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CAPITALISMO INDUSTRIAL

PROFº: FRANCO Frente: 01 Aula: 10 AL180407


(PE/ES/CN)

1. A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O CAPITALISMO INDUSTRIAL


O espaço geográfico, a partir das transformações socioeconômicas dos séculos XV e XVI, passou a ter abrangência mundial. A
organização espacial variou de acordo com papel diferenciado que ocuparam as colônias, as metrópoles e outras regiões do globo,
com maior ou menor grau de integração ao novo sistema econômico.
Se, no mercantilismo (fase comercial), o Estado absolutista era favorável aos interesses da burguesia comercial, no tocante à
atuação da nova burguesia industrial, ou capitalista, era um empecilho. Ele não deveria intervir na economia, que funcionaria segundo
a lógica do mercado, guiada pela livre concorrência. Consolidava-se, assim, uma nova doutrina econômica: o liberalismo. Disseminava-
se entre os capitalistas essa nova ideologia, difundida por economistas britânicos, como Adam Smith e David Ricardo. Adam Smith
lançou àss bases do liberalismo no livro “A riqueza das nações”, publicado na Inglaterra em 1776.
As transformações sociais e econômicas associadas a esse período foram tão intensas que representaram uma verdadeira
revolução, chamada de Revolução Industrial.
Porém, a mais profunda transformação espacial ocorreu com a introdução da indústria moderna na Inglaterra, que marcou o
inicio do capitalismo industrial (concorrencial ou liberal). A industrialização não provocou mudanças apenas na forma de
produção, mas direcionou toda a configuração do espaço atual. Modificou as relações sociais e territoriais, difundiu cultura e técnica,
aprofundou a competição entre os povos, concentrou a população no espaço e provocou o crescimento cada vez maior das cidades.
Com a invenção da máquina a vapor e sua incorporação à produção industrial, os trabalhadores eram obrigados a trabalhar
conforme o ritmo das máquinas, de maneira padronizada. Outra parte da mão-de-obra disponível foi requisitada para trabalhar nas
minas de carvão (fonte de energia dessa primeira fase da Revolução Industrial). Nesse período, o “lucro” não advinha mais da
exploração das colônias, mas sim, da produção de mercadorias pelas indústrias, que trazia embutido a exploração dos trabalhadores
através da mais-valia.

NOTA: A MAIS -VALIA


Foi Karl Marx, um dos mais influentes pensadores alemães do século passado, quem desvendou o mecanismo da
exploração capitalista, que é a essência do lucro, chamando-o de mais-valia. Vejamos no que consiste:
A toda jornada de trabalho corresponde a uma remuneração, que permitirá a subsistência do trabalhador. No entanto, o
trabalhador produz um valor maior do que aquele que recebe na fora de salário, e essa fatia de trabalho não-pago é apropriada
pelos donos das fábricas, das fazendas, das minas, etc. Dessa forma, todo produto ou serviço vendido traz esse valor não
transferido ao trabalhador, permitindo o acúmulo de lucro pelos capitalistas.
Ficou fácil entender porque o regime assalariado é a relação mais adequada ao capitalismo! O trabalho assalariado é uma
relação tipicamente capitalista, pois se dissemina à medida que o capital começa a ser reproduzido, provocando uma crescente
necessidade de expansão dos mercados consumidores. O trabalhador assalariado, além de apresentar maior produtividade que o
escravo, tem renda disponível para o consumo, ao contrario daquele. Assume, a escravidão, uma relação de trabalho típica da fase
comercial do capitalismo, foi “ extinta” quando o trabalho assalariado passou a predominar.

