Literatura

Literatura de Cordel

A
Literatura de Cordel vem da Península Ibérica, provavelmente de Portugal e deve ter surgido no século
XVII. Os impressos eram exibidos e vendidos dependurados num barbante ou cordão, que na língua
provençal quer dizer Cordel. Mais tarde foi que começou a se fazer distinção entre Literatura de Cordel
e Literatura Erudita. Cordel como expressão popular. Até o século XVIII, o Cordel era lido por reis e
sábios.
Na França passou a se chamar Literatura de Colpórtoge porque eram vendidos os livrinhos em
gavetas ou em tabuleiros dependuradas por uma tira de couro passada em volta da nuca do vendedor.
Na Espanha passou a ser conhecida por Hojas ou Pliegos Sueltos, porque eram mais folhas volantes.
Em Portugal passou a ser chamada Literatura de Cego por causa de um Decreto assinado pelo Rei D. João V,
em 1769 e só os cegos podiam vender esses impressos.
No Novo Mundo destacaram-se as corridas ou Coplas (Quadras), que foram bastante populares no México,
Argentina, Peru, Colômbia, Venezuela, Nicarágua, Porto Rico e Chile. No México ainda persiste o Contrapunteio, uma
espécie de cantoria em desafio. Este foco cordelista deu-se no ano de 1600.
No Brasil esta literatura veio com os nossos colonizadores e se adaptou bem nos sertões, nos engenhos de
cana-de-açúcar, onde os cantadores internavam-se com suas violas na divulgação da arte de fazer versos
improvisados. No Nordeste, a pouca influência, da migração não portuguesa favoreceu plenamente a região, como o
clima do agreste, as secas terríveis, as terras improdutivas, o Cangaceirismo, o Beatismo, as festas de vaquejada, etc.
Na Amazônia, ela veio em função do grande fluxo migratório, principalmente durante a grande fase áurea da
Borracha, da Castanha, depois com a abertura da rodovia da Transamazônica (Projeto de Colonização com o slogan:
“Integrar para não Entregar”). Muito esporádicas são as publicações da época.
O poeta nordestino João de Castro, desde 1972, quando chegou em Altamira no Pará, tem tentado com outros
companheiros do ramo intensificar a popular literatura de cordel, publicando trabalhos com os mais variados temas,
alguns ligados à questão ambientalista da Amazônia Clássica. Os Cordelistas na Amazônia são desta região o de
origem nordestina.
Os cordéis a seguir foram produzidos por alunos da 6ª série, a partir da leitura e do resumo feitos com base
nos contos amazônicos. Referências Bibliográficas
CASTRO, J. de. Água, vida, água. Belém: Do
autor, 2006..
O Sol e a Lua
Em um certo lugar,
Uma tia gostava de contar A lua muito vaidosa O sol salvou o pai da lua Quando fosse caçar
Histórias muito Ficava muito raivosa O velho pegou o pássaro e disse; Um pouco de algodão devia
engraçadas Porque o sol era vaidoso É todo seu! levar
Bruxas, assombração e Pois não era para gostar de O sol respondendo disse: nunca E sobre o vento soltar
fantasmas. todos haverá Em passe de mágica iria se
De ser meu. transformar
A criançada assustada O sol ficou vaidoso para fazer
Tinha medo da noite O gosto da lua A lua nervosa foi para mata Os que caíssem na terra
assombrada Foi para mata caçar enfeites fazer uma pequena caminhada Animal terrestre seria
Acenderam uma fogueira Encontrou-se com o pai da E dentro de um buraco O que caísse na água
Para espantar os lua A mãe do sol chorava Em peixe e jacaré se
fantasmas transformaria
Começaram a conversar A lua se preocupou e uma vara O que ficasse nas árvores
Tia Regina falou: E logo avistaram um pássaro Pegou e de dentro do buraco Lindas aves seriam.
Preste muita atenção O sol armou a flecha A mãe do sol de lá
Vou contar uma história E ficaram a observar Tirou. Assim, a tribo sadia ficou
do fundo do coração Onde ele iria pousar O menino de curioso espalhou
Em outra tribo da mata O algodão ao vento da floresta
Um índio muito bacana O pai da lua acertou Havia índios doentes Que não sobrou nada na cesta.
Que tinha amigo legal O pássaro caiu do outro lado Enquanto o pai ia caçar
Era pessoa humilde O sol ficou emburrado O filho cuidava dos doentes E tudo virou alegria
E também muito especial. O pai da lua empolgado Caças, peixes e aves
Um dia andando na mata E o pai do menino
Uma índia muito vaidosa Logo o pai pulou na água Tupã o pai do menino Ao chegar encontrou a cesta
Que só queria mandar Para ir buscar o pássaro encontrou vazia.
Não tinha muitos amigos E começou a se afogar Um cesto com algodão dentro Dheysiane Barth
Porque era orgulhosa O sol pulou para o salvar E logo falou: Nelma Nunes
 Como Surgiu a Noite
Como surgiu a noite

