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Anatomia e Fisiologia
Humana
(Módulo I)
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Aula 01 – Introdução ao Estudo da
Anatomia Humana
Considerações Gerais
No seu conceito mais amplo, a Morfologia é a ciência que estuda,
macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos
seres
organizados. Microscopicamente a Morfologia é representada pela
ação conjunta
da Citologia (estudo da célula), com a Histologia (estudo dos tecidos
e como
estes se organizam para a formação de órgãos) e ainda pela
Embriologia
(estudo do desenvolvimento do indivíduo). Especificamente a
Anatomia (Ana =
em partes; tomein = cortar) é a ciência responsável pelo estudo
macroscópico
do corpo humano e se utiliza para isso da dissecação de peças
previamente
fixadas por soluções apropriadas.
Esta aula refere-se aos dados anatômicos macroscópicos
considerados
como referencias fundamentais para o reconhecimento dos órgãos e
dos
sistemas por eles constituídos visando á melhor compreensão de sua
estrutura.
Os sistemas que, em conjunto, compõem o organismo do indivíduo
são os
seguintes:
Sistema tegumentar;
Sistema esquelético;
Sistema articular;
Sistema muscular;
Sistema nervoso;
Sistema circulatório;
Sistema respiratório;
Sistema digestório;
Sistema urinário;
Sistema genital – feminino e masculino;
Sistema endócrino;
Sistema sensorial.
Alguns sistemas podem ser agrupados formando os aparelhos:
Aparelho locomotor: constituído pelos sistemas esquelético, articular
e
muscular;
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Aparelho urogenital: constituído pelos sistemas urinário e genital
(masculino ou feminino)
Divisão do Corpo Humano
Depois de conhecer os níveis de desenvolvimento do corpo humano
devemos agora enxerga-lo como um todo.
O corpo humano divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A
cabeça é constituída por um conjunto ósseo chamado crânio que
aloja na
cavidade craniana parte do sistema nervoso central, e ainda por uma
parte
visceral denominada face e está unida ao tronco por uma porção
estreitada, o
pescoço. O tronco compreende o tórax, o abdome e a pelve,
anteriormente,
com suas respectivas cavidades torácica, abdominal e pélvica; a
parte posterior
do tronco é chamada de dorso.
Os membros são divididos em superiores e inferiores, sendo os
membros superiores constituídos por três segmentos: o braço, o
antebraço e a
mão. Na transição entre o braço e o antebraço há o cotovelo e entre
o antebraço
e a mão, o punho. Os membros inferiores também são constituídos
por três
segmentos: a coxa, a perna e o pé, sendo que, entre a coxa e a
perna existe o
joelho, e entre e perna e o pé, o tornozelo.
Conceito de Variação Anatômica e Normal
As descrições anatômicas obedecem, necessariamente um padrão
que
já incluem a possibilidade das variações. Este padrão corresponde ao
que ocorre
na maioria dos casos ao que é mais freqüente; para o anatomista o
padrão é
normal, numa conceituação, portanto, puramente estatística. Para o
médico,
normal tem outro sentido; não é o que se representa na maioria dos
casos, mas
sim o que é sadio, ou com saúde, hígido, não doente.
Podemos, então chamar de normal ou padrão anatômico o individuo
que apresenta todas as partes que constituem o corpo humano
localizadas em
local correto. A simples observação de um agrupamento humano
evidencia de
imediato diferenças morfológicas entre os elementos que compõem o
grupo.
Estas diferenças morfológicas são denominadas variações anatômicas
e podem
apresentar-se externamente ou em qualquer dos sistemas do
organismo, sem
que isso traga prejuízo funcional para o indivíduo
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Daí dizer-se que a variação, em anatomia, é uma constante. Quando
examinar peças isoladas ou cadáveres, não se esqueça desse
importante
conceito. Não espere encontrar sempre no seu material de estudo a
reprodução
exata de figuras de Atlas ou de livros textos que estiver utilizando.
Fatores Gerais de Variação Anatômica.
Idade – notáveis modificações anatômicas ocorrem desde a fase
intrauterina
até a fase senil.
Sexo – é o caráter do masculino ou feminino.
Raça – cada agrupamento humano possui caracteres físicos comuns,
externa e internamente relacionados ás raças branca, negra e
amarela.
Biótipo – é o resultado da soma dos caracteres herdados e dos
caracteres
adquiridos por influência do meio e da sua interrelação. Distinguem-
se os
grupos chamados de longilíneos, mediolíneos e brevelíneos.
Evolução – sugere o aparecimento de diferenças morfológicas, no
decorrer
dos tempos.
Anomalia
Quando a modificação do padrão anatômico causa prejuízo funcional
mas, permite a continuidade da vida do individuo, diz-se que se trata
de uma
anomalia e não de uma variação.
Monstruosidade
Se a anomalia for acentuada de modo a deformar profundamente a
construção do corpo do indivíduo, sendo, em geral, incompatível com
a vida,
denomina-se monstruosidade. O estudo desse assunto é feito em
Teratologia.
Nomenclatura Anatômica
Nome que se dá ao conjunto de termos empregados para designar e
descrever o organismo ou suas partes. Ao designar uma estrutura do
organismo, a nomenclatura atual procura adotar termos que estejam
relacionados com a forma; posição ou situação; trajeto; conexões ou
interrelações; relação com o esqueleto; função, deixando de lado os
epônimos
que na antiguidade produziam uma infinidade de termos repetitivos.
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Posição Anatômica
Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas,
considerando-se que a posição pode ser variável, optou-se por uma
posição
padrão, denominada posição de descrição anatômica (posição
anatômica):
indivíduo em posição ereta (em pé, posição ortostática ou bípede),
com a face
voltada para frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros
superiores
estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para
frente, membros
inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente.

la 01 – Conceitos Gerais
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Aula 02 – Osteologia
Introdução
O termo osteologia significa o estudo dos ossos. Apesar de sua aparência simples, o
osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico, sendo formado por um conjunto de
tecidos
distintos e especializados que contribuem para seu arranjo final. Entre eles
destacam-se o tecido
ósseo, cartilaginoso, epitelial, tecidos formadores de sangue, nervoso e adiposo.
Por esta razão,
cada osso individual é um órgão. Partindo-se do princípio que um conjunto de
órgãos que atuam
com o mesmo objetivo funcional constituem um sistema, pode se concluir que o
conjunto
formado por ossos e cartilagens dará origem ao Sistema Esquelético.
O esqueleto humano, como em outros vertebrados, é interno aos músculos com os
quais se desenvolveu. Ele é um endoesqueleto constituído por um eixo, dividido em
segmentos
para dar flexibilidade e de dois pares de membros, superiores e inferiores, também
divididos em
partes articuladas para locomoção e preensão. O crânio é a extremidade expandida
do eixo.
No esqueleto do adulto, há 206 ossos distintos como segue:
Esqueleto Axial: Esqueleto Apendicular:
Coluna Vertebral – 26
Crânio – 22 Membros Superiores – 64
Osso hióide – 1 Membros Inferiores – 62
Costelas e esterno – 25 Ossículos da orelha – 6
Total - 74 Total - 132
A contagem do numero de ossos está relacionada a diferentes critérios:
Idade – o numero de ossos diminui com o passar do tempo, pois com o
desenvolvimento
alguns deles se soldam tornando-se um único osso. Ex. osso frontal (fig 82; pág
48/1;
Sobotta)
Fatores individuais – Em alguns indivíduos ocorre a presença de ossos que se
formam
onde normalmente não existiriam e são chamados de heterotópicos ou
extranumerários, termo que também se refere a ossos que não se
fundiram na idade
adulta.
Funções do Sistema Esquelético
Sustentação e conformidade – Os ossos funcionam como arcabouço estrutural
para o
corpo, sustentando os tecidos moles e fornecendo um ponto de aderência para os
tendões de grande parte dos músculos esqueléticos fazendo com isso com que o
corpo
ganha forma.
Proteção – O arranjo ósseo determina a proteção de diversos órgão de
importância vital.
Por exemplo, os ossos do crânio protegem o encéfalo, as vértebras protegem a
medula
espinhal, e o gradil costal protege as vísceras torácicas como o coração e os
pulmões.
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Participação no movimento / alavancagem – O movimento é produzido
quando da
tração exercida pelos músculos esqueléticos sobre os ossos no momento de sua
contração. Pelo fato de muitos ossos se articularem e esta união óssea permitir
movimentos, o esqueleto desempenha um papel importante na determinação do
tipo e da
amplitude do movimento que o segmento será capaz de fazer, bem como a própria
anatomia do osso acaba por limitar movimentos indesejáveis.
Homeostasia mineral – O tecido ósseo armazena vários minerais, especialmente
cálcio
e fósforo, que contribuem fortalecer o osso. O osso pode liberar minerais, na
corrente
sanguínea , para manter os balanços minerais críticos e para distribuir minerais
para
outros órgãos.
Produção de células sanguíneas – Dentro de certas partes dos ossos, um tecido
conjuntivo, chamado medula óssea vermelha, produz células que vão fazer parte do
sangue. Estas células são: os eritrócitos, os leucócitos e as plaquetas, por meio de
um
processo chamado de hematopoiese.
Armazenamento de triglicerídeos – No recém nascido, toda a medula óssea é
vermelha e está envolvida na hematopoiese. Entretanto, com o avançar da idade, a
produção de células sanguíneas diminui, e a maior parte da medula passa a ser
formada
por adipócitos e por isso chamada de medula óssea amarela.
