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1. Concepção do mundo.

É no mundo que ocorrem as interações homem-homem e homem, meio social, caracterizado


pelas diversas culturas e pelo conhecimento. O mundo concebido é resultado do processo de
estabelecimento das relações entre a subjetividade individual do homem e a realidade
objetiva. É na integração destas duas dimensões da natureza humana que o indivíduo vai se
permitir e conseguir viver com a grandiosidade da pluralidade da sua capacidade,
transcendendo sua subjetividade.

A nossa concepção do mundo que nos rodeia, tal como a que temos de nós próprios,
muda em cada dia que passa. Vivemos numa época de transição. Ela irá prolongar-se se
não enfrentarmos, mais corajosamente do que até agora fizemos, as nossas tarefas
essenciais, até ao fim do planeta. Contudo, quando se é relegado para a obscuridade, não
podemos cantar com medo como fazem as crianças. Fingir que sabemos como deve ser
o nosso comportamento aqui, é nada mais nada menos do que medo: rugidos que fazem
tremer os alicerces do mundo, são apenas medo! Além disso galopamos, estou
plenamente convencido disso! Estamos ainda muito longe dos objectivos, não nos
aproximamos deles, nem sequer os avistamos, havemos de enganar-nos ainda muitas
vezes no caminho, teremos muitas vezes ainda que mudar de cavalos; mas qualquer dia,
depois de amanhã ou daqui a dois mil anos, o horizonte começará a deslizar e precipitar-
se-á sobre nós, mugindo! O crepúsculo cairá.