Tia Regina contava histórias,

A do surgimento da noite
Como as que contara outrora
fora ouvida com interesse
No começo dos tempos
Plantas e pessoas existiam
Depois o calor era muito grande
Que ninguém suportaria
Porque não havia noite, só dia
E muitos seres faleciam
Só Cobra Grande, porém, conhecia,
O segredo e ninguém mais sabia
E a Cobra à noite se escondia.
E dentro de um tucumã
Todo o segredo residia
Menos o da manhã.
Não dá pra repartir!
A Cobra Grande dizia!
E as plantas morreriam
E o calor não dava pra resistir
Pois não agüentariam
Uma árvore conseguiu
Chegar à beira do rio
Machucadas estavam suas raízes
Muito tempo mais, não agüentaria.
A grande árvore pediu
Que lhes desse a noite, pois
Dela cuidariam
Estavam todos cansados
E aos poucos desfaleciam
A Cobra Grande não estava nem aí
A árvore de cansaço caiu
A Cobra foi para o rio
E falta da correnteza sentiu
A Cobra medo sentiu
Porque o segredo da noite ela sabia
Sem água, calor iria sentir,
Mas sua filha o segredo descobrira.
Da Cobra grande a filha e o marido
Acharam o tucumã dentro do rio
Então a filha da Cobra Grande esse côco abriu
E foi aí que a esperada noite surgiu.

Karina Viana
Keilliany de Assis
 Medo de vacina
CRÔNICA
Michelle Mattos
Carina Barth

A crônica é um
Já fazia uns dois anos que não me vacinava, percebi gênero literário de
que já era hora de ir até ao posto de saúde. Quando cheguei lá, características próprias
vi que tinham muitas pessoas e sempre que chegava alguém para ser publicada em
eu ia me afastando para ser a última a ser vacinada. Quem jornal. Possui uma
sabe com muita sorte acabariam as vacinas quando chegasse linguagem simples que se
minha vez. aproxima da fala, relata
Porém não foi isso que aconteceu, dei minha carteira fatos do cotidiano,
de vacinação para a enfermeira e já não fui com a cara dela. abordando aspectos de
Quando me disse que teria que tomar duas injeções, comecei cunho sentimental, lírico,
a suar frio e inventar desculpas, mas não teve jeito: a humorístico e ensaio
enfermeira pegou o algodão e passou no meu braço. Comecei (crítico). A leitura da
a ficar nervosa e a pensar que ela estava achando que o meu crônica oportuniza o
braço era um alvo de treinamento. Ela começou a preparar a leitor a ter contato com
agulha, pediu que eu esticasse o braço e eu prontamente reflexões e críticas sem
neguei. Comecei a tremer. Ela chamou dois brutamontes para denegrir a imagem de
me segurarem, tentei fugir, mas me pegaram antes de sair do alguém.
posto. Me arrastaram para dentro da unidade de saúde e Depois de
comecei a gritar, foi inesquecível aquele momento. Quando vi estudarem as
a ponta da agulha dei uma mordida nos caras e eles me características da crônica,
soltaram, a enfermeira tentou me agarrar por trás, mas fui os alunos da 7ª série do
esperta e tomei as injeções da mão dela. Ela tentou tomar de ensino fundamental
mim, a injeção voou longe e escorregou pelo assoalho. tiveram contato com
Corremos as duas para alcançá-la, caímos no chão emboladas. diversos textos desse
Estiquei os braços para ver quem pegava a injeção, cheguei gênero literário, tendo
antes que ela, agora era eu quem dava as ordens. Ela tentou sido divididos em
esticar o braço e me disse que também morria de medo de equipes de forma que
injeção. Era o que eu suspeitava, ela era corajosa com os cada uma delas se
braços dos outros. responsabilizou em ler,
contar o enredo para os
demais colegas e elencar
as características da
crônica presentes no
texto.
Após esse trabalho
os alunos produziram
suas próprias crônicas.
Eis uma delas de cunho
humorístico.
 Artigos