Divisão do esqueleto
Esqueleto Axial – O esqueleto axial é constituído pelos ossos arranjados ao redor
do eixo
longitudinal e acomoda o Sistema Nervoso Central sendo então por isso chamado
de neuro-eixo.
Os ossos que constituem esta divisão do esqueleto são: os ossos do crânio,
coluna vertebral,
ossículos da orelha, osso hióide, costelas e esterno.
Esqueleto Apendicular – O esqueleto apendicular é formado pelos ossos que
compõem os
membros superiores e inferiores, mais os ossos que formam os cíngulos que
conectam os
membros ao esqueleto axial. Os ossos que constituem esta divisão do esqueleto
são:
Membros superiores:
Segmento braço: úmero
Segmento antebraço: radio e ulna
Segmento mão: ossos carpais (escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme, hamato,
capitato, trapézio e trapezóide), metacarpais e falanges
Cíngulo superior: clavícula e escapula
Membros inferiores:
Segmento coxa: fêmur
Segmento perna: tíbia e fíbula
Patela
Segmento pé: ossos tarsais (calcâneo, tálus, navicular, cubóide, cuneiforme medial,
intermédio e lateral), metatarsais e falanges
Cíngulo inferior: ossos do quadril
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Aula 03 – Artrologia
Conceito:
Articulações ou junturas são uniões funcionais entre duas ou mais estruturas rígidas
do esqueleto, que podem ou não permitir movimentos.
Classificação das articulações quanto ao tecido interposto:
De acordo com o tecido que se interpõem entre as estruturas rígidas, classificam-se
as articulações em três tipos principais: fibrosas, cartilagíneas e sinoviais.
Articulações Fibrosas (sinartroses; articulações imóveis) incluem todas as
articulações onde as superfícies dos ossos estão quase em contato direto, reunidas,
todavia, por
interposição de tecido conjuntivo denso não modelado e nas quais não há
movimento. Há três
variedades de junturas fibrosas: sindesmose, sutura e gonfose.
Articulações Cartilagíneas (anfiartroses; articulação de movimentos limitados) é
a
forma de articulação na qual as superfícies articulares são unidas por cartilagem;
há duas
variedades: a sincondrose e a sínfise.
Articulações Sinoviais
Características Gerais:
As articulações sinoviais (diartroses) são especializadas para permitir maior ou
menor
liberdade de movimento. Seus componentes essenciais são os seguintes:
As superfícies articulares dos ossos são revestidas por cartilagem articular,
que é
do tipo hialina. Os ossos são unidos por uma cápsula articular e por ligamentos.
Na cápsula
articular é encontrado o líquido sinovial (sinóvia), que ocupa a cavidade
articular e lubrifica
a juntura. Este tipo de articulação também apresenta componentes chamados de
acessórios, ou
seja, não estão presentes em todas as articulações sinoviais. Discos e meniscos
tendo função
de coaptação entre as superfícies articulares auxiliando na redução de impactos
mecânicos na
articulação. Os lábios ou orlas aumentam a profundidade da cavidade articular
permitindo
melhor coaptação entre as superfícies que irão se articular. Bolsas sinoviais são
estruturas
saculares que contem liquido similar ao sinovial situadas entre a pele e o ossos,
tendão e osso,
músculo e osso e ligamento e osso, cuja função é aliviar o atrito em algumas
articulações como
joelho e ombro. As bainhas dos tendões são estruturas tubulares que envolvem
os tendões
nas regiões onde o atrito é maior
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Miologia
Conceito
As células musculares, chamadas de fibras musculares, são especializadas em
realizar
a contração e o relaxamento. Estas fibras se unem em feixes para formar
músculos, os quais
acham-se fixados por suas extremidades. Assim, músculos são estruturas que
movem os
segmentos do corpo por encurtamento da distância que existe entre suas
extremidades fixadas,
ou seja, por contração. A miologia os estuda. Dentro do aparelho locomotor, os
músculos são
elementos ativos do movimento.
Porém a musculatura não assegura só a dinâmica, mas também a estática do corpo
humano. Realmente a musculatura não apenas torna possível o movimento como
também
mantém unidas as peças ósseas determinando a posição e a postura do esqueleto.
Componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos
Um músculo esquelético típico possui uma porção média e extremidades.
Ventre muscular – é a porção média e carnosa, verme lha no vivente
(vulgarmente chamada
carne). Nele predominam as fibras musculares, sendo, portanto a parte ativa do
músculo, isto é,
a parte contrátil.
Tendão muscular – são pontos de fixação em forma de fita.
Aponeurose – são extremidades que fixam os músculos e apresentam formato
laminar.
Tanto tendões quanto aponeuroses são esbranquiçadas e brilhantes, muito
resistentes e
praticamente inextensíveis, constituído por tecido conjuntivo denso, rico em fibras
colágenas. Os
tendões ou aponeuroses nem sempre se prendem ao esqueleto, podendo fazê-lo
em outros
elementos; septos intermusculares, derme, (músculos da mímica facial) tendão de
outro
músculo, etc.Em uns poucos músculos aparecem tendões interpostos a ventre de
um mesmo
músculo, e esses tendões são chamados de intersecções tendíneas e não servem
para fixação no
esqueleto. (Ex m. reto do abdome)
Fáscia muscular - é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo.
Sua
espessura pode variar de acordo com a função desempenhada. Para que os
músculos possam
exercer eficientemente um trabalho de tração para se contrair, é necessário que
eles estejam
dentro de uma bainha elástica de contenção, papel executado pela fáscia muscular
que também
permite o fácil deslizamento dos músculos entre si. Em certos locais, a fáscia
muscular pode
apresentar-se espessada e dela partem prolongamentos que vão terminar se
fixando no osso,
sendo denominados septos intermusculares. Estes separam grupos musculares em
lojas ou
compartimentos e ocorrem freqüentemente nos membros.
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Aula 04 – Sistema Cardiovascular
Conceito
É um sistema fechado formado por tubos chamados de vasos por onde circulam os
humores corporais. Os humores são o sangue e a linfa que circulam nos vasos
sanguíneos e
linfáticos, respectivamente. Para que o sangue possa atingir as células levando
nutrientes e
oxigênio e ao mesmo tempo retirar resíduos metabólicos, deve ser constantemente
impulsionado ao longo dos vasos sanguíneos pela contração rítmica do coração.
Divisão do Sistema Cardiovascular
O sistema cardiovascular é dividido em:
Sistema Sanguífero – composto por vasos sanguíneos – artérias, veias e capilares -
e
pelo coração.
Sistema Linfático – composto por vasos linfáticos – capilares linfáticos, vasos
linfáticos e
troncos linfáticos - e por órgãos linfóides – linfonodos e tonsilas.
Órgãos Hemocitopoéticos – constituídos pela medula óssea, baço e timo. Não existe
o
termo (hemopoIese)
Sistema Sanguífero
Coração
É um órgão fibromuscular que apresenta cavidades internas que são preenchidas
pelo
sangue. Sua morfologia externa lembra o formato de um cone.
Regiões anatômicas :
O coração apresenta duas regiões anatômicas distintas; o ápice e a base
Localização anatômica do coração
O coração está localizado na cavidade torácica em uma região denominada de
mediastino médio entre as pleuras na porção inferior dos dois pulmões. O coração
relaciona-se
anteriormente com o osso esterno e com as extremidades mediais da 3ª a 6ª
cartilagens
costais.
A região apical, que corresponde aos ventrículos cardíacos, esta voltada inferior e
anteriormente
e ligeiramente para esquerda, em razão da sua adaptação à cúpula diafragmática.
A base é
formada pelos átrios e está dirigida para direita, ficando superior e posterior em
relação ao
ápice.
Faces do coração
É chamada de face, a parede de um órgão voltada ou em contato com outra parede
ou outro órgão. Em razão da posição do coração surgem três faces cardíacas:
Face esternocostal – face voltada para o osso esterno e para as cartilagens
costais, que
compreende o átrio direito e sua aurícula, o ventrículo direito e uma pequena parte
do
ventrículo esquerdo.
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Face diafragmática – achatada devido ao contato com o m. diafragma
compreende os
dois ventrículos, sendo a maior parte formada pelo ventrículo esquerdo.
Faces pulmonares – faces voltadas para os dois pulmões.
Anatomia externa das câmaras cardíacas
O coração do adulto mede cerca de 12 cm de comprimento, por 9 cm de largura e 6
cm de espessura e pesa aproximadamente 310 gramas no homem e 250 gramas
nas mulheres.
A bomba contrátil propulsora é formada por quatros câmaras cardíacas, sendo duas
maiores chamadas de ventrículos com paredes musculares espessas que se
localizam ínferoanteriormente;
e duas pequenas, denominadas de átrios que apresentam paredes musculares
delgadas e localização mais superior e posterior.
Pericárdio
É formado por um saco fibroso e uma membrana serosa que revestem e protegem
o
coração, limitando sua expansão durante o relaxamento muscular e mantendo-o
posicionado na
região do mediastino.