Nos séculos XVIII e XIX, o capitalismo florescia na forma de pequenas e numerosas empresas, que competiam por uma fatia
do mercado, sem que o Estado interferisse na economia. Nessa fase
(liberal), predominava a doutrina de Adam Smith, segundo a qual o
mercado deve ser regido pela livre concorrência, baseada na lei da
oferta e da procura.
Dentro das fábricas, mudanças importantes aconteceram: a
produtividade e a capacidade de produzir aumentaram velozmente;
aprofundou-se a divisão do trabalho e cresceu a produção em série.
Nessa época, segunda metade do séc. XIX, ocorreu o que se
convencionou chamar de Segunda Revolução Industrial. Uma
das características mais importantes desse período foi à introdução
de novas tecnologias e novas fontes de energia no processo
produtivo. Pela primeira vez, tendo como pioneiros a Alemanha e os
Estados Unidos, a ciência era apropriada pelo capital, sendo posta a
serviço da técnica, ao contrário da primeira revolução industrial
onde as tecnologias eram resultadas de pesquisas espontâneas e
autônomas. Agora empresas eram criadas com o fim de descobrirem
novas técnicas de produção.
Com o brutal aumento da produção, acirrou-se cada vez
mais a concorrência. Era cada vez maior a necessidade de se
garantirem novos mercados consumidores, novas fontes de
matérias-primas e novas áreas para investimentos lucrativos.
Foi dentro desse quadro que ocorreu a expansão imperialista
na Ásia e na África, o que consolidou de vez a divisão internacional
do trabalho.
A siderurgia avançou significativamente, assim como as
indústrias mecânicas, graças ao aperfeiçoamento da fabricação do
aço. Na indústria química, com a descoberta de novos elementos e materiais, ampliaram-se as possibilidades para novos vários
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setores, como o petroquímico. A descoberta da eletricidade beneficiou as indústrias e a sociedade em geral, pois promoveu grande
melhoria na qualidade de vida. O desenvolvimento do motor a combustão interna, e a conseqüente utilização de combustíveis
derivados do petróleo, abriu novos horizontes para os transportes, que se dinamizaram intensamente, em virtude da expansão da
indústria automobilística e aeronáutica.
Com o brutal aumento da produção, pois a industrialização expandia-se para outros países, acirrou-se cada vez mais a
concorrência.Era cada vez maior a necessidade de se garantirem novos mercados consumidores, novas fontes de matérias-primas e
novas áreas para investimentos lucrativos. Foi dentro desse quadro que ocorreu a expansão imperialista na Ásia e na África. Em 1885,
na conferência de Berlim, retalhou-se o continente africano, partilhando entre as potências européias. As duas potências hegemônicas
da época, Reino Unido e França, couberam as maiores extensões de territórios coloniais. Portugal e Espanha, há muitos decadentes,
tentavam conserva seus domínios, conquistados no século XVI. Bélgica e Países Baixos, apesar de terem perdido muito do poderio
alcançados no século XVIII, ocuparam importantes possessões. Finalmente, Alemanha e Itália, recentemente unificadas, apoderam-se
de pequenas possessões territoriais. Essa partilha imperialista das potências industriais consolidou a divisão internacional do trabalho,
pela qual as colônias se especializavam em fornece matérias-primas baratas para os países que então se industrializavam. Tal divisão,
delineada no capitalismo comercial, consolidou-se na fase do capitalismo industrial. Assim, estruturou-se nas colônias uma economia
totalmente subordinada à das potências imperialistas. Nessa época, também surgiu uma potência industrial fora da Europa: Os Estados
Unidos da América. Em 1823, o então presidente norte-americano James Monroe decretou a doutrina Monroe, que tinha como lema “A
América para os americanos”. Assim, os Estados Unidos delimitava a América Latina como sua área de influência econômica e
geopolítica.
Na Ásia, também em fins do século XIX, o Japão emergiu como potência, sobre tudo após a ascensão do imperador Mitsuhito,
que deu inicio à chamada Era Meiji. O império do sol passou a competir com as potências européias na conquista de territórios no leste
da Ásia, como a rica China, disputada com os britânicos e os russos.
A Alemanha, por Ter se unificado tardiamente (1871), perdeu a fase mais importante da corrida imperialista e sentiu-se lesada,
especialmente frente ao Reino Unido e à França. Além disso, como a sua indústria crescia em rítmico mais rápido a dos demais países,
também se ressentia mais da falta de mercados consumidores. O choque de interesses internos e externos entre as potências
imperialistas européias acabou levando a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) .
Assim, a primeira metade do século XX, marcado por significativos avanços tecnológicos, foi também um período de grande
instabilidade econômica e geopolítica. Além da Primeira Guerra mundial, ocorreu a Revolução Russa de 1917, a crise de 1929, e a
Grande Depressão, a ascensão do nazi-fascismo na Europa e a Segunda Guerra Mundial (1939- 1945). Nessas poucas décadas, o
capitalismo passou por crises e transformações, adquirindo novos contornos.

