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Jorge Otubo et al.

Metalurgia Física

O efeito do tamanho de grão austenítico no


número de orientações das variantes de
martensita em ligas inoxidáveis com efeito
de memória de forma
Jorge Otubo
Doutor, Professor Adjunto, ITA/CTA
E-mail: jotubo@ita.br

Paulo Roberto Mei


Doutor, Professor Titular, UNICAMP/FEM/DEMA
E-mail: pmei@fem.unicamp.br

Nelson Batista de Lima


Doutor, IPEN/CCTM
E-mail:nblima@ipen.br

Marilene Morelli Serna


Doutora, CCTM/IPEN. E-mail:

Eguiberto Gallego
Doutor, CCTM/IPEN. E-mail:

Resumo Abstract
O Efeito de Memória de Forma em ligas inoxidáveis The shape memory effect of stainless shape memory
está associado à transformação martensítica não termoe- alloy is associated to non-thermolastic γ (CFC) ↔ ε
lástica γ (cfc) ↔ ε (hc). Trabalhos recentes do grupo têm (HCP) martensitic transformation. Recent results
demonstrado que o tamanho de grão da fase austenítica generated by our group have demonstrated that the
é um dos parâmetros importantes no grau de recuperação parent austenite grain size is an important parameter
de forma bem como em outras propriedades como a ten- for the degree of shape recovery and also in some others
são de escoamento, dureza e teor de martensita induzida. properties such as yield stress, hardness and volume
Usando a técnica de EBSD, esse trabalho mostra que, fraction of thermal martensite. Using EBSD, this work
além dos parâmetros anteriormente mencionados, o nú- shows that besides the above-mentioned parameters,
mero de orientações das variantes da martensita decres- the number of martensite orientation variants decreases
ce com o decréscimo do tamanho de grão. when the grain size decreases.
Palavras-chave: Ligas inoxidáveis, tamanho de grão, Keywords: Stainless shape memory alloy, grain size,
efeito de memória de forma, difração de elétrons shape memory, electron back scattering diffraction,
retroespalhados, EBSD. EBSD.

REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 60(1): 129-134, jan. mar. 2007 129
O efeito do tamanho de grão austenítico no número de orientações das variantes de martensita...