2. Concepção do homem

O homem existe não como detalhe em um esquema evolutivo, não como acidente
de percurso em um processo, não como estágio ou degrau em uma escala, mas
como manifestação intencional do Absoluto, em cumprimento de desdobramentos
da Lei do Triângulo. Paradoxalmente, no contexto da Criação o homem é um
detalhe e não o leitmotiv. Para que se possa compreender o significado desta
enunciação, aparentemente controversa,  e suas ligações com propósitos
capazes de serem percebidos pela mente humana, é necessário saber, antes, o
que é uma Lei, pois no Absoluto parâmetros como "coerência" nada significam.
Lei é um parâmetro enunciado pelo Absoluto, como manifestação da Vontade:
"Isto é assim", por exemplo, é uma lei, e seu único fundamento é a vontade
que a enunciou, independendo de noções de coerência, ética, moral, justiça,
bem, mal, certo, errado (todos esses valores são meramente humanos e,
portanto, relativos ao homem e ao Plano em que ele existe, de uma forma tal
que, exemplificando, o que se constitui em injustiça para um homem pode se
constituir em justiça para outro). As Leis em que se desdobra a Lei do
Triângulo descem a detalhes de funcionamento do Plano em que atuam. Por
exemplo: no Plano Objetivo, isto é, a dimensão que o homem é capaz de
perceber com seus sentidos e na qual está inserido o Universo que o homem
conhece, com seus milhões de galáxias, buracos negros e toda sorte de
manifestações siderais, e que o homem considera que seja a totalidade da
Criação, há Leis que definem a força de atração e repulsão entre corpos
celestes e partículas atômicas; Leis que dispõem sobre ciclos de
manifestações; sobre vida e morte; sobre gradação de vibrações, como
velocidade da luz etc; sobre relatividade e assim por diante. No caso do
Plano Objetivo, muitas leis se relacionam com a existência do Eu. No
Absoluto só há uma Lei, que é a Lei do Triângulo. No Plano Objetivo existem
a Lei do Carma, a Lei da Finitude, a Lei da Gravidade, a Lei da Replicação,
a Lei da Dissolução, a Lei da Conjunção, a Lei da Dominação, a Lei da
Dualidade, a Lei da Evolução, a Lei da Queda, a Lei da Libertação, a Lei dos
Elementos, a Lei da Quintaessência, a Lei da Alquimia, a Lei da Regência, a
Lei da Fluência, a Lei da Prosperidade, a Lei da Interpenetração, a Lei dos
Ciclos, a Lei do Pulsar, a Lei do Quantum, a Lei da Relatividade, a Lei da
Propagação, a Lei dos Humores, a Lei dos Anátemas, a Lei da Irradiação, a
Lei do Plasma, a Lei do Hept, a Lei da Invocação, a Lei das Escalas, a Lei
da Rotação, a Lei do Desdobramento, a Lei da Superposição e mais outras
tantas, num total de 48 Leis para os homens vivos, 96 nos mundos
subterrâneos e 192 nos mundos abissais e assim por diante, até os Infernos
Materiais, onde os seres existem sob as injunções de 666 Leis controversas.
O Plano em que o homem se manifesta é o sexto Plano em uma figuração
esquemática meramente humana, enquanto os Infernos se situam no vigésimo
primeiro Plano. Cada um desses Planos constitui, na verdade, um Planeta
imaterial, o qual contém uma réplica material, a qual pode ser vista por
olhos humanos (os eventos ocorrem simultaneamente nessas duas seções de cada
Plano, mas em cada uma de uma maneira peculiar). A ligação entre a versão
material e a versão imaterial de um Plano é feita pela música das esferas. A
principal diferença entre um Plano material e um Plano imaterial está nos
parâmetros que regem cada um; assim, um homem  pode ser injustiçado em um
plano e concomitantemente ser justiçado no outro, tudo isso simultaneamente,
pois é assim que a Criação se manifesta pelo processo da Transformação.
Desta forma, ao mesmo tempo em que um homem morre ele está nascendo. Pela
Lei da Superposição as duas realidades de um Plano se somam quando se
afastam uma da outra e se subtraem quando se aproximam, o que dá a ilusão da
reencarnação. Para romper o ritmo cíclico impresso por essa Lei a um Plano e
penetrar na Vida Eterna é preciso romper com um deles, o que se constitui em
um processo extremamente doloroso. Se o postulante não conseguir suportar as
provações, pode ser alijado do Plano e cair em um Mundo Inferior, passando a
existir, autoconscientemente, em forma animada imanifesta, como uma pedra,
por exemplo. Em determinados planetas materiais esse tipo de coisa pode
ocorrer coletivamente, por injunção de Lei violada.
 o homem também participa do processo
da Criação, como Criador. Essa condição tem levado a muita confusão. Por
exemplo: o homem vê que no reino da dualidade os seres manifestamente
animados, como ele próprio, são gerados por  conjunção sexual e infere que
esta é a chave da Criação. Passa a acreditar que os parâmetros do Plano
Objetivo são os mesmos do Absoluto e chega a pensar que através de certos
procedimentos mágicos pode-se usar a energia sexual para a criação de corpos
astrais superiores, capazes de conter e perpetuar a individualidade  na
Eternidade. Ora, isso que é visto como individualidade, dessa forma, é
apenas e tão somente o Eu ilusório que essa mesma corrente de pensamento
prega destruir para poder ascender. O sexo não é a chave, mas apenas um
instrumento, dentre os muitos no contexto da Criação. Sua finalidade é a
perpetuação das espécies dentro da Transformação. Isso que se convencionou
chamar de energia sexual é o apelo contido no instrumento para que se o use,
em cumprimento da Vontade do Absoluto. Os instrumentos da individualidade
para a imortalidade são outros, entre eles a metamorfose, que é a mutação
interna e externa pela circunscrição de uma dada realidade em novos
parâmetros, totalmente outros.
 