Aquecimento

Global
                   Bruna Federicci 
Celinei Custódio 

N
os  últimos  anos  houve  uma  das  geleiras,  as  grandes  secas  a    Se  continuar  dessa 
mudança  no  clima  e  o  ser  perda  de  lavouras,  as  inundações  maneira,  em  alguns  anos  teremos 
humano  é  o  maior  causadas pelo aumento do nível do  péssimos  resultados:  até  o  nosso 
responsável  por  isso.    Suas  mar,  provocando  inundações  em  alimento  faltará  por  causa  da  seca 
mudanças  de  comportamento  cidades litorâneas.  que  também  está  sendo  construída 
fizeram com que o clima mudasse e    E  o  culpado  por  tudo  isso  pelo homem. 
ocorresse  o  aquecimento  global,  que está acontecendo é o próprio se    Desde  já  podemos  ver 
prejudicando o próprio ser humano  humano,  por  fazer  todas  estas  vários  transtornos  como  as  geleiras 
e os animais.   destruições.  Esse  panorama  nos  se  derretendo  mais  rápido  e  se 
  O  aquecimento  global  é  o  apresenta as conseqüências trazidas  transformando  em  cachoeiras,  a 
calor  da  atmosfera  que  chega  à  para  a  natureza:  a  morte  de  poluição  do  ar,  dos  rios,  a  nossa 
superfície  da  terra  provocando  o  animais,  a  falta  de  ar  puro,  a  atmosfera sendo poluída e também 
aumento  da  temperatura  além  do  poluição da natureza...  alguns  dos  nossos  animais  que  já 
normal,  causando  transtornos  para    O  que  motiva  o  homem  a  estão em extinção.    
o homem.  destruir  a  natureza  é  o  dinheiro,  a    Ainda  podemos  indicar 
  O  homem,  que  hoje  sofre  ganância,  e  nem  percebem  que  algumas  soluções:  não  poluir  os 
com  esses  transtornos,  é  o  mesmo  estão  causando  grandes  problemas  rios,  o  ar,  não  desmatar.  Ainda 
que  há  muito  tempo  vêm  apenas por dinheiro.  podemos  cuidar  do  nosso  mundo, 
provocando  as  destruições  das    Isso  traz  graves  basta todos colaborarem. 
matas, as poluições dos rios e do ar.  conseqüências.  Esse  aquecimento   
Como  conseqüência  disso,  convive  traz  doenças,  mortes  de  pessoas  “Ajude‐nos a cuidar da nossa terra”. 
neste  tempo  com  o  derretimento  inocentes, tragédias. 

As GLOBALIZAÇÕES e as
TECNOLOGIAS avançadas

N
os  últimos  tempos  a  tecnologia  tem  avançado  razão da existência do capitalismo. Para isso, o capitalismo 
muito, pois está sendo empregada em várias áreas  tem o direito de abrir mão para o consumo, pois ele assume 
como  na  conquista  espacial,  na  construção  de  uma  importância  muito  grande  na  aquisição  de  lucro.  O 
aviões  atômicos,  na  medicina,  enfim,  em  vários  capitalismo  aparece  nas  empresas,  principalmente  em 
setores ou atividades humanas. Vários países desenvolvidos  virtude da busca de lucro. Por quê? Porque quanto mais se 
fazem parte do conjunto de países de tecnologia avançada:  consome,  mais  se  produz  ou  se  vende,  e,  teoricamente, 
Estados  Unidos,  Canadá,  Reino  Unido,  França,  Alemanha,  mais lucro se obtém. 
Itália,  Holanda,  Bélgica,  Japão,  Noruega  e  Suécia,  dentre  Raquel Pereira
outros países.  Tamires Alexandre
O  capitalismo  depende  muito  da  tecnologia,  pois  Bibliografia
não  há  tecnologia  sem  capitalismo,  e  se  não  houver  a  ADAS,  Melhem.  Geografia  do  mundo  subdesenvolvido. 
tecnologia nas grandes empresas não haverá lucro, que é a  4ª edição. São Paulo: Moderna, 2002. P.86 e 87. 