1. Introdução to menor o tamanho de grão, maior era a Para análise metalográfica, as amos-
recuperação de forma após deformação tras foram polidas, em pasta de diamante
O desenvolvimento de ligas inoxi- e posterior aquecimento. Também foi até 1µm, e atacadas em solução de
dáveis com efeito de memória de forma observado que a fração volumétrica da HNO3 + HF + H2O. Posteriormente, para
(EMF) iniciou-se na década de 90 tendo martensita ε induzida mecanicamente era aumentar a fração volumétrica da mar-
vomo base trabalhos anteriores so- tanto maior quanto menor o tamanho de tensita ε induzida termicamente, as amos-
bre Fe-Mn e Fe-Mn-Si [Sato, 1982, 1986 grão e que, após o aquecimento para re- tras foram imersas em nitrogênio líquido
e 1988, Enami, 1975 e Shiming, 1991]. Em cuperação de forma, a fração volumétri- por 1h e polidas em sílica coloidal para
comum, essas ligas apresentam a trans- ca da martensita residual era tanto maior difração de raios X e análise por elétrons
formação martensítica não termoelástica quanto maior o tamanho de grão. Além retroespalhados.
γ (cfc) ↔ ε (hc), que é a base do EMF. A disso, verificou-se que a tensão de es-
liga Fe-Mn-Si é uma liga de baixo custo A difração de raios X, para determi-
coamento a 0,2% de deformação decres-
com recuperação de forma em torno de cia com o decréscimo no tamanho de nação das frações volumétricas das fa-
2% e, portanto, apenas razoável. Além grão. Isto é, apresenta o comportamento ses γ e ε, foi realizada em um difratôme-
disso, tem a desvantagem de difícil tra- inverso dos materiais convencionais di- tro Rigaku, modelo Mulitplex, com radia-
balhabilidade e baixa resistência à corro- tadas pela equação de Hall-Pech. Esses ção CuKα com monocromador de Si.
são, o que inviabiliza muitas aplicações. fatos levam a concluir que a indução e a A análise por difração de elétrons
Na década de 90, iniciaram-se as pesqui- conseqüente reversão da martensita ε retroespalhados foi realizada com siste-
sas no desenvolvimento de ligas inoxi- são facilitadas com a diminuição do ta- ma de aquisição e identificação desen-
dáveis, no sentido de sanar os proble- manho de grão, comprovando as hipó- volvido pela TexSEM Laboratories Inc e
mas anteriormente citados a um custo teses iniciais [Nascimento, 2002 e 2003 e acoplado ao microscópio de varredura
razoável [Inagaki, 1992, Moriya, 1991 e Otubo, 2002]. Nesse trabalho, compro- modelo XL-30 da Fei-Philips, utilizando
Yang, 1992a, 1992b e 1992c]. No Brasil, o va-se a hipótese de que a facilidade ou tensão de aceleração de 20kV. A varre-
estudo de ligas inoxidáveis com EMF ini- não de induzir a martensita termicamen- dura, para a amostra A, foi de 1µm/passo
ciou-se em meados de 90, tendo gerado te ou mecanicamente está relacionada ao com a média de índice de confiança da
inúmeros trabalhos [Otubo, 1994a, 1994b, aparecimento ou não de diversas vari- imagem de 0,33 e, média de índice de qua-
1995a, 1995b, 1996a, 1996b, 1996c, 1999 e antes de martensita dentro de um mes- lidade de 107.96 e para a amostra B, foi
2002, Nascimento, 1999, 2002 e 2003 e mo grão e de que o número de variantes de 2µm/passo com a média de índice de
Bueno, 2006]. depende do tamanho de grão. confiança da imagem de 0,58 e média de
Otubo, na sua tese de doutorado, índice de qualidade de 140,32.
verificou que a recuperação de forma e 2. Procedimento
outras propriedades mecânicas eram
muito dependentes do tamanho de grão. experimental 3. Resultados e
Para um mesmo tratamento termomecâ- Para esse trabalho, foram utilizadas discussões
nico, o material com tamanho de grão duas composições: As Figuras 1 e 2 apresentam micro-
menor sempre apresentava melhor re- grafias de amostras simplesmente solu-
cuperação de forma. Para uma deforma- Amostra A - Fe-9Cr-5Ni-14Mn-5,5Si.
bilizadas a 1050°C por 40 minutos com
ção inicial de 4% por tração, a recupera- Amostra B - Fe-13Cr-6Ni-8Mn-5,5Si-12Co. tamanho médio de grãos de 60µm e
ção de forma do material com menor ta- 180µm, respectivamente, para as amos-
Os lingotes de dimensões 65x65mm²
manho de grão era de, praticamente, 80% tras A e B, evidenciando uma primeira
foram elaborados em um forno de indu-
enquanto que, para a liga com granulo- diferença. A amostra A é aquela que, em
ção a vácuo, aquecidos a 1180°C/2h e
metria grosseira, a recuperação de for- trabalhos anteriores, sempre apresentou
forjados a quente para 40x40mm², secci-
ma, para a mesma porcentagem de defor- melhor recuperação de forma em compa-
onados, longitudinalmente, para
mação, era de 65%. Após alguns ciclos ração com a amostra B, para um mesmo
20x20mm², reaquecidos a 1100°C/1h e la-
de treinamento, o primeiro apresentava tratamento termomecânico. Resultados
minados a quente para vergalhão de
uma recuperação de forma de 95%, com- 6x6mm² de cantos arredondados. Após anteriores mostraram que as frações vo-
parável aos melhores resultados publi- a laminação, os vergalhões foram solu- lumétricas medidas por difração de raios
cados na literatura, e a segunda de 90%, bilizados a 1050°C por 40 minutos e res- X da martensita ε eram de 5% e 3%, res-
que, também, pode ser considerado um friados em água. pectivamente, para as amostras A e B
bom resultado. Posteriormente, para con- [Otubo, 1996c].
firmar as hipóteses do efeito do tama- Os materiais de partida, para esse
nho de grão nas propriedades anterior- trabalho, são os vergalhões no estado A Figura 3 apresenta imagens de
mente citadas, uma série de trabalhos fo- solubilizado a 1040°C/40min. e amostras elétrons retroespalhados para a amostra
ram feitos, desta feita fixando-se a com- retiradas nas suas secções transversais A, após imersão em nitrogênio líquido
posição química. Verificou-se que, quan- para análise microestrutural. por uma hora, apresentando fração vo-