O homem existe porque faz parte da Criação, como um detalhe, e a consciência
que ele possui lhe permite ter conhecimento da Criação e de parte do
processo da Transformação; visão de parte dos Planos de Manifestação e
compreensão de parte dos eventos, isto porque, como já foi dito, o homem é
um detalhe na Criação, e não o seu ponto central. A felicidade, condição
necessária para que a vida terrena não se constitua em um inferno, consiste
em se ter a compreensão de que o homem é só um detalhe na Criação, e a
partir daí procurar, com sinceridade, adquirir humildade suficiente para
compreender que sem Deus nada é possível. Esta é uma condição que abre
perspectivas de evolução e essa evolução, que conduz à Vida Eterna, passa
pela transformação do impulso sexual em amor de Cristo. Essa alquimia, que é
feita pelos monges e anacoretas pode, em um primeiro estágio e ainda nesta
vida, propiciar uma visão mais ampla e clara do que vem a ser a Criação como
um todo e qual a relação do homem para com o Absoluto. Na verdade, quando o
homem parte para a consecução desse propósito, ele está cumprindo em si
mesmo a Lei do Triângulo, tal e qual ela se cumpre na Criação e na Unidade
do Absoluto.
 
 3. Concepção de Desenvolvimento

O termo desenvolvimento tornou-se palavra-chave na atualidade e sua busca


incessante é prioridade para todos os povos. Desenvolver é o grande objetivo pelo
qual se anseia e para o qual convergem os esforços de toda humanidade. Está
diretamente ligado ao crescimento, ao progresso e à modernização, tanto que
muitas vezes esses três aspectos são confundidos. Faz-se necessário, então, uma
reflexão para distingui-los e, a partir daí formarmos nossa concepção a respeito do
termo desenvolvimento. Crescimento é um fenômeno natural, que decorre de
fatores favoráveis. Sob o ponto de vista econômico é o aumento quantitativo na
produção de bens e serviços e ocorre de forma deliberada. Já o progresso tem uma
concepção mais filosófica, é carregado de positivismo, se baseia na crença de que,
haja ou que houver, o futuro será melhor que o presente, que as coisas,
espontaneamente tendem a melhorar. A modernização, por sua vez, prevê a
adoção de padrões de consumo e de tecnologia avançada. Não prioriza as
transformações econômicas e sociais; geralmente gera conflitos, pois se volta mais
para as camadas sociais e regiões mais ricas. O desenvolvimento, por outro lado, é
algo mais complexo, gera transformações profundas, abrange a totalidade do ser
humano e implica no envolvimento de toda uma sociedade, que se desenvolve de
forma integrada, planejada, global. É um processo que leva à dinamização
econômica aliada à melhoria da qualidade de vida para todos. O desenvolvimento,
ao contrário da teoria filosófica do positivismo, não é “dádiva”, é construção. È
obra coletiva, conscientemente buscada. O desenvolvimento, no atual estágio da
globalização é resultado direto da estrutura e mobilização das sociedades locais e
seus atores, com base nas suas potencialidades e na matriz cultural, definindo e
explorando suas prioridades e especificidades, buscando a competitividade num
contexto de rápidas e profundas transformações. (BUARQUE, 1999) O tema
desenvolvimento tem conotação econômica, pois foram os economistas os
primeiros a estudá-lo. Os Estados Unidos da América, se baseando nesses estudos,
se apresentaram ao mundo como a nação mais desenvolvida, usando como único
critério a renda per capita que ultrapassava em muito a de outros países mais
prósperos. Isto fez com que se tornassem referência para o mundo. Desenvolver-se
passou a significar imitar o modelo americano, se aproximando de sua
prosperidade material. Em nosso país, esse tema passou a figurar no repertório de
Juscelino Kubitschek. Formou-se então uma idéia economista, quantitativa e
criou-se o subdesenvolvimento, que era uma etapa atrasada do desenvolvimento.
Para desenvolver era necessário acelerar o crescimento econômico. Teríamos,
então, uma concepção de desenvolvimento que poderia ser retratada dessa
maneira: Países desenvolvidos (alta renda per capita)   ; Especialistasde outras
áreas do conhecimento como filósofos, sociólogos, historiadores, cientistas políticos
e sociais, começaram a estudar o “desenvolvimento” e trouxeram contribuições
valiosas para analisar esse fenômeno. Passaram a questionar essa visão puramente
econômica. Verificou-se então, que a renda per capita tem sua importância, mas
que o padrão e a qualidade de vida devem ser vistos e analisados também por
critérios sociais, culturais, políticos e morais. Passou-se a ter uma visão da
totalidade das inter-relações que se operam na sociedade e entre os países. Um
exemplo claro que pode ser citado são os Estados Unidos, até hoje maior exemplo
de desenvolvimento, renda per capita altíssima, padrão de vida populacional
elevado, baixos índices de analfabetismo, de mortalidade infantil, elevada
expectativa de vida. Porém, se analisarmos outro aspecto, veremos que nem
mesmo os Estados Unidos são totalmente desenvolvidos, pois, se todos os países
colocassem na atmosfera a mesma quantidade de CO2 que os americanos, nosso
planeta não existiria mais. A partir do momento em que se compreende a estrutura
do fenômeno desenvolvimento-subdesenvolvimento, se percebe que sem mudanças
profundas estruturais, não há desenvolvimento. Passa-se a entender o
desenvolvimento e o subdesenvolvimento como aspectos do mesmo fenômeno que
vinculados, interatuam mutuamente e o resultado é a divisão do mundo em países
“industriais” e “atrasados”. Dentro do subdesenvolvimento ainda há a repetição
dessa divisão em áreas avançadas e modernas e grupos primitivos e dependentes.
Mas podem ser compreendidos como um sistema único, onde um não existe sem o
outro. A raiz do problema está no tipo de relação que um mantém com o outro.
São essas relações de dependência econômica, política e cultural que caracterizam
o subdesenvolvimento. O desenvolvimento é um processo de transformação global,
deve ser desejado por todos. Implica em mudanças quantitativas e qualitativas da
sociedade, que devem ser operadas nacional e internacionalmente. Como dizia
Paulo VI, em 1968, “é para todos e para cada um, a passagem de condições menos
humanas a condições mais humanas”. Ou ainda como nos colocou Fonseca (1968,
p.105) “mais importante do que a renda por cabeça, é a própria cabeça, a qual é
atribuída tal redá”. A chave do desenvolvimento se encontra na valorização do
homem, através do seu aperfeiçoamento moral, cultural e técnico. Só assim haverá
transformação global da sociedade e progressiva melhora para todos. O
subdesenvolvimento implica exatamente na ausência dessa valorização e dessas
melhorias, é condição existencial de desumanismo, enquanto o desenvolvimento é
crescente humanização.