do empírico às representações simbólicas
Introdução
A
matemática escolar
tem se revelado como
um “bicho-papão” nas
questões pertinentes
às situações de ensino-
aprendizagem vivenciadas na
escola. Enquanto em nível de
empirismo os conhecimentos
matemáticos se processam
naturalmente no rol cognitivo
das pessoas, na escola são
verdadeiros empecilhos à sobressaem na caracterização do pensamento algébrico.
formação crítica que pretende-
se alcançar com o auxílio da
Neste trabalho apresentam-
se os resultados de uma
pesquisa realizada com
alunos da 7ª série da EMEF
Rui Barbosa / Medicilândia.
Tratou o estudo de criar
fórmulas matemáticas que
representassem algumas
situações vivenciadas
cotidianamente na
comunidade em que se
insere a escola. Discute
também alguns aspectos
relacionados aos problemas
e dificuldades de
aprendizagem na iniciação
ao estudo de estruturas
algébricas. A pretensão é
propiciar um momento de
discussão que ofereça
subsídios para reflexões que
apontem para caminhos
mais eficientes no ensino-
aprendizagem da
matemática, especialmente
no campo da álgebra. Os
resultados e principais
conclusões foram
apresentados por um grupo
de sete alunos na 59ª SBPC.
FÓRMULAS MATEMÁTICAS:
Ronaldo Barros Ripardo
instituição escolar. O problema da não compreensão pelos alunos
daquilo que é ensinado na disciplina de matemática vai
sobrepondo-se com o passar dos anos de tal maneira que a
progressão de uma série para outra simplesmente emperra novas
aprendizagens e a passagem para níveis mais complexos do
conhecimento matemático. Tal problemática evidencia suas
conseqüências mais nitidamente na 7ª série do ensino
fundamental. É no final do 3º ciclo (6ª série) que se inicia o contato
com as estruturas algébricas quando se estuda as equações do 1º
grau. Nesse momento o aluno entra em contato com noções de
equivalência e variável. É evidente que não são essas as únicas
características da álgebra, contudo, são as que mais se
Discussões conceituais sobre a álgebra
Definir o que é a álgebra não é uma tarefa
necessariamente fácil de fazer dadas as complicações inerentes a
qualquer tentativa de separar o conhecimento humano segundo
áreas específicas, seja em qual for a ciência. Mesmo havendo
diferenças latentes entre a álgebra e a aritmética, as duas áreas
que figuram entre as mais conhecidas da matemática, seus
limites não são tão claros assim. Segundo TELES
(2004) a aritmética trata dos números, operações entre eles e suas
propriedades. Por sua vez, a álgebra tem como aspecto principal
ser uma generalização da aritmética, além de destacar-se por
causa de sua linguagem simbólica. Para USISKIN e SOUZA e
DINIZ (apud TELES, 2004) a álgebra é uma aritmética
generalizada, e tal generalização é conseguida devido às variáveis
que são ou incógnitas ou constantes. Tais variáveis servem para
criar modelos que resolvam certos tipos de problemas, ou melhor,
para encontrar valores numéricos desconhecidos por meio da
resolução de equações ou de um sistema de equações. Ainda
segundo eles, a descrição simbólica dos fatos é marca
preponderante na álgebra que se concretiza no uso das variáveis.
A linguagem algébrica é realmente o diferencial desta subárea da
matemática, pois seus símbolos gráficos imbuídos em sua sintaxe
são altamente eficazes na resolução de problemas, e servem de
linguagem tanto a outros ramos da matemática quanto a outras
ciências. Talvez o nó existente no aprendizado da álgebra diz
respeito às regras sintáticas da linguagem algébrica e seu
formalismo que se concretizam na escrita. Ao invés de ser uma
ferramenta eficaz na comunicação do pensamento matemático,
acaba se tornando uma língua desconhecida.
 Como toda linguagem, a
algébrica também comporta
uma gramática e esta opera
nos níveis semântico, sintático
e pragmático. No nível
semântico estão as relações de
significado que os símbolos
gráficos e a notação
matemática representam do
mesmo modo que a linguagem
natural. Já no nível sintático
se estruturam apenas regras
que regulam as relações
internas dos símbolos sem
fazer necessariamente uma
ponte com um significado
contextual, embora isso
seja perfeitamente
possível. No nível
pragmático está a à vivência diária das pessoas
capacidade de se
aplicar o conhecimento
veiculado nessa
linguagem a um contexto
prático, deve ter uma
aplicabilidade. Quando se trata
de matemática escolar a ênfase
no ensino é dada ao estudo da
sintaxe dessa linguagem, não
existindo conteúdo semântico
nesse processo, tampouco a
possibilidade de uma aplicação
prática. Mesmo reconhecendo-
se que o pensamento algébrico
possa existir só no nível
sintático não se pode perder de
vista que o primeiro e o
segundo nível devem
constituir-se condições
indispensáveis para o facilitar a superação de antigas
aprendizado, pelo menos
inicialmente.
De acordo com TELES
(2004) no Papiro de Ahmes
estão os primeiros rudimentos
da evolução da linguagem
algébrica. Lá constam
problemas relacionados à quais os termos são uma
vivência diária das pessoas
como o preço e armazenamento
de produtos alimentícios e São muito úteis para
outros problemas que se representar situações do dia-a-
referiam apenas a números. dia, como o pagamento de um
Tais evidências vêm mostrar talão de energia. Na verdade,
que as atividades realizadas constituem-se fórmulas
cotidianamente foram a matemáticas altamente
motivação inicial para o eficazes para resolver
surgimento da álgebra. Assim, problemas que envolvem
o rigor formal que caracteriza valores numéricos. Uma
a sintaxe da linguagem expressão algébrica pode
algébrica atualmente evoluiu a assumir inúmeras significações
partir do momento que o dependendo do contexto em
homem voltou seu olhar mais que for inserida, mas também
pode ser simplesmente uma
fórmula com sentido interno à
No Papiro de Ahmes estão os matemática.
primeiros rudimentos da evolução
da linguagem algébrica. Lá Metodologia
constam problemas relacionados O estudo foi
desenvolvido por alunos
como o preço e armazenamento
da 7ª serie do ensino
