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Superior Tribunal de Justiça

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.231.593 - AM (2010/0230827-5)

RELATOR : MINISTRO HAMILTON CARVALHIDO


AGRAVANTE : ESTADO DO AMAZONAS
PROCURADOR : RICARDO ANTONIO REZENDE DE JESUS E OUTRO(S)
AGRAVADO : D G S (MENOR)
REPR. POR : MOGA
ADVOGADO : MARIA TEREZA DE ALMEIDA CRUZ E OUTRO(S)
EMENTA
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL.
RESPONSABILIDADE CIVIL. ERRO MÉDICO. INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS. QUANTUM INDENIZATÓRIO. REVISÃO.
SÚMULA Nº 7/STJ. PRECEDENTES.
1. Esta Corte Superior de Justiça firmou já entendimento de que, no que
se refere aos aspectos pertinentes à fixação do valor dos danos morais,
somente se admite a revisão do quantum indenizatório, nesta instância
especial, nas hipóteses do montante ser exorbitante ou ínfimo.
2. Encontrando-se o valor fixado na origem adequado aos parâmetros de
razoabilidade e de proporcionalidade, como no presente caso, é
inadmissível a sua alteração, na via do recurso especial, por exigir,
necessariamente, o reexame do conjunto fáctico dos autos, medida
inexequível nesta instância especial. Precedentes.
3. "A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial."
(Súmula do STJ, Enunciado nº 7).
4. Agravo regimental improvido.

ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da PRIMEIRA TURMA do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto
do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Teori Albino Zavascki, Arnaldo Esteves
Lima e Benedito Gonçalves (Presidente) votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente,
justificadamente, o Sr. Ministro Luiz Fux.
Brasília, 03 de março de 2011 (data do julgamento).

Ministro Hamilton Carvalhido , Relator

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AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.231.593 - AM (2010/0230827-5)

RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO HAMILTON CARVALHIDO (Relator):

Agravo regimental interposto pelo Estado do Amazonas contra


decisão que, no relativo à fixação do valor dos danos morais, aplicou o
enunciado nº 7 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça.

Afirma o agravante que:


"(...)
Conforme ao menos no que toca à violação do art.
944 parágrafo único do Código Civil de 2002, crê-se em
merecer reforma a decisão atacada.
Ocorre e. Relator e Srs. Ministros, que conforme
registros da peça recursal, o STJ, pode sim adentrar-se no
valor das indenizações por danos morais, afastando o
impedimento da sua Súmula 07. Isso ocorre quando os
valores fixados na instância inferior revelam-se irrisórios
ou excessivos.
Atenta a estas circunstâncias, a jurisprudência do
STJ, tem buscado afastar, enfaticamente, quaisquer desvios
e exageros na fixação dos danos morais, afirmando que
seja feito com moderação o arbitramento das indenizações,
tomando por base proporcional ao grau de culpa, ao nível
sócio econômico dos autores, e, ainda, ao porte do
recorrido, orientando-se o julgador pelos critérios
doutrinários e jurisprudenciais, com razoabilidade,
valendo-se da sua experiência e do bom senso, atento à
realidade da vida e as peculiaridades de cada caso (...)"
(fl. 529).
É o relatório.

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VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO HAMILTON CARVALHIDO (Relator):


Senhor Presidente, a decisão agravada não comporta reforma.

No relativo à violação do artigo 944 do Código Civil, sustentou o


ora agravante em sede especial que:
"(...)
A necessidade de uma fixação razoável de valores
indenizatórios para danos morais faz-se necessário, como
medida de cautela político-jurídica. (...)
O mais rápido exame que se faça da peça recursal da
apelação do Recorrente, deixa patente que o ESTADO DO
AMAZONAS demonstrou o seu inconformismo com o valor
fixado a título de danos morais pelo acórdão recorrido.
Isso porque, a fixação da indenização de danos
morais no equivalente a 400 salários mínimos se mostra
demasiadamente exagerado e abusivo, sendo certo que a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça
pacificou-se no sentido de que, em sede de recurso
especial, é admitida a revisão do quantum arbitrado a
título de danos morais na hipótese em que ele tenha sido
fixado em valor irrisório ou abusivo.
(...)
Isto posto, no relativo ao quantum de indenização por
danos morais, este deve ser reajustado para patamar
inferior, a fim de se adequar aos precedentes desse
Superior Tribunal de Justiça.
(...)" (fls. 486/490).
Agora, em sede de agravo regimental, assevera que:

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"(...)
Conforme ao menos no que toca à violação do art.
944 parágrafo único do Código Civil de 2002, crê-se em
merecer reforma a decisão atacada.
Ocorre e. Relator e Srs. Ministros, que conforme
registros da peça recursal, o STJ, pode sim adentrar-se no
valor das indenizações por danos morais, afastando o
impedimento da sua Súmula 07. Isso ocorre quando os
valores fixados na instância inferior revelam-se irrisórios
ou excessivos.
Atenta a estas circunstâncias, a jurisprudência do
STJ, tem buscado afastar, enfaticamente, quaisquer desvios
e exageros na fixação dos danos morais, afirmando que
seja feito com moderação o arbitramento das indenizações,
tomando por base proporcional ao grau de culpa, ao nível
sócio econômico dos autores, e, ainda, ao porte do
recorrido, orientando-se o julgador pelos critérios
doutrinários e jurisprudenciais, com razoabilidade,
valendo-se da sua experiência e do bom senso, atento à
realidade da vida e as peculiaridades de cada caso (...)"
(fl. 529).
Para a certeza das coisas, é esta a fundamentação, no particular, do
acórdão recorrido:
"(...)
A apelada apresentou-se sentindo fortes dores no
pescoço, na coluna, vomitando, com dificuldades para
andar e vista turva. Ainda assim, após a realização de
radiografia do tórax, nada foi diagnosticado e a paciente
foi enviada par casa sem nenhum remédio ou indicação
de tratamento, ao argumento de que seus sintomas eram
meramente psicológicos.
Quatro dias depois, a Apelada foi até o Hospital
Tropical, onde ficou internada oito dias, e ai sim
diagnosticada com meningite viral (...) recebendo alta após
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dois meses, completamente cega e com distúrbios
neurológicos.
(...)
Não há que se cogitar então da inexistência do nexo
de causalidade entre a ação do Apelante e o dano da
Apelada, comprovando-se, com os fatos já expostos, que a
imperícia do médico, ao diagnosticar como psicológicas as
dores da Apelada, impediu o melhor encaminhamento do
procedimento médico e, com isso, a requisição de exames
laboratoriais necessários, dando alta médica à Apelada
sem receitar nenhum tratamento específico.
(...)
Configurada a responsabilidade civil objetiva do
Estado do Amazonas, bem como sua legitimidade ativa
para responder à presente ação, passo a análise do
quantum indenizatório fixado em sentença.
Com efeito, o nexo causal e o resultado danoso estão
perfeitamente delineados e tudo que foi exposto alhures é
suficiente para demonstrar, de forma inequívoca, o abalo
moral sofrido pela Apelada, bem como a piora no seu
quadro, acarretando a cegueira e a debilidade mental,
tudo em função do erro de diagnóstico de uma enfermidade
tida como meramente psicológica.
(...)
No caso em comento, entendo que, consideradas a
repercussão dos fatos e a gravidade da lesão suportada
pela Apelada, tem-se como razoável e proporcional a
verba compensatória arbitrada pelo Juízo a quo no valor
de R$ 100.000,00 (cem mil reais), não havendo qualquer
circunstância nos autos que provoque a minoração
pleiteada no presente recurso .
(...)" (fls. 467/471).
Tem-se que o Tribunal de origem reconhece presente, pelo
conjunto fáctico dos autos, a existência do dano, do nexo causal e da