2. AS ETAPAS DA REVOLUÇÃO
2.1. Primeira Revolução Industrial ou Tecnológica
Toda expansão comercial permitiu que a Europa acumulasse capital que foi utilizado em investimentos e na mecanização da
produção. Essa revolução técnica, marcada pela substituição da manufatura pela maquinofatura, ampliou ainda mais a economia de
mercado.O capital é composto de dinheiro acumulado, de matérias-primas, de instrumentos de trabalho que são empregados na
produção de novas matérias-primas, de equipamentos etc.
A Inglaterra tinha capital, estabilidade política e equipamentos necessários para tomar a dianteira neste primeiro período,
conhecido como Primeira Revolução Industrial ou Tecnológica, que ocorreu entre meados do século XVIII e meados do século
XIX.A mecanização se estendeu do setor têxtil para a metalurgia, para os transportes, para a agricultura e para outros setores da
economia. As fábricas empregavam grande número de trabalhadores.
Economistas da época desenvolveram a doutrina econômica liberal, ou liberalismo econômico, defendendo a propriedade privada e
a livre-concorrência como as bases para o desenvolvimento econômico. O Estado deveria se limitar a garantir a propriedade
privada, não intervindo na economia. A lei da oferta e da procura de mercadorias se encarregaria de regular os mercados. O
liberalismo econômico caracterizou essa fase do capitalismo, conhecida como Capitalismo Industrial. Pode-se dizer que o
capitalismo produziu um novo espaço geo-econômico: um espaço de produção industrial, agrícola, pecuária e extrativa; um espaço de
troca (comercial); um espaço de circulação de riquezas e de consumo. As cidades se desenvolviam e ganhavam novos equipamentos à
medida que recebiam novos moradores. O capitalismo propiciou também uma nova função para as cidades: a produção industrial.
No capitalismo surgiu, além da burguesia, uma outra classe social, o proletariado, trabalhador das indústrias que passou a produzir
grande parte das riquezas desse novo modo de produção.
O processo de desenvolvimento do capitalismo foi lento e ocorreu de maneira diferenciada nas diversas regiões do planeta

2.2. Novas invenções e a Segunda Revolução Industrial ou Tecnológica


Tendo início na Inglaterra, a grande revolução no modo de produzir mercadorias se espalhou para outros países da Europa e
para os Estados Unidos e o Japão. A partir de meados do século XIX, novas invenções tecnológicas se sucederam.
Com a invenção dos trens a vapor e a construção de estradas de ferro, era possível ir muito mais longe, transportando mais
mercadorias em tempo muito menor. Os automóveis também começavam a fazer parte das paisagens desse incrível e novo mundo
tecnológico.Grandes modificações ocorreram nas condições de vida das pessoas e na velocidade e na qualidade dos transportes, entre
outras. Todas estas inovações influenciaram a aceleração do contato entre culturas e a própria reorganização do espaço e do
capitalismo. Já vimos que nessa fase o Estado passou a participar cada vez mais da economia, regulando crises econômicas e o
mercado e criando uma infra-estrutura nos transportes, na mineração e em setores que exigiam muito investimento, abrindo caminho
para o capital privado, além de investir em politicas sociais.
Para equipar as unidades produtoras com as novas tecnologias, era necessário aumentar o espaço de produção, dispendendo
grandes somas de capital, o que seria impossível para as pequenas e médias empresas, que faliram ou se uniram a outras, formando
grandes empresas, altamente lucrativas. Algumas dessas grandes empresas passaram a dominar determinados ramos de produção,
dando origem aos oligopólios. Com a finalidade de aumentar ainda mais os lucros, exterminar pequenas concorrentes e impor
preços, muitas firmas se fundiram em uma só, formando os trustes, que passavam a controlar um produto desde a retirada da
matéria-prima necessária a sua fabricação até a sua distribuição. Os grandes trustes muitas vezes se unem e formam um cartel,
fazendo acordos acerca de medidas de interesse comum ou de vantagens recíprocas, dividindo mercados, estabelecendo preços etc.
Alguns países elaboraram leis antitrustes e de restrição à formação de cartéis.

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