Vasos da base do coração
Na região da base do coração, mais especificamente no átrio direito chegam as
veias
cavas superior e inferior que trazem o sangue venoso drenado de todos os tecidos
corpóreos. No
átrio esquerdo são as quatro veias pulmonares quem conduzem o sangue arterial
que sofreu o
processo de hematose (troca gasosa) nos pulmões. A saída do sangue dos
ventrículos também
se dá na região da base do coração, sendo feita pelo tronco pulmonar que conduz o
sangue
venoso do ventrículo direito aos pulmões e neste trajeto se ramifica dando origem
às a.a
pulmonares direita e esquerda. O sangue arterial que sai do ventrículo esquerdo,
para irrigar
todos os tecidos do corpo, circula pela artéria aorta
Anatomia interna do coração
Em um corte frontal do coração pode-se observar a existência de três camadas que
constituem a parede do coração. A camada externa é o epicardio, a média é o
miocárdio e a
interna o endocárdio.
Internamente podemos observar as quatro câmaras cardíacas, por onde o sangue
irá
circular, são elas: átrio e ventrículo direito e átrio e ventrículo esquerdo.
Átrio Direito – é maior em relação ao esquerdo e apresenta músculos pectíneos
Aurícula Direita – É uma bolsa fechada, associada ao átrio direito que possui em
toda a
sua superfície interna presença de músculos pectíneos.
Átrio Esquerdo – é menor do que o direito, porém as suas paredes são mais
espessas e
totalmente lisas.
Entre os átrios existe uma estrutura anatômica que impede o contato entre eles,
chamada de
septo interatrial.
Aurícula esquerda – ocupa a região que marca o inicio da a. coronária esquerda,
sendo
esta bolsa um tanto mais estreita do que a do lado direito e internamente também
apresenta m.m pectíneos.
Ventrículo Direito – forma a maior parte da superfície anterior do coração. Sua
parede
tem cerca de um terço da espessura da parede do ventrículo esquerdo. No interior
do
ventrículo aparecem as seguintes estruturas:
O óstio atrioventricular direito: é uma abertura que comunica o átrio direito com o
ventrículo direito, por onde o sangue venoso irá passar. Este óstio está c ircundado
por um
anel fibroso que constitui o esqueleto cardíaco onde se prendem as três válvulas,
em forma
de cúspides, a valva atrioventricular direita também chamada de valva tricúspide. A
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mecânica valvar, ou mecanismo involuntário de abertura e fechame nto das valvas
atrioventriculares é extremamente importante, pois evita com isso o refluxo de
sangue dos
ventrículos para os átrios. Participam desta ação involuntária as cordas tendíneas
que são
pequenos filamentos fibrosos que inserem-se nas cúspides valvares por uma de
suas
extremidades e na porção apical dos músculos papilares pela outra extremidade.
Estes
músculos papilares são projeções das trabéculas cárneas. As trabéculas cárneas
são feixes
de fibras musculares que se salientam do assoalho do ventrículo.
Com a contração do miocárdio do ventrículo direito (sístole ventricular), os
músculos
papilares tracionam as cordas tendíneas, que por estarem fixadas nas cúspides
valvares,
impedem que estas se abram no sentindo inverso impedindo com isto o refluxo do
sangue.
Como não reflui, o sangue é lançado na direção dos pulmões atravessando uma
abertura
chamada de óstio do tronco pulmonar que é guarnecida pela valva do tronco
pulmonar. Esta
valva arterial é formada por três válvulas cujo formato lembra uma meia lua e por
isso são
chamadas semilunares.
Ventrículo Esquerdo – Em razão do maior trabalho realizado pelo miocárdio
ventrículo esquerdo,
a camada média desta câmara cardíaca se apresenta hipertrofiada fisiologicamente.
Sua
extremidade inferior forma o ápice do coração. Na anatomia interna verifica-se a
existência de
duas aberturas: a atrioventricular e a aórtica que são protegidas pelas valvas
atrioventricular
esquerda ou mitral e aórtica, respectivamente. O óstio atrioventricular esquerdo é
menor em
diâmetro que o direito e possui um anel fibroso que apresenta densa parede
circundando-o. A
valva atrioventricular esquerda, valva bicúspide ou mitral é composta por duas
cúspides. As
cordas tendíneas são mais espessas, mais fortes e em menor número do que no
ventrículo
direito. Já as trabéculas cárneas são mais numerosas nesta câmara cardíaca que
apresenta, no
entanto, apenas dois músculos papilares. A valva aórtica, composta por três
válvulas
semilunares, protege o óstio aórtico, evitando com isso o refluxo do sangue arterial
novamente
para o interior do ventrículo esquerdo. Os seios aórticos são dilatações que
aparecem entre as
válvulas semilunares e a parede da aorta. Em duas destas dilatações aparecem os
óstios das
artérias coronárias, vasos que irão irrigar o próprio miocárdio.
O septo que impede a comunicação entre os ventrículos é denominado septo
interventricular que consiste de uma porção muscular e uma membranácea. A
porção
membranácea é mais cranial, mais fibrosa e separa o átrio direito do ventrículo
esquerdo sendo
por isso chamada de septo atrioventricular. A maior parte do septo é muscular
tendo na grande
espessura seu ponto mais característico..
Complexo Estimulante do Coração
O complexo estimulante do coração consiste de fibras especializadas na condução
de
impulsos nervosos que percorrerão todo território cardíaco. A freqüência cardíaca é
controlada
pelos marcapassos fisiológicos, enquanto o ritmo dos marcapassos é dado por
impulsos vindos
dos centros vasomotores do tronco encefálico.
O sistema de condução de impulsos compreende o nó sinoatrial, o nó
atrioventricular
e o feixe atrioventricular com seus dois ramos que se ligam as fibras condutoras
finais ou de
Punkinje que se unem ao músculo cardíaco.
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Aula 05 – Vasos Sangüíneos
O sistema cardiovascular é constituído por um sistema de tubos e por uma bomba
percussora que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha
por toda a
rede vascular.
Estes tubos são artérias e veias que servem de passagem ao sangue que é o líquido
circulante responsável pela oxigenação e nutrição das células e essa bomba
percussora é o
coração, músculo responsável pelo bombeamento de sangue.
Artérias
Conjunto de vasos que saem do coração e se ramificam sucessivamente
distribuindo-se para
todo o organismo. Do coração saem o tronco pulmonar (relaciona-se com a
pequena circulação,
ou seja, leva sangue venoso para os pulmões através de sua ramificação, duas
artérias
pulmonares uma direita e outra esquerda) e a artéria aorta (carrega sangue arterial
para todo o
organismo através de suas ramificações).
Estrutura:
Túnica externa: é composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica
encontramos pequenos filetes nervosos e vasculares que são destinados à
inervação e a
irrigação das artérias. Encontrada nas grandes artérias somente.
Túnica média: é a camada intermediária composta por fibras musculares lisas e
pequena
quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do
organismo.
Túnica íntima : forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive
capilares. São
constituídas por células endoteliais.
Ramificações:
Ramos colaterais: surgem dos troncos principais em ângulo agudo, em ângulo reto
ou em
ângulo obtuso
Ramos terminais: são os que irrigam com certa exclusividade um determinado
território.
São os ramos mais ditais.
Relação volumétrica: a soma da área dos lumes dos ramos distais é sempre
maior que a área
do vaso que lhe deu origem.
Relações:
1- Com as veias: a norma geral é que um artéria seja acompanhada por pelo
menos uma
veia, sendo chamadas veias satélites. Artérias de grosso calibre geralmente são
acompanhadas por uma veia e artérias de médio e pequeno calibre são seguidas
em seu
trajeto por duas veias.
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Enfermagem
Com os músculos: certos músculos servem como ponto de reparo às artérias que
os
acompanham, sendo chamados de músculos satélites, como por exemplo o
músculo
esternocleidomastóideo que acompanha a artéria carótida comum.
Com as articulações: as artérias sempre passam pela superfície flexora da
articulação.
Veias
As veias têm como função conduzir o sangue dos capilares para o coração. As
veias,
também como as artérias, pertencem a grande e a pequena circulação. O circuito
que termina
no átrio esquerdo através das quatro veias pulmonares trazendo sangue arterial
dos pulmões
chama-se de pequena circulação ou circulação pulmonar. E o circuito que termina
no átrio direito
através das veias cavas e do seio coronário retornando com sangue venoso chama
-se de grande
circulação ou circulação sistêmica. Em relação à forma : é variável quanto mais
cheia mais
cilíndrica e quanto mais vazia mais achatada. Fortemente distendidas apresentam a
forma
nodosa devido à presença de válvulas. Quanto ao calibre pode ser grande, médio
ou pequeno
calibre. Tributárias ou afluentes: sua formação aumenta conforme está chegando
mais perto do
coração pela confluência das tributárias. O leito venoso é praticamente o dobro do
leito arterial.
Situação: São classificadas em superficiais e profundas e também podem receber a
denominação de viscerais e parietais dependendo de onde estão drenando se é na
víscera ou em
suas paredes. Válvulas: são pregas membranosas da camada interna da veia que
tem forma de
bolso.