4. Concepção de aprendizagem

Ao versarmos sobre a aprendizagem, seja formal ou não, devemos tratar da principal


capacidade humana que é o pensar. É por meio do intelecto que o ser humano tem a
capacidade de compreender e interagir com a realidade, criar significados para fatos,
acontecimentos, e a partir daí, ser capaz de dar um significado à sua vida.

A aprendizagem pode ser entendida como processo de desenvolvimento da aptidão


física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor
integração individual e social. Transpor o senso comum à consciência filosófica denota
passar de uma concepção fragmentária, incoerente e desarticulada a uma concepção
unitária, coerente e ativa. Portanto, senso comum e consciência filosófica foram
caracterizados por conceitos mutuamente contrapostos, de modo que seja capaz de
dispor os seguintes pares antinômicos: fragmentário e unitário; incoerente e coerente;
desarticulado e articulado; implícito e explícito; degradado e original; mecânico e
intencional; passivo e ativo; simplista e cultivado. (SAVIANI, 1986, p. 10).

Para que a construção de uma nova proposta pedagógica nas instituições de ensino seja
uma realidade fica claro a necessidade do comprometimento de todos aqueles que estão
ligados ao processo de ensino-aprendizagem, a fim de garantir a formação do aluno de
modo a contribuir para a sua transformação como ser humano.

A atuação do professor em relação à aprendizagem pode ser resumida em três


competências básicas: planejar a aprendizagem, facilitar a aprendizagem e avaliar a
aprendizagem.
Planejar a aprendizagem:

Manter-se atualizado e em sintonia com as tendências didáticas pedagógicas;Estabelecer


objetivos realistas e precisos;Correlacionar conteúdos às necessidades e a
realidade;Organizar seqüencialmente os conteúdos às necessidades e à realidade da
empresa;Propor ações coerentes aos objetivos e aos conteúdos;Dimensionar recursos
adequados às atividades propostas;Definir estratégias de avaliação;Registrar
esquematicamente sua proposta educativa, abrindo espaço para ajustes.