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Figura 1 - Amostra A, 1050°C/40min., TG=60µm. Figura 2 - Amostra B, 1050°C/40min., TG=180µm.

lumétrica de martensita ε indu-


zida termicamente de 67% e aus-
tenita γ residual de 33% medida
por difração de raios X. As fa-
ses ε (hc) e γ (cfc) estão, tam-
bém, indicadas, simbolicamente,
com suas respectivas orienta-
ções. A Figura 4 corresponde à
amostra B cujo teor de marten-
sita ε induzida termicamente é
da ordem de 22% e austenita não
transformada de 78%, denotan-
do uma segunda grande diferen-
ça, isto é, material de granulo-
metria mais fina, amostra A, com
tamanho de grão médio de 60µm,
apresenta uma transformação
martensítica muito mais pronun-
ciada que a amostra B. Uma ter-
ceira observação, objeto desse
trabalho, se refere aos modos da
transformação martensítica.
Como previsto anteriormente
[Otubo, 2002], na amostra A,
quando um grão se transforma,
a transformação é, geralmente,
completa e o grão como um todo
apresenta orientação única, isto
é, uma única variante de marten-
sita aparece como indicado pela
coloração uniforme. Já a amos-
tra B, de granulometria mais
grossseira, com tamanho de
grão médio de 180µm, além de
induzir menos martensita, quan-
do induz, apresenta diversas
variantes num mesmo grão, prin-
cipalmente naqueles maiores.
Figura 3 - Amostra A, imagens de elétrons retroespalhados, tamanho de grão 60µm. Por exemplo, o grão de cor ala-

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O efeito do tamanho de grão austenítico no número de orientações das variantes de martensita...
ranjada, próximo ao canto superior direi- atravessam de um contorno a outro. Por com uma única orientação. Um outro fato
to, com dimensão maior da ordem de outro lado, a amostra A, possui o maior que pode ser observado, a partir das fi-
200µm, apresenta três variantes de mar- grão (na área analisada), o quel é de cor guras geométricas da estrutura cristali-
tensita de cores lilás, rosa e vermelha e lilás, localizada na região central inferior, na associada, é a relação de orientação
com fundo alaranjado de austenita não e de dimensões da ordem de 45µm. Tal entre as duas fases γ (cfc) e ε (hc). A
transformada com as respectivas estru- amostra apresenta-se, completamente, interface entre as duas fases apresen-
turas cristalinas associadas. Alem dis- transformada e com uma única orienta- ta a relação de Shoji-Nishiyama, ou seja,
so, as variantes de martensita ε não “var- ção (cor única). O grão vizinho superior, a direção <111>//<0001>, isto é, o plano
rem” toda a extensão do grão e apresen- um pouco menor, apresenta duas vari- {111} da estrutura CFC coincide com o
tam-se truncadas. Outros grãos maiores, antes de martensita (lilás-escura e rosa), plano basal {0001} da estrutura HC, jus-
dessa mesma amostra, apresentam, tam- estendendo-se, praticamente, de um con- tificando a formação da estrutura hexa-
bém, diversas variantes de martensita em torno a outro. Outros grãos menores, gonal, a partir da estrutura CFC, atra-
direções diferenciadas e truncadas. Pou- nessa mesma amostra, apresentam-se, vés da passagem das discordâncias
cas são as variantes de martensita que completamente, transformados, cada um parciais de Schockley a cada dois pla-
nos atômicos [Nishiyama, 1978].
Em trabalhos anteriores, havia sido
mostrado que materiais com granulome-
tria mais fina comparados àqueleas com
granulometria grosseira apresentavam:
(1) a tensão de escoamento a 0,2% de
deformação (tensão necessária para in-
duzir a martensita ε mecanicamente) era
tanto menor quanto menor o tamanho
de grão; (2) a fração volumétrica da mar-
tensita ε induzida mecanicamente para
uma mesma quantidade de deformação
macroscópica era tanto maior quanto
menor o tamanho de grão e que a rever-
são dessa martensita no aquecimento
(para recuperação de forma) era tanto
maior quanto menor o tamanho de grão
e (3) sem contar o efeito do treinamento,
tinha-se uma recuperação de forma, após
4% de deformação por tração e posterior
aquecimento, de, praticamente, 80% e
65%, respectivamente para as amostras
A e B [Otubo, 1995a, 1995b, 1996c, 2002
e Nascimento, 2002]. A esses dados vêm
se somar os dados apresentados nesse
trabalho, mostrando que a amostra A
com granulometria menor (média de
60µm) apresenta fração de martensita
térmica induzida termicamente, após imer-
são em nitrogênio líquido, 3 vezes supe-
rior que a amostra B de granulometria
grosseira (média de 180µm). Ogawa e
Kajiwara [Ogawa, 1993], trabalhando
com liga similar a amostra A, através de
um tratamento termomecânico especial,
obtiveram recuperação de forma de 80%,
após deformação de 4% por tração e atri-
buíram o bom resultado à formação de
falhas de empilhamento de estrutura hc,
Figura 4 - Amostra B, imagem de elétrons retroespalhados, tamanho grão 180µm.
em escala nanométrica, espalhadas de