Sistema Linfático
É um sistema auxiliar de drenagem formado por vasos e órgãos linfóides que tem
como objetivo a circulação de linfa (um líquido aquoso, claro que está contido
dentro deste
sistema). Este sistema auxilia o sistema venoso pois nem todos as moléculas que
estão contidas
nas células conseguem passar diretamente para os capilares sangüíneos, elas
precisam ser
recolhidas por capilares especiais, capilares linfáticos, de onde a linfa segue para os
vasos
linfáticos e destes para os troncos linfáticos que lançam a linfa em veias de médio e
grande
calibre. Estes vasos linfáticos são muito encontrados na pele e nas mucosas e estes
e
apresentam válvulas como as veias que asseguram que o fluxo corra em uma só
direção, ou
seja para o coração. No sistema linfático encontramos estruturas denominadas
linfonodos que
tem como objetivo servir de barreira ou filtro contra a penetração de toxinas na
corrente
sangüínea, estes linfonodos encontram-se no trajeto dos vasos linfáticos, e são
estrutura de
defesa do organismo, e para isso produzem glóbulos brancos principalmente os
linfócitos. Muitas
vezes os linfonodos estão localizados ao longo de um vaso sangüíneo no pescoço,
no tórax, no
abdômen e na pelve e em um processo inflamatório estes se tornam doloridos e
são chamados
de íngua.
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Aula 06 – Avaliação
06
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Aula 07 – Sistema Nervoso
Conceito
Este sistema é o centro cont rolador de todas as ações voluntárias e involuntárias
do
corpo humano, e através de seus componentes anatômicos é capaz de perceber
estímulos
aplicados á superfície do corpo, as vísceras em geral, interpretá-los e desencadear
respostas
adequadas a estes estímulos.
Divisão do Sistema Nervoso
Anatomicamente o sistema nervoso é dividido em duas partes fundamentais: o
sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico. O sistema nervoso
central é uma
porção de recepção de estímulos, de comando e desencadeadora de respostas. A
porção
periférica esta constituída pelas vias que conduzem os estímulos ao sistema
nervoso central ou
que levam até os órgãos efetuadores as ordens emanadas da porção central. Pode-
se dizer que
o SNC está constituído por estruturas que se localizam no esqueleto axial (coluna
vertebral e
crânio): são a medula espinal e o encéfalo. O sistema nervoso periférico
compreende os nervos
cranianos e espinhais, os gânglios e as terminações nervosas.
Meninges
O encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e protegidos por lâminas (ou
membranas) de tecido conjuntivo chamadas, em conjunto, meninges. Estas
lâminas são, de
fora para dentro: a dura- máter, a aracnóide e a pia- máter. A dura- máter é a
mais espessa delas
e a pia-máter a mais fina. Esta última está intimamente aplicada ao encéfalo e á
medula
espinhal. Entre as duas está a aracnóide, da qual partem fibras delicadas que vão
ter á piamáter,
constituindo uma rede semelhante a uma teia de aranha. A aracnóide é separada
da
dura- máter por um espaço capilar denominada espaço subdural e da pia- máter
pelo espaço
subaracnóide, onde circula o liquido cérebro-espinhal (ou líquor).
Partes do Sistema Nervoso Central:
Encéfalo
- Cérebro
- Cerebelo
- Tronco Encefálico
Medula Espinal
Partes do Sistema Nervoso Periférico:
Nervos
- espinais
- cranianos
Gânglios
Terminações Nervosas
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Aula 08 – Sistema Respiratório
A respiração é uma das características básicas dos seres vivos e consiste na
absorção,
pelo organismo, de oxigênio, e a eliminação do gás carbônico resultante de
oxidações celulares.
O sangue é um elemento intermediário entre as células do organismo e o meio,
servindo como
condutor de gases entre eles. O órgão respiratório por excelência é o pulmão, mas
para facilitar
a condução do ar desenvolvem-se órgãos especiais que promovem o rápido
intercambio entre o
ar e sangue. No conjunto estes órgãos constituem o sistema respiratório.
Divisão do sistema respiratório
Anatomicamente, o sistema respiratório pode ser dividido em duas partes:
Vias aéreas superiores
Vias aéreas inferiores
Vias aéreas superiores – constituída por órgãos tubulares cuja principal função é
a de
conduzir o ar inspirado, filtrando, aquecendo e umidificando-o para facilitar o
processo de troca gasosa, bem como conduzir o ar a ser expirado eliminando
assim o dióxido de carbono.
Das vias aéreas superiores, fazem parte, o nariz, cavidade nasal, a faringe, a
laringe e os terços superior e médio da traquéia. Além de condutores de ar, a
cavidade nasal, a faringe e a laringe cumprem as funções olfatoria, de via de
condução de alimento e de fonação, respectivamente.
Vias aéreas inferiores – tem inicio a partir do terço inferior da traquéia
estendendo-se
até os alvéolos pulmonares, passando por brônquios principais, lobares e
segmentares e
bronquíolos terminais, respiratórios e ductos alveolares.
Funcionalmente, o sistema respiratório também pode ser dividido em duas
partes:
Zona condutora
Zona respiratória
Zona condutora – dessa porção do sistema respiratório fazem parte órgãos
tubulares cuja
função é a de levar o ar inspirado até a porção respiratória. Estende-se desde o
nariz até os
bronquíolos terminais.
Zona respiratória –É constituída pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares
e alvéolos
pulmonares onde já acontecem as trocas gasosas (hematose).
A partir de agora vamos conhecer os órgãos que compõem o sistema respiratório.
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Nariz
É visível externamente no plano mediano da face apresentando três regiões
anatômicas: a raiz, o dorso, o ápice e a base onde existem duas aberturas
chamadas narinas
que funcionam como porta para a entrada do ar. O esqueleto do nariz é
osteocartilaginoso,
sendo formado pelos ossos nasais e pelos processos frontais da maxila e pelas
cartilagens
laterais, alares maior e menor
Cavidade Nasal
Comunica-se com o meio externo através das narinas e com a porção nasal da
faringe
através dos cóanos. Lateralmente a cavidade nasal é limitada pelas conchas e
meatos nasais,
superiormente pelos ossos que constituem a fossa craniana anterior e inferiormente
pelo
processo palatino da maxila e pela lâmina horizontal do osso palatino. O septo
nasal também é
osteocartilaginoso sendo constituído pela lamina perpendicular do osso etmóide,
pelo osso
vômer e pela cartilagem septal e divide a cavidade nasal em metade direita e
esquerda.
Anatomicamente a cavidade nasal é dividida em três partes:
Vestíbulo nasal – é a parte anterior da cavidade nasal que vai das narinas até o
limiar do
nariz. Nessa porção encontram-se as vibrissas que iniciam o processo de filtração
do ar.
Porção olfatória – compreende a porção da cavidade nasal onde está a concha
nasal superior.
Porção respiratória – é o local por onde passam dois terços do ar inspirado,
compreende a
região onde esta a concha nasal media e a concha nasal inferior.
As conchas nasais são projeções ósseas revestidas por tecido epitelial e os meatos
nasais são
depressões localizadas entre as conchas nasais onde desembocam as secreções
vindas dos seios
paranasais.
Seios Paranasais
Os ossos são classificados como pneumáticos por possuírem cavidades revestidas
por
epitélio respiratório e preenchidas por ar. Estas cavidades existentes nos ossos,
frontal, etmóide,
esfenóide e maxilar são chamadas de seios paranasais.
Faringe
É um tubo muscular associado a dois sistemas: respiratório e digestório, situando-
se
posteriormente à cavidade nasal, cavidade da boca e à laringe, o que faz com que
ela seja
dividida em três partes: parte nasal, parte oral ou bucal e parte laríngea.
Na parede lateral da parte nasal da faringe existe uma comunicação deste tubo
com a
orelha media chamada óstio faríngeo da tuba auditiva que na sua extremidade
medial é
revestido por uma cartilagem chamada toro tubário que visa minimizar a entrada
de corpos
estranhos no pavilhão auditivo. Também nesta região pode-se encontrar uma
estrutura
anatômica cuja função é a de proteção chamada tonsila faríngea que após episódios
repetitivos
de inflamações se hipertrofia aumentando de tamanho e dificultando a passagem
do ar e sendo
chamada neste momento de adenóide (carne esponjosa).
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Laringe
É um órgão tubular situado no plano mediano e anterior do pescoço que além de
via
aérea é órgão da fonação ou seja, responsável pela produção do som. Coloca-se
anteriormente à
faringe e é continuada diretamente pela traquéia.
Esqueleto da laringe
O esqueleto da laringe é cartilaginoso, sendo a maior das cartilagens a tireóidea,
constituída de duas laminas que se unem anteriormente para formar a
proeminência laríngea.
A cartilagem cricóidea é impar, tem forma de anel e limita inferiormente a laringe.
A cartilagem
aritenóidea é par e posterior apresentando-se na forma piramidal e articulando-se
inferiormente com a cartilagem cricóidea. A cartilagem epiglótica, impar e
mediana,
funcionalmente é muito importante, pois impede a passagem de líquidos e sólidos
para as vias
respiratórias. As cartilagens cuneiformes e corniculadas completam o esqueleto
da laringe.
Na anatomia interna da laringe pode-se observar a presença de uma fenda
anteroposterior
que leva a uma pequena invaginação, o ventrículo da laringe, que é limitado
superiormente pela prega vestibular e inferiormente pela prega vocal. O espaço
que vai do
adito da laringe (abertura da laringe) até a prega vestibular é chamado de
vestíbulo da
laringe, já o espaço aéreo compreendido entre as pregas vestibular e vocal é
conhecido como
glote.
As pregas vocais são constituídas pelo ligamento e músculos vocais, e o espaço
existente entre elas é denominado rima glótica. As pregas vestibulares possuem
função
protetora.
Traquéia
Inicia-se na região cervical, situada anteriormente ao esôfago, descendo em
direção
ao tórax sendo que no mediastino superior divide-se dando origem aos brônquios
principais
direito e esquerdo. Ë uma estrutura mediana composta anteriormente por anéis
cartilaginosos
unidos entre si por ligamentos anulares o que visa impedir um possível colapso do
tubo aéreo.