Facilitar a aprendizagem:

Manter o foco de sua ação no colaborador (em suas características e necessidades) e na


aprendizagem;Observar as ações dos profissionais;Identificar as melhores ações para
viabilizar a aprendizagem;Estimular o trabalho independente dos profissionais e
valoriza iniciativas;Conduzir o processo estimulando a auto-aprendizagem;Fazer parte
de situações-problema que sejam concretas, visando à facilitação da aprendizagem;Usar
situações do cotidiano do grupo para possibilitar a (re)construção do
conhecimento;Associar teoria, prática e vivência empresarial;Criar estratégias da ação
adequada ao assunto, às características e aos interesses dos profissionais;Fornecer
informações práticas;Discutir soluções apresentadas pelos profissionais;Rever suas
ações; orientar a elaboração de análise e sínteses;Observar e analisa criticamente
resultados em todas as etapas do processo;Comunicar-se e interagir com os
funcionários, objetivando a efetiva construção do conhecimento;Falar com desenvoltura
e clareza; ouvir com atenção; agir como mediador nas discussões, exercendo liderança
nos momentos de impasse e/ou dispersão;Manter o foco de atenção no tema;Estimular a
interação entre todos os participantes do processo educativo;Estimular o pensamento
crítico, a argumentação coerente e a tomada de decisão em grupos;Explorar
adequadamente materiais didáticos e recursos audiovisuais;Seleciona o(s) recurso(s)
audiovisual(is) de acordo com a atividade a ser desenvolvida.

Avaliar a aprendizagem:

Estabelecer cooperativamente com os profissionais, critérios para avaliação da


aprendizagem;Observa atentamente as ações dos profissionais;Avaliar a aprendizagem
dos profissionais de forma constante e variada, sempre sob o enfoque
diagnóstico;Comparar os resultados com os objetivos definidos;Analisar os resultados
com os profissionais;Propor alternativas para viabilizar a aprendizagem;Criar condições
para a auto-avaliação de todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem.

COMO SABER QUE SEU ALUNO ESTÁ APRENDENDO?

Na maioria das instituições de ensino os currículos escolares ainda são organizados em


torno de um conjunto de disciplinas visivelmente diferentes e isolados de um contexto,
dominadas por um conjunto de regras, protocolos, procedimentos escolares
inadequados, cujos conteúdos se organizam a partir de uma estrutura rigidamente
estabelecida, descaracterizada das experiências dos alunos e pautada na preparação para
a lógica dos pré-requisitos.

No meu entendimento não se trata aqui de abandonar a utilização da técnica na prática


docente, mas, com certeza, haverá momentos na sala de aula em que o professor estará
em situações conflitantes e ele não deverá pautar-se apenas nos critérios técnicos pré-
estabelecidos.

Diante as situações conflitantes que os professores são obrigados a enfrentar exige um


profissional competente, acima de tudo a capacidade de autodesenvolvimento reflexivo,
sendo assim, a lógica da racionalidade técnica em comparação a prática reflexiva
pautada na tutoria opõe-se ao desenvolvimento de uma práxis reflexiva.

O professor reflexivo permite-se ser surpreendido pelo que o aluno faz. A posteriori,
reflete sobre esse fato, ou seja, pensa sobre aquilo que o aluno disse ou fez e,
simultaneamente, procura compreender a razão por que foi compreendido. Em um
terceiro momento, procura reformular o problema gerado pela situação. Considera-se
em um quarto momento, a efetivação de uma experiência para testar uma nova tarefa e a
hipótese que formulou sobre o modo de pensar do aluno.