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maneira uniforme dentro do grão, que de diferentes orientações e, muitas ve- Memória de Forma.
funcionariam como núcleos de estrutu- zes, sem atingir o contorno de grão. Além
ra hc durante a deformação mecânica. disso, a fração volumétrica de martensi-
Otubo, trabalhando com amostras sim- ta induzida termicamente foi apenas de 6. Referências
plesmente solubilizadas, sem o tratamen- 22%. Pode-se concluir, portanto, que gra-
nulometria fina favorece o movimento de
bibliográficas
to termomecânico especial citado por
BUENO, J. C., NASCIMENTO, F. C.,
Ogawa e Kajiwara, obteve os mesmos ida e volta das discordâncias parciais de
OTUBO, J., LEPIENSKI, C. M., MEI, P.
resultados para a amostra A. Uma das Shockley, portanto favorecendo uma
R. Phase identification by optical
razões, para esse bom desempenho, além melhor recuperação de forma. metallography with nanoindentation in
da composição química, seria a amostra stainless shape memory alloys. Advances
A apresentar granulometria fina [Otubo, in Materials and Processing Technologies
1996c]. Posteriormente, fixando-se a 4. Conclusões - AMPT 2006. Las Vegas, Nevada, USA.
composição química e variando-se a gra- Utilizando a técnica de retroespa- July 30 - August 03, 2006.
nulometria do material, para uma amos- ENAMI, K., NAGASAWA, A., NENNO,
lhamento de elétrons, microscopia ótica
tra com adição de cobalto, semelhante à S. Reversible shape memory effect in Fe-
e difração de raios X, pôde-se comple-
amostra B, os resultados se repetiram, base alloys. Scripta Metallurgica, 9,
mentar e comprovar hipóteses levanta- p.941-948, 1975.
isto é, amostras com granulometria mais das em trabalhos anteriores, explicando INAGAKI, H. Shape memory effect of Fe-
fina apresentaram melhores resultados, as razões do melhor ou pior desempe- 14%Mn-6%Si-9%Cr-6%Ni alloy
em termos de indução da martensita me- nho em termos de efeito de memória de polycrystals. Zeitschrift für
canicamente, melhor recuperação de forma em função do tamanho de grão do Metallkunde, 83, p. 90-96, 1992.
forma, etc. [Nascimento, 2002]. material. MORIYA, Y., KIMURA, H.,
HASHIZUME, S., SUZUKI, S.,
A transformação martensítica dire- Amostra de granulometria mais fina,
SUZUKI, H., SAMPEI, T. Properties
ta se dá pela movimentação das discor- amostra A, apresentou fração volumétri- of Fe-Cr-Ni-Mn-Si(-Co) shape memory
dâncias parciais de Shockley, que geram ca de martensita ε induzida termicamen- alloys. Journal de Physique IV, Colloque
deformações de cisalhamento, que de- te por imersão em nitrogênio líquido de C4, 1, p. 433-437, 1991.
vem ser acomodadas elasticamente nos 67% contra 22% da amostra B de granu- NASCIMENTO, F. C., OTUBO, J.,
contornos de grão. Essa acomodação lometria mais grosseira. LEPIENSKI, C. M., MEI, P. R.
pode ser favorecida em amostras com Dentro de um mesmo grão, quando
