6L −12 6L
2 2
EI 6L 4L −6L 2L
k= 3 (4.21)
L −12 −6L 12 −6L
6L 2L2 −6L 4L2
Considerando o vetor deslocamento no plano x-y como δ = (u1, ψ1, u2, ψ2), e a
função deslocamento da forma:
u(y) = a1 + a2 y + a3 y 2 + a4 y 3 (4.24)
∂
ψ(y) = − u(y) = a2 + 2a3 y + 3a 4 y2 (4.25)
∂y
De maneira análoga, a eq. (4.14) pode ser obtida em função dos gdls nos nós:
u1
3y2 2y3
2y2 y3 3y2 2y3 y2 y3 ψ1
u(y) = 1 − 2 + 3 ; − y + − 2; 2 − 3 ; − (4.26)
L L L L L L L L u2
ψ 2
Introdução à Dinâmica de Rotores 73
u1 w1 θ1 ψ1 u2 w2 θ2 ψ2
12 0 0 −6L −12 0 0 −6L u
12 6L 0 0 − 12 6L 0 1
w1
4L2 0 0 −6L 2L2 0 θ1
2 2
EI 4L 6L 0 0 2L ψ1 (4.29)
k= 3
L 12 0 0 6L u2
12 −6L 0 w 2
sim. 4L2 0 θ2
4L2 ψ1
74 Introdução à Dinâmica de Rotores
u1 w1 θ1 ψ1 u2 w2 θ2 ψ2
156 0 0 −22L 54 0 0 13L u
156 22L 0 0 54 −13L 0 1
w1
4L 2
0 0 13L −3L 2
0 θ1
ρSL 4L2 −13L 0 0 −3L2 ψ1 (4.30)
m=
420 156 0 0 −22L u2
156 −22L 0 w2
sim. 4L2 0 θ2
4L2 ψ1
MD 0 0 0 u 0 0 0 0 u
0 M 0 0 0 0 w
D 0 0 w
+ Ωr
(4.31)
0 0 IDx 0
θ 0 0 0 −IDy
θ
0
0 0 IDx ψ
0 0 IDy 0 ψ
M
δ + C δ + K δ = F(t) (4.32)
Introdução à Dinâmica de Rotores 75
M
δ+K δ = 0 (4.33)
δ = δ o e j ωt (4.34)
( −ω 2
)
M + K δo = 0 (4.35)
(
det −ω2 M + K = 0 ) (4.36)
δ=φp (4.37)
φt M φ p
+ φt C φ p + φt K φ p = φt F(t) (4.38)
φt M φ p
+ φt C φ p + φt K φ p = 0 (4.39)
ωi2 M φi = K φi (4.42)
ω2j M φ j = K φ j (4.43)
Premultiplicando a eq. (4.42) por φjt e a eq. (4.43) por φit, temos:
φit M φ j = φtj M φi
(4.45)
φit K φ j = φtj K φi
(ω 2
i )
− ω2j φtj M φi = 0 (4.47)
78 Introdução à Dinâmica de Rotores
Como as frequências naturais são diferentes, ωi ≠ ωj, com exceção dos modos
de corpo rígido, ωi ≠ ωj = 0:
φtj M φi = 0 (4.48)
φtj K φi = 0 (4.49)
ou:
φit K φi k i
ωi2 = = (4.51)
φit M φi mi
Figura 4.2: 4
1 2 3
1 2 3 4
21
2 1 2
1
u1 w1 θ1 ψ1 u2 w2 θ2 ψ2 u3 w3 θ3 ψ3 u4 w4 θ4 ψ4
12 0 0 −6L −12 0 0 6L
12 6L 0 0 −12 6L 0 u1
w
4L2 0 0 −6L 2L2 0 1
θ1
2
4L 6L 0 0 2L2
ψ1
12 + 12 0 0 6L − 6L −12 0 0 6L u2
12 + 12 −6L + 6L 0 0 −12 6L 0
w2
4L2 + 4L2 0 0 −6L 2L2 0 θ
2
EI 2
4L + 4L 2
6L 0 0 2L2 ψ2
K= u3
L3 12 0 0 6L
12 −6L 0 w3
sim. 4L2 0 θ3
ψ3
4L2
u4
w
4
θ4
ψ 4
(4.55)
REFERÊNCIAS
Lalanne, M., Berthier, P., Der Hagopian, J., Mécanique des Vibrations Lineaires,
Masson, 1986.
Meirovith, L., Methods of Analytical Dynamics, McGraw-Hill.
Lalanne, M. Ferraris, G., Rotordynamics Prediction in Engineering, John Wiley & Sons,
1998.
Vance, J. M., Rotordynamics of Turbomachinery, John Wiley & Sons, 1988.