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Nos séculos XVIII e XIX, o capitalismo florescia na forma de pequenas e numerosas empresas, que competiam por uma fatia
do mercado, sem que o Estado interferisse na economia. Nessa fase
(liberal), predominava a doutrina de Adam Smith, segundo a qual o
mercado deve ser regido pela livre concorrência, baseada na lei da
oferta e da procura.
Dentro das fábricas, mudanças importantes aconteceram: a
produtividade e a capacidade de produzir aumentaram velozmente;
aprofundou-se a divisão do trabalho e cresceu a produção em série.
Nessa época, segunda metade do séc. XIX, ocorreu o que se
convencionou chamar de Segunda Revolução Industrial. Uma
das características mais importantes desse período foi à introdução
de novas tecnologias e novas fontes de energia no processo
produtivo. Pela primeira vez, tendo como pioneiros a Alemanha e os
Estados Unidos, a ciência era apropriada pelo capital, sendo posta a
serviço da técnica, ao contrário da primeira revolução industrial
onde as tecnologias eram resultadas de pesquisas espontâneas e
autônomas. Agora empresas eram criadas com o fim de descobrirem
novas técnicas de produção.
Com o brutal aumento da produção, acirrou-se cada vez
mais a concorrência. Era cada vez maior a necessidade de se
garantirem novos mercados consumidores, novas fontes de
matérias-primas e novas áreas para investimentos lucrativos.
Foi dentro desse quadro que ocorreu a expansão imperialista
na Ásia e na África, o que consolidou de vez a divisão internacional
do trabalho.
A siderurgia avançou significativamente, assim como as
indústrias mecânicas, graças ao aperfeiçoamento da fabricação do
aço. Na indústria química, com a descoberta de novos elementos e materiais, ampliaram-se as possibilidades para novos vários
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setores, como o petroquímico. A descoberta da eletricidade beneficiou as indústrias e a sociedade em geral, pois promoveu grande
melhoria na qualidade de vida. O desenvolvimento do motor a combustão interna, e a conseqüente utilização de combustíveis
derivados do petróleo, abriu novos horizontes para os transportes, que se dinamizaram intensamente, em virtude da expansão da
indústria automobilística e aeronáutica.
Com o brutal aumento da produção, pois a industrialização expandia-se para outros países, acirrou-se cada vez mais a
concorrência.Era cada vez maior a necessidade de se garantirem novos mercados consumidores, novas fontes de matérias-primas e
novas áreas para investimentos lucrativos. Foi dentro desse quadro que ocorreu a expansão imperialista na Ásia e na África. Em 1885,
na conferência de Berlim, retalhou-se o continente africano, partilhando entre as potências européias. As duas potências hegemônicas
da época, Reino Unido e França, couberam as maiores extensões de territórios coloniais. Portugal e Espanha, há muitos decadentes,
tentavam conserva seus domínios, conquistados no século XVI. Bélgica e Países Baixos, apesar de terem perdido muito do poderio
alcançados no século XVIII, ocuparam importantes possessões. Finalmente, Alemanha e Itália, recentemente unificadas, apoderam-se
de pequenas possessões territoriais. Essa partilha imperialista das potências industriais consolidou a divisão internacional do trabalho,
pela qual as colônias se especializavam em fornece matérias-primas baratas para os países que então se industrializavam. Tal divisão,
delineada no capitalismo comercial, consolidou-se na fase do capitalismo industrial. Assim, estruturou-se nas colônias uma economia
totalmente subordinada à das potências imperialistas. Nessa época, também surgiu uma potência industrial fora da Europa: Os Estados
Unidos da América. Em 1823, o então presidente norte-americano James Monroe decretou a doutrina Monroe, que tinha como lema “A
América para os americanos”. Assim, os Estados Unidos delimitava a América Latina como sua área de influência econômica e
geopolítica.
Na Ásia, também em fins do século XIX, o Japão emergiu como potência, sobre tudo após a ascensão do imperador Mitsuhito,
que deu inicio à chamada Era Meiji. O império do sol passou a competir com as potências européias na conquista de territórios no leste
da Ásia, como a rica China, disputada com os britânicos e os russos.
A Alemanha, por Ter se unificado tardiamente (1871), perdeu a fase mais importante da corrida imperialista e sentiu-se lesada,
especialmente frente ao Reino Unido e à França. Além disso, como a sua indústria crescia em rítmico mais rápido a dos demais países,
também se ressentia mais da falta de mercados consumidores. O choque de interesses internos e externos entre as potências
imperialistas européias acabou levando a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) .
Assim, a primeira metade do século XX, marcado por significativos avanços tecnológicos, foi também um período de grande
instabilidade econômica e geopolítica. Além da Primeira Guerra mundial, ocorreu a Revolução Russa de 1917, a crise de 1929, e a
Grande Depressão, a ascensão do nazi-fascismo na Europa e a Segunda Guerra Mundial (1939- 1945). Nessas poucas décadas, o
capitalismo passou por crises e transformações, adquirindo novos contornos.
2. AS ETAPAS DA REVOLUÇÃO
2.1. Primeira Revolução Industrial ou Tecnológica
Toda expansão comercial permitiu que a Europa acumulasse capital que foi utilizado em investimentos e na mecanização da
produção. Essa revolução técnica, marcada pela substituição da manufatura pela maquinofatura, ampliou ainda mais a economia de
mercado.O capital é composto de dinheiro acumulado, de matérias-primas, de instrumentos de trabalho que são empregados na
produção de novas matérias-primas, de equipamentos etc.
A Inglaterra tinha capital, estabilidade política e equipamentos necessários para tomar a dianteira neste primeiro período,
conhecido como Primeira Revolução Industrial ou Tecnológica, que ocorreu entre meados do século XVIII e meados do século
XIX.A mecanização se estendeu do setor têxtil para a metalurgia, para os transportes, para a agricultura e para outros setores da
economia. As fábricas empregavam grande número de trabalhadores.
Economistas da época desenvolveram a doutrina econômica liberal, ou liberalismo econômico, defendendo a propriedade privada e
a livre-concorrência como as bases para o desenvolvimento econômico. O Estado deveria se limitar a garantir a propriedade
privada, não intervindo na economia. A lei da oferta e da procura de mercadorias se encarregaria de regular os mercados. O
liberalismo econômico caracterizou essa fase do capitalismo, conhecida como Capitalismo Industrial. Pode-se dizer que o
capitalismo produziu um novo espaço geo-econômico: um espaço de produção industrial, agrícola, pecuária e extrativa; um espaço de
troca (comercial); um espaço de circulação de riquezas e de consumo. As cidades se desenvolviam e ganhavam novos equipamentos à
medida que recebiam novos moradores. O capitalismo propiciou também uma nova função para as cidades: a produção industrial.
No capitalismo surgiu, além da burguesia, uma outra classe social, o proletariado, trabalhador das indústrias que passou a produzir
grande parte das riquezas desse novo modo de produção.
O processo de desenvolvimento do capitalismo foi lento e ocorreu de maneira diferenciada nas diversas regiões do planeta