Nanoindentação em amostras inoxidáveis
granulometria mais fina que disponibili- com Efeito de Memória de Forma. In:
ocorre a transformação martensítica, ela
za maior área superficial. Além disso, para CONGRESSO BRASILEIRO DE
é, geralmente, completa e com a variante ENGENHARIA MECÂNICA -
que a transformação ocorra, as parciais apresentando uma única orientação para
de Shockley devem percorrer de um con- COBEM´99, 15. Anais... Águas de
material com granulometria fina, enquan- Lindóia: 22 a 26 de novembro de 1999.
torno a outro e se varrerem lateralmente. to aquela com granulometria grosseira, NASCIMENTO, F. C. Efeito do tamanho
Segundo Otubo, quanto menor o tama- quando se transforma, aparecem várias de grão nas propriedades mecânicas e
nho de grão, menor é a distância que as variantes e as mesmas, muitas vezes, são na recuperação de forma de ligas
parciais de Shockley devem percorrer truncadas, não alcançando o contorno inoxidáveis com Efeito de Memória de
para atingir os contornos de grãos. Se a de grão. Forma. FEM/DEMA/UNICAMP,
granulometria é grosseira, a distân- Junho de 2002. (Tese de Doutorado).
cia a ser percorrida pelas parciais de Observou-se, também, que a inter- NASCIMENTO, F. C., MEI, P. R., OTUBO,
Shockley é maior e, muitas vezes, é ener- face austenita martensita obedece à re- J. Effects of grain size on the shape
geticamente favorável nuclear uma ou- lação de Shoji-Nishiyama, ou seja, recovering properties of a stainless SMA.
tra variante para aliviar a tensão de de- <111>//<0001>. A movimentação dessa Proc. of International Conference on
formação gerada pela transformação interface faz aparecer ou desaparecer a Advances in Materials and Processing
fase martensítica, seja ela induzida ter- Technology, AMPT2003, Dublin,
[Otubo, 2002]. Os resultados obtidos
Ireland, v. 2, p. 1436-1439. July 8-11,
nesse trabalho comprovam essas hipó- mica ou mecanicamente.
2003.
teses preliminares. A amostra A, com gra- NISHIYAMA, Z. Martensitic
nulometria média de 60µm, apresenta-se Transformation. In: MORRIS, E. Fine,
com quase 70% de martensita induzida 5. Agradecimentos MESHII, M., WAYMAN, C. M. (Ed.)
termicamente, com a maioria dos grãos À FAPEPSP pelo apoio financeiro Academic Press, 1978.
apresentando variante com orientação a esse projeto, processo 00/09730-1, CT OGAWA, K., KAJIWARA, S. HREM study
única, enquanto aquela com granulome- of stress-induced transformation
INFRA 03/2003, CT PROINFRA 01/2005/
tria grosseira, amostra B com 180µm, structures in Fe-Mn-Si-Cr-Ni shape
153. Ao CNPq, à Villares Metals SA, à memory alloy. Materials Transactions,
apresenta grãos, principalmente os mai- UNICAMP e ao CTA/ITA pelo apoio ao
ores, com várias variantes de martensita JIM, 34, p.1169-1176, 1993.
desenvolvimento de ligas com Efeito de OTUBO, J., MEI, P. R., KOSHIMIZU S.

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