de produtos alimentícios e outros
problemas que se referiam fundamental da Escola
apenas a números. Rui Barbosa, no primeiro
semestre de 2007. A turma
foi dividida em equipes para
investigar na comunidade os
seguintes temas: pilagem de
atenciosamente sobre suas arroz, vacinação de bovinos,
próprias atividades. compra e venda cacau,
Reconhecendo a transporte de pessoas e
importância que tem o estudo bagagens em “carros de linha”
do meio como quesito essencial nos travessões1, preparação de
para novas aprendizagens, e mudas e plantio na
reconhecendo também que agricultura, cálculo do volume
compreender de madeira serrada e cercagem
matematicamente um de pastagens.
fenômeno pode fundamentar As equipes foram a
um aprendizado mais campo investigar quais as
consistente, podendo inclusive principais características
envolvidas nessas transações,
dificuldades de aprendizagem, bem como as regras de cálculo,
especialmente no campo quantidades e valores
algébrico, é que foi idealizado o numéricos. As informações
projeto “Estudando Expressões coletadas foram sistematizadas
Algébricas”. em sala de aula com base nas
Expressões algébricas noções de incógnita, coeficiente
são sentenças matemáticas nas
1
Automóvel que faz o transporte de
combinação de letras e
pessoas nas vicinais do município. É
números ou somente letras. cobrada uma taxa em reais pelo
serviço.
e valor numérico de uma
expressão algébrica. Para a
elaboração das fórmulas
matemáticas referentes a cada
situação investigada utilizou-
se a construção de tabelas,
dessa forma os alunos foram
percebendo gradativamente os
valores que eram constantes e
os que eram variáveis.
Estando criadas as
expressões, cada equipe cuidou
de simular diferentes situações
que pudessem acontecer
cotidianamente e que fórmulas
poderiam ser usadas para
resolver determinados
problemas. As fórmulas e os
problemas sugeridos por cada
equipe foram socializados com
toda turma.
Resultados e 1,5x (quantia de arroz que o
discussões
A atividade mostrou
resultados interessantes
durante sua execução.
Primeiramente foi notória a
empolgação da turma em
pesquisar assuntos que
integram o rol de atividades
desenvolvidas diariamente por
eles e suas famílias. Em
segundo lugar foi contagiante
perceber que fatos tão simples
puderam ser transformados em
modelos matemáticos. As
expressões e os problemas
foram tão criativos que
substituirão o livro didático no
próximo ano ao se trabalhar
expressões algébricas referida
na escola. Apresentam-se aqui
alguns destes problemas e
fórmulas.
→ Pilagem de arroz
É o processamento do
arroz com casca para deixá-lo
descascado. Esse trabalho é
feito nas piladeiras de arroz.
Na localidade foram
encontradas três maneiras
diferentes de cobrar pelo
serviço:
1ª) Por saca: R$ 10,00 por cada
saca de arroz pilado.
Fórmula matemática: 10x,
sendo x o número de sacas de
arroz pilado.
2ª) Por lata: R$ 2,00 para cada
lata de arroz pilado (1 lata
pesa aproximadamente 12 kg)
Fórmula matemática: 2x,
sendo x o número de latas de
arroz pilado.
3ª) Em arroz: 1,5 kg para cada
lata de arroz pilado
Fórmula matemática: 12x -
cliente levará para casa após o
serviço), sendo x o número de
latas de arroz pilado.
Exemplo de aplicação:
Uma pessoa tem certa
quantia de arroz para ser
pilado. Ela sabe que depois de
ser processado o produto ele
terá o equivalente a 2 sacas de
60 kg cada saca ou 10 latas de
12 kg cada lata. Como seria
cobrado pelo serviço de acordo
com as três opções?
Resolução:
1ª 2ª 3ª
10x 2x 12x – 1,5x
10.2 2 .12 12.10 – 1,5.10
20,00 24,00 105 kg
Portanto, o cliente pode
escolher uma dentre as três
opções.
→ Compra e venda de
cacau
As cerealistas do
município descontam para
cada saca de cacau comprado
0,5 kg, tal desconto é referente
ao peso da saca que é pesado
junto com as amêndoas do
cacau na hora da venda.
Fórmula matemática: xy –
0,5zy, sendo x a quantidade de
kg de cacau vendido, y o preço
pago por 1 kg de cacau, e z o
número de sacas de cacau
vendidas.
Exemplo de aplicação:
Um agricultor vendeu
8742 kg de cacau, que coube
em 142 sacas. Sabe-se que o
preço do dia pago pela
cerealista foi de R$ 4,78.
Quantos reais foram pagos ao
agricultor pela venda do
cacau?
Resolução:
x: 8742 y: 4,78 z: 142
x y - 0,5 z y
8742 . 4,78 - 0,5 . 142 . 4,78
41786,76 - 339,38
R$ 41447,38
Nesse caso, o agricultor
receberá pela venda a quantia
de R$ 41447,38.
Considerações finais
Estudar sua própria
comunidade foi desafiador e
prazeroso aos alunos. Muitos
dos conhecimentos já
incorporovam suas
experiências, uma vez que os
assuntos pesquisados estavam
ligados diretamente ao campo
e todos serem filhos de
agricultores. No que diz
respeito à compreensão do que
é, para que serve e como criar
uma expressão algébrica o
desempenho da turma foi
satisfatório. De um modo geral,
perceberam o papel das
incógnitas em uma expressão
algébrica e assimilaram como
 efetuar as operações a serem
realizadas entre os termos da
expressão. A articulação entre
os níveis semântico, sintático e
pragmático foi possível existir.
Contudo, o tempo de
duração do projeto (30 dias)
implicou no atraso do estudo
de outros assuntos, o que
acabou por comprometer a
organização estrutural da
disciplina para o bimestre.
Usar a pesquisa de campo
como recurso no ensino da
matemática foi outro fator que
veio mostrar como a
investigação é necessária nas Finalmente, vale dizer
atividades de ensino- que atividades como essa
aprendizagem. Devido à falta devem acontecer
de hábito em aprender por periodicamente na vida escolar
meio da pesquisa, os alunos do aluno. Não dá para ignorar
demonstraram certa o papel que o conhecimento
inquietude na execução dos empírico ocupa na vida das
trabalhos. Em outras palavras, pessoas, nem relevar a um
não conseguiram entender plano secundário tais
inicialmente as etapas do conhecimentos. Seria também
processo. Só ao final das ignorância acreditar que o
atividades é que conhecimento matemático é
compreenderam essa estanque a uma mera
característica do trabalho de disciplina do currículo escolar.
pesquisa.