Já posteriormente a traquéia possui uma parede membranácea constituída
principalmente por
músculo liso e tecido fibroelástico. Próximo de sua extremidade inferior a traquéia
se desvia
para a direita em razão da presença do coração, ocasionando características
morfológicas
distintas as suas ramificações.
Brônquios Principais
A traquéia bifurca-se e origina os brônquios principais direito e esquerdo. Neles os
anéis cartilaginosos da traquéia são substituídos por placas irregulares de
cartilagem.
O brônquio principal esquerdo é mais longo, mais horizontalizado e tem menor
calibre
passando sob o arco aórtico e anteriormente à aorta descendente para alcançar o
hilo do pulmão
esquerdo.
O brônquio principal direito é quase a continuação da direção da traquéia e,
portanto,
é mais vertical, mais calibroso e também mais curto que o esquerdo. Por esta
razão, corpos
estranhos que passam pela traquéia penetram no brônquio principal direito mais
facilmente.
Brônquios Lobares
São tubos aéreos que apresentam as mesmas características morfológicas que os
brônquios principais tendo como função ventilar os lobos pulmonares. O pulmão
direito possui
três lobos e conseqüentemente três brônquios lobares, o superior, o médio e o
inferior, já o
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pulmão esquerdo possui apenas dois lobos que são ventilados por dois brônquios
lobares, o
superior e o inferior.
Brônquios Segmentares
São tubos aéreos que surgem da ramificação dos brônquios lobares e vão ventilar
os
segmentos broncopulmonares. São nomeados de acordo com o respectivo
segmento
broncopulmonar em que atuam.
Bronquíolos
São tubos aéreos que gradualmente apresentam um calibre menor.
Bronquíolos Terminais
Os bronquíolos se ramificam repetidamente em tubos ainda menores chamados de
bronquíolos terminais. É neste tubo aéreo que termina a chamada zona condutora
do sistema
respiratório.
Bronquíolos Respiratórios
São tubos aéreos que já apresentam nas suas paredes a presença de alvéolos,
portanto, já ocorrem a esta altura as trocas gasosas (hematose).
Ductos Alveolares
Os bronquíolos respiratórios por sua vez, se subdividem em diversos ductos
alveolares. Da traquéia ate chegar aos ductos alveolares, o ar passa por cerca de
vinte e cinco
divisões.
Alvéolos
Em torno da circunferência dos ductos alveolares encontram-se numerosos alvéolos
e
sacos alveolares. O alvéolo é uma evaginação caliciforme revestida por epitélio
escamoso
simples e sustentada por uma fina membrana basilar elástica; sacos alveolares são
dois ou mais
alvéolos que compartilham uma abertura comum.
Pulmões
São órgãos pares, em forma de cone, localizados na cavidade torácica. O pulmão
direito é mais curto que o esquerdo em razão da elevação da cúpula diafragmática
direita, o que
ocorre pela presença do fígado. Em compensação, é mais largo que o esquerdo,
porque o
coração se desloca para a esquerda.
Regiões
O pulmão apresenta um ápice que pode ser palpado acima do terço médio da
clavícula, pois ultrapassa a abertura superior do tórax e uma base que fica apoiada
sobre o m.
diafragma e, portanto, é côncavo.
Lobos e Fissuras
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Cada pulmão é dividido em lobos por uma ou mais fissuras. O pulmão direito é
dividido em três lobos por duas fissuras, obliqua e horizontal. O lobo superior é
dividido do lobo
médio pela fissura horizontal e do lobo inferior pela fissura obliqua.
Por sua vez, o pulmão esquerdo apresenta, apenas dois lobos, o superior e o
inferior, separados
pela fissura obliqua. A borda anterior do pulmão esquerdo é protusa, formando um
prolongamento que é chamado de língula, correspondendo ao lobo médio do
pulmão direito.
Segmentos Broncopulmonares
Podem ser considerados como unidade clínica e cirúrgica do pulmão, pois se um
segmento colaba por doença ou é removido cirurgicamente o restante do pulmão se
distende
para ocupar o espaço deixado.
Mediastino
O espaço entre os dois pulmões envolvidos pela pleura é chamado de mediastino.
Pleura e Cavidade Pleural
Na cavidade torácica os pulmões estão envolvidos por um saco seroso de dupla
parede chamado pleura, que apresenta dois folheto em continuidade: a pleura
parietal e a
pleura pulmonar.
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Aula 09 – Sistema Digestório
Conceito:
A célula se mantém viva graças ao constante recebimento, através do sangue, de
oxigênio e de um grande aporte nutricional. Estes nutrientes provêm do processo
de digestão
dos alimentos, que sofrem modificações químicas para que sejam absorvidos e
assimilados Os
órgãos que, no conjunto, compreendem o sistema digestório são especialmente
adaptados para
que estas exigências sejam cumpridas. Na verdade, existem várias ações conjuntas
que
possibilitam a chegada dos nutrientes à corrente sanguínea, bem como, a
eliminação dos
resíduos finais. Estas ações compreendem: a ingestão, a preensão, a mastigação, a
deglutição, a
peristalse, a digestão química, a absorção dos nutrientes, sais minerais e líquidos e
ainda a
expulsão dos resíduos, eliminados sob a forma de fezes.
Divisão do Sistema Digestório:
O sistema digestório é formado por um canal alimentar aberto nas suas duas
extremidades (boca e ânus), e estruturas anexas. Este canal apresenta dilatações e
estreitamentos, porém, nenhuma interrupção, sendo composto por órgãos situados
na cabeça,
pescoço, tórax, abdome e pelve. O canal alimentar inicia-se na cavidade bucal,
continuando-se
na faringe, esôfago, estomago, intestinos (delgado e grosso), para terminar no
reto, que se abre
no meio externo através do ânus. Entre os anexos incluem-se as os dentes, a
língua, glândulas
salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas.
Boca e Cavidade Bucal:
A boca é a abertura inicial do canal alimentar, limitada pelos lábios superior e
inferior
que quando se aproximam promovem o aparecimento da rima bucal A partir do
momento em
que o alimento ultrapassa a boca adentra uma região chamada de cavidade bucal.
A cavidade
bucal esta limitada, anteriormente pelos lábios superior e inferior, lateralmente
pelas bochechas,
superiormente pelo palato, inferiormente por músculos que constituem o soalho da
boca e
posteriormente pelo istmo da garganta. Nesta cavidade fazem saliências as
gengivas, os dentes
e a língua.
Divisão da Cavidade Bucal:
A cavidade bucal é dividida em duas porções, sendo os limites superior e inferior
comum as duas regiões:
Vestíbulo da boca – é o espaço situado entre os lábios, bochechas, dentes e
gengivas.
Cavidade própria da boca – é o espaço delimitado anteriormente pelos dentes e
gengivas,
lateralmente pelas bochechas e posteriormente pelo istmo da garganta.
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Palato:
O teto da cavidade bucal e constituído pelo palato duro que é anterior e ósseo e
pelo
palato mole, posterior e muscular. O palato é o limite entre a cavidade nasal da
cavidade bucal.
A porção do palato mole apresenta uma projeção mediana chamada de úvula
palatina.
Lateralmente existem duas pregas anteriores denominadas arcos palatoglossos e
ainda duas
pregas posteriores chamadas de arcos palatofaríngeos originadas por músculos que
recebem os
mesmos nomes dos arcos. Entre os arc os há um espaço, a fossa tonsilar, ocupado
pela tonsila
palatina, importante órgão linfóide. Portanto, o istmo da garganta é delimitado
lateralmente
pelos arcos palatoglossos, inferiormente pela língua, é superiormente pela úvula
palatina.
Língua:
É um órgão muscular importante na preensão do alimento quando da mastigação e
no
processo da deglutição, atuando também como órgão gustativo e na articulação da
palavra. A
língua apresenta duas regiões anatômicas distintas, delimitadas pelo sulco terminal.
A porção
anterior ao sulco é chamada de corpo da língua sendo sua região superficial
denominada de
dorso, já a região situada posteriormente ao sulco é chamada de raiz. No dorso da
língua é
possível identificar um série de projeções, as papilas linguais, que são
morfologicamente
diferentes; as maiores, facilmente identificáveis, dispõem-se junto ao sulco
terminal e são
denominadas papilas circunvaladas. Ao longo do dorso da língua distribuem-se
também as
papilas chamadas de foliáceas, fungiformes e filiformes. Algumas delas apresentam
receptores gustativos que possibilitam o reconhecimento dos diversos sabores. O
frênulo da
língua é uma prega da mucosa que limita sua projeção anterior fixando-a ao soalho
da boca
Dentes:
Auxiliam no processo de digestão triturando o alimento.
Glândulas Salivares:
São as primeiras glândulas anexas que atuam no canal alimentar, produzindo e
secretando a saliva, que digere o amido ainda na cavidade da boca e umidece o
bolo alimentar
facilitando a deglutição. Apesar de numerosas, só estudaremos as que se localizam
fora do canal
alimentar e utilizam ductos para liberação da secreção no seu interior .
Compreendem três pares
de glândulas: parótidas, submandibulares e sublinguais.
