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A Escola Esperança: um diálogo sobre uso de tecnologias da informação e comunicação 1

Arnaldo Oliveira Souza Júnior2


Elis Rejane Silva Oliveira3

Na Escola Esperança, em uma capital brasileira, o cenário escolar era bem interessante: uma
escola que possuía salas, bibliotecas, laboratório de informática, área de lazer e um corpo de
professores que possuíam formação universitária, mas que desenvolviam suas atividades
pedagógicas de uma forma bem peculiar: davam aulas...usavam sempre o quadro e a mídia
impressa. O laboratório de informática era pouco visitado, aliás, estava sempre trancado, pois
a diretora da referida Escola se “preocupava em demasia” com o bem público!...acreditava que
se o laboratório estivesse disponível, os alunos e professores acabariam quebrando as
máquinas!. As atividades pedagógicas na biblioteca limitavam-se a pesquisa dos assuntos. Em
uma determinada turma da 8ª série, o professor ministrando aula sobre produção textual e
literatura percebeu que havia um aluno no fundo da sala, de braços cruzados e um semblante
de apatia....o professor aproximou-se e lhe perguntou:

- Qual o seu nome, meu aluno?

- O aluno respondeu de maneira enfática, 32!

- O professor.... observou, ....pensou, pensou, ... e incomodado com tal situação, pegou o
diário de classe e olhou no número 32 identificando o aluno como Claudio Oliveira...

- Chegou até a ele e disse:

- Claudio, você me permite olhar o seu caderno? Prontamente o jovem menino lhe estendeu o
caderno e o professor folheou...folheou... folheou não encontrando nenhuma anotação da
disciplina, e nem de outras.

Ao devolver o caderno ao aluno, o professor disse:

Meu filho, você não tem nenhuma anotação! Você não gosta de estudar? Qual é o seu
problema?

O menino ao olhar para o professor....deu um breve sorriso sarcástico e disse:

Gostar de estudar? Ninguém vai gostar de estudar matéria passada de forma enfadonha! O
senhor mesmo, se sentar no meu lugar, vai achar o mesmo! Aliás, o desafio de qualquer
professor é ficar na condição de aluno.... . Os professores aqui são mais tarefeiros.... dão aula
.....escrevendo ....escrevendo....escrevendo...ditando...ditando conteúdos; disse o menino.

O professor retrucou! Mas meu filho, aula é assim mesmo!

1
Algumas informações contidas no texto surgiram de exemplos de situações colhidas nos encontros de
formação de multiplicadores.
2
Prof. CEAD/UFPI – GT de Formação do Projeto Um Computador por Aluno - UCA
3
Técnicas em assuntos educacionais CEAD/UFPI – GT de Formação do Projeto Um Computador por
Aluno - UCA
- Assim mesmo uma pinóia, disse o menino! A gente sabe que por aí... se aprende português
não somente a partir de textos dos livros.... A internet está aí para provar isso!... professor,
você sabia que as redes sociais possuem comunidades de estudos, entretenimento jogos e
simulações ? Imagine o senhor tendo a sua disposição diretórios, repositórios de vídeos, textos
sobre gramática, literatura e outros assuntos relacionados à sua disciplina.

-Hummm!!.... Como você sabe tais coisas? Indagou o professor!

- Todo mundo sabe... aqui mesmo na sala, muitos dos meus colegas freqüentam lan house
para se divertir, namorar, pesquisar, jogar, ouvir música e acessar vídeos. Pois é, a gente vive
uma vida na rede! aqui na escola nós não temos prazer, não temos vida; e vou mais além
...Pedrinho tem um primo, que estuda em outra escola em que o professor de língua
portuguesa desenvolve suas aulas com auxílio do computador, Internet. Lá, os alunos
possuem blogs, fotologs, discutem os conteúdos trabalhos em sala, em lista de discussão....
tem acesso a e-books... twitter... é tanta coisa professor que eles fazem, que fico com inveja!...
o senhor também não fica com inveja professor?

- o professor olhou... olhou...pensou... e disse: mas eu nem sei mexer no computador. Aliás, o
que é e-book, fotolog e twitter?

- Vejo que o senhor precisa estudar e se conectar ao mundo!

- Claudio... como faço para conhecer este professor e estas tecnologias?

- Em relação a conhecer o professor...posso providenciar!...com relação a conhecer estas


tecnologias....o que eu sei ... é que o professor do primo de Pedrinho faz capacitação e os
laboratórios estão sempre disponíveis para professores e alunos. A Diretora da Escola dele
tem a compreensão da necessidade do uso destas tecnologias para a formação dos alunos, por
isso também procurou se capacitar. Aliás, até mesmo a comunidade extra-escolar sabia do
que estava acontecendo na escola. Está sendo um sucesso! As escolas que aderiram ao uso do
computador e da Internet fizeram trabalho conjunto....criaram páginas, formando redes
sociais. Os alunos de escolas diferentes trocavam conhecimentos por meio de blogs, lista de
discussão, Orkut, facebook, e criaram uma cultura de participação tecnológica, eles chamam
de colaboração.

- Que coisa fantástica! Disse o professor. Preciso urgentemente ter contato com essas
pessoas...preciso me capacitar.

A estória fictícia refere-se às discussões sobre como tornar as aulas mais atrativas por meio do
uso de recursos tecnológicos. Entretanto, é salutar evidenciar a necessidade de formação
continuada no uso de tecnologias da informação e comunicação. Com efeito, como vocês
analisam o cenário apresentado? Há evidencias que existem situações semelhantes
acontecendo? De que forma, a partir de sua compreensão sobre uso de tecnologias da
informação e comunicação, podemos aperfeiçoar nossa práxis pedagógica em sala de aula?

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