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responsabilidade do Poder Público, encontrando-se, ainda, devido e bem fixado
o valor da condenação em danos morais, em decisão fundamentada e apoiada
no princípio da razoabilidade. Logo, a insurgência especial, tal como posta,
requisita necessário exame dos aspectos fáctico-probatórios, hipótese que é
vedada em sede de recurso especial, a teor do enunciado nº 7 da Súmula do
Superior Tribunal de Justiça:
"A pretensão de simples reexame de prova não enseja
recurso especial."
A propósito:
"PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO
ESTADO. QUEDA EM BURACO. AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO. ACIDENTE QUE CAUSOU MORTE DE
FILHO MENOR DOS RECORRENTES. PRETENSÃO DE
MAJORAR O VALOR DOS DANOS MORAIS. VALOR
NÃO IRRISÓRIO. SÚMULA N. 7/STJ. EXTENSÃO DO
PERÍODO DE PENSÃO POR DANOS MATERIAIS. 1/3
DE SALÁRIO-MÍNIMO ATÉ A IDADE EM QUE OS PAIS
COMPLETEM 65 ANOS, CONFORME PEDIDO
RECURSAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SÚMULA
N. 7/STJ.
1. Tratam os autos de ação, ajuizada pelos ora
recorrentes, de indenização por danos morais e materiais,
alegando a responsabilidade do Estado pelo acidente de
causou a morte do filho dos recorrentes, à época, com um
ano e nove meses. Segundo o acórdão a quo, o referido
acidente ocorreu quando a família passeava no canteiro
central de uma avenida na cidade de São Paulo e a criança
caiu em um buraco que dava acesso a uma galeria pluvial,
na qual corria bastante água. Apesar das buscas efetuadas
pelo Corpo de Bombeiro, o corpo da criança jamais foi
encontrado.
2. Não se conhece do apelo especial pela alínea 'a' do
permissivo constitucional, uma vez que o único dispositivo
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legal apontado como violado (art. 5º da LICC) não foi
objeto de discussão pelo acórdão a quo, o que acarreta a
ausência de prequestionado, incidindo, na espécia, a
Súmula n. 282/STF.
3. O Superior Tribunal de Justiça consolidou
orientação no sentido de que a revisão do valor da
indenização somente é possível quando exorbitante ou
insignificante a importância arbitrada, em flagrante
violação dos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade. No particular, o Tribunal de origem,
ao considerar as circunstâncias do caso concreto, as
condições econômicas das partes e a finalidade da
reparação, entendeu por bem reduzir o valor fixado em
sentença, de R$ 450 mil para cada um dos recorrentes,
genitores da criança para R$ 50 mil para cada um deles. A
pretensão trazida no especial não se enquadra nas
exceções que permitem a interferência desta Corte, uma
vez que o valor arbitrado não é irrisório em face dos
parâmetros adotados por esta Corte para casos
semelhantes. Incidência da Súmula n. 7/STJ.
4. Por outro lado, no que concerne ao período de
recebimento de pensão a título de danos materiais, a
jurisprudência do STJ é no sentido de que essa indenização
é devida na ordem de 2/3 de salário-mínimo no período
entre 16 e 25 anos do falecido, e, após este período, o valor
é reduzido para 1/3 de salário mínimo, sendo tal pensão
limitada até o momento em que a vítima faria 65 anos de
idade.
5. Entretanto, na hipótese dos autos, impossível dar
provimento ao apelo especial para garantir o 1/3 de
salário-mínimo até o momento em que a vítima
completasse 65 anos. Isso porque, no recurso especial foi
requerida a 'ampliação do período de incidência do
pensionamento deferido, para que o mesmo perdure até a
idade de 65 (sessenta e cinco) anos dos genitores da
vítima'.
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6. Assim, considerando-se o que foi pleiteado no
apelo nobre, tem-se que o recurso especial merece
provimento para aumentar o período de pagamento de
pensão, a títulos de danos materiais, no valor de 1/3 de
salário-mínimo, até o momento em que os ora recorrentes
completem 65 anos de idade.
7. Este Tribunal possui jurisprudência uníssona pela
impossibilidade de revisar o quantum estabelecido em
verba honorária, uma vez a análise dos parâmetros
estabelecidos nos arts. 20, § § 3º e 4º, do CPC depende do
reexame de matéria fático-probatório, o que é vedado, de
acordo com o enunciado n. 7 da Súmula do STJ.
8. A despeito de não haver expressa previsão legal
para que a regulação temporal da pensão seja feita pela
idade dos genitores da vítima, não há nenhum óbice à
concessão do pedido nos moldes em que foi proposto,
porquanto a condenação da recorrida será menos gravosa
do que aquela decorrente do entendimento preconizado na
jurisprudência do STJ.
9. Recurso especial parcialmente conhecido, e, nessa
parte, parcialmente provido." (REsp 1094525/SP, Rel.
Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 20/10/2009, DJe 23/10/2009).
Ademais, quanto ao valor da condenação em danos morais, tem-se
como escorreita a imputação da indenização fixada a título de danos morais,
uma vez que devidamente comprovados a ação, o nexo causal e a lesão, nos
termos assentados pela Corte de origem.

Além disso, esta Corte Superior de Justiça possui já jurisprudência


firmada em que a revisão indenizatória somente é possível nesta instância
especial quando se mostrar exorbitante ou ínfima, o que não se apresenta na
espécie.

A propósito:

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Superior Tribunal de Justiça
"CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CONSUMIDOR.
REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS.
CIRURGIA PLÁSTICA. ERRO MÉDICO. DEFEITO NO
SERVIÇO PRESTADO. CULPA MANIFESTA DO
ANESTESISTA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO
CHEFE DA EQUIPE E DA CLÍNICA.
1. O Tribunal a quo manifestou-se acerca de todas as
questões relevantes para a solução da controvérsia, tal
como lhe fora posta e submetida. Não cabe alegação de
violação do artigo 535 do CPC, quando a Corte de origem
aprecia a questão de maneira fundamentada, apenas não
adotando a tese da recorrente. Precedentes.
2. Em regra, o cirurgião chefe dirige a equipe,
estando os demais profissionais, que participam do ato
cirúrgico, subordinados às suas ordens, de modo que a
intervenção se realize a contento.
3. No caso ora em análise, restou incontroverso que o
anestesista, escolhido pelo chefe da equipe, agiu com
culpa, gerando danos irreversíveis à autora, motivo pelo
qual não há como afastar a responsabilidade solidária do
cirurgião chefe, a quem estava o anestesista diretamente
subordinado.
4. Uma vez caracterizada a culpa do médico que atua
em determinado serviço disponibilizado por
estabelecimento de saúde (art. 14, § 4º, CDC), responde a
clínica de forma objetiva e solidária pelos danos
decorrentes do defeito no serviço prestado, nos termos do
art. 14, § 1º, CDC.
5. Face as peculiaridade do caso concreto e os
critérios de fixação dos danos morais adotados por esta
Corte, tem-se por razoável a condenação da recorrida ao
pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a título de
danos morais.
6. Recurso especial conhecido em parte e, nesta parte,
provido." (REsp 605.435/RJ, Rel. Ministro JOÃO
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OTÁVIO DE NORONHA, Rel. p/ Acórdão Ministro
LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
julgado em 22/09/2009, DJe 16/11/2009).