Glândulas parótidas – Localizadas lateralmente na face e anterior ao lóbulo inferior
da
orelha externa. O ducto parotideo abre-se no vestíbulo da boca, ao nível do
segundo
molar superior. A infecção da glândula parótida (parotidite) é conhecida
popularmente
por caxumba.
Glândulas submandibulares – Localizam-se no terço lateral do corpo da mandíbula
próximo ao ângulo. O ducto submandibular desemboca no soalho da boca,
lateralmente
ao frênulo da língua.
Glândulas sublinguais – São as menores, localizadas lateral e inferiormente à
língua. Sua
secreção é lançada diretamente na cavidade da boca em sua porção mais anterior.
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Faringe:
A parte nasal da faringe foi descrita no sistema respiratório. A parte bucal da
faringe
tem comunicação com a cavidade própria da boca através do istmo da garganta, já
a parte
laríngea comunica-se anteriormente com o adito da laringe e, posteriormente, é
continuada pelo
esôfago.
Esôfago:
É a partir deste órgão que tem inicio o trato gastrintestinal. O esôfago é um tubo
muscular que apresenta três porções: a cervical, a torácica e a abdominal, sendo a
torácica a
maior delas. Nas porções cervical e torácica o esôfago apresenta duas constricções,
a
cricofaríngea e a broncoaortica, respectivamente. Para atingir o abdome ele
atravessa o músculo
diafragma, através do hiato esofágico, apresentando nesta região a terceira
constricção
chamada diafragmática, desembocando quase imediatamente no estomago. Na
camada
muscular do trato gastrintestinal existem fibras musculares dispostas circular e
longitudinalmente, que ao contraírem impulsionam óbolo alimentar em direção ao
estomago
.Estes movimentos acontecem em todo o restante do trato gastrintestinal e são
denominados
movimentos peristálticos.
Peritônio:
O peritônio é uma membrana serosa de parede dupla que reveste a parede
abdominal.
Estômago:
É a primeira dilatação do canal alimentar que se segue ao esôfago e se continua no
intestino. Esta situado logo abaixo do diafragma , sendo que sua maior porção esta
localizada a
esquerda do plano mediano. Apresenta dois óstios: um que o comunica com o
esôfago, chamado
de óstio cárdico, e outro chamado de óstio pilórico, que o comunica com o duodeno.
Na junção
gastreosofágica ocorre uma condensação das fibras musculares dispostas tanto
circular quanto
longitudinalmente, formando nesta região um esfíncter chamado de
gastroesofágico, que por
sua localização próxima ao coração, também recebe o nome de cárdia. Um esfíncter
semelhante
também é encontrado ao nível do óstio pilórico, sendo responsável pela abertura e
fechamento
ativos da comunicação gastroduodenal. Esta estrutura anatômica é conhecida por
esfíncter
gastroduodenal ou piloro. A morfologia do estomago varia de acordo com a idade,
biótipo, dieta
nutricional, posição em que se encontra o individuo e o estado fisiológico do órgão.
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Anatomia externa do estômago:
Cardia – corresponde com a junção com o esôfago
Piloro – corresponde com a junção com o duodeno
Fundo – situado superiormente a um plano horizontal traçado próximo à junção
gastroesofágica
Corpo – corresponde à parte média do órgão
Região pilorica – porção terminal, continuada pelo duodeno.
Curvatura maior – margem situada à esquerda do órgão
Curvatura menor – margem situada à direita do órgão
Anatomia interna do estomago:
A mucosa do estomago apresenta numerosas pregas de direção
predominantemente
longitudinal que desaparecem com a distensão do órgão.
Intestinos:
Devido às diferenças morfológicas apresentadas no trato gastrintestinal pode-se
dizer
que o estomago é continuado pelo intestino delgado e em seguida pelo intestino
grosso.
Intestino Delgado:
Morfologicamente subdivide-se em três segmentos: duodeno, jejuno e íleo.
Intestino Grosso:
Constitui a porção final do trato gastrintestinal, sendo mais calibroso e mais curto
que
o intestino delgado. Morfologicamente subdivide-se em:
Ceco – Segmento inicial, em fundo cego, que se continua no colo ascendente.
Apresenta
uma projeção cilíndrica, o apêndice vermiforme.
Colo ascendente – Continuação do ceco que fica preso à parede posterior do
abdome.
Superiormente, ao nível do fígado, se dobra à esquerda formando a flexura cólica
direita
ou hepática.
Colo transverso – É bastante móvel, estendendo-se da flexura cólica direita à
flexura
cólica esquerda ou esplênica, onde se dobra para continuar no colo descendente.
Colo descendente – É o mais curto dos colos e como o ascendente, está fixo à
parede
posterior do abdome, iniciando-se na flexura esplênica e terminando na altura da
crista
ilíaca.
Colo Sigmóide – É a continuação do colo descendente e tem um trajeto que
corresponde
à letra sigma do alfabeto grego, dirigindo-se para o plano mediano da pelve onde é
continuado pelo reto.
Reto - Continua o colo sigmóide e constitui a porção final do trato gastrintestinal.
Apresenta um estreitamento em sua parte distal denominado canal anal. Atravessa
o
conjunto de partes moles que oblitera inferiormente a pelve óssea (períneo) e se
abre no
exterior através do ânus.
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Anexos do canal alimentar:
As glândulas salivares já foram descritas e por esta razão, resta abordar os
aspectos
morfológicos do fígado e do pâncreas.
Fígado:
É, depois da pele, o segundo maior órgão do corpo humano. Localizado abaixo do
diafragma, em sua maior parte no quadrante superior direito, o fígado também
possui uma
pequena porção localizada no quadrante esquerdo.
Pâncreas:
Situa-se posteriormente a curvatura maior do estomago, em posição
retroperitoneal,
estando portanto fixada á parede abdominal posterior. Na anatomia externa do
órgão observamse
três regiões: uma extremidade dilatada que se acomoda na porção descendente do
duodeno
chamada de cabeça, um corpo disposto transversalmente, e uma calda,
extremidade afilada,
que continua diretamente o corpo. O pâncreas é uma glândula mista, ou seja, com
característica
exócrina e endócrina. A secreção endócrina é a insulina e a exócrina sulco
pancreático. Este é
recolhido por ductos que confluem, quase sempre em dois canais: o ducto
pancreático e o ducto
pancreático assessório. Na sua terminação o ducto pancreático muitas vezes se une
ao ducto
colédoco para desembocar na papila duodenal maior, enquanto, o ducto
pancreático assessório
desemboca na papila duodenal menor.
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Aula 10 – Sistema Urinário
Conceito
O sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela formação da urina que
é
um dos veículos de excreção com que conta o organismo. Os órgãos que compõem
esse sistema
são: os rins, os ureteres, a bexiga urinária e a uretra.
Funções do Sistema Urinário
Manutenção do balanço interno (homeostase) através da eliminação ou
conservação de
água e demais produtos do metabolismo celular, tais como, a uréia, o ácido úrico e
a
creatinina.
Produção do hormônio eritropoietina que estimula a produção dos eritrócitos do
sangue.
Regulação da composição e do pH do liquido intersticial, pois por serem seletivos,
os rins
impedem a saída de substâncias vitais para o corpo e ainda liberam a saída de
substâncias tóxicas, conseguindo com isso a excelência do meio interno o que é
considerado ótimo para a sobrevivência das células.
Rim
São dois órgãos de localização retroperitoneal, fixados na parede posterior da
cavidade abdominal, à direita e a esquerda da coluna vertebral, ocupando o direito
uma posição
inferior em relação ao esquerdo, em virtude da presença do fígado à direita.
Anatomia externa do rim
Na anatomia externa dos rins podemos visualizar:
Faces: anterior e posterior
Pólos: superior (glândula supra-renal) e inferior
Bordas: medial e lateral
Camadas de revestimento: cápsula fibrosa, cápsula adiposa e fáscia renal.
A borda medial do rim apresenta uma fissura vertical chamada hilo renal, por
onde
passam o ureter, a artéria e a veia renal, linfáticos e nervos que em conjunto
constituem o
pedículo renal. Dentro do rim o hilo se expande em uma cavidade central
denominada seio
renal que funciona como alojamento para a pelve renal que na verdade é a
porção dilatada do
ureter.
Anatomia interna do rim
Na anatomia interna do rim pode-se observar mais perifericamente uma região de
coloração menos evidente chamada córtex renal e ainda uma região mais escura
chamada
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medula renal. O córtex renal se projeta na medula renal separando estruturas
chamadas de
pirâmides renais. Estas projeções do córtex são chamadas de colunas renais. As
pirâmides
renais tem os ápices voltados para a pelve renal, enquanto suas bases são
envolvidas pelo
córtex renal, estando portanto, voltadas para a superfície do órgão. A pelve renal
por sua vez,
esta dividida em dois ou três tubos curtos e largos, os cálices renais maiores que
se
subdividem em números variável de cálices renais menores. Cada destes últimos
oferecem
um encaixe em forma de taca, para receber o ápice das pirâmides renais. Este
ápice denominase
papila renal, região anatômica que apresenta uma área perfurada, área crivosa,
por onde
goteja o ultrafiltrado que será recebidos nos cálices renais menores. Um exame
cuidadoso da
medula renal mostra a presença de estriações, os raios medulares.