Bibliografia  ROCHA, Alexandra & PONTE, SANCHEZ, Huete & CARLOS,

TELES, Rosinalda Aurora de João Pedro. Apender Juan. O ensino da
Melo. A Aritmética e a matemática investigando. matemática: fundamentos
Álgebra na escola. In In Zetetiké / Círculo de Estudo, teóricos e bases
Educação Matemática em Memória e Pesquisa em psicopedagógicas. Porto Alegre:
Revista: revista da Sociedade Educação Matemática Artmed, 2006.
Brasileira de Educação (Cempem) – Faculdade de
Matemática. Ano 11, n° 16, Educação. São Paulo, v 14, nº
maio de 2004. 26, julho / dezembro / 2006.
 
Atividades econômicas na região amazônica 
A formação do espaço 
 
Rosecléia Santos 
geográfico amazônico   
passou por sucessivas fases.  
A todas elas é possível  A atividade econômica na Amazônia é diferente da de outros Estados. Na região
observar um fio condutor: a  amazônica, principalmente no Pará, onde moramos, a economia principal é gerada do
exploração amazônica.  cacau, café e gado. As primeiras coletas de produtos da floresta amazônica eram feitas
Através dela o espaço foi  pelos índios e os portugueses se interessaram, pois não precisavam de máquinas e
formartado e reformatado e  engenhos. Os produtos (canela, cravo, castanha-do-pará) eram colhidos pelos índios em
relações sociais foram  grupos de quatro ou mais. Essa atividade era feita pelos índios porque eles conheciam
estabelecidas. Atualmente,  a mata, sabiam fazer canoas para navegarem em diversos tipos de riachos, faziam
temos um espaço  pescarias e salgavam peixes até o tempo de voltarem para a cidade. As expedições eram
heterogêneo resultante  organizadas por pessoas de posse que viviam em Belém ou povoado perto do rio
ainda dessas fases. Temos o  Amazonas. Eles proviam se de mantimentos como farinha de mandioca e ferramentas
espaço do rio, do quilombo,  diversas.
das estradas etc. Os textos 
que se seguem tratam disso,  Bibliografia
PROST,  Gérard;  ALVAREZ,  André  [et  AL].  História  do  Pará:  das 
foram produzidos a partir de 
primeiras populações à Cabanagem. Belém: Seduc, 1997. 
discussões e pesquisas feitas 
na disciplina Estudos 
Amazônicos.
 Comunidades QUILOMBOLAS no
A ocupação amazônica 
Kátia Federicci 
Patrícia Federicci 
Luiza Thaís   
Os fatores que levaram à 
Nelma Nunes  nova ocupação da Amazônia na década 
  de 50 foram fatores externos e 
internos. Um dos fatores externos diz 