"CIVIL E PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO


REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO -
RESPONSABILIDADE CIVIL - AÇÃO INDENIZATÓRIA -
ERRO MÉDICO - OXIGENOTERAPIA - FIBROPLASIA
RETROLENTICULAR - RETINOPATIA DO NASCITURO -
CRIANÇA COM PERDA DE 90% (NOVENTA POR
CENTO) DA VISÃO - RESPONSABILIDADE
COMPROVADA PELO TRIBUNAL 'A QUO' - SÚMULA
7/STJ - DANOS MATERIAIS, MORAIS E ESTÉTICOS -
RAZOABILIDADE DO QUANTUM INDENIZATÓRIO -
EXTENSÃO DO JULGAMENTO DO RECURSO
ESPECIAL 1.086.451/SC, QUANTO A JUROS, AO
AGRAVANTE.
I - A responsabilidade civil da Agravante, na espécie,
decorreu da comprovada falha na prestação dos serviços
hospitalares de acompanhamento do recém-nascido, que
deu causa inequívoca à doença da fibroplasia
retrolenticular - retinopatia do nascituro -, que
comprometeu mais de 90% (noventa por cento) da visão da
criança. Essa conclusão não pode ser afastada nesta
Corte, por depender do reexame do quadro
fático-probatório.
II - Não há como afastar a condenação solidária do
médico e do Hospital em que internado o nascituro, na
hipótese, pois o corpo clínico, embora possuísse autonomia
funcional, subordinava-se administrativamente aos
regulamentos da entidade hospital, relação que
caracteriza, em sentido amplo, o vínculo da preposição,
ademais do fato de que Hospital recebia recursos da
Seguridade Social. Precedentes.
III - Considerando os danos permanentes à saúde do
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nascituro e a evidente responsabilização, não há razão
para a alteração do quantum indenizatório em face da
razoabilidade do patamar em que fixado, sendo R$
76.000,00 (setenta e seis mil) pelos danos morais e R$
30.400,00 (trinta mil e quatrocentos reais) pelos danos
estéticos.
IV - Quanto aos juros moratórios, estende-se ao
Agravante os efeitos do acolhimento parcial do Recurso
Especial interposto pelo médico, Dr. Rogério Antônio Gaio
(REsp 1.086.451/SC), estabelecendo-se que, também
relativamente à ASSEC, os juros moratórios correm a
partir da data da citação e não da data do evento danoso.
Agravo regimental improvido." (AgRg no Ag
1092134/SC, Rel. Ministro SIDNEI BENETI,
TERCEIRA TURMA, julgado em 17/02/2009, DJe
06/03/2009).
Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.

É O VOTO.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA

AgRg no
Número Registro: 2010/0230827-5 REsp 1.231.593 / AM

Números Origem: 1060216680 20100005441 20100005441000100


EM MESA JULGADO: 03/03/2011

Relator
Exmo. Sr. Ministro HAMILTON CARVALHIDO
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro BENEDITO GONÇALVES
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. CÉLIA REGINA SOUZA DELGADO
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : ESTADO DO AMAZONAS
PROCURADOR : LUCIANA BARROSO DE FREITAS E OUTRO(S)
RECORRIDO : D G S (MENOR)
REPR. POR : MOGA
ADVOGADO : MARIA TEREZA DE ALMEIDA CRUZ E OUTRO(S)
ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO -
Responsabilidade da Administração - Indenização por Dano Moral

AGRAVO REGIMENTAL
AGRAVANTE : ESTADO DO AMAZONAS
PROCURADOR : RICARDO ANTONIO REZENDE DE JESUS E OUTRO(S)
AGRAVADO : D G S (MENOR)
REPR. POR : MOGA
ADVOGADO : MARIA TEREZA DE ALMEIDA CRUZ E OUTRO(S)

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto
do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Teori Albino Zavascki, Arnaldo Esteves Lima e Benedito Gonçalves
(Presidente) votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Luiz Fux.

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