Ureteres
São definidos como tubos musculares que unem os rins á bexiga. Partindo da pelve
renal, que constitui sua extremidade superior dilatada, o ureter, com trajeto
descendente
também é retroperitoneal. Em virtude do seu trajeto, distinguem-se duas partes do
ureter:
abdominal, quando o ureter desce paralela a parede posterior da cavidade
abdominal, revestido
pelo peritônio e pélvica, quando na altura das cristas ilíacas se dirigem
medialmente indo
desembocar póstero-lateralmente na bexiga urinária. O tubo muscular é capaz de
contrair-se e
realizar movimentos peristálticos.
Bexiga
É uma bolsa de localização infraperitonial, situada posteriormente à sínfise púbica e
que funciona como reservatório da urina. O fluxo continuo de urina que chega pelos
ureteres é
transformado, graças a ela, em emissão periódica (micção). A forma, o tamanho, a
situação e as
relações da bexiga com órgãos vizinhos variam com suas fases de vacuidade,
plenitude ou
intermediárias, com as mesmas fases em que se encontram os órgãos vizinhos e
ainda com a
idade e o sexo. No adulto, vazia, ela se achata contra a sínfise púbica: cheia, toma
a forma de
um ovóide e faz saliência na cavidade abdominal. É chamado de trígono da
bexiga o espaço
triangular delimitado pelos óstios ureterais e pelo óstio interno da uretra localizado
mais
anteriormente. No sexo masculino, o reto coloca-se posteriormente a ela; no sexo
feminino,
entre o reto e a bexiga, situa-se o útero. Externamente evidenciam-se três regiões
anatômicas
na bexiga urinaria: o ápice, o corpo e o fundo da bexiga que no sexo masculino
aparece
associado à próstata.
Uretra
Constitui o ultimo segmento das vias urinárias. É importante lembrar que ela difere
nos dois sexos, mas em ambos é um tubo mediano que estabelece a comunicação
entre a
bexiga urinaria e o meio exterior. No homem é uma via comum para a micção e a
ejaculação,
possui cerca de 20 cm de comprimento e termina no óstio externo da uretra
localizado na glande
do pênis. A uretra masculina é composta por quatro porções:
Intramural - que é circundada por musculatura lisa da bexiga, musculatura esta
que
apresenta fibras circulares que constituirão o esfíncter interno da uretra. enquanto
na
mulher, serve apenas á excreção da urina.
Prostática – atravessa longitudinalmente a próstata.
Membranácea – atravessa o diafragma urogenital.
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Esponjosa – vai do diafragma urogenital até o ostio externo da uretra sendo
portanto a
maior das porções uretrais. No interior da glande existe a fossa navicular da uretra,
que
se trata de uma dilatação que diminue a pressão de chegada da urina minimizando
a
possibilidade de ocorrência de micro lesões nas paredes que se seguem.
No sexo feminino, a uretra é menor, possuindo aproximadamente 4 cm de
comprimento. Está localizada anteriormente a vagina e assim como a masculina
também
atravessa o diafragma urogenital abrindo-se para o meio externo através do ostio
externo da
uretra que está localizado entre o clitóris e o ostio da vagina. A uretra feminina é
composta por
apenas duas porções:
Intramural - que é circundada por musculatura lisa da bexiga, musculatura esta
que
apresenta fibras circulares que constituirão o esfíncter interno da uretra. enquanto
na
mulher, serve apenas á excreção da urina.
Membranácea – atravessa o diafragma urogenital.
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Aula 11 – Sistema Genitais
A importância dos órgãos genitais é produzir e permitir a união dos gametas.
Diferente dos outros sistemas eles não são necessários à sobrevivência do
indivíduo,
mas sim para a perpetuação da espécie por meio da reprodução sexuada.
Sistema genital masculino
Funções do sistema genital masculino:
Produzir gametas - espermatozóides
Transferi-los para o sistema genital feminino
Produzir e secretar hormônios sexuais
Classificação das estruturas:
Órgãos sexuais primários:
Composto pelas gônadas masculinas (testículos) com funções de espermatogênese
e
produção de hormônio sexual (testosterona) localizados no escroto (genitália
externa).
Órgãos sexuais secundários:
Composto pelas estruturas condutoras do espermatozóide como Epidídimo, Ducto
deferente,
Ducto ejaculatório e Uretra prostática, membranácea e esponjosa, esta última
localizada no
órgão da cópula (pênis). Neste trajeto, ao espermatozóide são unidos à secreções
das
glândulas anexas, como glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais.
Caracteres sexuais secundários:
Aparecimento na idade de maturação sexual, como voz grave, aumento de pêlos
nas
genitálias externas e pelo corpo todo, etc.
Testículos:
Em número de dois, ovóides, facilmente palpáveis, ficam localizados dentro do
escroto, onde o esquerdo está em geral, inferior ao direito o que proporciona
melhora no retorno
venoso e evita o atrito permanente entre eles.
Os testículos são formados na cavidade abdominal e durante o desenvolvimento
fetal
descem na direção do escroto, para ocupá-lo definitivamente, o que ocorre em
geral até o 8º
mês de vida intra-uterina.
Escroto:
È o nome dado à bolsa cutânea que aloja os dois testículos. Medianamente é
dividida
em duas porções laterais pela rafe do escroto, que se prolonga desde a face
uretral do pênis,
acompanhando a linha mediana do períneo, até o ânus.
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Epidídimo:
Em número de dois, é uma estrutura em forma de C, associada a margem posterior
do testículo, podendo ser percebido pela palpação. Descrevem-se no epidídimo as
seguintes
partes: cabeça, corpo e cauda.
É neste órgão que os espermatozóides produzidos pelos testículos ficam
armazenados
para maturação até o momento da ejaculação.
Ducto deferente:
Em número de dois é a continuação da cauda do epidídimo que conduz os
espermatozóides até o ducto ejaculatório. Ele parte do escroto e penetra na
cavidade
abdominopélvica anterior, lateralmente ao púbis, seguindo lateralmente ao corpo
da bexiga, se
encontrando com o ducto da glândula seminal posterior e inferiormente na
próstata.
Devido ao grande trajeto foi divido em partes: escrotal, funicular, inguinal e
pélvica.
Funículo Espermático:
Fáscia muscular que envolve os vasos sanguíneos, linfáticos e nervos que suprem
os
testículos e ainda o ducto deferente. Estende-se do canal inguinal até os testículos,
sendo que o
situado a esquerda é maior do que o cordão situado a direita, razão pela qual o
testículo
esquerdo é inferior ao direito.
Ducto ejaculatório:
É formado pela junção do ducto deferente com o ducto da glândula seminal. Das
vias
condutoras dos espermatozóides, é a porção de menor dimensão e de calibre
reduzido. Seu
trajeto está situado dentro da próstata, desembocando na parte prostática da
uretra por meio de
uma saliência denominada colículo seminal.
Glândulas Seminais:
Consiste em um tubo enovelado que emite vários divertículos situados na parte
póstero-inferior da bexiga. Inferiormente, sua extremidade torna-se estreita e reta
para formar
o ducto da glândula seminal, que se junta ao correspondente ducto deferente para
formar o
ducto ejaculatório.
Estas glândulas produzem o liquido seminal, substancia com função ativar os
espermatozóides e
facilitar a progressão dos mesmos através de suas vias de passagem.
Próstata:
É um órgão pélvico, ímpar, situado inferiormente à bexiga e atravessado em toda
sua
extensão pela uretra. O líquido prostático se junta à secreção das glândulas
seminais para
constituir o sêmen, sendo lançado diretamente na parte prostática da uretra por
meio de
numerosos dúctulos prostáticos (não visíveis macroscopicamente) e confere odor
característico
ao sêmen.
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Glândulas bulbouretrais:
São duas formações arredondadas, pequenas, situadas nas proximidades da parte
membranácea da uretra. Seus ductos desembocam na uretra esponjosa e sua
secreção é
mucosa com função de alterar o pH da uretra antes da passagem do sêmen.
Pênis:
Órgão da cópula, o pênis é normalmente flácido, mas quando seus tecidos eréteis
se
enchem de sangue, apresenta-se túrgido, rígido e com sensível aumento de
volume. Esta
modificação morfológica recebe o nome de ereção.
O pênis é formado por três cilindros de tecido erétil, sendo os dois dorsais
chamados
de corpos cavernosos e o ventral de corpo esponjoso. Ambos são envolvidos por
fáscias, túnicas
fibrosas e externamente por pele fina e extremamente distensível.
O pênis é divido em duas partes, uma interna, a raiz (fixa) e uma externa, o corpo
(móvel).
A raiz do pênis é formada pela junção dos ramos do pênis, nome dado as
extremidades
posteriores dos corpos cavernosos, e pelo bulbo do pênis que é a dilatação proximal
do corpo
esponjoso do pênis.
O corpo esponjoso apresenta ainda, uma dilatação anterior, a glande do pênis.
Como
a parte esponjosa da uretra percorre o corpo esponjoso, encontra-se na
extremidade da glande
uma fenda mediana – é o óstio externo da uretra. A glande está recoberta, em
extensão
variável, por uma dupla camada de pele – o prepúcio, onde se encontram as
glândulas
prepuciais que secretam o esmegma, secreção importante na proteção das
terminações
nervosas situadas superficialmente na glande do pênis. O frênulo do prepúcio é
uma prega
mediana e inferior que passa de sua camada profunda para as adjacências do óstio
externo da
uretra.
Assoalho Pélvico:
O assoalho pélvico é formado por duas camadas superpostas de músculos que
limitam
inferiormente a cavidade pélvica.