D  urante  algum  tempo  houve  grande  perda  de  culturas  dos 

descendentes  de  escravos  e  negros  que  formaram  quilombos  no 
Pará,  mas  agora  eles  estão  conseguindo  resgatá‐los  e  passar  para 
pessoas  que  ainda  não  conheciam  e  não  sabiam  que  existia.  Mas,  nas 
respeito ao esgotamento de algumas 
jazidas minerais no subsolo asiático e 
africano que eram exploradas por 
grandes potências industriais. Com a 
descoberta de novas jazidas minerais 
no subsolo amazônico, que é o fator 
comunidades quilombolas de Baião Oeiras e Mocajubas, já existe resgates  interno, foi estimulado a implantação 
de culturas passadas que interessam muito. É tão importante que foi feito  dos grandes projetos minerais, 
contribuindo para a inserção da 
o vídeo “Terra dos Negros”, que explica tudo isso melhor.   Amazônia em um novo processo de 
Na  memória  dessas  comunidades  ouve‐se  relatos  sobre  os  acumulação capitalista. Para permitir a 
implantação desses grandes projetos 
antepassados  escravos  que  vieram  da  África  para  trabalhar  na  Amazônia  foi criada a Superintendência do Plano 
Colonial  entre  1750  e  1780.  Eles  eram  marcados  com  um  ferro.  Os  de Valorização Econômica da 
Amazônia – SPEVEA, que tinha o 
escravos  que conseguiam  fugir  formaram  quilombos  em  áreas  afastadas,  objetivo de proporcionar 
entretanto, alguns eram perseguidos, às vezes eram capturados e levados  investimentos em quase todos os 
setores da economia regional, 
de volta para as fazendas.  principalmente infraestrutura. 
Para  protegê‐los  as  mulheres  tiveram  a  idéia  de  cavar  buracos  no  chão  A partir de 1964 novas ações 
foram tomadas, como a criação de 
para  escondê‐los  quando  houvesse  perseguição.  Elas  combinavam  com  novas superintendências como a 
seus  maridos  que,  quando  os  homens  chegassem  e  perguntassem  por  Superintendência de Desenvolvimento 
da Amazônia – SUDAM e 
eles, diriam que já tinham sido levados.  Superintendência da Zona Franca de 
No lugar chamado Bailique a memória do passado está presente  Manaus – SUFRAMA. Tais ações faziam 
parte da chamada “Operação 
nas construções  como nas capelas  que eram feitas de barro e palha de  Amazônia”. A Sudam tinha o objetivo 
arroz no lugar do cimento.  de coordenar as ações do governo 
federal na área que ficou sobre sua 
Os quilombolas têm muita fé e cantam ladainhas em homenagem  administração e planejar o 
aos avós que morreram. Os netos ficaram com essa tradição. A música fala  desenvolvimento regional. Em 
decorrência de uma nova postura dos 
sobre os tempos e o que acontecia no dia‐a‐dia.  militares, que era a de implantar 
Há também o samba de cacete que é uma dança muito antiga. Há  projetos industriais e agropecuários na 
região amazônica, foi criada a Suframa, 
muito tempo avós e bisavós já utilizavam a tradição. Parte dessas culturas  que tinha o objetivo de coordenar e 
que  há  muito  tempo  era  alegria  de  todos  agora  está  acabando,  porque  administrar o pólo industrial que foi 
instalado na cidade de Manaus. 
não eram todos os jovens que queriam saber sobre o passado, mas agora  O Programa Nacional de 
eles estão se preocupando com as culturas que estão chegando ao fim.  Integração Nacional – PIN, foi criado 
durante o governo de Emílio 
  Muitas  pessoas  tinham  medo  de  dizer  que  eram  negros.  Os  Garrastazu Médici, com o intuito de 
negros  com  cabelo  encaracolados  engravidavam  as  índias  e  com  promover a integração da Amazônia à 
economia nacional. Também existia o 
preconceito pensavam que eram brancos. A capoeira era muito diferente  POLAMAZÔIA – Programa de Pólos 
da de hoje. A ladainha era mais diferente, o catolicismo era mais antigo.  Agropecuários e Minerais da 
Amazônia, e tinha como objetivo 
Os  negros  quilombolas  de  hoje  orgulham  de  ser  negros.  A  cultura  deles  proporcionar a evolução do núcleo 
que  não  está  no  fim  porque  eles  sempre  vão  passando  para  os  filhos.  A  urbano, como também promover um 
melhor povoamento das áreas através 
agricultura  é  a  principal  característica  das  comunidades  quilombolas.  do incentivo à imigração para a 
Todas as mulheres negras são trabalhadoras e gostam de mexer na terra.  mesma. 
O governo criou programas 
A  riqueza  cultural  é  a  capoeira.  O  Abacabal  é  uma  comunidade  em  que  de distribuição para os trabalhadores 
encontramos pessoas que nos leva em uma viagem do tempo. Antes era  rurais para apenas acalmá‐las, 
enquanto os mais ricos ganhavam 
chamado Abacabal e porque existiam plantas nativas chamadas abacaba.  dinheiro “em cima” dos trabalhadores. 
O resgate da memória do passado, está baseado em:  Por isso mesmo, apesar dos 
investimentos, a Amazônia apresenta 
• Memória: negros fugitivos formaram os quilombos;  sérios problemas quanto à posse da 
• Tradição: mutirão, rezas, ladainha padroeira;  terra. 
 
• Modo de vida: comunidade agrícola, religiosidade.  Bibliografia 
BOUTH, Nonato. Amazônia: fases de um
  processo de ocupação desordenada. Belém:
Bibliografia  EDUFPA, 2003.
 