5. O papel da educação formal frente as diversas teorias

Durante muito tempo se pensou que a educação formal, ou escolarização, seria um


instrumento fundamental para o desenvolvimento social, cultural e econômico de um
país. As grandes polêmicas do passado sobre escola pública ou privada, ensino leigo ou
religioso, educação técnica ou humanística, partiam do suposto de que o que se estava
decidindo era o próprio futuro do país.

Esta visão otimista do papel da educação coincidiu com os anos de grande expansão e
modernização da sociedade brasileira, pela formação de grandes centros urbanos, o
desenvolvimento da indústria e dos serviços e a expansão do setor público. Neste
quadro de expansão e crescimento, ir à escola e obter as qualificações formais equivalia
a adquirir o direito de acesso às novas oportunidades.

 o ensino formal discrimina contra as pessoas de origem social mais humilde, e


não permite, de fato, nenhuma mobilidade social. As pessoas mais pobres têm
mais dificuldade de ir à escola e aprender os conteúdos dos cursos, que são
vasados em linguagem e cultura das classes mais favorecidas. Ao final dos
estudos, os filhos de classes sociais mais favorecidas continuam nas melhores
posições, e os das classes menos favorecidas, nas piores.
 muito pouco do que é ensinado nas escolas realmente serve para alguma coisa. A
maioria dos conteúdos transmitidos, em todos os níveis, são conhecimentos
fragmentados e estéreis, sem ligação com a vida real das crianças e dos adultos.
O processo educacional, ao invés de ser formativo, se transforma na maioria das
vezes em um ritual burocrático de memorização e repetição de informações
inúteis, que penaliza as pessoas mais criativas e não conformistas.
 a imposição de conteúdos homogêneos a todo o sistema de ensino,
principalmente no ensino da língua, leva à destruição da variedade lingüística e
cultural do país, intensificando a hierarquia e a discriminação entre campo e
cidade, ricos e pobres, centro e periferia.
 dada a pouca relevância e pertinência dos conteúdos transmitidos nas escolas, as
exigências de diplomas para o trabalho profissional só serve para garantir os
privilégios dos diplomados contra os demais, sob o manto da busca da
competência e da qualificação.

O surgimento da visão pessimista da educação formal coincide com o esgotamento do


processo de expansão e modernização acelerados da sociedade brasileira. Ao final da
década de 80, o Brasil é um país predominantemente urbano, a industrialização pela
substituição fácil de importações já chegou a seus limites, as burocracias
governamentais incharam tanto quanto podiam, e os empregos de classe média já não se
expandem de forma a absorver o número crescente de pessoas que saem das escolas.

1.3 O lugar efetivo da educação nas sociedades modernas.

Os adeptos mais fervorosos da visão pessimista da educação chegam ao extremo de


propor o fim da escola formal, e sua substituição por uma grande variedade de
mecanismos informais, espontâneos e não hierárquicos de transmissão de
conhecimentos e desenvolvimento da criatividade e competência. No entanto, da mesma
forma que a Escola formal não pode, sozinha, promover o progresso social e eliminar as
desigualdades, sua eliminação tampouco poderia produzir estes efeitos, e o mais
provável é que aumentasse, ainda mais, os problemas com que hoje nos defrontamos.

A realidade é que o Brasil de hoje precisa, mais do que nunca, de um sistema


educacional moderno, adequado, que possa preparar nossa população para um mundo
onde o manejo adequado da língua falada e escrita, do raciocínio formal e abstrato e da
informação são cada vez mais importantes. Mas esta necessidade, para se transformar
em realidade, não pode ser atingida com a ingenuidade dos que achavam, trinta ou
quarenta anos atrás, que educar era, simplesmente, construir escolas.

Apesar de nunca termos atingido o nível de investimentos em educação de outros países


mais adiantados, e de nunca termos dado à educação a prioridade que ela recebe em
outros tempos e lugares, o fato é que já acumulamos um volume suficientemente grande
de problemas, equívocos e dificuldades que não recomendam a pura e simples injeção
de mais dinheiro em nosso sistema educacional, sem, ao mesmo tempo, examinarmos
em profundidade seus problemas, e tratarmos de procurar suas soluções.

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