Diafragma Pélvico:
Nome dado à camada mais profunda do assoalho pélvico. Os músculos que formam
o
diafragma pélvico são o m. levantador do ânus e suas partes e o m. coccígeo.
M. levantador do ânus e suas partes
o m. pubococcígeo
o m. puboretal
o m. íliococcígeo
M.coccígeo
Funções do Diafragma Pélvico:
Sustentação das vísceras pélvicas
Resistir aos aumentos da pressão intra-abdominal
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Períneo:
Constitui a região correspondente à saída da pelve, tendo como limites a sínfise
púbica, anteriormente e o osso sacro, posteriormente formando neste espaço uma
figura
semelhante a um losango. É dividido em regiões urogenital e anal.
Clinicamente associa-se o períneo com a região entre o ânus e o bulbo do pênis no
homem ou entre o ânus e a vagina na mulher
Períneo Masculino:
Formado por músculos dispostos em duas camadas, uma profunda e outra
superficial.
Camada superficial
M. transverso superficial do períneo - Contrai juntamente com o m. bulbocavernoso
para
fixar o centro tendíneo do períneo.
M. bulbocavernoso - Esvazia o canal da uretra após a bexiga ter expelido seu
conteúdo e
auxilia na ereção do pênis.
M. isquiocavernoso - Comprime a raiz do pênis retardando o retorno do sangue
para as
veias e auxilia na ereção
Camada profunda – Diafragma urogenital
M. transverso profundo do períneo
M. esfíncter da uretra
A ação conjunta e bilateral dos músculos do diafragma urogenital comprime a
porção
membranácea da uretra após a passagem do líquido, auxiliando na eliminação das
últimas
gotas.
Períneo Feminino:
Também formado por músculos dispostos em duas camadas, uma profunda e outra
superficial.
Camada superficial
M. transverso superficial do períneo - Fixação do centro tendíneo do períneo
M. bulbocavernoso - Diminui o orifício da vagina e contribui para a ereção do clitóris
M. isquiocavernoso - Ereção do clitóris
Camada profunda - Diafragma urogenital
M. transverso profundo do períneo
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M. esfincter da uretra
Músculos da região anal:
M. corrugador da pele do ânus -Contraindo-se provoca rugas na pele ao redor do
ânus.
M. esfíncter externo do ânus - Sempre contraído para manter fechado o orifício e o
canal
anal auxiliando a na fixação do centro do períneo
(bulbocavernoso)
M. esfíncter interno do ânus - Auxiliar do m. esfíncter externo
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Aula 12– Sistema Genital Feminino
Tal como no sistema genital masculino, o sistema genital feminino é o conjunto de
órgãos encarregados da reprodução na mulher.
Funções do sistema genital feminino:
Produzir gametas - ovócito
Secretar hormônios sexuais
Receber os espermatozóides
Fornecer locais para fertilização, implantação e desenvolvimento embrionário e
fetal.
Oferecer condições para o parto
Prover nutrição do feto
O Peritônio e a cavidade pélvica
Os ovários, as tubas e o útero estão situados nesta cavidade, entre a bexiga que é
anterior e o reto, que é posterior a eles.
Após recobrir a face superior da bexiga, o peritônio parte do assoalho e paredes
laterais da cavidade pélvica sobre o útero, formando o ligamento largo do útero.
Após recobrir
quase todo o útero, o peritônio reflete-se sobre o reto. O ligamento largo divide a
cavidade
pélvica em dois compartimentos, um anterior e outro posterior. No compartimento
anterior
existe um espaço, revestido por peritônio, delimitado anteriormente pela bexiga
urinária e
posteriormente pelo útero, chamado de escavação vesicouterina. Já no
compartimento
posterior o espaço, também revestido pelo peritônio, localizado entre o útero e o
reto é chamado
de escavação retouterina.
O útero, pois, fica envolvido pelo ligamento largo, o mesmo acontecendo com as
tubas uterinas, que ficam incluídas em sua borda superior. Já os ovários se
prendem à face
posterior do ligamento largo por uma prega denominada mesovário e desta forma
se projetam
na escavação retouterina.
Ovários:
São responsáveis pela produção dos gametas e hormônios femininos. Localizam-se
lateralmente na cavidade pélvica, em depressões denominadas fossas ováricas.
Apresenta na porção medial um hilo e a porção lateral fica voltada para tuba
uterina.
Estão fixados pelo mesovário à face posterior do ligamento largo do útero e pelo
ligamento uterovarico ao útero propriamente dito, porém, não são revestidos pelo
peritônio.
Antes da primeira ovulação o ovário é liso e rosado no vivente, mas depois se torna
brancoacinzentado
e rugoso devido às cicatrizes deixadas pelas subseqüentes ovulações. Na velhice,
diminuem de tamanho.
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Tuba Uterina:
Localizam-se na margem superior do ligamento largo do útero. Esta porção do
ligamento envolve as tubas permitindo a passagem de vasos sanguíneos, linfáticos
e nervos e é
chamada de mesosalpinge. As tubas uterinas tem como função a condução dos
ovócitos.
É um tubo de luz estreita que possui duas extremidades, uma medial e outra
lateral.
A extremidade medial apresenta uma abertura chamada de óstio uterino da tuba,
que a
comunica com a cavidade uterina enquanto a extremidade lateral possui o óstio
abdominal da
tuba comunicando-a com a cavidade peritoneal. O óstio abdominal da tuba permite
a
comunicação da cavidade uterina com meio exterior (através da tuba, cavidade
uterina, vagina e
pudendo).
A tuba está subdividida em quatro partes, que indo do útero para o ovário, são:
intramural ou uterina, istmo, ampola e infundíbulo. O infundíbulo tem forma de
funil em cuja
base se encontra o óstio abdominal da tuba e é dotado em suas margens de uma
série de
franjas irregulares – as fímbrias.
Útero:
É um órgão oco, cuja função é alojar o embrião/feto até que este complete seu
desenvolvimento pré-natal. Está localizado na cavidade pélvica, póstero-
superiormente à bexiga
urinária e anterior ao reto. Sua posição é descrita como em anteversoflexão,
formando um
ângulo de aproximadamente 90º com a vagina.
Externamente, no útero, distinguem-se quatro regiões anatômicas: fundo, corpo,
istmo e cérvix ou colo do útero. Internamente apresenta uma abertura mediana
chamada de
canal uterino que se abre para a vagina através do ostio uterino.
O ligamento largo do, juntamente com o ligamento redondo, são os principais
meios
de fixação do útero.
Vagina:
As suas funções são: servir como órgão de cópula, canal do parto e via de excreção
do fluxo menstrual.
Está localizada entre a bexiga urinária, o reto e o canal anal. A cavidade da vagina
possui um lúmen estreito, sendo que suas paredes ficam praticamente unidas. A
vagina se
comunica com o útero por meio do óstio uterino e com o meio externo por meio do
óstio da
vagina, que abre-se no vestíbulo da vagina.
No seu interior há o hímen, prega com finalidade de proteção, que oblitera
parcialmente o óstio da vagina, apresentando forma e tamanho variáveis. Quando
rompido,
restam fragmentos chamados carúnculas himenais.
Os órgãos genitais externos em conjunto formam o pudendo feminino ou vulva.
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Vulva ou pudendo feminino:
Monte do púbis - É uma elevação mediana, anterior à sínfise púbica e constituída
principalmente de tecido adiposo. Apresenta pêlos espessos chamados de pêlos
pubianos,
que aparecem na puberdade e com distribuição característica.
Lábios maiores do pudendo - São duas pregas cutâneas, alongadas, que
delimitam
entre si uma fenda, a rima do pudendo. Após a puberdade apresentam-se
hiperpigmentadas e cobertos de pêlos somente nas suas faces externas, sendo
suas faces
internas lisas e desprovidas de pêlos.
Lábios menores do pudendo - São duas pequenas pregas cutâneas, localizadas
medialmente aos lábios maiores. É recoberto por pele lisa, úmida e vermelha.
Ficam
protegidos pelos lábios maiores, exceto nas crianças e na idade avançada, quando
os
lábios maiores apresentam menor quantidade de tecido adiposo diminuindo assim o
seu
volume. O espaço entre os lábios menores é o vestíbulo da vagina, onde estão
localizados
o óstio externo da uretra, o óstio da vagina e os orifícios dos ductos das glândulas
vestibulares.
Glândulas vestibulares maiores e menores - As maiores são em número de
duas e
as menores em número variável. Estão situadas profundamente no vestíbulo e
possuem
ductos que se abrem ao redor do ostio vaginal onde liberam um muco lubrificador.
Estruturas eréteis:
Clitóris –
É o homólogo do pênis, ou mais exatamente, dos corpos cavernosos do pênis.
Possui
duas extremidades fixadas ao ísquio e ao púbis chamadas de ramos do clitóris, que
se
juntam formando o corpo do clitóris, e este apresenta uma dilatação distal
denominada
glande do clitóris. Apenas a glande do clitóris é visível e esta ligada à excitabilidade
sexual feminina.
Bulbo do vestíbulo:
É formado por duas massas pares de tecido erétil, alongadas e dispostas ao redor
do
óstio da vagina. Não são visíveis na superfície porque estão profundamente
situados e
recobertos. São os homólogos do bulbo do pênis e porção adjacente do corpo
esponjoso.
Quando cheios de sangue, dilatam-se e desta forma proporcionam maior contato
entre o
pênis e o orifício da vagina.
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Aula 13 – Avaliação

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