Programa Raízes. Terra de negro / DVD. Belém: Instituto de Artes do Pará – IAP / 
Governo do Estado do Pará, 2003. 
 A 
Trigonometria como ferramenta para o 
conhecimento das florestas em pé na 
Transamazônica*
Ronaldo Barros Ripardo 

N
 
Introdução  um  conhecimento  menos  superficial  Figura 1: Teodolito confeccionado
os  últimos  anos  o  sobre  as  florestas,  já  que  a  região  com material alternativo
mundo tem ficado alerta  convive  com  as  duas  realidades:  o 
aos  efeitos  que  a  desmatamento e as florestas em pé. À 
devastação  ambiental  sem  escola  também  cabe  a 
precedentes  tem  causado  ao  planeta.  responsabilidade  de  fazer  com  que  o 
As  variações  climáticas  em  nível  conhecimento  por  ela  ensinado  tenha 
mundial têm sido o fator que provocou  de fato importância para os alunos. 
esse estado de desconfiança. Com o El  Com  o  intuito  de  promover  a 
Niño,  atividades  como  o  socialização  do  conhecimento  escolar, 
para  medir  ângulos  e  seu  preço  no 
desmatamento,  as  queimadas,  o  associando  o  conhecimento  cientifico 
mercado gira em torno dos 5 mil reais. 
aumento dos gases de efeito estufa, a  com o empírico por meio da pesquisa, 
Na  pesquisa  foi  utilizado  um 
emissão  de  poluentes  no  ar  etc.  e  buscando  conhecer  mais  sobre  as 
confeccionado  com  material 
intensificaram as mudanças do clima e  espécies  de  lei  que  compõem  a  nossa 
alternativo,  como  canudinho  de 
o aquecimento global. Na Amazônia as  floresta, é que foi feito com alunos de 
refrigerante,  transferidor  e  alfinete, 
conseqüências  têm  se  revelado  8ª  série  um  inventário  florestal.  Os 
como mostra a Figura 1. 
trágicas  e  imagináveis  como  rios  objetivos  deste  foram  elencar  as 
  Os  passos  para  calcular  a 
inteiros  deixando  seus  leitos  expostos  características  de  quinze  espécies  de 
altura de um determinado objeto com 
ao  sol  e  menor  incidência  ou  quase  madeira  de  lei  como:  calendário, 
o auxílio do teodolito são: 
ausência de chuvas.  densidade, altura e volume de madeira 
 
A  derrubada  das  florestas  das árvores, além dos nomes popular e 
 
pode  ser  citada  como  uma  das  ações  científico. 
humanas  que  mais  tem  agredido  ao  ♦ Com  o  teodolito  a  pessoa 
meio ambiente. Com o desmatamento 
Figura 2: Cálculo da altura de uma posiciona‐se  a  certa  distância  do 
árvore.
o  solo,  os  rios,  a  fauna,  a  flora  e  o  objeto; 
clima  são  afetados  diretamente.  O  ♦ Olhando  por  dentro  do 
principal  motivo  que  contribui  para  canudinho  do  refrigerante,  gira‐o  até 
que  a  floresta  amazônica  seja  localizar  o  ponto  mais  alto  do  objeto 
derrubada  de  forma  desmedida  é  a  (no  caso  da  pesquisa,  a  copa  da 
comercialização  desenfreada  de  árvore); 
madeira  de  lei.  A  ação  de  grandes  ♦ A  marca  graduada  no 
madeireiros  na  Transamazônica  tem  transferidor  sobre  o  qual  o  canudinho 
sido  apoiada  por  grande  parte  da  ficar sobreposto é a medida do ângulo 
população  local,  uma  vez  que  estas  formado  entre  os  segmentos  de  reta 
Fonte: ilustração criada pela aluna Camila
praticamente  desconhecem  outros  (imaginários) que vão da pessoa à base 
Belz Krüger em 2006.
valores que a floresta em pé possa ter,  e  ao  cume  do  objeto,  formando  um 
  triângulo retângulo; 
principalmente  o  econômico.  Assim, 
MATERIAL E MÉTODOS 
cabem  as  instituições  sociais  ♦ Medindo‐se  a  distância  da 
Para  calcular  a  altura  das 
promoverem  ações  que  possam  pessoa  à  base  do  objeto  e 
árvores  utilizou‐se  como  ferramenta 
disseminar  o  conhecimento  de  novas  encontrando  na  tábua  trigonométrica 
conhecimentos de trigonometria como 
formas de aproveitamento da floresta,  o  valor  correspondente  à  tangente  do 
seno,  cosseno  e  tangente.  Sua 
dos seus serviços ecológicos.  ângulo  formado,  basta  usar  esses 
aplicação  no  cálculo  de  alturas 
Na  Transamazônica  a  escola  dados no cálculo feito para encontrar a 
necessita  do  uso  de  um  instrumento 
tem  o  papel  de  propiciar  aos  alunos  tangente de um ângulo. 
auxiliar: o teodolito. Tal aparelho serve